Fanfics Brasil - 2. Attempt Precious Blood

Fanfic: Precious Blood | Tema: Anjos, vampiros, lobisomens, sobrenatural, mistério, romance, suspense


Capítulo: 2. Attempt

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Hector e Kath


Estava cercada pelo breu, o carro em que me transportavam não era muito grande pelo tamanho da mala.


Precisava sair daquele lugar urgentemente, estava começando a ficar abafado e quente, odiava lugares assim, estava começando a me faltar ar. Nunca tinha sido sequestrada e colocada na mala do carro, achava que isso só acontecia em filmes ou em grandes cidades.


- Me tirem daqui! - Gritei batendo na tampa do porta-malas sem forças. - Agora ou chamarei a polícia!


Continuei batendo na tampa até baterem de volta como resposta. Naquele minuto descobrir que era claustrofóbica.


- Idiota! - Gritei ríspida e continuei a bater. - Me tira daqui!


Gritei, um som agudo e alto, fazendo o carro parar bruscamente, gastando minhas últimas forças. O carro parou bruscamente e fui para frente batendo a cabeça. Gemi de dor e fiquei parada querendo que a dor fosse embora, fechei os olhos por conta da luz que estava lá fora quando o porta-malas abriu-se segundos depois.


- Vamos. - Mesmo o homem com mascara e capuz forçando a voz, a achei conhecida, porém havia batido a cabeça com muita força e ela latejava como nunca, não estava a fim de pensar muito.


- Me deixa! - O empurrei furiosa ao sai de dentro do porta-malas tonta e sentindo frio. - Não toque em mim! - O fuzilei com os olhos ao senti sua mão agarrando meu braço.


O mascarado um pouco mais alto que eu insistiu em segurar meu braço e o empurrei cada vez mais forte ainda mandando-o se afastar. Não era do tipo "donzela em perigo", sabia me cuidar sozinha.


- Quer respeitar o meu espaço pelo menos? Que coisa chata! - Falei com a mão na cabeça sentindo a dor. - Eu lhe sigo!


O ouvi respirar fundo e seguir seu caminho parecendo chateado e acreditando que iria segui-lo, porém não o segui, agi por instinto, virei-me e comecei a correr mesmo com a cabeça latejando.


- Kath! - Ouvi a voz de Kyle, mas antes que pudesse virar-me para certificar-me de que não era apenas minha imaginação tropecei em meus próprios pés e cair, batendo novamente minha cabeça, agora no chão de pedras onde não havia muita neve.


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- Oh meu Deus! - Exclamei sentada no banco vinho da sala da Diretora Clair com uma compressa gelada em minha testa. - Vocês só podem está de brincadeira comigo!


- Sinto muito, Kath. - Falou Kyle pela quinta vez com uma expressão tristonha quando o empurrei com raiva quando ele estava lavando o sangue de minha testa.


Kyle tinha os cabelos negros em um topete, olhos castanhos claros acompanhados de belos cílios e pele branca com bochechas rosadas e com poucas sardas... Um garoto muito fofo e lindo.


Fiquei muito irritada ao saber que tudo não passava de uma armação de Kyle juntamente com Poppy e Bells. Sentia vontade de esganá-los naquela hora.


- Isso não se faz com ninguém, ok?! Que brincadeira sem graça essa de vocês! - Olhava os três. - De quem foi a ideia ridícula?


- Não concordei desde o início. - Bells estava sentada em um banco mais afastada enquanto Poppy que sentava mais perto soltou:


- Hoje é seu aniversário, Poxa! - Ela levantou-se perdendo a paciência e foi à porta. - Queríamos fazer algo legal para você! Lá fora esta tendo a maior festa e estou perdendo! Vamos deixar a idiotice de Kyle de lado uma vez na vida! - Poppy adorava uma festa, perder uma é a morte para ela.


- Hey! - Kyle virou o pescoço rapidamente para encara-la. - De qual lado você esta?


- Do meu!


