Fanfic: Guardiões do Paraíso e a Lança do Destino | Tema: o tema é de inteira posse do criador (eu)
Morar em uma catedral não é lá essas coisas. Ainda mais se você desconfia que esse tal de Deus, meio que não existe. Sabe tanta coisa ruim já me aconteceu com essa vida maldita que pensar que um Deus preparou tudo isso pra mim é loucura. Só um idiota pra pensar o contraria. É fácil contradizer uma pessoa que acredita nele. Mas eu não gosto de falar muito disso. Me lembra minha mãe...
Desculpe-me, nem me apresentei meu nome é Andrew Blake, eu sou um órfão. Eu nunca conheci o meu pai, me diziam que ele era engraçado. Ia ser engraçado quando eu cumprisse minha promessa de socar a cara engraçada dele. A minha mãe havia me deixado ali quando ainda era um bebê. Solitário, com frio, mas eu nunca desisti de espera-la. O cardeal Donald Richard me falou que eu tinha os cabelos dela: meu cabelo era preto e curto. Eu era um adolescente comum, nunca fui de ser malvado ou idiota era mais pra desajustado e sozinho. Não gostava de fazer amizade com outros adolescentes porque 15 anos é uma idade crucial em que todos eles são crianças e pareço ser o único com maturidade suficiente para entender as coisas. Eu, mesmo sendo órfão ainda espero pela minha mãe, porque eu sinto que preciso encontra-la.
A igreja é meu lar. Eu não consigo sair dali, literalmente. sair porque me da um monte de tarefas para serem feitas. O cardeal Donald não me permiti pois diz que coisas terríveis acontecem lá fora, o mundo perdido. Algumas vezes eu consigo escapar pelos fundos e subir até o telhado e ai eu posso ver o por do sol. É o que mais gosto de ver. A beleza natural mais linda, a luz se põe no oeste e então ocorre a mistura de cores: azul, roxo, amarelo, laranja e uma pequena esfera amarelada abaixo das nuvens de um belo sábado.
- Andrew! – gritou o cardeal Donald. – desça já dai.
Mais uma vez o cardeal se fez o estraga prazer em ver a beleza desse mundo. Eu desci lá de cima pela escada na rua de trás da igreja a St Matthew ct nortwest. O cardeal me ajudou a descer.
- Cardeal eu só estava...
- Nada de desculpas, Andrew! – disse ele franzindo o cenho. Ele parecia ainda mais velho quando estava nervoso. Ele tinha 75 anos e ficava com cara de 80 quando brigava comigo. Ele ainda estava com sua batina preta com seus milhares de botões. Mesmo com a batina tendo um significado bem interessante, no beco atrás da igreja ela parecia sombria.
O cardeal me levou devolta para igreja, nervoso ele foi reclamando.
- O que estava fazendo garoto? – perguntou ele. – já disse para não sair de dentro da igreja! – afirmou ele freneticamente olhando para os lados.
- É sempre a mesma coisa Cardeal, - rebati com ele. – eu nunca posso sair dessa maldita igreja, e a única coisa que eu consigo ver é o por do sol. Por quê?
Ele segurou bem forte no meu braço e começou a me arrastar para dentro da catedral pela porta dos fundos. Me levando pelo corredor rapidamente até pulpto e finalmente ele parar e se apoiar no altar, ofegante. E eu fiquei parado esperando ele se recuperar. Ele voltou e segurou meus braços.
- Andrew, você não pode entender ainda – disse ele com mansidão na voz. – mas Deus tem grandes planos pra você.
- Cardeal, você sabe que eu ainda não me decidi sobre Deus.
- Mas ele já se decidiu sobre você, filho – disse ele olhando profundamente em meus olhos. – não é porque você tem esse cabelo escuro desgrenhado que Deus não exista.
