Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

2º Capítulo 1. Color Ring (parte 3)

         Eu não entendi por que continuei ali parada em silencio com os olhos vítreos vendo-o partir. Há algo no meu cérebro que não funciona bem ultimamente, provavelmente tem a ver com o que me ocorreu no avião. Quando veio o clique passei a correr pelo corredor do hotel.

— Dulce, onde você... — Começou a questionar Juan ainda parado na frente da porta do meu quarto. Vi o elevador se abrindo lentamente e Christopher entrando nele. Coloquei minha mão na frente da porta antes que ela fechasse respirando rapidamente.

— Apenas não faça isto. — Ele falou olhando para os lados. Eu podia ver raiva transbordando dele como uma energia pesada e densa.

— O que está fazendo aqui? — Cuspi as palavras, mas ele simplesmente não respondeu apertando um botão na parede como se tentasse me ignorar completamente. — Christopher, por que... — Respirei fundo.

— De você eu sempre posso esperar qualquer coisa não é? O que foi? O joguinho perdeu a graça? Eu entendi, não precisa dizer qualquer coisa. Agora, que não estou com outra pessoa de fato, acho que tudo já não parece mais interessante, mas não acredite nem por um segundo que vou ser o cara correndo atrás de você... Este não é o meu estilo, então... — Por que ele tem que ser sempre assim? Entrei no elevador e fiquei na ponta dos pés passando meus braços em volta do seu pescoço e então o beijei. Eu realmente podia sentir o tempo parando ao nosso redor como alguma espécie de magia.

         Sua mão se moveu até minha nuca me pressionando mais em direção a ele e sua língua invadindo a minha boca. Eu apenas senti muita falta disso, muita falta dele e até das nossas brigas, eu não me importaria estar discutindo por horas desde que estivesse com ele e desde que tudo terminasse do melhor modo possível, eu nos seus braços. Sua mão me puxa pela cintura com força colando nossos corpos. Perco o ar completamente. Escutei o barulho do elevador parando e as portas se abrindo e assim voltamos a realidade. Nos separamos rapidamente e vimos Iliana nos encarando com os braços cruzados.

— Que bela surpresinha. — Resmungou ela bastante mal humorada. Definitivamente a cada momento que passava ela gostava menos de Ucker. Ele se moveu rapidamente pra fora.

— Ucker. — O chamei vendo-o se afastar.

— Depois conversamos. Ainda estou bravo. — Ele se foi e Ili entrou no elevador apertando o botão para subir. Ótimo, mais uma briga para nossa coleção. Talvez tenha se tornado um hábito, não sei dizer.

— Voltaram de vez?

— Não. Christopher faz tudo mais difícil e... Juan Pablo me beijou... Ele viu.

— Olha, se não quiser Juan Pablo, eu estou aqui de braços abertos. — Ela ri estendendo os braços.

— Ele é todo seu, quer Ucker também? — Questionei e ela fez o sinal da cruz.

— Bonito como um anjo, mas terrível como o próprio...

— Iliana! — Chamei sua atenção para depois cair na gargalhada.

          Devo ter rolado na cama dez vezes antes de finalmente conseguir dormir. Já era bem tarde o que não me animava nem um pouco afinal eu teria que lidar com meu trabalho em poucas horas, coisas que se resumiam em participações em programas de auditório, entrevista com a imprensa, fotos, mas tudo o que eu queria era chutar uma pedra em certa pessoa. Fui despertada por uma campainha insistente. Abri os olhos, já era de manhã. Só podia ser ele. Pulei da cama e corri até a porta dando de cara com um homem desconhecido segurando um ramalhete de rosas brancas na mão.

— São pra senhorita. — Disse o homem me entregando às flores e partindo. Fechei a porta olhando aquilo em minhas mãos. Havia um bilhete em cima, mas eu não precisava lê-lo para saber de quem se tratava.

Eu precisei voltar ao México, coisas de trabalho que surgiram. Ainda precisamos conversar! Mantenha as mãos daquele Don Juan de quinta afastadas de você ou eu não poderei manter as minhas mãos afastadas da cara dele.

Christopher Uckermann.