- Precisava fingir um sequestro?! - Os interrompi. O hobbie de Kyle e Poppy era discuti entre si, isso me deixava super irritada sem contar que estava com minha cabeça latejando e a compressa gelada na estava adiantando nada.


- Kath, por favor. - Ela abriu a porta, permitindo que o som eletrônico entrasse na sala e explícito minha cabeça, explodindo-a por dentro.


- Fecha isso! - Mandei irritadiça soltando a compressa e tampando meus ouvidos com as mãos.


- Vamos logo! - Poppy praticamente suplicou fechando a porta fortemente.


- Calma aí! - Kyle falou a Poppy, mas olhando-me preocupado tirando minhas mãos de meus ouvidos e sorrindo. - Tudo bem, Kath.


Poppy o fuzilou com o olhar e falou antes de passar a mão em seus cabelos loiros, arrumando-os:


- Cala essa boca, Kyle.


- Para, pessoal. - Falei quando vi que Kyle iria revidar. Deitei-me novamente no sofá. - Minha cabeça dói.


Olhei para Bells ao vê-la se aproximar com uma enorme pílula e um copo de água.


- Pegue, vai se senti melhor. - Ela os entendeu a mim e sorriu quando tomei a pílula.


Sorri como agradecimento e em seguida olhei para Kyle.


- Sinto muito. - Ele se levantou da cadeira bem na minha frente e estendeu-me a mão.


- Eu preciso ir mesmo?


- Fizemos para você, como pode a central da festa não estar presente na festa?


Sorri com suas palavras e peguei sua mão me levantado.


- Amém! - Poppy falou.


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O refeitório da hípica tinha se transformado em uma enorme balada. O fecharam com TNT preto e colocaram vários discos de discoteca no teto que rodava refletindo luzes coloridas pela área, havia uma área para a DJ outra para o bar, havia muita gente, eu não reconhecia a metade.


- Kath! - Já estávamos a um tempo dançando e se divertindo quando fui interrompida por Cindy.


Cindy fazia hipismo no meu horário, seus cabelos eram loiros e seus olhos verdes escuros, confesso que não conversava muito com ela durante as aulas, Cindy era muito patricinha, do estilo de que tudo dela e de sua égua serem rosa.


- Parabéns! - Ela falou alegre de braços abertos ao virar-me.


- Obrigada, Cindy. - A abracei e percebi que ela estava acompanhada, um belo rapaz ao seu lado olhava para mim, dono de cabelos castanhos, pele morena clara e lindos olhos verdes.


Seus olhos logo me causaram certo interesse, eles possuíam o mesmo brilho do garoto que me salvava do encapuzado. Eram iluminados.


- Esse é Hector. - Ela falou assim depois de um tempo. - Meu primo de Londres.


- Prazer, Hector. - Sorri e lhe ofereci minha mão para apertá-la.


Hector era bem bonito e aparentava ser mais velho, seus músculos eram grandes e definidos, constatei que ele poderia ser um jogador de futebol americano ou algo do gênero.


- O prazer é todo meu. - Ele pegou minha mão delicadamente e sua cabeça abaixou lentamente para beijá-la. Corei. - Meus parabéns.


- Obrigada. - Sorri feito uma boba.


- Vou pegar algo para beber! - Cindy falou tirando nossas atenções. - Vocês querem?


- Não, obrigada. - Falei enquanto que Hector balançava a cabeça.


Ficamos um tempo olhando um para o outro sem saber o que falar, chegou a ser até um pouco engraçado.


- Então... - Dei o primeiro passo para começar uma conversa. - Se mudou para cá?


- Não, Holmes Chapel é uma linda cidade, porém só vim passar um tempo com a família.


- Entendi, faz faculdade em Londres?


- Exatamente. - Ele abriu um sorriso. - Venho para cá quando posso, cheguei antes de ontem, quando soube de sua festa não pude perder a oportunidade.


"Perder a oportunidade"?


- Espero que esteja gostando. - Falávamos quase gritando por causa da música alta.


- Estou... - Houve uma pausa. - Não quer conversar em um lugar mais afastado daqui?