Ele mexeu no meu cabelo deixando-o bagunçado, eu sorri. O Cardeal Donald era legal e divertido mas em qualquer lugar a qualquer momento ele estava ou dando uma lição de moral ou me mandando alguma tarefa de limpeza. Era bem chato limpar uma igreja tão grande. E contando todas as vezes que deixei o cálice cair, sem querer espirrar na agua benta, e riscar as estatuas dos santos, é incrível como o cardeal ainda deixava que eu limpar a igreja. Ele disse que uma freira viria ajudar eu não vi diferença entre ter ou não ter alguém pra ajudar porque eu sempre fiz isso sozinho, mas se alguém vai me ajudar a não destruir a igreja eu fiquei feliz.
Havia algumas pessoas na igreja ainda algumas orando e algumas que apenas observavam. Havia uma garota aparentemente uns 20 anos. Vestia uma roupa comum calça jeans e uma camisa vermelha. Ela não parava de olhar para mim. Eu continuaria naquele jogo de encarar para sempre, mas o cardeal me chamou para varrer o pulpto. Então eu fui, mas a ultima visão que tive dela foram os olhos se tornando completamente negros. O que? Eu fechei os olhos e sacudi a cabeça. Devia ser um dos meus mil problemas de saúde. Sim eu não sou perfeito, mesmo com olhos azuis tão bonitos eu tenho alguns problemas de visão por isso acho que o que eu vi naquela garota foi loucura. Além de problema de visão eu era muito bipolar. Mas na maioria das vezes meu outro lado agressivo ficava guardado, menos quando aqueles adolescentes idiotas jogavam lixos pela igreja depois de eu ter passado tanto tempo limpando. Cara isso era tipo um insulto. Era como se sua professora não aceitasse seu trabalho de escola. Certo, eu nunca fui em uma escola, mas o cardeal me ensinava muito bem, além de dar algumas historias da bíblia que eu preferia não ouvir.
E esse era o meu dia a dia desde que eu me entendo como ser humano. Até o dia em que eu descobri que eu não era só humano. Existia algo dentro de mim além de um ser humano que pedia para se libertar. Mas minha vida era tão comum que pensar em uma epopeia em minha vida era tipo, impossível. Nada nesse mundo era divertido.
- Andrew, o jantar esta servido! – gritou o cardeal do lugar que digamos, era a nossa cozinha.
- Já vou.
Desci até o porão que era a nossa cozinha. Um fogão alguns armários com pratos e talheres, todas velhas mas muito boas de se usar e até lavar. Para hoje teríamos frango frito com purê de batata do cardeal Donald, e um suco de laranja. Era muito agradável ali por que eram só nós dois ali sempre foi. Nunca outras pessoas para atrapalhar ou serviços pendentes para fazer. Só nós.
- Como esta o frango? – perguntou o cardeal.
- Ótimo. – disse dando uma garfada no purê.
- Que bom. – disse ele cortando o seu frango. – por quê é a única coisa que seu velho sabe fazer.
Ele também era ótimo com piadas, pelo menos quando não me mandava fazer algum serviço ou me tirava de cima da igreja. A piada que ele mais repetia era: “ toc, toc” quem é? “ calças.” Que calças? “minhas não são, eu estou usando batina.”. Aquele homem era demais, a não ser pelo seu alto grau de religiosidade.
- Sabe quem virá amanha? – perguntou ele mastigando o frango.
- Não. – respondi torcendo que fosse minha mãe, mesmo ela não dando vestígios de que iria voltar algum dia.
- Aquela freira que disse que te ajudaria com a limpeza.
- E você ira a deixar sair? – disse tomando um gole de suco.
- Se ela quiser...
O suco na minha boca ficou amargo e fiz força para que ele descesse. como assim “se ela quisesse”? e se ela quiser sair por quê eu não? Minha expressão ficou carrancuda. O cardeal deve ter percebido isso, pois deixou morder seu precioso purê de batata para dar um suspiro.
- Andrew, sei o que esta pensando. – disse ele calmo.
- Então! – rebati.
- Os planos de Deus pra você não são os mesmos pra ela.
Eu fiquei nervoso, me levantei e tentei não olhar para o cardeal. O cheiro de mofo la embaixo era muito ruim mas não foi pior que o cardeal falar aquilo.
