Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

2 º Pov. Christopher 2✦

              Ainda posso me lembrar muito nitidamente a sensação de tê-la ainda nos meu braços, respirando contra minha pele e me fazendo cócegas, me lembro do seu cheiro invadindo todos os meus pensamentos como uma fumaça nebulosa. Quando despertei, aquele dia a exatos dois meses atrás tudo tinha se transformado, e eu soube que mais uma vez as coisas estavam perdidas momentaneamente em um limbo que eu não tinha acesso.

— Você realmente foi embora. Você foi e não me deu a chance de dizer adeus. Maldita seja você Dulce. — Amassei o bilhete que ela tinha me deixado em cima da escrivaninha e vi o café da manhã preparado por ela para mim como se pedisse desculpas por não poder ficar, como se tentasse remediar algo irremediável. Ela fez o certo, repeti para mim mil vezes. Será melhor para ela, para nós... Dei um tapa na minha testa e sai da cama tropeçando nas minhas roupas espalhadas pelo chão. Vesti o mais rápido que pude a camisa social com o terno preto e os sapatos brilhantes e subi no carro abotoando aquilo tudo de qualquer jeito enquanto uma mão se prendia ao volante. Enquanto passava rapidamente por árvores que ficavam atrás tudo parecia em câmera lenta, como aquela droga não ia mais rápido?

            Mais uma vez ela partia para longe, mais uma vez era eu naquele aeroporto atrás dela. Sempre quis saber por que nossa história tem essas pequenas coisas que se repetem várias vezes, coisas que parecem fugir do nosso controle embora eu saiba, ambos somos culpados, terrivelmente culpados. O avião tinha partido e eu não poderia fazer nada a respeito, ela estava longe do meu alcance como nós tínhamos planejado, como eu tinha lhe dito.

          Me sentei no chão olhando os móveis cobertos por lençóis brancos que sabiam que sua dona levaria algum tempo para voltar. Permanecia segurando as chaves da casa de Dulce pensando sobre o que fazer. Eu a tinha afastado e precisava concertar isto. Não há afastei por que queria, afastei por falta de opção. O bebê de Natalia, no caso meu também, não era para existir. Todas as vezes que pensava isto me sentia horrível, que pessoa nojenta e egoísta estava me tornando. Ele existe e devo ser o melhor que ele pode ter do modo que meu pai não foi, do modo como eu sonhei em ser e além do mais precisava trazer aquela pessoa completamente e ridiculamente insuportável de volta pra mim, eu pegaria o primeiro voo e logo tudo estaria resolvido. Mais uma vez nós concertaríamos o quebra-cabeça e colocaríamos as peças faltantes, pois assim é que tinha que ser. A porta se abriu com um estralo e por um momento eu pensei que aquela garota houvesse voltado atrás de sua decisão. 

— Dul... — Me levantei. Eu devia ter um péssimo aspecto.

— Christopher... Não esperava encontra-lo aqui. Dulce se esqueceu de levar o saco de ração da Triana. — Dona Blanca fechou a porta e caminhou com uma sacola nas mãos rumo à cozinha quando deu meia volta e parou a minha frente. A decepção eu sentia na ponta da língua parecendo bastante familiar. — Christopher eu gostaria de lhe pedir algo, eu sei que não tenho este direito.

— Por que está tão relutante? Estou aqui, pode me dizer. — Cruzei os braços na frente do peito.

— Sabe que eu nunca tive nada contra você Christopher, na verdade eu gosto muito da sua mãe, somos amigas, passamos por muitas coisas juntas enquanto aguardávamos vocês voltarem de cada viagem de turnê, de casa gravação de novela, de cada photoshoot. Às vezes me sentia aliviada porque sabia que você estava lá por ela, para cuidar dela.

— Eu nunca me recusei a fazer isto.

— Não, você nunca se recusou. Lembra quando disse em privado a sua mãe, “Poncho vai machucar a Dulce, eu sinto isto, e preciso que alguém cuide dela neste momento”.

