Fanfic: SÉRIE NEW YORK /Proibida Para Mim/Seduzida Por ele/Protegida Por Mim-AyA/Hot /Adaptada. | Tema: Ponny
Abro meus os olhos ainda sensíveis e tento enxergar através da claridade do quarto. Estou meio
desorientada, as lembranças disparam em minha mente como flashes. Uma dor violenta rasga meu
peito quase sufocando-me. Sinto um frio gélido na pele e um gosto metálico na boca. Olho em volta e
vejo que estou em um quarto similar onde estive nos últimos dias.
— Any? — Maite segura minha mão — Como se sente?
Parece que essa é a única coisa que ouço nos últimos dias. Como se sente?
As palavras não saem de minha boca, estão presas ao nó em minha garganta.
— Poncho ele... — começo com voz entrecortada. Meus olhos se enchem de lágrimas mal contidas
— Ele não me ama mais.
Choro desesperada.
— Anahi Linton Portilla — Maite me encara com raiva — Saia dessa cama imediatamente e
pare de agir como vítima. Você pode ficar ai e se lamentar para sempre ou pode lutar pelo homem
que você ama. Escolha logo, pois há uma fila de mulheres lá fora disposta a fazer isso por você!
As palavras libertam-me da agonia que me encontro e dou conta que tem razão. Maite tem razão,
não posso passar a vida me lamentado. É hora de arregaçar as mangas e ir à luta. Eu o afastei de mim
e nos coloquei nessa situação deprimente. Em algum lugar do seu coração ele irá se lembrar de mim.
Tenho certeza.
— Você está certa — seco as lágrimas insistentes.
Todas as pessoas deveriam ter uma amiga como Maite, que apoie, mas que nos traz para realidade
quando precisamos. Então, tenho duas escolhas; luto ou choro. Eu escolho lutar.
— Graças a Deus! — ela sorri — Garota você me assustou e muito.
— Não sei o que seria de mim sem você Maite.
— E eu não sei? — ela ri — Você é a pessoa não cega mais cega que já vi no mundo.
Apesar da ironia de suas palavras ela tem toda razão. O pior cego é o que não quer ver. Não é o
que dizem? Poncho sempre demonstrou seu amor e agora está na hora de eu fazer o mesmo.
— Sinto em dizer Any, mas este hospital não é um SPA — Liam entra no quarto sorrindo —
Nem bem saiu e já voltou.
— O que aconteceu? — pergunto, ansiosa — Vou ter que ficar aqui?
Liam coloca uma espécie de caneta com luz em meus olhos enquanto me examina. São raras ás
vezes que fico doente e nunca havia desmaiado na vida.
— Não é nada grave. Apenas está sob uma forte tensão — explica Liam — Seu corpo não
aguentou tanta pressão e você apagou. Se estiver se sentindo bem agora, poderá ir para casa se me
prometer que irá descasar.
— Eu prometo — afirmo — Posso falar com Poncho?
— Ele foi sedado e está dormindo — diz Liam, cautelosamente — Não está nada feliz por não
recuperar a memória. Vá para casa e volte amanhã, está bem?
Eu tenho vontade de gritar com ele. Eu não quero ir para casa e fingir que descanso quando o que
mais quero é ficar aqui com Poncho.
— Mas Liam...
— Isso é uma ordem Any! Além do mais, só serão permitidas visitas amanhã de manhã.
≈≈≈
Meia hora depois eu saio do hospital ainda contrariada. Maite me obriga a ir para cama assim que
entramos em casa. Quero voltar ao hospital, mas Maite não permite. Passou o resto do dia sendo meu
cão de guarda. Para minha surpresa estou tão exausta, que algumas horas depois eu desabo na cama e
só acordo no dia seguinte.
— Nossa, você está de arrasar — Maite assovia quando entro na cozinha — Se o Poncho já não
estivesse apaixonado ficaria agora.
— Levando em conta que ele não se lembra, dá no mesmo. Estou bem? — pergunto dando um
rodopio. Estou usando um vestido verde tubinho sem mangas. Escolhi a cor por representar sorte e
esperança. Hoje eu preciso de toda a sorte do mundo.