- Então os planos de Deus para mim é ficar trancafiado aqui? – perguntei irônico.
O cardeal se levantou e veio na minha direção. Ele colocou a mão no meu ombro e me virou.
- Andrew, - chamou-me. – feliz aniversario.
Com uma grande habilidade para mudar de assunto me fez lembrar que era o meu aniversario. Na mesa onde estavam os pratos agora tinham um pequeno bolo que com certeza daria para nós dois. O bolo era de chocolate, meu preferido.
- Obrigado cardeal – disse feliz dele ter lembrado do meu aniversario.
Ele foi até o interruptor e desligou a luz. Apenas as luzes das velinhas preenchiam o espaço. Eu sabia que aquilo não funcionava, nunca funcionou: fazer um pedido e assoprar. Sempre pedi para minha mãe voltar por 15 anos, por 15 anos esse foi o meu desejo. Mas nunca aconteceu. Essa vez seria a ultima que eu experimentaria essa criancisse. Fechei os olhos imaginei eu finalmente ser livre daquela prisão e viver algo que me fizesse viver ao extremo. Puxei o ar e assoprei. Abri os olhos e o cardeal me abraçou.
- Pode parecer confuso agora, filho – disse ele com ternura. – mas tudo esta para mudar. Após ele falar isso minha cabeça começou a girar e balançar. Senti minhas pernas bambas. Eu sempre tive esse problema mas ficou cada vez mais crônico. Mas aquela estava bem forte, então eu despenquei e apaguei.
...
Acordar com dor de cabeça era normal pra mim, mas acordar com o que parecia meio mundo gritando diretamente nos meus tímpanos não era normal. A primeira imagem que tive depois de acordar era alguém, a visão estava embaçada, como de costume, mas pude ver que era uma freira, ou seja, a mulher que iria me ajudar a limpar aquele lugar. Mas, cara, que dor de cabeça era aquela? Nunca antes eu tive aquela dor. Eu coloquei a mão na cabeça pra ver se conseguia colocar pelo menos a vista em ordem. Mas foi só levantar e BUM! Eu caíra no chão. A dor começou a parecer palpitações.
Tum, tum. Tum, tum.
Até a nova freira veio para tentar me ajudar, mas foi inútil. A dor latejante foi ficando ainda pior. Até que certo momento eu fechei os olhos com força e quando abri... o mundo ainda era o mesmo nada havia mudado, somente a dor foi embora, o que já era um grande alivio.
Balancei a cabeça para acordar realmente. Caramba de onde veio tanta dor? Pelo menos havia parado.
- Tudo bem Sr. Blake? – perguntou ela com um copo de agua em mãos.
- Sim, - respondi-lhe, aceitando o copo de agua e imediatamente dando um gole. – quem é você?
- Ah! – exclamou ela com êxtase. – você ainda não me conhece não é mesmo? Eu sou Madeleine, a nova freira que ira ajudar você a limpar a catedral.
- Certo, só o nome me interessava. – disse dando o ultimo gole na agua.
Levantei-me renovado como se aquela noite realmente tivesse recarregado as minhas baterias. Sentia-me com capacidade de limpar a catedral inteira, e sozinho (coisa que eu nunca faria realmente).
Ao olhar para Madeleine ela me lembrava alguém. Mas de onde? Aquilo não importava no momento, estava com um pressentimento de que o dia seria diferente. Com as mesmas tarefas, mas diferente.
- vamos novata – disse a Madeleine. – vamos limpar esse lugar.
...
