Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

2 º Capítulo 11. Life is beautiful

Life is beautiful
But it`s complicated
We barely make it
We don`t need
To understand
There are miracles
Miracles

A vida é linda,
Mas é complicada
Nós mal a vivemos
Nós não precisamos
Entender
Há milagres
Milagres

— Dulce, eu realmente não gosto de surpresas. Por que não me conta de uma vez o que está acontecendo? — Era já de manhã. Talvez fosse maldade fazer Ucker esperar tanto tempo para saber o meu segredo, mas com palavras eu não conseguiria dizer, ele realmente deveria ver, ou melhor, escutar. Segurei sua mão o conduzindo dentro do consultório médico enquanto seus olhos estavam vendados com um lenço preto. Fiz com que ele se sentasse ao lado da maca onde me deitei.

— Bom dia, como está hoje? — A médica perguntou. — Vejo que trouxe o... — Ela começou a dizer, mas coloquei o dedo na boca pedindo silencio e com um sorriso ela balançou a cabeça afirmativamente compreendendo.

— Gostaria muito de saber, quem está aqui também. Acho que estão tentando me sequestrar. — Ucker riu baixinho. A médica passou um gel gelado em minha barriga e em cima começou a deslizar um pequeno aparelho que transmitia imagens para um monitor quadrado. — Realmente o que estamos fazendo?

 — Shiu. — Pedi quando os sons começaram a aparecer. O barulho era forte e por algum motivo parecia realmente estranho como se tivesse mais de um som ao mesmo tempo.

— O que é isto? Dul, isso... — Ele fez uma careta e retirou a venda dos olhos olhando de mim ao monitor.

— Ucker...

— Está escutando o som do coração dos seus filhos? — A médica olhou para ele sorrindo.

— Meus filhos? — Ele piscou aturdido.

— Seus filhos! Está vendo essa bolinha aqui? Do lado tem outra também. São gêmeos univitelinos, quer dizer que são idênticos, levam a mesma carga genética. A gravidez é de 12 semanas. Ainda não dá pra saber o sexo dos bebês, mas logo poderemos saber.

— Quando isso aconteceu? — Ele me encarou.

— Ucker, quer realmente que eu explique quando aconteceu, como... — Comecei a me altera e ele apenas soltou um largo sorriso brincalhão.

— Mais uma pergunta. É meu?

— Christopher, eu juro que vou te matar. — Meu rosto se tornou rubro e eu levantei minha vão quase me sentando na cama.

— Calma mamãe.

— Eu só estou brincando patinha, mas Dul, você realmente precisa melhorar a forma como você conta as coisas por que...

— Sai daqui Christopher, agora! — Gritei tentando alcança-lo com as mãos, mas ele apenas ria de tudo, como se tudo aquilo fosse uma grande piada.

— Escutem, eu estou vendo mais uma coisinha aqui. Parabéns papais, são trigêmeos. O terceiro bebê está bem escondidinho aqui e este não é idêntico aos outros dois viu.

— O quê? — Eu e Ucker dissemos em uníssono. Minhas pernas estavam bambas.

— Tem certeza que Dulce não está escondendo mais nenhum aí dentro, doutora? — Ele soou sério, mas era mais uma de suas piadinhas irritantes.

— Como vou criar três bebês e que se pareçam a este aqui? — Ri balançando a cabeça negativamente. — Ucker, você precisa de mais um emprego.

— Acho que preciso de três empregos, cantor, ator e o que mais... Quem sabe tentar carreira de diretor, o que acha?

— Parece que dá bastante dinheiro. Posso tentar ser dançarina também. — Sua mão alcança a minha e sei agora que tudo ficará bem.

