Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

Capítulo Extra 1. Pov. Christopher ✦

02 de março- México. Pov. Especial Uckermann

— Como está a gravação do seu novo filme irmão? — Questionou Gonzalo, meu amigo de anos. Eu, Natalia, Gonzalo, Alicia e Fernando nos sentávamos em uma mesa de um pub famoso do México consumindo alguns bons copos de cerveja.

— Está ótima. — Ri. — Que mais dizer, além disto? — O elenco é incrível, gosto dos meus companheiros. Nada para reclamar. — Sorrio e olho Natalia ao meu lado passando os braços por seus ombros enquanto ela me dá um beijo na bochecha.  Ela é... Como explicar... Alguém que apareceu no momento certo. Uma pessoa boa, generosa e que minha mãe gosta, que é o principal. Não havia momentos de instabilidade entre nós por que não se tratava de uma paixão louca e desenfreada nem nada do tipo, tudo é mais comedido e eu devo dizer que até prefiro que seja assim.

— Não sei, que tal comentar daquele escarcéu no twitter? Estão te crucificando cara, cuidado porque estas fãs loucas podem te atacar a qualquer momento. — Fernando ri alto.

— Ai, Fernando. — Alicia bate em suas costas.

— Não vai falar nada cara? — Questiona Fernando novamente.

— Não é algo que eu queira falar. — Sorrio fracamente olhando para os detalhes da madeira da mesa. Tenho flashbacks me atazanando. Natalia segura minha mão.

— Christopher fez o que precisava ser feito, já estava na hora de colocar aquelas garotas na realidade nem que seja a força mesmo. — Disse ela duramente.

— Talvez estejam certos, mas cá entre nós irmão, você e aquela garota... Como se chama? — Gonzalo questiona em quase um tom brincalhão. — Dulce Maria, tiveram algo? Tipo, ela é muito gata, com todo perdão Natalia. — Todos riem menos a garota que eu abraço que apenas me olha de modo mortal. Não, ela jamais saberia sobre estas coisas do meu passado, ninguém precisa saber, mas o nome da outra ainda ressoa em minha cabeça como sinos perdidos em uma repetição interminável. Tento engolir para dentro de mim e não pensar.

— Claro que não, como podem acreditar?  — Solto uma risada. — Não fique assim Nath. — Beijo seu cabelo.

— Bom, é claro que nunca teve nada com ela, quem vai querer essa sua cara feia? — Brinca um dos meus amigos e eu apenas balanço a cabeça negativamente sentindo algo que eu tentava esquecer algum tempo batendo lá no fundo. — Podia apresentar ela aí pra gente.

— Cala a boca.

— É calem a boca, Christopher e aquela mulher, nem amigos são. Só trabalharam juntos. O que é que tem?       Eles nem se veem mais. Foi há mil anos atrás. — A garota de olhos grandes se remexeu.

— Okay Nath. — Ele ri. — Cara eu estava vendo a novela que ela faz, teve uma cena que ela apareceu vestindo só um baby-doll preto, eu tive que tirar uma foto com meu celular, quer ver? Muito gostosa. — Fernando apontou a coisa em meu rosto, a foto de Dulce. Aquilo realmente me irritou.

— Como você é um idiota Fernando, por que não apaga isso? — Me levanto. Se ele não fosse tão meu amigo...

— Qual é cara é só uma foto, relaxa, mas eu não vou apagar, não mesmo.

— Você é quem sabe. Bom, acho que é melhor ir pra casa. Amanhã tenho gravação e ainda tenho que dar uma revisada no roteiro. — Digo me levantando e me despedindo de todos. Dulce Maria, sempre seria meu doce amargo.

           Eu me lembro de tantas coisas, ruins, boas, absurdas como momentos recortados de um turbilhão de outros momentos maiores. A segunda vez que a vi na vida eu praguejava pela chuva forte caindo enquanto me dirigia a um dos prédios da televisa onde eu faria o teste para a novela “Rebelde”, foi há tantos anos e às vezes parece que foi apenas ontem. Eu não levava guarda-chuva, nunca fui precavido com as coisas enquanto pisava em poças enormes com uma água quase lamacenta retida sobre o tapete verdejante de grama atingindo minha calça jeans e meu sapato. Não poderia estar mais infeliz. Mais surpreendente que a tormenta repentina foi ver uma garota com a língua estendida para o céu de baixo de todo o aguaceiro. Seu cabelo escuro e sua pele levemente bronzeada com roupas definitivamente curtas demais pra um dia como aquele me davam a sensação de que ela não pertencia ao lugar. Parei por um instante com todos os papeis com minhas falas já encharcados nas mãos. Eu não conseguiria o papel simplesmente por que não tinha lido as falar antes de ir para o teste de elenco, a questão é que eu gravava uma novela no momento, e de verdade que não tinha tempo.