Chegando o inicio da tarde, já havíamos limpado 30% da catedral. Madeleine era muito calada e tinha braços fortes. Ela conseguia tirar sujeiras do chão que eu jamais consegui tirar em toda a minha vida. E se não fosse pelo meu problema de visão, eu juraria que a vi segurar um dos bancos com uma mão. Continuei a varrer o pátio da catedral quando vi Madeleine entrando para o confessionário, mas o cardeal não estava ali. Então, por que ela havia entrado? Fui conferir. Eu sei que era falta de educação, mas antes dela entrar eu havia ouvido um barulho de telefone. Não havia ninguém na igreja naquele momento, por isso o som do telefone ecoou pela catedral. Ao chegar perto do confessionário ouvi ela falando, mas não falando com a voz de Madeleine, mas com voz de... outra coisa. Ela falava em uma língua que eu não conhecia. Então a voz dela começou a tremeluzir em minha cabeça e eu consegui discernir algumas coisas como: “eu o encontrei! Encontrei o filho dos Celestes”. Ao ouvir ela falar aquilo e eu entender a vassoura caiu. Eu me afastei e segurei a vassoura como se ela pudesse me proteger. Madeleine saiu de dentro do confessionário. Com uma expressão furiosa ela arrancou sua toca de seu habito.
- Olha Madeleine, - disse tentando me desculpar. – eu não quis me intrometer em seu...
- SILÊNCIO! – disse ela jogando o banco para o outro lado da igreja arruinando um dos pilares. – você, meu garoto espero que tenha vivido bem porque hoje é seu ultimo dia.
Meus instintos diziam para eu largar a vassoura e correr. O problema é que só consegui dar um passo para trás antes que ela me prensasse na parede segurando minha garganta. Ela mudou muito: seus dentes cresceram, seus olhos se tornaram completamente negros e parecia que ela ganhou 90 quilos de massa corporal nos últimos 15 segundos. A roupa de freira começou a ficar-lhe apertada, os braços rasgaram as mangas a meia calça rasgou de pouco em pouco, por baixo de sua roupa havia uma roupa de ginastica. Eu não entendi nada pois já comecei a perceber que estava ficando sem consciência. Ela arrancou uma imagem da virgem Maria e balançou por cima de sua cabeça. A única coisa que eu queria ali naquele momento era não ser atingido pela virgem Maria ou morrer com algo daquele dentro de mim.
Meu ar estava indo muito rápido. Minha vista começou a ficar tortuosa e embaraçada. Eu ainda conseguia ouvir, mas mesmo assim isso não me ajudara muito. Mas consegui discernir algumas palavras: “Filho de um celeste”. Eu não sabia o que significava. Mas a cada momento que ela continuava a me prensar e esmagar meu pescoço eu ficava mais lento e no meu ultimo suspiro ele apareceu.
Ele a empurrou com muita força jogando-a do outro lado da catedral destruindo alguns bancos e parte do púlpito.
- Você... – disse eu com voz rouca.
Madeleine se levantou ainda mais furiosa. De seus braços musculosos agora saiam sangue e ela tombava para os lados.
- Não se aproxime besta! – disse o garoto. Sua voz era como de uma criança, mas era uma voz de autoridade.
- Ou o quê? – disse ela.
- Você sabe o que eu posso fazer Rigel.
Madeleine, ou Rigel, como ele tinha chamado, deu o maior berro que já ouvi parecia um giz raspando na lousa, mas multiplicado por mil. Depois se transformou em uma nevoa negra que de destruiu a parede ao lado dela e fugiu.
Eu quase desmaiei, mas ele me pegou pelo braço colocou em suas costas e me carregou até fora da escola. Eu já havia visto aquele garoto, ele ia falar com o cardeal de mês em mês sobre algumas coisas, mas nunca soube o que era. Ele era loiro com olhos verdes. Não aparentava ter mais de 13 anos, vestia uma camiseta azul por baixo de um moletom azul escuro.
- Temos que ir rápido – disse ele. – mais deles vão vir atrás de você.
- Por quê? – perguntei recuperando o fôlego. – o que eu fiz?
- Nada – respondeu ele largando o meu braço. – e esse é o problema.
- Como assim? – disse-lhe interrompendo ele de continuar a correr. – me explica porque eu não estou entendendo nada.
- Nós não temos tempo. – disse ele, me arrastando para correr pela rua.
