Fanfic: Adotada Por Vampiros - Adaptada | Tema: Vondy

Ela não saiu rapidamente, não, ela desapareceu MESMO! Como ela fez isso? Eu não sei.

Eu não parava de me perguntar em pensamento como aquilo era possível. Minha mente estava girando, eu estava muito confusa. Depois do meu choque se esvair rezoalvemente, me levantei da banheira, peguei uma toalha cor branca dobrada em cima da pia e me enrolei nela.

Ao voltar para o quarto, me deparei com um vestido azul escuro cumprido com um discreto decote e mangas longas sobre a cama. Era lindo, admito. Eu não gostava muito de vestidos, porém achava vestidos antigos muito mais belos que os da atualidade. Eu o vesti e logo depois encontrei um pente sobre a penteadeira de detalhes barrocos em um canto do quarto.

Ao terminar de arrumar o cabelo, me encarei em frente ao espelho. Meu Deus! Pensei quando me vi completamente diferente, eu estava muito bonita, admito, minha imagem lembrava aquelas mulheres da idade medieval. Foi nesse momento em que notei que o quarto se encontrava mais escuro e que a cortina que escondia a luz do dia antes agora apenas tampava parte da janela deixando uma pequena parte do céu lá fora a vista, já era noite.

Caminei em direção a porta e segurei a maçaneta por alguns segundos antes de gira-la. O medo me tomou, o que podia haver depois daquela porta? Eu deveria me aventurar fora do quarto? Eu não tinha permissão para sair. Esfreguei os lábios um no outro e me decidi.

Eu abri a porta com calma e a primeira coisa que vi foi um corredor com alguns quadros nas paredes, cada um com a pintura de um membro daquela família. Caminhando reto, notei o quanto o lugar era sombrio, candelabros iluminavam o espaço com fogo azulado, porém o lustre no teto mantinha se apagado. Um vento frio surgiu de algum lugar e ameaçava o fogo a se apagar deixando o lugar ainda mais obscuro.

Passei por uma curva no fim do corredor que me levou a outro, nessa havia duas portas envernizadas, estavam fechadas e há um metro uma da outra. Ao passar pela frente da primeira porta, ouço um barulho de algo quebrando se vindo da segunda porta.

Continuei a caminhar, mais quando passei por sua frente, notei um líquido saindo pela fresta da porta. Um arrepio tomou meu corpo, eu me abaixei em frente a fresta e analisei o líquido. Era escuro, devido a iluminação azulada, não dava para saber ao certo o que era aquilo, mais a primeira vista me pareceu ser...

- Não! - sussurrei negando minha própria suspeita - Não pode ser... Isso é...

Eu tinha quase certeza, era sangue, eu estendi o braço e o abaixei próximo ao líquido, estava a ponto de toca-lo qaundo senti alguém tocar meu ombro.

Eu abri a boca para gritar, porém seja lá quem fosse, foi rápido em tampa-la.

- Acalma-se, sou só eu.

Suspirei aliviada, sua mão deixou minha boca assim que percebeu que eu havia me acalmado um pouco. Me virei para encara-lo.

- Não faça mais isso, seu louco! Você quer me matar do coração? - sussurrei com raiva.

Christopher sorriu.

- Perdoe-me.

Apontei para a poça escura que escapava pela fresta da porta.

- Que droga é essa?

Christopher fitou o chão por um momento sem nada dizer e depois fixou seus olhos aos meus.

- Vinho.

VInho? Arqueei uma sombrancelha, ele pensava que eu era burra ou o que? Vinho tem um cheiro muito forte meio amargo, mais aquilo tinha leve odor de ferrugem.

- O que estás a fazer passeando por aí sozinha? - ele perguntou mudando de assunto.

Minhas bochechas coraram, eu esperava que ele não pudesse notar o rubor em meu rosto por causa das luzes, porém seu olhar profundo fazia me sentir intimidada.

- Não posso conhecer o lugar a qual fui trazida? - retruquei rapidamente.

Christopher colocou as mãos nos bolsos frontais da calça e me olhou de modo ainda mais intimidante, o que, por algum motivo, me fez sentir esposta.

- É claro que pode - falou por fim - Que lugar você quer conhecer primeiro?

Eu não queria conhecer droga nenhuma, pra falar a verdade, só queria descobrir um jeito de sair daquele lugar que me dava calafrios.

- Não sei, apenas quero conhecer a casa.

- Ok, então - e deu de ombros - Siga-me.

Em silêncio, caminhamos por mais dois corredores mal iluminados, até chegarmos um terceiro corredor cujo um lado havia ausência de parede deixando assim, visível o salão que havia no térreo. No topo de uma espaçosa escada cujo tecido que a cobria era cor vermelho vivo, acompanhei Christopher até em baixo segurando corrimão que, poe sua vez, me chamou atenção em caracois de cor negra.

O espaçoso ali debaixo era imenso, um belo salão com ladrinhos preto e branco postos de modo que ficara como a surpefície de um jogo de xadrez, mais candelabros acesos nas paredes, um lustre gigante apagado acima de nossas cabeças e uma armadura que servia como enfeite em cada canto do lugar.

- Aqui é o salão principal - Christopher disse quebrando o silêncio.

- É bonito - falei enquanto observava meu reflexo no chão que brilhava de tão limpo que estava - É sombrio também, amis tem sua beleza.