        Saímos da clinica, eu segurando as primeiras fotos dos meus filhos em um envelope branco. O dia estava claro e quente e eu apenas queria tomar sorvete. Ucker por algum motivo havia ficado quieto, senti medo de que ele não estivesse gostando da ideia de ser pai, afinal havia se livrado de uma e agora aparecia eu, e não com um bebê, mas com três. De fato tudo isto me assustava, pois sabia que poderia ser uma gestação difícil, mas não só isso... Eu sempre quis ser mãe, mas três de uma vez e logo neste momento da minha carreira? Eu tinha medo de tudo que poderia ter que abrir mão por eles, este era um lado meu dizendo, mas o outro já me fazia imaginá-los nos meus braços. Podia imaginar Christopher jogando bola com eles... Isto me faz pensar, serão meninos, meninas? O que ele gostaria de ter? Com quem eles se parecerão? Tantas perguntas que ficariam em suspenso por um momento.

— Dul, apenas falando sério por um momento, por que me fez dar o divórcio a você sabendo que estava grávida? Sabia que eu nunca assinaria aqueles papeis se eu soubesse.

— Eu não te fiz fazer nada, você quis. Eu estava arrependida quando voltei dos EUA e já não queria, mas você não me deixou falar por nenhum momento.

— Devia ter me dito de qualquer forma.

— Sinceramente, como?

— Então não assinasse os papeis.

— Não seja bobo, pais não ficam juntos porque vão ter filhos, ou porque já têm. Está tudo bem se não quiser estar comigo, mas sinceramente não queira ficar comigo por isto. — Esbravejei, mas ele apenas passou seu braço esquerdo por cima do meu ombro.

— Dulce Maria e sua incrível forma de querer fugir de mim, só que desta vez e em caráter definitivo eu não vou deixar.

— E você? Não estava bem com Natalia? Sabe, eu sei... E tá tudo bem.

— O que quer dizer com isto? Se acha que... Bom, talvez eu tenha querido dar a entender isto, e por esta parte da coisa toda eu sinto muito.

— Então vocês não...

— Óbvio que não.

— Me desculpe pelo tapa ontem. Quando eu vi já tinha feito. Eu não quero dizer que é você que sempre erra na história e que eu que fico com o papel de inocente e pobre coitada, não é assim... Sabe, de todas as coisas sou eu agora que não o deixarei ir nem que apareça uma Carla, uma Flávia, Matilda... — Disse determinada e ele me apertou dando um beijo no topo da minha cabeça como se concordasse. 

— Dul eu acho que entendi.— Ele ri. — Mas não vai aparecer ninguém, ninguém irá se interpor entre nós nem por um segundo mais. Pode ser que nao façamos o nosso melhor o tempo todo, pode ser que não sejamos os melhores pais do mundo, coisas assim acontecem e quem poderá nos julgar?  Se erramos ou não erramos... Não importa mais agora. Eu quero que possamos viver todos os momentos bons que pudermos a partir de agora, pois amanhã, amanhã sempre será um outro dia!

Meses depois...

     A praia estava vazia, e era fim de tarde. Assistíamos o pôr do sol enquanto tons alaranjados, amarelados, azuis, violeta tomavam conta do céu como um véu colorido. Deitados na areia fofa sentindo a água ir e vir tocando os nossos pés um milhão de pensamentos passavam pela cabeça de todos nós, provavelmente coisas muito diferentes. Finalmente o RBD estava reunido novamente, não para um grande concerto como costumava ser, mas apenas para pensarmos sobre a vida, apenas para estarmos juntos mais uma vez. Minha barriga estava tão grande, que meu umbigo apontava o céu.

— Eu amo vocês! — Maite suspirou falando e rimos alto com a nossa pequena garota de cabelos escuros que costumava dizer sempre a mesma coisa em todas as nossas reuniões, já era seu bordão.

— Chega Maite com essa coisa melosa, ninguém aguenta mais. — Anahí a cutucou para depois receber um pequeno chute nas pernas. — É brincadeira, você sabe disso caray. Se existem pessoas que são como uma droga de uma família pra mim são vocês.

— Any é sempre tão linda com suas palavras.— Poncho balança a cabeça a reprovando.

— Ai Poncho, sempre estragando minha declaração de amor, em todo caso eu preciso contar uma coisa. Não é tão importante assim, quero dizer... Eu vou me divorciar!