O dia estava ameno e confortável. O moletom dele devia estar aconchegante. Enquanto isso minha camisa velha, desbotada e fedida de suor me fazia sentir um frio danado.
Chegamos a um orelhão no outro lado da rua. As pessoas passavam e nem ligavam para gente e alguns nos olhavam com olhos escuros e medonhos. Quando olhei novamente para o garoto e havia tirado seu moletom e amarrou em sua cintura. Ele tirou de seu bolso duas moedas que eu nunca vi (olha eu já vi muitas).
- Rápido! – disse ele me entregando uma delas. – coloque lá e digite 7-7-7.
- Eu não vou fazer isso – disse-lhe. – não até obter algumas respostas.
O garoto estava histérico olhava de um lado para o outro como se estivesse esperando um trem. Mas o único trem que passava era as de pessoas que aumentava o seu numero a cada instante.
- Não podemos falar aqui – disse ele em tom de seriedade. – estão vindos atrás de nós.
- Primeira pergunta, - disse eu. – quem este vindo atrás de nós?
Ele ficou nervoso. Empurrou-me e entrou na cabine telefônica. Colocou a moeda e teclou os números. Colocou o telefone no rosto e olhou pra mim.
- Eu te avisei Nefilin, - disse ele com a testa franzida. – não sobrevivera sem mim.
- Eu não vou sobreviver sem um projeto de super-homem que esta esperando uma ligação de não sei-quem? – disse em tom de sarcasmo. – poupe-me moleque.
O garoto bufou de raiva. Mas o que mais me surpreendeu é que ele simplesmente subiu como um projeto de doctor Who, mas em uma projeção da cabine. Mas e agora? Eu voltaria para Madeleine, a freira psicomaniaca? Eu não tinha lugar para ir. Minha mãe, eu nem sabia onde ela estava. Mas o garoto aparentemente havia preparado tudo e deixado o caminho livre, ele ia conversar com o cardeal para pensar nesse dia. Caramba, o cardeal! O que aconteceria com ele?
Eu não iria segui-lo. Mas também não poderia voltar para a catedral, porque eles viriam me buscar de um jeito ou de outro. Então eu caminhei e tentei esquecer aquilo. Enquanto caminhava as pessoas chegaram a um número absurdo mesmo para um horário de pico. Parei em frente a um semáforo que estava vermelho. As cenas que vi não saiam de minha cabeça. Freira, músculos, garoto heroico.
Sacudi a cabeça.
Era preciso apenas balançar a cabeça e acreditar que tudo isso só foi um dia ruim. Um dia ruim em que tudo, eu digo, tudo estava indo mal.
As pessoas a minha volta estavam estranhamente paradas. Todas olhavam para frente e não voltavam o olhar para ninguém. Sem eu perceber, o silencio havia tomado conta do centro da cidade. E eu era o único que estava um pouco lucido. Passei a mão na frente do rosto de um garoto de uns 19 anos, provavelmente um formando. Ele não expressou nenhuma reação. Nem sequer piscava. Aquilo estava muito estranho. Então as vozes começaram a falar uma atrás das outras como em uma ópera.
- Ora, ora se não é... – disse o senhor da mercearia.
- O novo Nefilin... – completou uma mulher que parecia uma secretaria.
- Será que ele vai sobreviver?... – a criança que segurava a mão da mãe disse isso.
- Ou será só mais um morto pelas mãos de... – completou o formando.
- Legião.
A última pessoa que falou parecia um empresário que vinha em minha direção fazendo um caminha no meio das pessoas. Terno negro e gravata vermelha. O cabelo bem penteado para o lado direito e um sorriso assustador. Os olhos do homem eram negros. Completamente negros. Ele era alto. Bem, pelo menos mais alto que eu. Ele se aproximou de mim com uma taça de uma bebida e após ele dar um gole, me olhou e fez cara de desdém.
- Olha, - disse ele. – eu achei que você era mais alto.
- Eu... eu...- gaguejei ao tentar falar qualquer coisa. Ele colocou o dedo indicador nos meus lábios.
