Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

2º Capítulo 2. Apaga la Maquina (parte 1)

— Estou cansada de você. — Murmuro baixinho cruzando os braços como uma criança e olhando para a mesa de centro com tampo de vidro que nos separava e um cinzeiro prateado de forma oval que sinceramente não tinha motivo de estar ali já que ele não fumava há muito tempo até onde eu sei.

— Também estou cansado de você. — Ele diz abruptamente. Ele realmente tinha conseguido me ouvir? E como ele pode me dizer algo assim, tão naturalmente? — Mais alguma coisa que queira me dizer? Sejamos honestos e sinceros, não precisa sussurrar.

— Por que é sempre tão insuportavelmente idiota?

— Eu não sei, acho que eu sou assim.

— Por que, não se despediu de mim no Brasil? O que você estava pensando, que pode me deixar a droga de uma flores e estará tudo bem? Você sempre me aparece com estas suas flores estúpidas como qualquer homem que acha que pode consertar seus erros com algo absolutamente sem significado. — Gesticulo no ar o encarando e ele parece sério demais o que me deixa mais incomodada ainda como se tivessem comichões em minha roupa. Por um momento eu desejei que ele fumasse e me desse um cigarro que eu poderia acender na varanda olhando o dia chuvoso. Tiro minha blusa de moletom completamente ensopada.

— Eu não queria te ver, eu não... — Começou a dizer, mas eu simplesmente me levantei sentindo raiva e comecei a me mover rumo à saída. Todo o piso daquele cômodo era em taco de um marrom bastante escuro, provavelmente deve ser bom andar sobre ele quando está frio, já que não deve gelar tanto quanto o porcelanato da minha casa.

— Se não quer me ver, ótimo. Realmente ótimo. — Grito e sua mão segura meu pulso com força me impedindo de avançar.

— Eu te escutei até agora, então você vai sentar naquela poltrona e escutar tudo o que eu tenho a dizer. Não pense que será fácil assim fugir de tudo isto mais uma vez, como você sempre faz. — Suas sobrancelhas quase se tocam e seus olhos se tornam mais escuros à medida que as palavras saem de sua boca. Tento respirar fundo e já que não tenho escolha me sento novamente, com uma cara mal humorada. — Ótimo! Como eu estava dizendo, eu não fui por que não queria te ver, por que estava com raiva e eu não queria entrar em uma discussão sem sentido de cabeça quente e... Eu realmente tive um compromisso urgente que me obrigou a voltar ao México imediatamente. Pode compreender esta parte? — Ele questiona unindo as mãos para em seguida se levantar passando a mãos nos cabelos os desalinhando completamente. Mordo o lábio inferior com força. — O que é isto com este cara, este tal de Juan Pablo? — Ele para a minha frente se inclinando a ponto de estar com o rosto na frente do meu. Minha respiração suspende automaticamente. Por que ele tem que ser tão malditamente bonito? Preciso me focar.

— Nada.

— Por que o estava beijando? O que ele estava fazendo no Brasil? — Ele volta a estar com a coluna reta e os braços na frente do peito como um interrogador da polícia. Agradeço por ele não estar tão perto, mas nem por isto ele parece menos intimidador. Ótimo.

— Eu não estava. Foi só um momento ruim, um erro de timing.

— Que desculpa ótima Dulce Maria.

— Nós não temos nada pra você me cobrar deste jeito como o senhor supremo da razão por que até a pouco tempo você estava se deitando com outra e a ponto de se casar com a mesma.

— Você sempre foi muito rancorosa. — Ele se senta no braço da poltrona e eu olho suas pernas grandes demais e grossas por um curto momento, cobertas por uma calça jeans desbotada com rasgos no joelho. Tento ignorar mais uma vez o que é ignorável. — Se vamos começar assim estamos indo muito mal. — Christopher toca o meu cabelo acariciando por curtos segundos enquanto eu fecho os olhos. Eu poderia facilmente dormir assim, mas ele rapidamente afasta a mão.

— Então apenas não... Não complique as coisas. Se quiser saber, eu realmente não tenho interesse em Juan Pablo, como poderia ter quando meus últimos dias têm sido como quase pesadelos? Eu tenho estado ocupada demais com confusões.