Virei-me para olhar para meu companheiro de dança, Kyle estava com outra e pela proximidade que estavam os dois, era certeza que eles iriam ficar juntos mais cedo ou mais tarde. Senti um pouco de ciúmes, não nego.


- Claro. - Falei ao virar-me novamente para Hector.


Hector estendeu-me a mão abrindo passagem. Fomos até o bar e sentamos um na frente do outro em bancos muito altos, o que fez meus pés ficarem suspensos.


- Quantos anos você esta completando, se me permite perguntar?


- Dezoito. - Ele arregalou os olhos e eu ri. - O que foi?


- Não parece, sinceramente, você é muito linda.


Senti minhas bochechas esquentarem e abaixei minha cabeça envergonhada, Hector sorriu mostrando seus dentes brancos e perfeitos.


- Não precisa ruborizar, Katherine.


- Quantos anos você tem? - Perguntei após um tempo depois de olhar rapidamente para a pista de dança.


- Vinte e seis. - Notei que ele havia pensado antes de responder.


Mais ou menos a idade que eu lhe daria aparentemente.


Virei-me para dentro do bar para pedir algo para beber, mas não havia ninguém.
- Onde será que esta o bar man? - O procurava.


- Não sei, quer algo?


- Quero água. - O olhei novamente. - Sou fraca com relação a bebidas, então eu meio que as evito.


- Muito sábio de sua parte. Sei onde estão as bebidas, podemos ir lá. - Ele logo se levantou. - Se quiser.


Olhei para as pessoas dançando novamente levantando meu tronco um pouco, vendo a imagem de Kyle beijando aquela menina com quem ele dançava, como era de se imaginar.


Um lado de mim falava: "Hector é um desconhecido, vai para não sei aonde com um desconhecido, Kath?", porém o outro falava que não havia nenhum problema em acompanhá-lo, afinal, apenas iríamos pegar algo para beber, certo?


- Claro. - O olhei novamente sorrindo e levantei-me do banco, colocando meus pés no chão.


Saímos da parte coberta por TNT, dando a volta e indo até a parte de trás do bar, uma parte que não havia ninguém e quase não se podia ouvi a música. Meu coração acelerou pelo fato de está em um lugar desses com alguém que eu apenas sei o nome e a idade.


- Não tenha medo. - Hector parou ao meu lado.


- Não estou com medo. - Bufei querendo rir de tão ridícula que achei aquela sua fala. - Só quero logo sair daqui.


Andei até o freezer e o abrir, sentindo o bafo gelado em meu rosto peguei uma latinha de coca-cola, estava prestes a fechá-lo quando notei um líquido vermelho na ponta de sua tampa, era mínimo, mas me arrepiou.


- O que será isso? - Perguntei e Hector se aproximou. - Parece sangue, não é?
- Não. - Ele respondeu imediatamente estendendo sua mão para fechar a tampa do freezer. Dei um pulo de susto por causa do som.


- Acho que é sim. - Dei um passo a frente e avistei mais líquido vermelho no chão, como um rastro de sangue. - Meu Deus! Alguém esta ferido!


Corri seguindo o rastro vermelho com Hector atrás de mim, o caminho me levou até uma porta, a porta que dava ao bar, meu coração disparou ao tocar a maçaneta gelada.


Hector estava calado atrás de mim, eu estava tão nervosa com o que poderia está por trás daquela porta que nem virei-me para observá-lo.


Virei a maçaneta e arregalei os olhos ao ver o bar man morto no chão com uma poça de sangue em sua volta.


Gritei, depois de alguns segundos senti algo bater em minha cabeça e cai no chão. A peguei por causa da dor, era a terceira pancada que levava na cabeça hoje, gemi de dor e levantei meu olhar, Hector estava com os punhos levantados.
Ele veio para cima de mim com um olhar diabólico.


- Sai, sai! - Gritei empurrando-o. - Chamarei a polícia! - Tentava pegar meu celular no bolso da calça, mas ele foi mais rápido. Pegando-o antes.