— O quê? — Poncho que estava do outro lado se sentou a encarando.

— É isto ué. O que tem de mal? Até a Dulce e o Christopher se separaram, já estava na minha hora. — Seus lábios se arquearam para cima e ela revirou o bolso de um vestidinho branco leve que usava tirando algo que brilhou forte fazendo arder nossos olhos. Levantando-se ela começou a caminhar rumo ao mar.

— O que está fazendo Anahí? — Questionei.

— Sabe aquele anel de noivado que eu apostei com vocês? Pois é? Eu não preciso e não quero mais isto. Talvez seja melhor ficar com os espíritos das águas. — Ela ergueu o braço o esticando completamente e então arremessou o mais forte que pode quase impulsionando seu corpo para frente. — É tempo de recomeçar. Cadê a salva de palmas? — Rimos alto e fingidamente batemos palmas, mas não havia um de nós que não estivesse feliz com aquela decisão. Ela voltou ao seu lugar e provavelmente voltaria a sua vida também. Eu sempre soube que nem todo mundo tem seus grandes e épicos finais felizes, e que ela é uma dessas pessoas, mas sinceramente é um final? Ainda acontecerão muitas coisas para ela, para mim, bom para todos nós e quem sabe o que o destino nos guarda?

— Eu conheci alguém, ele parece legal. Acho que vamos ficar algum tempo juntos, não sei. Não posso prever o destino não é? — Christian estava sério enquanto o falava como jamais o que esteve em sua vida.

— Vai dar tudo certo. — Alcancei sua mão a segurando firme.

— E eu estou com planos de me casar daqui um ano. — Mai contou alegremente.

— Por que está tentando estragar minha noticia? Mai está grávida, aposto. Maite o que eu te falei sobre proteção? — Christian se sentou balançando as mãos como um italiano.

— Cala boca, eu não estou. Ai, Christian!

— Agora precisamos terminar de casar vocês dois logo, antes que estes bebês nasçam aqui. Que demora. — Anahí esbravejou quando eu senti algo estranho.

— Oou. — Eu tinha um buquê com rosas brancas em minhas mãos presas por uma fita roxa escura e vestia um vestido de casamento branco bastante largo e leve, algo especial feito para um casamento atípico na praia. Todos tinham roupas brancas também que provavelmente ficariam completamente sujas em breve com toda aquela areia em volta de nós.

— O que foi isso Dul? — Christopher me olhou.

— Não vai dar tempo. Acho que os bebês vão nascer.

— Mas você só está de 7 meses e meio, não é tempo ainda.

— Eu sei. — Senti a dor vindo e me contorci, desta vez estava mais forte. Ucker se levantou e me ergueu em seus braços.

— Eu dirijo. — Poncho ergueu o braço correndo para o carro. A última coisa que vi foi meu buquê ser arrastado pelo mar e desaparecer entre a água. 

Babyyyys, é meio q ultimo cap né, pq amanhã é epilogo, e sério tá um bafoooo, mas voltando, espero que tenham gostado, acho q talvez tenham imaginado de formas diferentes e até querido que tudo fosse/acontecesse de um modo diferente, mas esse foi o melhor que eu pude fazer e eu realmente me sinto muuuuuito, muuuito feliz com essa fic pq vondy é um dos meus traumas supremos e acho q consegui colocar nela tudo q penso e acho, e tudo o q eu sempre sonhei, então valeu a pena. Valeu a pena eeee, sou caçador de ilusões kkkkkkkkkk Parei. Genteee aiii, desde já muito obrigadaa por serem sempre tão presentes aqui e por terem me incentivado o tempo todo. Eu vou disponibilizar amanhã provavelmente uns links p vcs baixarem a primeira e a segunda temporada em pdf caso queiram reler, está ficando super bonitinho, fiz umas capinha kkkkkkkkkk Eu adoro essas  palhaçadas, então até logo, até amanhã com o golpe fatal kkkk.