Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

Capítulo 19. Stitches (parte 3)

         Depois de gravar e regravar exaustivamente algumas cenas da novela, fui pra academia. Já era noite e embora meu corpo estivesse como que levado pancadas, eu fiz um pequeno esforço de ignorar estas coisas. Meu cabelo, meu rosto, minha pele, tudo já parecia um caos, mas e daí? Não é um desfile de moda. Quando estou quase saindo do trocador eu vejo a cena. Natalia abraçando e beijando Christopher. Sinto minha pressão baixar instantaneamente a vendo tocar os lábios dele, como isto poderia ser? Eu só não queria encontrar eles, ver eles, é pedir demais a um universo conspirador? Hoje parecia o típico dia dos encontros inoportunos. Entro de novo no trocador caminhando até a pia e molhando meu rosto com água corrente.

— Dulce... Que engraçado, eu sempre te encontro aqui. — Diz Natalia as minhas costas. Viro rapidamente.

— Pois é. Deixa eu ir. — Digo sem sorrisos ou qualquer coisa do tipo juntando minhas coisas na minha bolsa.

— Espera, você não vai trocar de roupa pra malhar? — Ela ri olhando minha calça jeans. — Escuta, não precisa fugir quando me vê... Sabe, nós podemos ser amigas, mesmo por que eu estou pensando que talvez você seja a madrinha do Ucker no nosso casamento não é mesmo? Imagina que lindo, você lá perto do altar nos vendo casar. Ai Dulce. — Ela faz uma cara doce e eu sinto o embrulho em meu estomago. Levo a mão a boca e corro pro banheiro mais próximo, mas apesar da ânsia nada sai. Minha cabeça parece dar voltas e voltas e eu tento assimilar tudo o que ela me disse. É engraçado como uma pessoa supostamente tão irrelevante na minha vida tenha a capacidade de me despertar as mais variadas reações. — Dulce... Você está bem? — Ela diz e eu me levanto do chão indo novamente pra pia, meu rosto está tão pálido que parece que vai derreter.

— Vocês vão...? — Paço água em meus pulsos e na minha nuca.

— Dulce, você está bem? Quer que eu chame alguém? O Ucker deve estar ali fora...

— Eu estou bem. — Sorrio fracamente. — Desejo muitas felicidades pra você e pra ele. — Passo por ela.

— Que linda que é você. Escuta... Eu estava aqui pensando, e eu tinha esquecido... Mil perdões... Você e o meu Christopher não são mais amigos não é? Gente, como eu sou cabeça oca. — Ela gargalha alto me fazendo virar pra vê-la e seu sorriso desaparece instantaneamente para dar lugar a uma cara sínica.

— Não importa o quão distante nos pareçamos aos olhos dos leigos Natalia, nós nunca deixamos de querer um ao outro. — Respondo e a cara dela se desmancha quando ela vai até mim. Sim, eu esqueci Christopher Uckermann, grito pra mim mesma, mas eu não iria deixar uma garota como ela pisar em mim. De repente sei que muito disto é Renata falando.

— O que está dizendo sua ridícula? O Christopher ama a mim, a mim. — Ela mostra a mão onde uma aliança dourada de noivado reluz.

— E eu não estou dizendo o contrário. Faça-o feliz, só isso.

— Eu o faço feliz, você não percebe isso? Sabe o que ele me disse? Que você não passou de mais uma e que eu sou a mulher da vida dele, tá me ouvindo? Você é uma qualquer que fica dando em cima do homem dos outros, uma vagabunda qualquer desqualificada. — Ela berra e sem que eu possa calcular minha mão voa em seu rosto deixando a marca dos meus dedos em sua pele muito pálida e em suas bochechas exageradamente pintadas de blush. Ela leva a mão até o local chocada e vejo raiva incontida, espero ela fazer o mesmo quando algumas mulheres entram olhando estranhamento o clima pesado e Natalia começa a chorar com a mão na face. — Você é uma selvagem. — Berra. Eu levo minha mão ao peito tentando respirar enquanto sou fulminada pelos olhos das recém chegadas. Tudo que eu consigo fazer é pegar minha bolsa e ir. Quando percebo estou correndo no estacionamento. Tento buscar minhas chaves, mas não as encontro. Tem um nó em minha garganta muito difícil de tirar. Preciso respirar, preciso de ar, começo a arrancar minhas blusas de frio e a jogar em cima do capo do automóvel. Aperto um pouco minha garganta olhando para o céu estrelado.