— Espere! — Maite sai correndo da cozinha em direção ao quarto — Falta um detalhe.
Minutos depois ela volta com um estojo preto.
— Feche os olhos — pede ela.
Fico parada enquanto Maite inicia a maquiagem.
— Agora está perfeita.
— Tem certeza Maite? — resmungo — Vou a um hospital e não a uma festa.
Com uma cara de ofendida ela me entrega um espelho. Estava pronta para ir para o banheiro e
lavar o rosto quando a imagem refletida nele me surpreende. A maquiagem está linda e discreta, nas
pálpebras há uma sombra rosa clara e meus cílios parecem mais longos e volumosos e um batom cor
da boca complementa a obra prima.
— Está perfeito — sorrio — Obrigada Maite. Você tem talento com isso. Confesso que antes
quando me maquiava eu sentia muito medo.
— Julgando livro pela capa amiga? — resmunga — Puxa vida é reconfortante saber que confiava
em mim.
— Desculpe — abraço-a com carinho. — Agora se quer ir ao hospital comigo sugiro que se
apresse.
— Hum.. — ela entorna um copo de suco que havia deixado em cima do balcão da cozinha —
Estou pronta. Não vai tomar café?
— Como algo por lá.
Pegamos nossos casacos no suporte e saímos. Parece que o inverno será rigoroso esse ano e estou
ansiosa com a possibilidade de voltar a ver neve. Quando criança adorava fazer bonecos de neve.
O horário de visita é à partir das oito horas, então ainda teremos que esperar alguns minutos.
Esperava encontrar Liam aqui, mas pelo que uma enfermeira nos disse, hoje não é seu dia de
plantão.
Vinte minutos depois outra enfermeira nos autoriza a entrar. Orientou que evitássemos cansar o
paciente. Sinto minhas pernas tremerem ao parar em frente à porta.
— Relaxe — diz Maite, atrás de mim. Suas mãos seguram meus ombros — Talvez ele já tenha se
lembrado de tudo.
— Talvez — respiro fundo e entro.
Olho para o homem a minha frente e meu coração salta. Deus, como ele é lindo! Rosto marcante,
olhos escuros, penetrantes e misteriosos. Boca bem desenhada. Lembro-me de como é sentir esses
lábios contra os meus ou pelo meu corpo e um rubor queima meu rosto.
É impressionante como já não me lembra o homem de meus pesadelos. É o mesmo rosto e ao
mesmo tempo muito diferente, não sei como explicar isso. Como se Paul tivesse um aspecto
diabólico e Poncho se parece mais como um anjo. Não que seus traços sejam delicados, pelo contrário,
a definição correta seria um anjo vingador.
— Oi — sussurro para ele.
Oi? Tudo o que tenho para falar é oi? Encaro Maite e a vejo revirar os olhos do meu jeito
patético.
— Olá — diz ele, sem desviar os olhos de mim — Você é... ?
— Any — murmuro frustrada — Estive aqui ontem.
— Eu me lembro, mas ainda não sei quem é? — enruga a testa como se buscasse por respostas no
fundo de sua mente — Quero dizer... O que significa para mim? É uma amiga?
— Sua noiva — responde Maite por mim — Eu sou a amiga.
Os olhos questionadores caem sobre mim. Seu olhar desliza pelo meu corpo novamente. Um
formigamento toma conta de mim. Mordo os lábios para abafar um gemido e noto quando ele fecha as
mãos em punho. Sinto uma alegria invadir meu peito, com ou sem memória seu corpo reage ao meu
tanto quanto eu a ele. Isso é inegável.
— Você é minha noiva? — pergunta ele, com a voz rouca.
— Sim.
Aproximo de sua cama determinada. Talvez não fosse tão difícil fazê-lo lembrar. Só
precisaríamos de um pouco de paciência, amor e tempo. Seu corpo não consegue negar o que a mente
bloqueia. Seguro suas mãos entre as minhas, uma eletricidade passa por elas. Ele percebeu isso.
Levo sua mão até meus lábios e beijo seus dedos com carinho.
— Tente se lembrar — sussurro.
Vejo seus olhos faiscarem e fecharem por alguns segundos.
— Sinto muito — puxa a mão, e solta um gemido frustrado — Não consigo.