           Apesar destas coisas, esqueci tudo por um instante absurdo ainda olhando para uma criatura feliz na chuva em plena quarta-feira. Seus olhos se encontraram com os meus o suficiente para desmoronar um mundo inteiro sem consideração dentro de mim quando ela simplesmente se foi muito rapidamente e pensei que jamais a fosse ver novamente. Deus sabe o quanto eu estava terrivelmente enganado? Deus sabe que é como se o destino me houvesse colocado junto a ela naquela novela? Eu gostaria de voltar a aquele dia, dar dois passos atrás e não voltar nunca mais. Dizer a mim mesmo que estaria arruinando a minha vida se olhasse para aquela garota uma segunda vez. Desistir do casting, desistir de tudo. Mas onde está a sanidade quando a gente precisa dela? Mesmo que eu tenha até escutado em meu cérebro mensagens de alerta algum dia, tudo o que fiz é como se tivesse me levado a estar em seu caminho.

           Os anos vieram e voaram às vezes como se fosse uma invenção estranha da minha cabeça em momentos de tédio. Dulce Maria foi minha colega de trabalho, minha melhor amiga, minha amante, minha e só minha. Parei o carro em frente da casa de Natalia voltando ao presente. Pelo visto eu tinha ficado pelo menos 30 minutos calado sem pronunciar uma palavra.

— Querido hoje eu queria ficar na sua casa, esqueceu que tínhamos combinando?

— Acho que esqueci... Mas Natalia hoje eu realmente tenho que ficar lendo e lendo e acordar cedo amanhã... Além de que acho que vou dar uma passadinha rápida na minha mãe. Assim que é melhor que você vá em casa outro dia.

— Christopher, tem algo errado? Te notei estranho? Não vai dizer que está pensando naquela coisa bondy, condy, vondy, sei lá como se chama, no twitter?

— Claro que não Natalia, só estou um pouco... Você sabe... Com a cabeça no trabalho, mas nos vemos amanhã certo?

— Você fez o que tinha que fazer.

— Natalia, não estou pensando... Me ligue pra dar boa noite, não se esqueça.

— Christopher, realmente nunca houve nada entre você e aquela garota?

— Dulce? Por favor, Natalia, já vai começar com estas suas histórias absurdas.

— Então por que ficou irritado com aquela foto no celular do Fenando? Por quê? Me explica por que não está fazendo sentido pra mim.

— Natalia, não tem nada haver, aquilo que o Fernando fez é uma falta de respeito entende? É o trabalho da Dulce fazer aquelas drogas de cenas e então estes idiotas ficam se aproveitando da situação e babando em cima.

— Você é ridículo Christopher. Patético inclusive.

— Natalia. — Grito, mas ela apenas já tinha ido batendo a porta do carro com força.

           A casa da minha mãe parece uma pequena floresta, cheia de suas coisas, de plantas, de seus animais, das pequenas estatuazinhas que ela gosta. É fato que muitas vezes ela acaba na minha casa já que sou filho único. Não há muito com quem dividi-la, já que depois do divórcio com meu pai ela se envolveu muito pouco com outros homens, penso que ainda o ama o velho até hoje, assuntos absurdos do coração que deveriam ser uma piada, mas não são.

— Querido, não esperava você há essa hora. Está com fome? Sabe que preparei seu prato favorito, até parece que eu estava adivinhando. — Ela usa pijama e logo me puxa pra dar um beijo.

— Eu só vim ver como você está mãe, não tenho fome.

— O que você tem Christopher? Olha só, sua pele tá estranha, quente demais. — Ela tocou minha testa um milhão de vezes. Mães.

— Estou bem mãe, não se preocupe.

— E por que eu não acredito? — Ela questiona e eu a abraço forte.