- Com isso? - Ele mostrava-me meu celular. - Sabe o que eu faço com isso? - Ele o jogou para longe. - Acho que você não vai mais ligar para ninguém.


O chutei com ódio, o que lhe fez distrair-se um pouco e dar-me a oportunidade de escapar. Consegui levantar, porém quando comecei a correr ele surgiu rapidamente em minha frente, colocando-me contra a parede e sua enorme mão em meu pescoço, dificultando minha respiração.


- Se sente esperta, não? - Seus olhos eram medonhos, como se eles quisessem me engoli.


- O que quer? - Cuspi minhas palavras.


- Você bem que é uma garota bem bela. - Ele ignorou minha pergunta passando seus olhos pelo meu corpo de cima a baixo, suas mãos desceram de meu pescoço a minha cintura e depois prendeu minha mão. - Seu coração está acelerado, posso sentir. - Não sabia como ele sabia disso.


Seu rosto se aproximou do meu e quando ele estava prestes a me beijar um vento muito forte passou por nós, levando meus cabelos sobre o rosto e jogando Hector longe para uma área não coberta. Hector bateu fortemente as costas na neve.


Afastei meus cabelos e olhei em direção a Hector. Ele rolava sobre a neve com um garoto menor, os dois estavam no chão socando um ao outro, era uma luta voraz, um machucava o outro para matar. Depois de algum tempo assistindo a luta sobre a neve, pude ver quem era o meu salvador.


- Hey! - Corri até eles e puxei Hector de cima do garoto que intimidou o encapuzado ontem. - Sai de cima dele!


Hector era muito forte, parecia que estava tentando puxar um armário, meus esforços eram completamente em vão, ele nem se quer mexia. De repente, o impacto, ele se virou rapidamente atingindo-me fortemente, senti que estava voando e cai no chão a metros de distância acompanhada com uma pouca quantidade de neve. Minha cabeça e minhas costas começaram a doer bastante no mesmo instante.


- Oh, Droga!


Gemi de dor enquanto tentava me recompor sentando-me e ouvindo o urro de raiva do garoto que segurava seu braço com mãos vermelhas, ele levantou-se furioso e atacou Hector, fazendo seu pescoço ficar entre suas mãos. Os dois sumiram como um borrão.


Fiquei alguns minutos tentando entender, "Deveria ter sido minha imaginação enganando-me?" Levei minhas mãos até minha cabeça por causa da dor e quando ia levantando senti uma mão em meu braço, ajudando-me.


- Você esta bem? - Perguntou o garoto de cabelos pretos e olhos eletricamente azuis. Sua voz era agradável aos meus ouvidos, suave e aveludada.


Assustei-me. Ele não poderia ser normal, eu havia acabado de vê-lo sair com Hector em suas mãos "como ele apareceu tão rápido?" e essa cor de seus olhos, esse brilho, definitivamente não era normal.


- Estou. - Menti com as sobrancelhas franzidas e puxando meu branco. Dei o primeiro passo, mas parei por conta da tontura.


- Deixe-me...


- Me deixa! - Ergui a mão fazendo-o parar de falar. Apesar de sua voz ser aveludada, minha cabeça precisava de descanso.


Sentar-me, respirar fundo e aspirina: Eram minhas necessidades naquele momento.


Forcei minhas pernas ao segundo passo apesar de fracas, não havia conseguido, ao invés disso senti-me ficar mais fraca e minha visão escurecer.


------------------------


Soltei um gemido ao abri meus olhos com a visão desfocada, minha cabeça ainda latejava, porém em menor intensidade. Minhas pernas estavam bem descansadas e só aí percebi que estava sentada em um banco de um carro.
Olhei para a janela, estava indo para casa. Virei-me para o lindo painel do carro pegando em meus cabelos.


- Como se sente? - Assustei-me assim que vi o garoto desconhecido no banco do motorista. - Lhe assustei. - Foi uma afirmação. - Desculpe-me.