— Eu esperava algo mais romântico, algo sobre nós. Isto é uma decepção. — Ele se levanta com as mãos nos bolsos da calça forçando alguma seriedade em seu rosto, mas por um momento percebo que ele está apenas jogando comigo e que isto o diverte imensamente. O que ele está pensando? — Talvez, nós devamos terminar aqui.

— Christopher! — Grunhi e ele sem conseguir se conter solta uma risada e seu rosto muda completamente. — Se não for pra conversar seriamente o que eu estou ainda fazendo aqui?

— Me desculpe, eu vou ser mais profissional daqui pra frente. — Um sorriso de lado destruidor aparece em seu rosto, mas quando ele olha para os lados simplesmente aquilo se esvai e ele parece pensativo.

— Então você realmente não se casou com Natalia? Por quê?

— Dulce eu realmente pensei que você pudesse ter a resposta pra isto. — Seus olhos escuros encontram com os meus e eu apenas desvio. — Eu pensei sobre isto. Eu realmente acho que não seria feliz com ela e não queria que ela também não fosse por minha culpa, talvez eu precisasse crescer um pouco e ser menos egoísta e mais honesto.

— Você terminou com ela por ela mesma? Desculpa, talvez eu esteja um pouco confusa. — Não posso evitar a onda de ciúmes que me atravessa a alma. Talvez eu não estivesse 100% disposta a escutar tudo e a mais pura verdade sem floreamentos.

— É, algo assim e por mim também. — Ele sorri docemente e é como se o sol estivesse em seu rosto com os raios brilhantes. De fato eu nunca estive errada em considera-lo o sol, pois ali está mais uma prova inconfundível de que ele é e é capaz de ofuscar qualquer coisa ao seu redor sem grandes esforços. Como alguém pode competir com isto? É totalmente injusto.

— Eu esperava algo mais romântico. — Repito a frase que ele tinha usado pouco tempo atrás e os lábios dele se espremem e seus olhos parecem maiores e vivos com faíscas quando ele volta a sentar no braço da poltrona. Rapidamente ele toca minha bochecha em uma caricia e eu quero descansar na palma de sua mão.

— Não está mais irritada? Voltou a fazer piadinhas.

— Eu continuo irritada. — Me afasto de seu toque quando ele se levanta ficando na minha frente e logo na minha altura.

Apaga la Maquina

Verte sin tocarte
Entre líneas navegarte
Sin piel enamorarme
Pruébame si es real a través del cristal

— Quer que eu seja mais romântico? — Ele sorri e insinua seus lábios perto dos meus. Fecho os olhos em expectativa sentido sua respiração quente contra minha pele e o seu perfume amadeirado, mas nada acontece. Isto não é um jogo. — Eu gostaria de ter uma conversa mais séria, mas simplesmente não estou conseguindo quando sua blusa branca está completamente molhada e transparente pela chuva. — Sua voz tilinta e eu olho pra baixo, para a bagunça que eu estou e consigo enxergar perfeitamente o sutiã que estou usando através da blusa. Meu rosto cora instantaneamente quando eu cruzo os braços na frente do peito.

— Muito engraçadinho.

— Eu te amo, eu sempre vou, mesmo quando estou irritado ou bravo com você, não há um momento em que te ame menos ou te queira menos. — As palavras saem abruptamente de sua boca. — Alguns dias eu realmente desejei que fosse apenas passageiro, como quando me dei conta de que estava caído por você pela primeira vez, e depois em cada briga nossa eu também desejei, e quando enfim nos afastamos eu jurei a mim mesmo que te esqueceria, que já não pensaria em como você fica bem com essa mecha de cabelo caindo no rosto, ou como seus olhos parecem com a noite, ou como eu amo insuportavelmente cada sardinha que tem no seu colo. Por que eu sinto tanta culpa por ter desejado algo assim? Você pode me responder? A verdade é que a culpa por te desejar quando não deveria sempre foi maior. Me desculpe por ter sido cego tantas vezes. — Seus olhos de avelã me encaravam sem hesitação e eu podia ver dor estampada em cada milímetro do seu rosto. Um nó repentino surgiu em minha garganta e eu já não podia respirar mais quando meus olhos se tornaram turvos.

