Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

Capítulo 16. My Thoughts Are Stars (parte 3)

— Como o que? Se não percebeu eu não estou aqui pra diversão. Estou trabalhando. Não entende isto?

— Ah, por favor, Christopher. Você é um estúpido. Sabe muito bem o que estou falando, agora trabalhar significa isto não é? Nada do que me disser fará com que eu fique.

— Não seja assim turrona, por Deus.

— Turrona, eu? — Eles passam basicamente ao meu lado, mas não me veem quando ela pare de frente para o elevador. Estou vermelha. Se me pegam pensarão que estou espionando e isto é o último que me falta.

— Isso mesmo.

— Olha, adeus Christopher Uckermann. Espero que pense muito bem sobre o que está fazendo. — A porta do elevador se abre e ela entra nele.

— Olha, se quer ir... Não estou a prendendo. Vá. — Diz ele e a porta simplesmente se fecha. Ele leva as mãos a testa e bate a cabeça contra a parede. É hora de ir, antes que me veja, penso, mas quando começo a dar passos muito silenciosos o escuto.

— Estão estava aí o tempo todo, não é?

— Eu? Não, não. O que acontece é que estava indo para o elevador e me lembrei que esqueci algo em meu quarto e estava indo buscar. — Sorri fracamente me virando de costas.

— Dulce Maria! — Me chamou e fui obrigada a me virar para vê-lo ali parado, glorioso como uma estátua de Adônis. Não, na verdade, a estátua de Adônis não faria jus a toda sua beleza e charme, aos seus traços marcados e ao mesmo tempo sutis, aos músculos de seus ombros e costas a... Tento parar de pensar nisto. — Tentei muito esquecer alguém, mas como vê, não consegui.

 — O que? Está falando desta garota? Não se preocupe, logo ela volta, pois nem mala leva nas mãos. Não precisará se dar ao trabalho de esquecê-la. — Virei-me mais uma vez quando sua mão atingiu ao meu braço me segurando.

— Dulce, como acredita? Bom, esquece... Eu vou atrás dela. — Respondeu me soltando e voltando para frente do elevador. Como assim ia atrás dela? Ele nunca fez isto por nenhuma destas tantas que andou. Senti um nó na garganta.

— Christopher! — O chamo e ele olha para mim. Tem as mãos na cintura com sua blusa preta e suas calças jeans que o deixavam muito bonito. Adorava vê-lo com seu jeito casual assim. — Chris... No avião me tinha dito que... Tinha me chamado de “meu amor”, por que o fez? Por quê? — Questionei com a mão no peito. Ele piscou repetidas vezes e lá veio seu tique que sempre aparece quando está assim nervoso. Abaixou a cabeça e se pôs a olhar para todos os lados. — Não vai responder?

— Não posso te responder, por que não sei, não sei por que. — A porta do elevador se abriu e ele entrou. Senti uma lágrima correr em meu rosto, droga. Por que tão sentimental assim em? Ucker fez quase uma menção em sair e ir a minha direção, mas se deteve. Este tour pelos EUA estava sendo um verdadeiro inferno do início ao fim. Por que eu estava ali fazendo tanto caso sobre ele? Todas sabem que ele é absurdamente atrativo e que conquista a quem queira, mas eu não era este tipo por que acima de tudo somos amigos. Acima de tudo, era estranho trazer os casais imaginários para a vida real, tão clichê. Olho para o meu anel e apenas fecho os olhos retomando meus passos para meu quarto. Que ele faça o que quer. Não me importa, mas para minha cama ele jamais voltará. Jurei, me esquecendo que fazer sexo em uma cama nunca foi o nosso forte.

        Nos mantivemos afastados e Deus sabe o quanto foi difícil. Respeitei sua relação e respeitei a relação que tínhamos por que mais uma vez jamais quis estragar nada entre nós.

02 de março- México. Noite.

— Ah sim, eu vi o que ele causou no twitter. Mal pude crer, que ingrato ele é, mas não podia esperar nada diferente daquele tipo, ou melhor tipos como ele, estes... Bonitos demais, sabe. Primeiro te envolvem com seu charme fatal e então muaaaa. Te atacam como leões famintos e te deixam lá. — Iliana bateu na mesa do bar com força.

— Acalme-se Ili, que vão nos escutar.

— Que nos escutem. — E ela quase se pôs a gritar. — Christopher Uckermann, é um leão devorador de ovel... — Tapei sua boca rindo.

— Ili, me quer matar, não é mesmo? Estás louca.

— E que? Vai ficar aí fingindo que está tudo bem, que não foi nada, que xalalá. Dulce, não precisa de atuações comigo, além de trabalharmos juntas, você é minha melhor amiga.

— Sabes Ili, estou bem. De verdade que estou.

— Se estivesse não teria me chamado pra vir a este bar, quase me implorando. Inclusive este lugar é um lugar que aquele lá gosta muito não é? Está pensando que vai encontra-lo aqui, que vai tirar esta história a limpo? Que ele vai te abraçar como se nada houvesse passado e vocês estariam bem de novo? — Sua cara era das piores e fez de fato me sentir mal. Sim, o Christopher costumava visitar aquele lugar, eu sei, por que nos sentávamos logo ali. Olho para uma mesa ao canto com duas cadeiras, onde em cima há um quadro do Elvis Presley em seu melhor momento. Posso ver a nós dois como fantasmas falando sobre um milhão de coisas, rindo toda vida, nos fazendo brincadeiras. Como quero isso de volta. Volto a olhar para minha amiga, a minha frente e tomo um bom gole de Chopp, lembrando que nós costumávamos virar doses de tequila juntos e que sempre, vez ou outra, acabávamos um nos braços do outro pra dizer que não tínhamos esquecido fazendo promessas que jamais se cumpriram.