— Isto faz já anos.

— É, faz muito anos. Sei que ela contou a você, e que ela te pediu para ficar de olho. Ela sempre foi muito preocupada com a minha filha, porque sempre gostou muito dela. Às vezes me perguntou se foi isto que aproximou vocês, o sentido de cuidado, o cuidado que tinha por ela por culpa de suas mães muito zelosas e preocupadas. Az vezes a gente tenta superproteger nossas crias, nem sempre é o certo, mas é o melhor que podemos fazer.

— Sabe, não foi isso que nos aproximou, talvez... Talvez de fato, a princípio. O que quer dizer de verdade Blanca?

— É melhor que você e Dulce terminem. Isto tudo está fazendo mal a ela. Se você sempre a protegeu como nós sabemos que o fez por um bom tempo, continue fazendo isto. Sabe que é melhor que se afastem. Ela está sofrendo muito, às vezes ela aparecia em casa e eu podia ver o quanto ela parecia estranho, um pouco distante, menos feliz. Uma mãe conhece uma filha. Poucas vezes a vi assim, já que ela é sempre tão alegre. Se você a ama o mínimo, se se importa... Faça o que é certo. Você vai ter um filho agora e a mãe dele precisa de você e minha filha... Ela só precisa ser feliz, continuar alegre e contente como ela sempre foi para que eu possa respirar aliviada novamente.

— Eu a amo. Eu vou fazer com que ela sorria todos os dias. Eu prometo.

— Não, não vai. — Blanca soltou um sorriso triste. Eu podia ver a semelhança da mãe com a filha. Os olhos tem a mesma intensidade gritante e doce que trazem um mar de sentimentos, e as ruguinhas nos cantos pela idade, sei que um dia Dul também as teria. Tudo que eu queria é que aquela garota ficasse bem. Senti algo frio em meus músculos como se meu sangue houvesse sido congelado. Um dia eu prometi afastá-la e não deixar que ela se aproxima-se de mim novamente porque julguei que estava muito bem sem ela, mas agora... Eu não queria conhecer um mundo e uma vida onde ela não estivesse dia após dia nem que seja para discutirmos todos estes momentos. Só precisava dela por perto. Mais uma vez esta era a coisa egoísta gritando dentro de mim e me pedindo para manter toda a situação mesmo sabendo que isto causava mal a ela. Insustentável... É, é realmente como estão às coisas. Eu realmente pensei que poderia deixar todas as coisas bem, mas simplesmente parece que sou impotente frente às forças da vida.

— Talvez tenha razão. — Lhe dei as costas e parti, mas uma parte minha ficava ali naquela casa em momentos bons onde haviam sorrisos e abraços. 

            As ligações de Natalia se acumulavam em meu celular e nenhuma eu pude atender, não aquele dia, não durante algum tempo, por que era disso que tudo se tratava, de tempo. Me desdobrei então em tentar ser um bom pai e esquecer a única coisa que eu não poderia. Os sábios sabem que no final estamos todo fudi*dos. Podem me dizer que sou louco em deixar que a coisa que mais me importa vá sem que eu faça nada, mas já amou alguém a ponto de quere-la longe, pois sabe que isso fará melhor a ela? Já amou alguém a ponto de querer libertá-la como os próprios estúpidos e imbecis fazem? Todo este tempo me peguei pensando, o que Dul está fazendo, encontrou amigos, encontrou algum cara melhor que eu que lhe faça rir todos os dias e não chorar? Quando o dia chegar, em que ela retorne, eu sei, será o momento em que tudo estará acabado.

           Natalia está deitada em uma cama de hospital e o médico passa um gel em sua barriga redonda de umbigo estufado com uma maquininha que enviam imagens ao monitor onde aparece um bebê em preto e branco grande e fofinho se mexendo. Seguro sua mão, pois ela parece estranha.

— Está tudo bem Natalia?