— Eu não sei o que fazer mãe. Eu pensei que... Que odiar era simplesmente mais fácil que amar. — Definitivamente eu estava perdido, perdido para sempre.

— Se ela fosse tua já estaria contigo. Se te amasse de verdade não o teria deixado escapar. Mas vou confessar que apesar disso... Eu sempre torci pra dar certo. Dulce é... Especial.

       Sim, Dulce é especial, malditamente especial. O tipo que se você coloca um dedo em cima nunca mais irá querer deixa-la escapar.

       Quando adentro minha própria casa estou exausto. Tinha esquecido meu celular em cima da mesinha. O apanho de imediato. Uma ligação perdida. Uma mensagem na caixa postal. Clico e escuto a voz doce e estranha do outro lado:

Escolheu me esquecer, mas agora eu é que escolho te esquecer.

        As palavras ecoam como ondas sonoras em minha mente. Sinto uma e outra barreira ser destruída. Tentei sufocar aquilo por que era injusto que aquela mulher seguisse tendo tanto ou mais efeito em mim do que quando a conheci. Apenas por quê? Por que segue dentro de mim como um vírus que eu não consigo me curar? Sinto raiva, das vondys, de Dulce e principalmente embora ninguém imagine, de mim. Estou entregando tudo para a esquecer, não me importa perder fama, fãs, nada disto... Só quero viver a minha vida como a escolhi viver... Ao lado de Natalia ou de qualquer outra pessoa que jamais será... Ela.

— A esqueci e é isto. A esqueci Dulce Maria. — Digo pra mim com um sorriso olhando para a janela e a noite estranhamente silenciosa demais. Sigo para o meu quarto me deitando. Tento dormir quando minha mão toca algo um pouco duro. Estico o braço e dentro do travesseiro acho um anel. Olho por repetidos segundos olhando as inscrições: DyR.

— Eu prometo que nunca vou te esquecer Christopher. — Soa a voz de Dulce em minha cabeça e eu não posso evitar quando vejo estou longe dentro do carro. Por que fez tudo o que fez Dulce?

       Olho para a janela com expectativa. Uma silhueta se move lá dentro e posso vê-la nem que seja por algum momento. Eu preciso abraça-la, eu preciso beijar seus lábios, eu preciso dizer que eu jamais a esqueci. Movo até entrada e então me lembro que não posso. Simplesmente não posso. Nós tentamos, não deu certo, uma hora tem que se reconhecer uma derrota. Uma vez ela fez a sua escolha, e eu simplesmente não estava nela. Vejo um brilho prateado na grama e me abaixo vendo o anel que eu havia dado a ela reluzindo sob a luz da lua e então eu entendo definitivamente. Fomos um sonho em uma noite de verão.

        Faço o que eu vim fazer. Deixo um buque de rosas brancas que eu espero que ela veja em sua soleira e que se lembre de que um dia foi assim... Eu e ela. Sem ódios, ou rancores... Mas tudo como deve ser agora fica no passado.

Adeus, Dulce... Meu amor.

Eu sei o que tenho que fazer a seguir. Enquanto dirijo para longe lembranças correm em minha mente.  

21 de dezembro de 2008- Madrid.

— Quem você escolhe? Eu ou ele? — Lembro-me de questionar a ela em um destes malditos hotéis que nós não saiamos.

— Christopher, você está mal. Não tinha direito de fazer o que fez. Você sabe que...

— Que o que? Dulce, está realmente discutindo por que te beijei no palco? Você me beijou de volta. Quem você escolhe?

— Não vou falar com você. — Ela se vira de costas e eu puxo seu braço. — Está longe de discussão isto. — Dulce aponta o dedo em meu rosto e eu a seguro pelos ombros. — Christopher, não me faça odiá-lo. — As lágrimas escorrem de seu rosto, mas ela não entende que mais do que ela, eu estou ferido.

03 de março- Cidade do México (madrugada)

— Natalia, você aceita...                                                   

E ée isto o Pov. do Uckermann, não fiquem bravas, não queiram me matar kkkkkkk As coisas uma hora vão se ajeitar e vcs tem que confiar na minha palavra, de verdadee verdaderia kkkkk Nesta cap tem spoilerzinhoo do pq ucker e dul não estão mais juntos, só obviamente nem tudo o que parece ée, tão entendendo? kkk Atéee lindaaas.