- Quem é você? - Minha voz saiu um pouco firme demais e virei-me bruscamente olhando para o vidro de trás do carro. - Onde está Hector?


- Responda-me primeiro! - Aqueles seus incríveis e surreais olhos me encararam. - Pode ser? - Ele parecia zangado. - E sente-se direito! Você ainda esta muito fraca!


Senti vontade de dar-lhe um tapa pelo seu tom de voz, mas afinal, ele me salvou, tentei me acalmar. Virei-me para frente e sentei devidamente no banco.
Fiquei uns segundos sem falar e senti meu celular apitar em meu bolso, não o peguei, continuei de cabeça baixa.


- Como se sente? - O garoto perguntou de novo.


- Estou... Bem. - Falei baixo indecisa.


- Certeza? Olha para mim.


- Não tenho muita certeza. - O olhei rapidamente, mas logo olhei para rua em minha frente, não consegui olhar diretamente para seus olhos, eles eram estranhos para mim.


- Qual é o problema? Olha para mim. - Ele pediu novamente, porém sem paciência.


- Não consigo, a cor de seus olhos não são muito comuns de ver! - Falei exaltada, sentindo novamente o meu celular.


- "Não são muito comuns de ver"? - Ele repetiu olhando seus olhos no retrovisor e em seguida me olhando. - Bom, depois que você passa a vê-los frequentemente, passa a ser comum.


Sentia meu celular vibrar freneticamente, então o peguei e vi pelo visor quebrado que era uma ligação de Kyle. Respirei fundo e o olhei, estava prestes a falar algo quando me assustei ao ver uma mancha vermelha em sua blusa azul.


Fiquei calada observando aquela mancha, poderia ser de Hector, ou até dele mesmo, "Meu Deus! Será que ele se machucou gravemente?" Procurei outro machucado pelo seu corpo, mas não avistei absolutamente nada.


- Você... - Consegui olhá-lo nos olhos. - Você ainda não me respondeu.


- Quem eu sou? - Viramos a rua, o que percebi que estávamos muito perto de minha casa. - Sou Caleb Stackhouse, seu novo vizinho, e você?


- Sou Katherine... Campbell. Onde está Hector?


- O cara tentou lhe matar e você ainda pergunta dele? - Caleb perguntou sem acreditar.


- Justamente, não quero vê-lo novamente.


- Não verá. - O carro parou no sinal e olhei novamente para a mancha, ele percebeu para onde olhara então desviei o olhar. - O que foi isso na sua testa.


- Eu cai. - Toquei levemente em minha própria testa. - Nada demais.
Ficamos calados e o som do meu celular vibrando freneticamente era nítido. Senti vergonha por aquilo.


Caleb bufou um riso, com se tivesse preso.


- Acho melhor atender, ele ou ela deve está realmente desesperada. - Falou.


- É meu amigo ligando, talvez querendo saber onde estou. - Kyle se preocupava muito comigo, como se eu fosse a irmã mais nova que ele nunca teve. - Quer dizer, provavelmente é isso. Você praticamente me sequestrou da minha própria festa.


- Fale que está indo para casa a salva. - Caleb se concentrava na estrada em nossas frente. - E eu não lhe sequestrei, eu lhe salvei.


- Depois retorno a ligação, estou com dor de cabeça.


Chegamos a casa, o carro parou em frente a minha casa e Caleb pediu para esperar e saiu do carro, usei esse tempo para tirar o cinto de segurança e responder Kyle por mensagem com um educado "estou indo para casa, amanhã conversamos.".


O garoto abriu a porta de me ajudou a descer do enorme carro, que mais tarde descobrir ser uma Land Rover Evoque grafite.


- Eu lhe levo até sua porta. - Ele avisou e começamos a andar.


Cruzei os braços andando ao seu lado até em casa. Não falamos nada até chegarmos a porta de minha casa.


Vendo pela ultima vez a mancha de sangue pensei em perguntar o que ele fez com Hector, se ele o machucou muito ou se Hector fez algo para contra ele. Não era adepta a violência. Demorei em pensar e ele já estava indo embora.