I thought that I've been hurt before
But no one's ever left me quite this sore
Your words cut deeper than a knife
Now I need someone to breathe me back to life
Got a feeling that I'm going under
But I know that I'll make it out alive
If I quit calling you my lover
Move on

Eu achei que tinha sido machucado antes
Mas ninguém me deixou tão ferido
Suas palavras cortam mais do que facas
Agora preciso de alguém para me trazer a vida
Sinto que estou indo para baixo
Mas eu sei que conseguirei sair vivo
Se eu parar de chama-la de amor
E superar

— Dulce, você está bem? Dulce, o que está acontecendo? — A voz parece muito familiar e eu tento reconhece-la, mas só consigo sentir aquela coisa pesada em mim me arrastando pra longe, me lembro de que foi assim como quando ocorreu o problema no avião há muito anos atrás.

— Eu não consigo... Eu não consigo respirar. — Digo arfando quando vejo seus olhos castanhos na escuridão. Ele toca meu rosto com as duas mãos.

— Olha pra mim. Eu estou aqui. — Suas mãos são quentes em contato com minha pele, e embora eu queira apenas odiá-lo agora, não consigo pensar com clareza. — Eu estou aqui me escutou? — Ele me abraça com força acariciando meu cabelo. Christopher. Tudo o que eu fazia força pra conter desaba em um torrencial, e as lágrimas vem encharcando sua camisa branca. Arranho suas costas o abraçando também e escondendo meu rosto em seu peito. Agora consigo de algum modo puxar o ar para dentro dos meus pulmões embora isso me custe muito, é terrível, é doloroso e meus pulmões queimam. É estúpido, mas eu apenas não gostaria de estar tão consciente do corpo dele no meu, no modo como nos encaixamos perfeitamente como um quebra-cabeça. Ele beija minha cabeça com carinho. As ondas de raiva retornam e o empurro com força para longe de mim contendo minhas lágrimas.

— Fique longe de mim. — Aponto o dedo em sua direção e ele apenas cruza os braços na frente do peito me encarando. Busco as chaves em minha bolsa e acabo encontrando-as em meu bolso, quando olho para o lado ele apenas já tinha partido e não havia nem rastro, como se fosse ele uma alucinação minha. Tento pensar se aquilo foi real, mas apenas escolho ignorar como aquele dia inteiro.

2008- Empezar desde Cero World Tour- Europa

— Dulce, você sabe que os outros chegam hoje não é? — Christopher murmurou em meu ouvido enquanto eu estava abraçada a ele na cama ainda meio sonolenta. Não conseguíamos deixar um ao outro quieto e por um grande motivo, ou grandes motivos, quase não dormíamos. Coloquei os cotovelos em cima de seu peito e ele tocou meu nariz com a ponta do dedo fazendo uma negativa com a cabeça. — Escutou o que disse? Eu acho que pelos meus cálculos eles na verdade devem ter chego aqui há 15 minutos se não houve atrasos no voo.

— Christopher. — Dei um tapa em seu braço me levantando e levando comigo o lençol que o cobria. Olhei pra ele vendo-o completamente despido e meu rosto corou automaticamente. Apesar de tudo ainda não estava acostumada a aquilo. — Droga, por que não me avisou antes? 

E aíii genteee? Sumi uns diazinhos, mas pq estava por aí na vida mesmo kkkk Olhaaa eu sei que estão com raiva por conta do pedido de casamento, mas não deem tanto crédito. kkkk Vou postar mais um cap hoje e então daí respondo coments. Beijoooocas e atéee.