         Os dias seguiram, show atrás de shows e o país que eu não podia aproveitar, os fãs com a qual eu tentava me divertir. Era pra ter sido melhor. Apesar do meu esforço em manter a energia lá em cima, isso não parecia surtir grandes resultados. Enfim agora estou eu preparada pra pegar um avião rumo ao México, minhas mãos estão geladas e eu respiro rapidamente e não há muito que fazer a não ser enfrentar meus medos mais uma vez. Eu podia imaginar meus pais me esperando no aeroporto cheios de expectativa, então de algum modo eu tenho que voltar, não tenho?

             Quando aterrissei no México centenas de fãs me aguardavam e junto a eles minha família. Passamos o dia juntos apesar do meu cansaço. Triana saltava tanto em cima de mim que eu parecia mais um trampolim ou algo assim. Pela manhã acordei com meu velho despertador tocando e um gosto amargo nos lábios. Olhei pela janela, o dia nublado e senti que enfim eu estou em casa e que isto não me tornava mais feliz. Tenho coisas que precisam ser revolvidas. Apenas mais um dia desanimador não é? 

        Dirigi de carro até aquela maldita casa azul e parei. A chuva caia pesada como se jorrasse literalmente do céu. Bati na porta com força vendo em seguida surgir seu rosto tomado de surpresa a me ver. Ah, Christopher! Retirei do bolso da minha blusa de frio uma rosa branca seca do buque que ele tinha me presenteado e atirei nele com força. Obviamente eu me sinto irritada. Ele não fez qualquer esforço para me ver e se despedir de mim. Se ele está cansado, eu também estou e talvez nós simplesmente não funcionemos juntos ou não tenhamos sido feitos para ser. As pétalas secas que tem uma coloração agora amarronzada voam pelo ar e quase se desfazem se separando do talo. Assisto a cena em câmera lenta e espero sua raiva o atingir com força, mas tudo o que ocorre é diferente do que eu tinha planejado. Isto é injusto, pois a isto não sei responder. Ele sabe disto? O quanto eu imaginei este momento na minha cabeça todos estes dias pra que tudo ocorra diferente?

            Seus braços agarram meu corpo me espremendo contra ele e seus lábios encontram os meus sem que eu possa ter tempo pra raciocinar, sem qualquer consideração. Suas pernas empurram as minhas para trás e volto a sentir pingos de água gelada em minha cabeça. Estamos no meio da chuva e isto parece obviamente à coisa mais estúpida, mas eu simplesmente também não consigo soltá-lo. E se nos vissem? E se os paparazzi tomarem fotos disso? O que iremos dizer? Todos estes pensamentos desaparecem completamente quando sinto sua língua vasculhar minha boca com familiaridade. Provavelmente meus lábios ficarão inchados no dia seguinte, mas isto não me importa, e talvez eu pegue um resfriado, mas isto também não me importa, eu esperei tempo demais por este momento. Ele para abruptamente me deixando quase a beira de um colapso e escuto sua risada em meu ouvido quando ele suspende meu corpo jogando todo o meu peso sobre suas costas de modo que eu fico de cabeça para baixo olhando o chão. Meu cabelo molhado apesar da gravidade está colado a minha cara.

 — Christopher! — Brigo com ele sentindo o meu sangue descer para a cabeça. Ele apenas entra na casa nos tirando da chuva e me deposita em cima de uma poltrona de couro muito fria na sala se sentando em um sofá próximo de frente para mim.

— Vamos conversar agora. — Ele cruza os braços na frente do peito quase parecendo ameaçador e eu sinto frio até os ossos. Respiro tentando ignorar o fato de que ele parece ainda mais atraente agora, tento reunir todos os meus pensamentos decentes e me lembrar da raiva que antes daquilo acontecer eu tinha sentido.

Oláaaaaa, pensaram que eu ia deixar vcs hoje na expectativa? kkkkkk Nananinanãaao ouuuu siiiiiiiim néee pq as resoluções só no próximo cap. mesmo sorry. Sei que tem gente querendo me jurar de morte, mas apenas keep calm e aguardem o capítulo que provavelmente será postado amanhã e que espero que gostem bastante, sei que há expectativa demais sobre isso. Relaxeeeeeeeem, releeex baby kkkkkk Tenham confiançaaa em mim kkkkk mas nem tantaaa. Beijocaaaaaaas e bom restinho de domingo.