— Oh... Sim. — Por algum motivo ela não parecia tão animada com aquela gravidez, eu podia perceber pelo modo triste em que se viam seus olhos. Apesar disto sabia que ela tentava parecer, me fazendo ir a todos os cantos com ela comprar coisas, como móveis para o quarto da criança, roupinhas, sapatos, mamadeiras, e coisas que se precisa. De fato, ela me ligava todos os dias, várias vezes com novos pedidos, como preciso comer sorvete, pois estou com vontade, preciso comer pão em tal padaria e tal tipo específico. Por motivos como este, éramos vistos juntos com uma frequência gritante e nossas fotos sempre acabavam em alguma revista como se fossemos o casal mais contente do mundo.

— Doutora consegue ver o sexo do bebê? — Questionou ela. Embora Natalia já estivesse de sete meses nós não sabíamos se iria ser menino ou menina, o ultrassom nunca mostrava, pois a criança sempre estava em uma posição impossível de se ver.

— É uma menina.

— Está feliz? — Ela se virou para mim e eu respirei fundo processando a informação. Eu gostaria de ter uma menina, disto eu tinha certeza, mas antes quando eu pensava sobre isto, sobre ter uma garota, eu apenas conseguia pensar sobre o quanto eu queria que se parecesse com... Tento esquecer isto e sorrio.

— Muito. — Sinto meu celular tocar e o atendo prontamente

— Christopher?

— Oi, Rodrigo? — Havia muito que devia a ele. Era um dos meus melhores amigos e sempre estava quando eu precisava dele. Inclusive foi ele que entregou a carta com os anéis a uma certa pessoa no meu quase casamento com Natalia e sem me questionar qualquer coisa sobre isto.

— Sim, uuun... Eu estava pensando... Que tal sairmos hoje pra beber uma cerveja e conversarmos, tem uma coisa importante que eu preciso te contar.

— Eu não sei se vou poder.

— É realmente importante.

— Certo então, vou fazer um esforço. Me passa por mensagem o lugar e o horário que estarei lá. — Desligo.

— Quem era?

— Rodrigo. — Natalia subitamente se senta na cama e seu rosto parece mais pálido que o habitual.

— Mãe, tenha cuidado, estamos no meio do ultrassom. Se deite de novo. — A médica balança a cabeça a reprovando claramente.

— O que ele queria Christopher?

— Queria me chamar para sair hoje. Disse que tem algo pra me contar. Sabe como ele é, não deve ser nada de importante, mas...

— Eu vou junto. Não quero ficar sozinha em casa hoje.

— Natalia, ele quer conversar algo provavelmente em particular.

— Christopher eu também sou amiga do Rodrigo, você sabe disto.

— Natalia, não vai dar.

          Quando cheguei ao barzinho Rodrigo esperava já sentado na mesa. Olhava para longe com a mão no queixo como se estivesse pensando seriamente em algo. Toquei suas costas e ele deu pulo e seu aspecto não pareceu realmente melhor quando me viu. Eu sabia que algo sério estava acontecendo. Assim que me sentei vi Natalia surgir com um sorriso largo puxando pela mão Karin que parecia muito animada em me ver. Imediatamente o outro se levantou.

— Natalia o que está fazendo aqui? — Questionei atônito. Ela realmente tinha se dado ao trabalho de me seguir?

— Eu chamei a Karin pra sair, fazia tempo que não nos víamos. Que coincidência. Podemos nos sentar com vocês não é? Ótimo. — Era inevitável, quando ela quer algo ela consegue.

— O que tinha de importante para me dizer Rodrigo?

— É o que tinha? — Ela sorriu estranhamente para ele inclinando-se na mesa.

— Ah... Na verdade eu... Eu... Só queria falar que estou saindo com uma garota.

— E...

— Não, é que... Sei lá. Acho que você já saiu com ela então eu fiquei pensando.

— Com quem está saindo? — Ela o encarou.