— Eu esperei muito tempo pra escutar isto. — Respondi e olhei para baixo tentando não parecer estúpida com lágrimas nos olhos.

— Eu sei. — Ele volta a aproximar seu rosto do meu erguendo meu queixo. Christopher mordisca meu lábio inferior e eu apenas solto um gemido leve de dor, pois percebo que o tempo inteiro durante aquela conversa eu o estive mordendo até sentir um leve gosto de sangue na boca. Ele ri baixinho. — Não acha que perdemos tempo demais enquanto poderíamos estar fazendo outras coisas? Temos que recuperar o tempo perdido, e eu sei bem como. Vamos começar a fabricar nossos bebês. — Ele diz naturalmente algo que nenhum homem no mundo falaria, por que estão simplesmente assustados demais com a palavra e a ideia toda da paternidade, no entanto ele parece não se importar quando simplesmente me puxa nos braços voltando a me jogar em suas costas e me deixando de cabeça pra baixo. Obviamente esta é mais uma de suas piadas.

— Christopher, você realmente não tem maneiras. — Digo sentindo novamente o sangue em minha cabeça quando ele me deposita em cima da cama em seu quarto. Aquilo não mudou muito. As paredes ainda tinham o mesmo tom sóbrio, um violão estava no canto parecendo ser usado com frequência junto a uma pilha de folhar, algumas escritas, outras em branco, lápis, caneta, borracha, uma pequena escrivaninha do lado da cama grande com cobertas brancas. O lugar parece cada vez menor pra mim e vejo que o sorriso brincalhão que antes ele sustentava desaparecer completamente de seu rosto sem deixar rastros. Sinto minhas mãos tremulas e sei que também eu não estou brincando quando me apoio nos travesseiros fofinhos. Quantos anos já não tínhamos um contato intimo que chegasse as vias de fato? Eu não consigo calcular, mas foi muito tempo e isto é uma tortura que me enche de expectativas e medo. Novamente sou apenas uma garotinha. Suas mãos grandes puxam meu rosto em direção a ele e sinto os seus lábios nos meus me deixando a flor da pele, e quando digo isto é realmente isto, pois sinto meu corpo se arrepiar por completo. Uma de suas mãos entram pela minha blusa acariciando minha barriga para depois subir e tocar as formas arredondadas logo acima. Seus lábios descem para o meu pescoço como se fizessem um caminho de fogo e eu apenas envolvo seu cabelo nos dedos o pressionando contra mim, quando estala um clique em minha cabeça e eu o empurro usando pouca força. Ele me olha sem compreender. — Me desculpa.

— Tem alguma coisa errada? — Ucker questiona preocupado.

— É que... De verdade, eu não quero fazer aqui. — Sinto um pouco de vergonha, mas não posso ignorar os pensamentos que vem a minha cabeça.

— O que você quer dizer?

— Eu quero dizer que aqui não. — Aponto pra cama dele e depois tapo meu rosto com as mãos. — Eu só fico pensando em você e nela aqui nesta cama. — Respiro fundo e minha voz sai um pouco estranha.

— Acho que tenho que adicionar a lista, queimar a cama. — Ele ri e me puxa pela cabeça me abraçando e beijando meu rosto e eu sinto seu delicioso perfume invadindo meu corpo e se grudando a minha pele me fazendo sentir segura e protegida de todo e qualquer mal. Eu obviamente tinha que pensar constantemente que não posso deixar o ciúmes estragar o que nós temos, mas quanto mais penso, mais difícil se torna. 

Ahhhhhhhhhh pensaram que ia ter hot? Nananinanãaao, vão ter que esperar kkkkkkkk Fazendo a malditaaaaaa kkkkkkkk Meninas hoje não vou conseguir responder por falta de tempo e energia, já que to preparando mais capítulos pra que não ocorra de eu ficar atrasando e coisa do genero. Espero que tenham gostado da reconciliação, ainda tem muita coisa pela frente então... Espero que não estejam mais me jurando de morte depois dessa kkkkkkkk Até o próximo cap. beijocaaaaaas.