A dor e desapontamento queimam meu peito. Tento me recompor para que ele não perceba.
— Não se preocupe. Haverá tempo para isso. Tenho certeza que em breve tudo voltará ao normal.
O olhar dele estreitou ao ouvir o que disse. Pela expressão em seu rosto também está frustrado e
confuso. Ele parece muito sozinho e perdido nesse momento. Pobre menino.
— Deve estar sendo difícil para você...
— Você nem pode imaginar o quanto — sussurra ele, entre dentes — Quero ficar sozinho.
Inclino-me para frente ao ouvir suas palavras frias. Enquanto estou ali, petrificada, sinto que
todos os meus sonhos e esperanças vão se esvaindo. Se ele não me quer aqui não há nada que eu
possa fazer.
— Quer que eu vá embora? — pergunto estupidamente, sentido aquele conhecido nó sufocando
minha garganta.
— Eu.. — hesita ele por alguns segundos — Sim. Preciso refletir sobre tudo isso.
— Se é.. — tropeço em minhas palavras enquanto lágrimas ameaçam saltar de meus olhos — Se é
o que quer.
Caminho em direção à porta a passos lentos e vacilantes.
— Espere!
Ouço sua voz angustiada atrás de mim. Viro-me e me deparo com seu olhar angustiado, tanto
quanto o meu. Sua expressão é desoladora, então em seguida diz algo que me desarma.
— Você irá voltar não é?
O nó em minha garganta se desfaz.
— Claro — sorrio – Posso voltar à tarde se quiser.
Ele assente.
Saio apressadamente antes que faça uma loucura, como ficar de joelhos em frente a ele e implorar
para que se lembre. Tenho que ser paciente e galgar cada passo. Deve ser apavorante acordar sem
Autor(a): AliceCristina106
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saber quem é ou quem são as pessoas ao seu redor. De certa forma ele deve se sentir como um cego sem direção e o entendo mais do que ninguém. — Caramba, a coisa está feia mesmo. — Não vou desistir Maite. Só precisamos de tempo. — Assim que se fala — sorri para mim — Estou gostando dessa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 714
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:58
Posta mais
AliceCristina106 Postado em 30/03/2018 - 03:09:47
continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:34:36
Que bom que o embuste do Paul já era. estava ansiosa por esse reencontro aya U.U
AliceCristina106 Postado em 19/03/2018 - 01:29:00
que bom mesmo rs o reencontro enfim aconteceu. Continuando <e
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 01:29:16
minha nossa, até que enfim capítulos novos U.U
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Angel_rebelde Postado em 13/12/2017 - 18:43:07
Aeee !! Bom q vc voltou =D // Poncho tem q sair logo desse inferno pq esse irmão dele é pior q o Voldemort (Harry Potter) :@@@ Já tá bom desse clone do mal morrer :@@ Taaadinho do Ponchito =(( ainda por cima a periguete muda não ajuda em nada ! affff. Nem q ela estivesse gostando de dar pros comparsas do Paul, teria justificativa para deixar o Poncho sem água além de comida =(( Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
AliceCristina106 Postado em 15/12/2017 - 03:43:52
O Paul é o demônio em forma de gente, e ainda vai aprontar muito. Continuando, amore <3
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AliceCristina106 Postado em 13/12/2017 - 04:27:47
Voltei!! Continuando, amores <3
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Angel_rebelde Postado em 19/01/2017 - 00:04:51
Queee ódiooooooo desses bandidos sujos mantendo o Poncho acorrentado e a pobre menina muda presos ! O coitado falando da Anny, Luma e os meninos toodo saudoso sem saber quando voltará a vê-los =((((( Crueldadeeeeeeeeeeee !! Quero ele fora daí logooo e armar uma boa vingança pro FDP do Paul q já foi desmascarado. Cooooooooooooooooonnnntt Por Angel_rebelde
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:38
Posta mais ♥
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:49:08
Coitado do Poncho :( tomara que ele saia logo da aí.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:45:49
Angel_rebelde: não é a Anny é outra pessoa, infelizmente vai demorar o reencontro Ponny. Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 02:43:06
Anamaria ponny_: agora sabemos que ele ainda está vivo. Continuando <3