Fanfic: Querida Mãe Criminosa... | Tema: Vondy

Capitulo 003 – Rainha Má

Henrique Fernandez olhava enquanto dois homens enormes arrastavam o menino até o centro da pequena sala, iluminada apenas com uma fraca e doentia luz amarela de uma lâmpada já muito velha.

-Olha o que temos aqui –Ele inclinou a cabeça, se aproximando do garoto –Levante a cabeça, filho da pu a! –Gritou, fazendo sua cicatriz em meia lua ao redor do olho ressaltar-se.

O garoto de descendência indiana levantou o rosto, tinha um olho roxo e a boca sangrando, mas nada parecia justo pelo que ele tinha feito para Henry.

-Julian, o que você acha que merece? –Perguntou ele, segurando bem forte no queixo do garoto, que soltou um grunhido desesperado.

-A Rainha, senhor, ela vai saber o que fazer com ele –A voz grossa, muito rouca, saiu de um dos grandalhões que segurava Julian pelos braços, mas ao receber o olhar de Henry se encolheu como um gatinho assustado.

-Não gosto de chamar mulheres para fazer meus trabalhos –Falou Henrique, mas ao mesmo tempo pensou se não seria melhor chamar ela, todo dia eram novas ideias para fazer com quem os traia e pensando bem, ela gostava mais de se sujar com sangue do que ele. –Mas chame ela. –Mandou, enxotando-o com um gesto vago.

 O grandalhão sumiu muito rápido desaparecendo pela porta, para em minutos voltar a seu lugar. E então ela surgiu: a luz brilhando atrás dela como se ela fosse um anjo flutuando e vindo do céu, até a porta fechar e dar a Henry um olhar completo sobre sua quase-esposa .

Seus cabelos estavam presos em um coque despojado, bem no alto da cabeça, deixando seus fios ruivos acariciar seu rosto delicado e enfeitado com grandes olhos amendoados, uma boquinha carnuda no jeito que Henry gostava e um nariz arrebitado como se fosse a dona do mundo –e talvez pudesse ser, já que com sua beleza e inteligência, qualquer um se jogaria aos seus pés.

Ela sorriu, inclinando a cabeça e abriu a boca, jorrando uma fumaça cinzenta que rodopiou pelo ar como uma bailarina num concerto, e em seguida pôs um cigarro aceso na boca.

-Querido, quem é? –Perguntou ela, usando uma voz tão doce, tão angelical.

-Um presente para você, Dulce –Ele sorriu, a olhando enquanto a mesma passava direto pelo garoto sem mal olha-lo e aproximava-se de Henry, enlaçando-se nele com os braços, como um gato pedindo carinho.

-Voce sabe que não gosto que me chamem de Dulce, querido –Dulce balançou a cabeça, como se estivesse falando com um aluno mal-educado e passou os dedos pelo queixo dele de forma carinhosa.

Henrique sorriu, seus olhos de duas cores –azul e verde –brilhando no escuro.

-Um presente para minha Rainha Má –Ele corrigiu, sorrindo travesso , enquanto abaixava-se para beija-la.

Mas Dulce virou o rosto, fazendo os lábios dele encontrarem suavemente sua bochecha macia, o que o fez bufar de frustação, enquanto ela se soltava e finalmente olhava para o garoto.

-Coitadinho, querido, como você é mal –Ela disse, muito suavemente, mas Henry sabia que era assim: ela primeiro cativava suas vitimas, as fazia gostar dela, e depois, apenas para a dor ser maior, as atacava como uma leoa faminta por carne e sangue. –Como é o seu nome, querido? –Perguntou Dulce, usando sua voz mais macia e se abaixando ficando na altura dos olhos castanhos de Julian, parecia alguém realmente caridosa.

-J-Julian –Respondeu o garoto, levantando os olhos e a olhando como se fosse um anjo salvador, Henry sorriu por dentro, coitado nem sabia o que o esperava.

-Julian –Repetiu Dulce, jogando o cigarro no chão e os últimos espirais de fumaça sumindo no ar –Você é bonito, Julian, e não sei o que fez, mas não merece isso –Ela sorriu, acariciando a bochecha dele por um momento e quando retirou os dedos estavam manchados de sangue –Meninos, tragam comida e agua para ele, além de alguns curativos, vou cuidar dele –Mandou, olhando fixamente para Julian, acariciando seus cabelos pretos de vez em quando ou seus rosto e tentando limpar o sangue.

Rapidamente o jovem de poucos dezesseis anos estava apaixonado por ela, olhando-a como um bobo, enquanto Dulce o fazia se sentar numa cadeira e cuidava de seus machucados, Henry, por enquanto apenas olhava encostado na parede com um sorriso malicioso.

-Pronto –Falou Dulce, jogando uma ultima bolinha de algodão em cima de um dos grandalhões –Acha que pode se alimentar? –Perguntou, o olhando curiosa.

Henrique observou quando Julian engoliu a seco, olhando cauteloso dela para Henry.

-Ah –Falou Dulce, pegando na mão dele e colocando-a junto ao peito bem no decote, o garoto olhou de volta para ela, com olhos esbugalhados –Tudo bem, sei que tem medo de porem veneno –Ela sorriu, e movimentou a mãe dele “inocentemente” em seu seio, depois virou-se para Henry –Poderia nos deixar a sós, quero conversar com ele.

-Claro, querida, converse com ele –Henry sorriu, assentindo e saindo da sala, encontrando-se em galpão extensamente amplo.

Minutos depois, Dulce saiu com um sorriso de quem “fiz o melhor e querido, esse meu melhor é fantasticamente foda” e um saquinho cheio de sangue, que jogou para um dos grandalhões que Henry conversava.

-O que você fez? –Perguntou ele, curioso.

 -Rebolei bem muito no pau dele, até ficar duro depois peguei aquela minha faca e cortei, provavelmente ele está morto por hemorragia, e se não, o mande para o hospital, ele nunca vai se esquecer de mim –Ela riu, explicando, e finalmente retirou a faca de dentro de sua bota escura, cheia de sangue, pingando e manchando o chão.

-Uau –Henry riu, a puxando pela cintura, com cuidado modo a faca e a beijou, tão feroz que quando a olhou teve a enorme vontade de joga-la na parede –Sabe que te amo, não sabe? –Perguntou, molhando os lábios, observando-a sorrir com a boca vermelha.

-Claro que eu sei, afinal, sou Dulce Maria Savinon, e você Henrique Fernandez, nos amamos, porque somos iguais: podres até os ossos.

Respondendo Comentários ♥:

lorena2003wtf: Ownt, brigada amor, que bom que voce está gostando!

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