Eu não sei se foi impressão porque foi muito rápido, mais acho que vi no canto do rosto de Christopher um rápido sorriso aparecer.

- Vamos continuar.

O próximo cômodo que conheci foi a cozinha, fiquei sem reação quando entramos no lugar e eu os vi, eram pequenos, usavam roupas estranhas, chapéus e sapatos pontudos além de estarem todos de preto. E o que mais me deu medo nele foi: Eles eram verde! A pele deles era verde!

Eu me escondi atrás de Christopher e agarrei a parte de trás de seu terno.

- Christopher, o que são eles? - eu sussurrei bem baixinho.

Christopher me fitou por um momento e então chamou os dois sei lá o que eram.

- Dulce, conheça nossos cozinheiros; esse é Bug - disse se referindo ao primeiro sei lá o que que veio em nossa direção - e esse é Gub.

Bug tinha cara de zangado, me olhou de um modo estranho assim que me viu, e Gub, esse me lançou um sorriso simpático que me fez sorrir de volta.

- É um prazer conhece-los - falei.

- O prazer é todo nosso, senhorita - Gub disse se curvando em modo de respeito.

- Bug? - Christopher falou cobrando um cumprimento da miniatura.

- Senhorita - Bug disse me olhando e em seguinda se curvando também.

- Ela já sabe o que somos, senhor? - Gub, o fofo, perguntou a Christopher.

Do que ele falava?

- Ainda não. Não queremos assuta-la - Christopher respondeu.

- Entendo.

Silêncio

- Bem, é melhor irmos, ainda falta muito pra mostrar e pouco tempo até a hora do jantar - E sem dizer mais nada, Christopher pegou minha mão e me puxou para longe.

Continuamos a caminhar pela casa, Christopher continuou segurando a minha mão mesmo depois de nós ja estarmos bem longe na cozinha. Eu tentei soltar a mão sutilmente, mais ele não deixou.

Eu já estava avermelhada como um tomate por estarmos daquele jeito e por eu estar tão perto de um garoto, já que por eu ter sido criada em um orfanato feminino, eu raramente via garoto e nunca, NUNCA ficava tão próximo há um.

Paramos em frente a duas postas juntas brancas.

- A biblioteca, tem gente, não fique assustada, ok?

Eu encarei Christopher, por que eu ficaria assustada? Ele empurrou as portas e então o local se revelou.

Christopher me puxou pra dentro e parou comigo no centro da parte de baixo. O cômodo possuia três andares de autura. Era muito amplo e claro, ao contrário do resto da casa. Livros e mais livros em todos os cantos, mesas com abajures no salão onde nos encontravamos, muitas luzes, plantas em cada um dos cantos e...

- O que é aqueilo voando? - perguntei a Christopher enquanto apontava para uma coisinha brilhante voando na altura do segundo andar.

- É a Féxia, nossa bibliotecária.

- E o que é Féxia?

Christopher abriu a boca pra dizer algo, mais foi logo interrompido por alguém. Vladimir apareceu do NADA na nossa frente com um sorriso no rosto. Eu não tive tempo de me assustar graças a seu comentário.

- A bela surtada acordou! - ele disse se aproximando de nós dois, apertei a mão de Christopher.

- Comporte-se, irmão - Christopher o advertiu.

Vladimir fixou seus olhos no meu ao dizer:

- Ficou muito bem vestida assim.

Demorei alguns segundos pra responder apenas.

- Eu sei.

Eu nem se quer conhecia Vladimir mas naquele momento eu soube que eu nunca iria querer ser íntima dele. Eu estava tão ocupada o encarando bem no fundo de seus olhos vinho intensos que só reparei que ele segurava um cálice quando o mesmo levou o objeto a boca enquanto continuava á me olhar.

- O que faz aqui, irmão? - Christopher perguntou.

- O que se vem fazer quando se entra em uma biblioteca? Ler, é claro!

- Você não é do tipo que usa seu tempo livre para ler... O que procura aqui?

- Apenas uma história pra passar o tempo - Vladimir respondeu dando outro gole de sei lá o que bebia - Agora, se me dão licença, vou me preparar para o jantar.

E desapareceu tão rápido quanto apareceu.

- Como isso é possível? - sussurrei.

- O que? - Christopher perguntou virando se para me encarar de frente.

- Ele apareceu do nada! E desapareceu do mesmo jeito! E você também um pouco maios cedo! como vocês fazem isso?

O garoto me encarou em silêncio.

- Não vai me responder? - gritei, mais não muito alto.

- Não - ainda deu um sorriso descarado e saiu andando.

Eu fiquei sem entender nada por um momento, mais logo depois eu saí correndo atrás dele até alcança-lo e me por em seu caminho fazendo com que paresse e me encarasse.

- Como assim, não vai me responder? - eu gritei, dessa vez, bem alto - eu te fiz uma pergunta e exijo uma resposta!

Ele riu.

- Você fica uma graça quando esta nervosa, sabia? Fica muito sexy também.

Eu fiquei vermelha com seu comentário idiota. E fiquei com mais raiva ainda porque ele conseguiu me deixar sem reação.

- Vai pro inferno!

E sai pisando forte no chão a cada passo e o deixando para trás.

AGORA VOU DURMI MEU ANJINHOS, ATÉ MESMO POQ INFELISMENTE EU NÃO SOU UMA VAMPIRA :( KK`