Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

Capítulo 1 (parte 2)

— Vem Christopher! — Gritou Anahí, e ele riu se atirando sobre nós. Apesar de estarmos tão próximos agora, nenhuma parte dele relou em mim, era como se estivesse me evitando. Ele não iria me abraçar também como aos outros. Levantei.

— Vocês não mudam mesmo. — Falou Pedro Dámian olhando para nós e ao seu lado Luis Luisillo dava risada. — Senti falta disto.

         Jantamos, rimos e fomos felizes juntos uma vez mais apesar de Poncho não estar conosco e é claro o grupo não era o mesmo sem ele, mas eu podia entender o fato de ele não ter feito esforço nenhum para se juntar nesta reunião, já que a relação dele com Anahí agora parecia a mais estranha e absurda possível. Olhei para a garota antigamente loira em sua casa que agora tinha fotos do futuro marido, o governador, e para alguns seguranças que eu podia ver do lado de fora do lugar, como se ela pudesse ser raptada a qualquer momento.

        Christian fazia suas brincadeirinha e piadas e eu estava feliz que ele estivesse feliz novamente depois do maldito episódio de tentativa de suicídio, eu sei que ele só precisava de nós por perto, apesar de não estarmos quase nunca juntos, eu entendia que éramos família para ele, todos ali haviam sido família pra mim por muito tempo, eu apenas queria que nada houvesse se alterado. Maite por sua vez parecia mais bonita e estonteante que nunca, com seu ar leve e eu me sentia muito orgulhosa dela por ter se tornado o sucesso que era como atriz de novelas. Ela me olhou por um momento e sorriu. Sentávamos todos em um sofá espaçoso tomando sorvete de cupuaçu, pois Any disse que era para recordarmos os velhos tempos... Brasil... Quando o celular de alguém começa a tocar. Todos verificam os seus próprios.

— Quem se esqueceu de desligar o celular para a nossa reunião super especial? — Christian briga fulminando cada um de nós com um olhar mortal.

— Desculpa gente, eu não podia desligar. Com licença. — Christopher sorri atendendo ao telefone. — Nath... Eu sei... Claro, não vou me esquecer querida... Eu também... Tchau.

— Perdoo só por que foi a Nath, mas está na coleira em meu velho. — Responde Christian rindo. É, eu havia visto as fotos dos três juntos, como os melhores amigos do mundo, Chris, Natalia e Ucker, e eu não havia gostado, por que... Eu não sabia exatamente por que.

— Uuun, então uma mulher finalmente conseguiu domar o nosso bebê? — Sorriu Any olhando para ele que parecia levemente constrangido pelo tom rosado das bochechas em sua pele tão clara. Natalia Tellez o havia mudado, mudado de um modo que eu não havia feito e isto embrulhava meu estomago causando desconforto. Ele era alguém novo por ela, unicamente por ela. Talvez o “nosso” nunca tivesse existido. Existiu?

— Eu sempre pensei que no final, vocês iriam ficar juntos sabe, palpite. — Falou Pedro Dámian apontando de mim para ele. O caramba, não faça isso. Pedi internamente sentindo-me corar.

— Como o que? Somos como irmãos Pedro. — Disse de súbito e vi Ucker me fitar diretamente com algo estranho no rosto. Não podia entender o que ele estava pensando. Talvez estivesse só constrangido como eu.

— Não se esqueça de que eu inventei esta resposta. — Completou Pedro com um terrível sorriso conspiratório nos lábios, e de fato ele tinha razão, havia sido ele. Quase tudo o que falávamos era basicamente discutido por ele e por Luisillo e mais uma equipe a parte de marketing. Maite me olha com uma leve carinha estranha de pena, eu sei que ela podia ver tudo dentro de mim e diz:

— Chega com isto gente, não amolem por que ninguém comentou da nossa nova moça de família a senhora Anahí, querida primeira dama sucesso, humilhação e pisação na cara da sociedade.

— Por dentro ela ainda é Carmem. — Grita Christian rindo e todos caem na gargalhada e a conversa segue sem grandes intercorrências com Guilhermo fazendo piada junto ao Pollito.

      Levanto-me para ir ao banheiro lavar um pouco o rosto ou algo assim, pois eu começava a ficar nostálgica demais. Passo por um corredor e viro a direita e entro em outro corredor. Escuto passos as minhas costas e me viro para ver quem é.

— Oi... Annn... Você vai ao banheiro também Christopher? — Questiono-o. Christopher tinha seguido em frente como todo mundo, ele agora tinha um namoro duradouro, não era mais o garoto de antes, agora ele era verdadeiramente um homem em todo o sentido da palavra, eu podia ver em seus músculos, em seu olhar penetrante, no modo como ele andava e agia.

— É... Annn... Eu só pensei que poderia me perder então eu... Eu te segui. — Ele sorriu.

— Pode ir primeiro.

— Não, tudo bem. Na verdade... Na verdade você não quer fumar comigo lá fora?

Caminhamos por um jardim de gramado verde sentindo vento tocar nossa pele, está levemente frio. Há bancos brancos em um canto perto de uma roseira com flores cor de rosa. Sentamo-nos olhando para um céu escuro salpicado de estrelas brilhantes. Inspiro fundo para espirar em seguida e olho para ele que está me encarando com seus imensos olhos de chocolate.

— Você não vai fumar?

— Ah não, eu parei a algum tempo. — Ele ri. — E você?

— Eu não fumo desde os 15 anos Christopher.

— Eu sei. — Ele sorri para mim.

— Você está feliz? — Não posso evitar perguntar mesmo que sinta meu coração apertado com isto. Ele para um momento olhando para o céu.

— Penso que sim. A vida é como ela tem que ser Dul, não é perfeita por que se não enjoaríamos dela. — Respondeu e eu apenas podia pensar que de fato ele parecia muito mais maduro. Eu havia feito minha escolha anos atrás, eu havia decidido não lutar pelos sentimentos que brotaram naquela época por ele, deixei me levar pelos medos e inseguranças e tudo o que eu era e tinha era resultado da minha escolha. Senti a vontade quase incontrolável de toca-lo. Olhei para minha mão no banco muito próxima da dele. Corri meus dedos até os dele sentindo por um segundo o calor de sua pele quando ele puxou. — Às vezes é preciso desistir de algumas coisas, por outras, afinal o que é seu sempre te pertencerá. E você? Você está feliz Dul?

— Eu? Eu... Claro. — Mas eu apenas queria dizer que se pudesse reverteria o tempo para o momento em que éramos, para o momento antes de tudo explodir conosco no meio.

I would give anything I own,
Give up me life, my heart, my home.
I would give everything I own,
just to have you back again

Eu daria qualquer coisa que eu possuo,
Desistiria da minha vida, do meu coração, da minha casa.
Eu daria tudo que eu possuo,
Apenas para ter você de volta outra vez.

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