— Me desculpe, eu vou ao banheiro. Já volto Ili. — Quase corro para o toalete e agradeço por não ter ninguém lá quando o torrencial de lágrimas chega. Levo as mãos ao rosto sentindo o ar me faltar. Os grandes espelhos com meus grandes olhos vermelhos apenas indicam minha vergonha. Por que ele faz isto? Por quê? Quero compreender quando mudou, todavia tinha a pouco tempo aparecido em minha casa e me beijado e quando tínhamos quase... Não, não, não quero pensar nele, pois está me destroçando.

— Ah Dul. — Ili surge e tento limpar as lágrimas. Disfarçando sorrio e tento buscar um papel.

— Não sei por que, mas o ambiente me causou alergia. Olha só.

— Não precisa disto Dulce. — Ela me puxa para seus braços e eu desabo em soluços incontroláveis. Posso ver os olhos dele dançando em frente a mim, seu sorriso que jamais vou esquecer, ou o gosto que tem quando me beija, as cosquinhas que nunca parei de sentir, o arrepio na pele quando me toca, e a alegria que me faz sentir apenas ao escutar sua voz. Tudo isto tinha que ficar pra trás. Quando o sol surgir lá fora e se fizer um novo dia, fingirei que Christopher e eu nunca existimos, que somos ficção assim como disse aos fãs. Sempre fomos, sempre, assim acreditem que eu também irei acreditar com toda minha alma. Eu juro.

        Meus pensamentos são estrelas e elas voam para o céu e correm no ar gélido da noite e algum dia o atingirão de verdade e ele vai sentir.

— Eu o quero de volta Ili, por que a vida me tirou ele? Por que, quando nunca amei a ninguém como a ele? Por que agora outra está ao seu lado, o beija, o toca, o acaricia? Eu preciso do seu amor. Eu não posso mais lidar com isto.

— Então precisa dizer isto a ele, não a mim.

— Eu já tentei, mas... Foi tarde demais, eu o perdi para sempre. Não posso respirar. Não posso. Eu tentei ser forte, você sabe, lutei para esquecer a ele assim como ele me esqueceu, mas não logrei nenhum resultado. Eu prometi a ele que não o esqueceria, eu prometi...

— Eu sinto muito Dul que algo assim esteja passando com você. Você é a pessoa mais especial que conheço na vida, e trabalhar com você é uma honra. Se ele não sabe reconhecer seu amor, não o merece. Deixe que fique com ela ou com outra que seja, mas aposto que todas as vezes que fechar os olhos seu ultimo pensamento será você, não importa quem esteja ao seu lado. Com algumas coisas, a gente infelizmente não pode fazer nada se não lamentar e tentar esquecer. Entre vocês já houve muita dor, talvez isto seja o melhor para ambos. Ele claramente está tentando afastá-la ao máximo de sua vida, e eu entendo porque...

— Por quê?

— Por que não poderá ser feliz ao lado daquela tal de Natalia, se a tiver por perto todo o tempo ou se tiver as Vondys lembrando-o constantemente tudo o que viveram. Ele quer você e elas longe.

          Assim que cheguei em casa me sentia como um pedaço de papel sujo. Me meti dentro de uma banheira com muita espuma tentando relaxar e fechar os olhos com um milhão de ervas calmantes, mas não podia. Fiquei fitando as paredes brancas com o anel que ele me presenteou nas mãos. Eu o tive por muitos anos inventamos muitas coisas, para que não acreditassem que era algo especial nosso, como todos do grupo têm um, mas nunca foi verdade. Anahí colocou um destes uma vez para despistar, mas não conseguiu, na verdade, não conseguimos. Levanto-me. Colocando um roupão, saio para a noite olhando as estrelas e uma lua estranha no céu, é apenas um fio. Nossa eterna testemunha também se foi. Pego o meu telefone celular no bolso e disco. Ele toca, uma, duas, três vezes e cai e percebo que Christopher havia rejeitado minha ligação. Não podia entender que nem quisesse ao menos falar comigo. A que chegamos. Decido deixar uma mensagem:

— Escolheu me esquecer, mas agora eu é que escolho te esquecer.

      Desligo o celular e com o anel nas mãos o fito por alguns curtos segundos com milhares de lembranças cortadas circulando minha cabeça antes de arremessá-lo com força o mais distante de mim. Adeus... Christopher.

Perdão de novo por botar o dedo na ferida, mas óbvio que o capitulo precisava de amarração. Muito depree néee?  Mas prometo q vai vir logo uma fase DyC assim juntinhooos, mas óbvio será no passado. Depoiss comentooo lindaaas e posto um cap a noite tb, hoje estou generosaa kkkkkkkk Não é isso, é que agora escrevi bastante e tenho muito no meu estoque e vai me dando um leve desespero pra que vcs chegam na parte da história onde estou sabe kkkkk Mas atéeee. Muaaaak.