- Sem comentários okay?
Eu não pude fazer nada. O medo daquele homem que eu mal conhecia e que falava de mim como se me conhecesse há muito tempo.
- Garoto, eu não quero matar você. – disse ele com um tom de normalidade, andando a minha volta. – eu só queria conhecer o novo queridinho do paraíso.
Ele voltou a dar um gole.
Volte para o telefone.
O meu corpo inteiro se voltava à ideia de voltar La e ir para qualquer lugar onde ele me leva-se, contanto que seja longe daquele cara.
- Se tiver pensando em fugir nem tente – disse ele, olhando para o horizonte. – esses ai que estão a sua volta – ele apontou com a taça na mão. – são todos eu. Então não da certo.
Eu não conseguia falar. Mas também, o que eu falaria para ele? “belo terno”, ou “ bom dia pra você também”.
- Como eu já falei eu não quero te matar só te conhecer. Filho Celestial.
- O que? – finalmente eu pude dizer algo, mas infelizmente foi inútil.
- Tudo aquilo de filho de anjo, Nefilin, metade alma metade anjo sabe? – acho que ao ver meu rosto ele entendeu minha resposta: não. – que pena você nem sabe o que é. Eu já matei muitos de você. Mas eles pelo menos sabiam o que eram. Já você, vai perecer por falta de conhecer a si mesmo.
Então algo em mim fervilhou para ser dito. Então eu relaxei e apenas disse.
- Se liga vovô, primeiro: eu não perecer por nada, okay? E segundo tchau.
Quando me virei para correr dois adolescentes pularam por cima do grupo que me cercaram e um garoto com arco lançou duas flechas em dois caras que faziam parte da legião. A garota com uma pequena adaga atacava velozmente os outros. Eu simplesmente parei e percebi todos os detalhes daquele ataque. Eles abriram um caminho para o telefone. Alguém segurou o meu braço e me puxou.
Estava indo novamente para o telefone. Quem estava me puxando era o garoto que havia me salvado da maluca da freira Madeleine.
- Você é um idiota moleque! – disse ele.
Eu rapidamente coloquei a moeda no telefone e teclei 7-7-7.
- Silver! Gale! Vamos agora.
Legião agora vinha como uma manada de elefantes encima de nós. Silver e Gale corriam para o telefone. Mas quando Gale veio entrar no circulo, o próprio Legião enfiou uma adaga no peito dele e o puxou de volta. O sangue escorreu pelo corpo dele e Legião deu um sorriso maléfico. Silver gritou e tudo ficou escuro.
...
Quando eu abri os olhos, estava escuro. Não ouvi nada só pingo como se estivesse em uma caverna. O terreno era rochoso. Eu estava tonto. Mas consegui o olhar a porta que tinha uns 4 metros. Nela havia vários desenhos de homens com asas... anjos. Pelo menos, é o que eu acho.
As portas se abriram. Dela surgiu um homem de armadura, nenhuma que eu conhecia. Não era grega, romano ou da idade media. Ou outra qualquer. Era de bronze muito brilhante.
Do chão ele tinha 2 metros de altura. Os olhos dele eram cor âmbar, seu cabelo dourado caia pelos ombros e na armadura.
- Quem é você? – disse quebrando o silencio. – que lugar é esse? Quem eram os garotos que me trouxeram aqui?
- Suas respostas serão respondidas no momento certo.
- Como assim, “no momento certo”?
- Siga-me – disse ele indo novamente para a porta. – suas respostas estão lá dentro, no Éden.
perdão pelo tamanho da fanfic é a primeira que faço, quem ler por favor me desculpe
Autor(a): matheusvnarcizo
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Até onde pude ver o lugar era enorme. Do portal até uns quinhentos metros eram só dois muros de arvores bem grandes de frutos variados. O homem na qual eu seguia não falava nada em nenhum momento. Ao chegarmos numa grande clareira que tinha vários e diversos alvos e alvos móveis para arco e flecha, treinamento com machados e armas ma ...
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