Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

2º temporada | Capítulo 1. Color Ring

        Afivelei bem meu cinto enquanto encostava corretamente minhas costas à poltrona confortável. A viagem duraria horas demais e nunca me agradou voar de modo que preparei um maravilhoso coquetel de tranquilizantes que obviamente consegui aqui e ali. Peço um copo de água à aeromoça que prontamente atende o meu pedido. Fico olhando por um curto segundo os comprimidos coloridinhos a minha frente.

— Isto parece o suficiente pra desmaiar um cavalo. — Iliana me olha duramente e cruza os braços na frente do peito como se estivesse bastante insatisfeita com minha atitude.

— É toda a intenção. Me chame quando chegarmos. — Digo engolindo rapidamente a coisa e fechando os olhos. A verdade é quando mais eu pensava mais elétrica eu me tornava e com a ansiedade do voo aquilo não me faz nada bem. A imagem de Christopher encostado ao pilar volta a minha cabeça rapidamente e sei que estou sonhando agora, imaginando que tudo aquilo tenha sido diferente. Por que temos tantos empecilhos no caminho? Na maioria das vezes o empecilho parece nossas carreiras que agora correm em sentidos distintos, e não importa o que façamos no futuro, isto sempre será assim. Será que teremos uma chance? Imagino-me jogando para o alto a passagem de avião e correndo até ele sem me importar com imprensa e com os fãs nos observando ou com o show que em breve eu terei que fazer. Meus lábios no dele, gritos histéricos e salvas de palmas. Nós dois apenas no nosso mundinho onde ninguém jamais terá acesso. Sei que estou sorrindo e que isto transborda pra fora. Ucker não se casou, mas e agora? O que faremos conosco? Será que conseguiremos passar por cima dos nossos erros do passado?

— Por que está sorrindo? — Escuto a voz de Ili invadindo o meu sonho e me trazendo agora infelicidade. Abro os olhos a contragosto. Era para o remédio durar a viajem inteira não era?

— Quantas horas se passaram Ili?

— Umas seis desde que dormiu. — Responde ela comendo um bolinho de chocolate. Olho para a janela ao meu lado e vejo nuvens escuras com um céu igualmente escuro. Por que isto parece sinal de chuva? Me questiono sentindo um desconforto no estomago.

— Ili, já viu um céu como este enquanto voa? — Aponto para fora e ela enfia todo o bolinho na boca de uma vez olhando para onde eu mostro.

— Isto é... Não se preocupe tanto, não é nada. Acho que já está anoitecendo seja lá onde nós estamos agora. Relaxa e come alguma coisa.

— Por que eu sinto esta coisa estranha no estomago?

— Já disse, é fome.  Deixa só quando sua barriguinha estiver cheinha. Aeromoça! — Ela estende a mão de modo bastante mal educado com uma voz alta demais.

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Ucker Pov.

         Obviamente se eu pudesse teria levado Dulce para casa e teríamos uma conversa de verdade como um casal de verdade, mas a verdade é que nunca fizemos a linha casal padrão por uma infinidade de motivos. Tudo que eu posso fazer é esperar e esperar e desejar que ela tenha entendido e que me aceite, que esqueça tudo que a fiz passar nos últimos tempos embora isto pareça obviamente impossível e quase sem sentido. Mensagens não param de chegar ao meu celular me questionando por que eu tinha desistido do casamento, coisas que eu não responderia, simplesmente por que não tenho vontade alguma de fazê-lo. Lembro da cara do pai de Natalia quando suspendemos a cerimonia.

Horas atrás.

— Vocês estão brincando, não estão? — Questiona o homem gorducho com um sorriso esquisito nos lábios.

— Não senhor. — Digo.

— Pai, nós... — Começa Natalia a dizer, mas seguro sua mão forte como se dissesse que é melhor ficar quieta. Eu sabia que se respondesse mais que aquilo a coisa sairia do controle. Ao nosso redor todos os convidados nos olhavam com a boca entreaberta. Parecia mais o escanda-lo do ano.

— Sabe quanto eu estou gastando nesta cerimonia? Vocês tem noção, seus... Irresponsáveis. — Ele grita e saliva pula de sua boca me lembrando de algum tipo de cão raivoso.

— Eu pago por tudo, isto não será um problema senhor.

— Seu garoto estúpido. — O homem salta até mim acertando em meu rosto em cheio, não sinto que deixará marcas e mesmo que deixasse, já não estava me importando. Alguns convidados se apressam a segurar o homem.

— Pai! — Grita Natalia soltando minha mão e caminhando até o homem enquanto conversa de modo baixo e reservado com ele. Dou as costas quanto minha mãe me puxa pela mão calmamente. Tem algo estranho em seu rosto.

— Você está sorrindo, quando seu filho acaba de ser golpeado?

— Eu não estou... — Ela começa a dizer quando não consegue conter seus lábios que se arqueiam para cima rapidamente. — Okay, você venceu. Finalmente eu posso dizer... Eu nem gosto muito desta garota. Obrigada Deus. — Ela respira fundo olhando para o céu com as mãos unidas como se visse algo.