- Obrigada. - Falei, fazendo-o dar meia volta. - Por tudo.


- Tudo bem, Katherine. - Ele sorriu continuando seu caminho.


Ainda fiquei vendo-o caminhar um pouco até entrar em casa e vê mamãe assistindo TV na sala roendo as unhas nervosas.


- Oi, mãe. - Sentei-me ao seu lado e a beijei sua bochecha. - O que houve?
- Escute.


Olhei para a TV e o repórter falava com uma voz grossa:


"Ninguém se sabe como o acidente ocorreu, moradores da área não ouviram nenhum som suspeito durante o mesmo".


- Não entendi, o que houve? - Passava-se a vinheta de enceramento do jornal.


- Dois adolescentes foram encontrados mortos em um carro aqui perto.


- Latrocínio?


- Pelo que se sabe nada foi roubado, só corpos mutilados.


"Mutilados". Aquela palavra me atingiu feito um tiro. Corpos mutilados não eram comuns em Holmes Chapel, na verdade aqui era uma cidade calma, todos conhecem todos, se algo acontece toda a cidade já sabe.


- Que triste. - Fiquei visualmente abalada.


- Pois é... - Ficamos uns segundos caladas. - Você não tinha saído com Bells?
- Ela foi comprar sorvete. - Essa mentira foi a única que veio em minha cabeça no momento, mamãe franziu as sobrancelhas o que me fez levantar, precisava ir antes que ela me fizesse mais perguntas. - Vou subi e dormir, tudo bem?


- Tudo. - Ela sorriu. - Boa noite. - Boa noite.


Subi as escadas apressadamente mandando uma mensagem a Bells: "Traga sorvete.". Andei até o banheiro do meu quarto, tomei um bom banho e me joguei na cama depois de me vestir.


-----------------------


- Não me ignore! - Falei dividindo minha atenção entre a rua a minha frente e Kyle.


Ele olhava a paisagem pela janela do carro de braços cruzados.


- Não foi legal você ter saído da sua própria festa sem avisar e depois não ter me atendido. - Ele finalmente me olhou.


- Você viu como eu estava, viu o meu estado, Kyle! - Suspirei, não poderia lhe falar o real motivo de eu ter voltado para casa. - Tentei ficar boa, mas não deu... e eu lhe mandei uma mensagem!


- Claro! Uma e pronto! Legal. - Ele foi sarcástico.


- Pare de falar assim comigo. - Não gostava nem um pouco de sarcasmo. - Você esta no meu carro, estou lhe levando para casa!


- Não é problema.


Kyle ia abrir a porta para soltar do carro, mas eu o puxei.


-Não, Kyle! Estava brincando! - O abracei. - Desculpa!


Ele riu me abraçando.


- Estava brincando, vou lhe contar tudo que ocorreu na festa. - O larguei e sorri.


Como de costume olhei pelo retrovisor e vi alguém que fez meu coração disparar.


Parado não muito longe do carro estava o encapuzado, me desesperei ao vê-lo e logo pisei no acelerador.


- Kath! - Kyle encostou sua costa no banco do carro assustado. - Vai com calma!


- Não, temos que ir. - Falei acelerando mais e mais com medo do encapuzado.


"Quem seria ele, senhor? Por que olhar para ele me faz senti tanto medo?"


- Kath! - O grito desesperado de Kyle me fez acordar e ter a consciência do que se passava.


Arregalei os olhos tentando tomar o controle do carro novamente. Não sei o que estava ocorrendo com aquele carro, ele não obedecia aos meus comandos, talvez a rua estivesse escorregadia demais ou algo do gênero.


- Pelo amor de Deus, Kath! O que você esta fazendo?!


- Não sou eu!


O carro invadiu a calçada coberta por uma camada grossa de neve e atingiu um poste quebrando o vidro em cima de nós, senti o impacto imediato e bati minha cabeça fortemente no volante. Apaguei na hora.



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Autor(a): paulameirelees

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