— É... Claudia. Lembra dela Ucker?

— Na verdade não. — Meu celular começou a tocar no meu bolso e me levantei me dirigindo ao banheiro quando vi o nome no visor. Eu deveria apenas rejeitar a ligação. Apoiei meu peso na pia de mármore negro respirando fundo.

— Alô, alô... Dulce, é você? — Eu sabia que era, afinal era seu número. Sentia a tensão em meus músculos. Por que ela não dizia nada? Ela estava bem? Algo tinha acontecido? Droga. Tudo o que eu queria dizer era: Não seja assim, volta, eu ainda estou esperando sabe. Mas eu não diria isto, eu jamais diria, desta vez para mim tudo estaria acabado. Posso escutar sua respiração do outro lado da linha. Podia imaginá-la andando de lá para cá pensando sobre o que dizer e não encontrando. Talvez ela sentisse que nada disto estava bem. Escuto a ligação sendo interrompida. Se eu tivesse qualquer chance de voltar atrás da minha decisão aquela era a hora, mas eu apenas... Não voltei atrás. Olho para o meu reflexo no espelho. Por que parece que envelheci mil anos em apenas alguns segundos? Abro a torneira sentindo a água escorrer em minhas mãos e logo jogo o liquido em meu rosto.

        Desde aquela ligação um mês se passou. Coisas importantes aconteceram? Nada que eu pudesse sentir em absoluto, era como se tudo estivesse meio que dormente. Pode ter parecido uma eternidade, mas tudo seguia igual até aquela mensagem de voz. Ela realmente sabia que eu não iria atendê-la? Eu apenas consegui escutar a palavra divórcio, foi como um soco no estomago com a dor se dissipando lentamente, agora eu tinha a certeza de que Dulce Maria seguia muito bem sem mim e que provavelmente já tinha encontrado outro. Aquele era o fim. Nos mais de 12 anos que nos conhecemos, todas as dificuldades que passamos as idas e vindas de repente o rio apenas seguia seu fluxo e seu curso jamais se alteraria outra vez, nem pelas forças do tempo, ou do que seja. Restou apenas o silêncio.

Silence

And it all comes back to this

It was an ordinary moment;

Tore the sky and cut us open.

And now I cannot forgive

or forget what we have done

The silence has become the end of us.

Silêncio

E tudo volta a isto

Este é um momento ordinário

E agora Se desprendeu o céu e nos cortou

e agora eu não posso perdoar

ou esquecer o que nós fizemos

o silencio se tornou o fim de nós

Ahhhh, aposto que estão se perguntando, o q essa surtada está fazendo aqui postando dois dias seguidos, sai daaquiii kkkkkkkkkkk Manas hoje eu li uns livros vondys q é tipo feito por uma fã claro e tem fotos e momentos vondys sabe é lindo mesmo, a malditéeerriiimaa da candydmes me passou, e me deixou louca nessa coisa, vou passar o link p vcs. http://peligrovondywebs.blogspot.com.br/p/o-que-e-vondy.html Tá tudo aí, e é só clicar no título do livro. São quatro no caso, mas é rápido de ler e vale a pena, juro, não vão se arrepender. Quanto a fic, vcs viram q tem várias pistas de coisas e informações do pq o Ucker não ligou nesses dois meses e o q ele estava fazendo. Respondo os comentário sem falta no próximo cap, pq ficou tarde kkkk Enrolei muito p postar como always. kkk Até breveeeeee maravilhosaaas e talvez maravilhosos, i do know.  Já estava me esquecendo, gente Ucker vem para tour em 2017, acabei de escutar na rádio mix no especial rbd q falou com um cara q pelo visto vai trazer ele. Bafo, e vcs sabem q dul vem tb né ano q vem uuuuuuuuun. Queria eles vintos juntineeeeos e ferrando nosso coração p sempre. Musica do cap: https://www.youtube.com/watch?v=EV3coal2UJ8