— Honestamente você está louca, não está? — Começo a me mover para longe.

— Você vai atrás dela, não é?

— Mãe... Apenas... Shiu. — Sorrio para ela com o dedo na frente na boca e pisco.

Agora

        Tento dormir apesar de todo o meu corpo formigar, mas meu celular começa a tocar. Abro os olhos. São 3h da madrugada. Balanço a cabeça negativamente alcançando o aparelho e já visualizando quem é. Obviamente eu estava esperando alguém melhor, alguém que não estivesse atrás de fofoca.

— Anahí, você sabe que horas são? Não pense que vou te contar qualquer coisa...

— Christopher... — Ela me interrompe.

— O que?

— Eu... an... Estou indo aí.

— Está louca? São 3h.

— Meu marido me ligou, ele está em Chiapas.

— E o que isto tem a ver?

— Christopher... Agora estou aqui em baixo, pode abrir a porta? — Ela questiona. O que ela tem, está louca? Olho pela janela a vendo estacionar o carro para depois apontar para a porta. Visto alguma roupa decente, a primeira que eu encontro.

       Libero a entrada dela e rapidamente ela está na minha porta. Seu rosto está pálido demais e ela não usa maquiagem e suas roupas são desleixadas demais para que ela tivesse planejado colocar o nariz para fora de sua casa. Enquanto ela me encara em silencio com as mãos no bolso começo a sentir algo estranho no ar. Dou um passo atrás até que ela salta em mim me envolvendo com seus braços e encostando a cabeça em meu peito.

— O que está... O que está acontecendo? É o seu marido? Ele está bem? — Por que, eu sinto que aquilo não tem nada a ver com aquele homem?

— Não é o meu marido. Ele me ligou agora e... Não saiu na imprensa ainda, vão segurar a informação até o primeiro jornal da manhã.

— Anahí, você está me deixando realmente preocupado.

— Um avião está desaparecido. Ligaram pra avisar Velasco, que há uma família de Chiapas muito influente nele.

— Isto é realmente... Triste, mas...

— O voo estava indo para o Brasil.

— Isto...

— Dulce está no voo. — Ela coloca a mão no meu braço olhando em meus olhos enquanto eu tento assimilar a informação. Respiro fundo lhe dando as costas e sorrindo.

Color Ring

que puedo hacer yo?

dime que puedo hacer yo

si haora que es su final

cuanto más se aleja de mi su voz

— Isto não é verdade. — Digo olhando para a janela e a noite muito escura lá fora. Centenas de pontos brilhantes piscam para mim e a lua cheia parece mais clara e grande que nunca. O mundo parece igual a sempre, e  seu céu tão adorado também, como então ela poderia não estar? Como ela poderia não estar se o mundo continua seguindo em frente? Irá o sol sair daqui quatro horas como sempre o faz? — Você está... — Balanço a cabeça negativamente olhando para baixo quando algo estrala dentro de mim. Corro pegando um casaco no cabideiro e me movendo até a porta quando Anahí se interpõe no meu caminho.

— Christopher, não. Vamos ficar aqui. Não há nada que possamos fazer agora. Eles estão procurando. Talvez seja só um defeito no GPS do avião, ou seja, lá como chamam o localizador. Ela deve estar bem.

— Como você quer que eu fique aqui fazendo absolutamente nada, quando ela está desaparecida lá fora? — Grito em alto e bom som e Anahí se abaixa no chão com as mãos na frente do rosto soluçando. Tento respirar calmamente sentindo algo estranho pressionar em meu peito como um peso em cima de um papel. Me abaixo no chão e abraço a mulher com força.

— Eu a vi horas atrás, mas nós não... Nós não falamos de fato. Eu deixei ela ir. Ela ainda não escutou tudo o que eu tenho a dizer. Ela precisa saber. Que eu... Droga... Não consigo pensar. — É como se eu houvesse sido atingido diretamente nos ouvidos e tudo o que eu pudesse escutar é algum zumbido estranho. — Me desculpe Anahí, mas eu não posso ficar aqui. — Passo por ela antes que me possa impedir e atinjo as ruas rapidamente. Como não sei pra onde ir? Olho as calçadas desertas na madrugada razoavelmente fria e por algum motivo estou simplesmente correndo para longe, já não sinto minhas pernas e nem o vento gelado em meu rosto. Paro com as mãos no joelho e grito, grito o mais alto que posso.

— Não ouse nem por um segundo me deixar de novo. Não pense que vou te perdoar desta vez. Está me escutando? — Berro para o céu e paro tomando folego enquanto árvores escuras balançam para lá e para cá. — O que estou dizendo? — Murmuro pra mim mesmo.

 Eu sei, pra que tanta tenção já? Fiquem tranquilas que tudo isso passa rapidinhooo. Pink Promisse kkkkkkkkkkk Aiii gente e Dul vindo pro Brasil em novembro, quero, só isso, pena que dinhero apenas no ay kkkkkkkk Todas choraaa.