Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

Capítulo 24. No se parece (parte 1)

21 de abril de 2016- México

— ... o documentário... Eu pensei que fosse levar mais tempo pra sair. — Respondi enquanto estava sentada em um café com Pedro Damián. Segurei minha xicara com achocolatado olhando o cupcake de chocolate com uma cobertura cor de rosa. Ele tomava chá gelado e mordiscava sem muito interesse um pedaço grande de torta.

— Eu também... Mas você sabe que adiamos ele por tempo demais.

— Sim, isso sim. — Mordi o bolinho enchendo meus dedos de cobertura.

— Queremos fazer um evento e reunir os atores de rebelde, além das outras pessoas que tem relação com a história do grupo. Isso quer dizer, que estou fazendo um convite irrecusável a você. Os fãs vão ficar loucos com todos lá. — Disse ele animado e eu engasguei.

— Você quer dizer que... Vai haver um reencontro?

— Óbvio. — Ele riu e na minha cabeça começou a circular mil coisas. Isso significava um reencontro RBD, um reencontro entre mim e Christopher... Um reencontro onde Natalia estaria já que ela tinha feito parte do elenco. Claro, seria o melhor dia da minha vida sem duvidas. Suspirei pesado.

— Não sei se poderei...

— Não você Dulce, de todos é a que eu dava certeza que iria. Por favor, não decepcione... Pelos fãs...

— Sempre por eles não é? — Levei a mão a bochecha. — E os outros? O que pensam? — Com outros eu queria saber e Ucker, ele vai? Seria melhor que não fosse.

— Você é a primeira com que falo. Tentei falar com Poncho, mas tenho a impressão de que ele está recusando minhas chamadas de propósito. — O homem grisalho riu ajeitando os óculos redondos. — Não desistirei enquanto não tiver os seis.

21 de dezembro de 2008- Último show. Madri (Espanha)

       Sempre há um momento que muda a história e se escreve na alma de alguém... Um momento que une ou separa e daí não há volta atrás (Dulce Maria).

— Dulce, que droga de história é essa sobre um tal de Pablo Lyle? — Christopher entrou falando alto no meu quarto logo pela manhã. A luz pálida do sol escapava pelas cortinas brancas enquanto eu queria apenas dormir. Abri os olhos a contra gosto.

— Do que está falando? — Tentei calcular as coisas, mas minha cabeça ainda estava lenta.

— O que você pensou? Que ia esconder de mim? Eu não sei, talvez você pense que eu sou um idiota não é? Porque eu estive hoje de manhã falando com Pedro Damián e descobri umas coisinhas muito interessantes. — Sua voz era firme e sarcástica. Como raios Pedro foi contar isto a ele e como? Então me lembrei que Ucker conseguia tirar todo tipo de informação de qualquer pessoa que seja mesmo que ele nem tenha conhecimento de que há algo escondido ali para ser descoberto. Joguei as cobertas de lado caminhando até as cortinas que balançavam ao vento.

— Desculpa. — Sussurrei lhe dando as costas olhando a claridade.

— Desculpa? É tudo o que você tem a dizer pra mim? — Ele parecia claramente incrédulo e eu não queria encara-lo e saber que eu estava errada, que eu deveria ter contado a ele tudo, mas como eu contaria? Ele nunca teria me deixado explicar de fato. O resultado sempre seria o mesmo. O escutei bufar. — Dulce, olha pra mim. — Ele me virou segurando em meus cotovelos e vi seus olhos castanhos mais escuros do que eu desejava. — Você mentiu pra mim. Mentiu...

— Ucker, não é assim.

— Como é então? — Questionou e eu me movi para longe dele novamente. — Agora você virou um brinquedinho na mão de um bando de produtores da televisa que decidem com quem você deve estar e quem não? Eu pensei que toda essa droga tivesse acabado. Mas não, decidem que você tem que fingir um namoro pra imprensa com um tal de Pablo, e tudo bem pra você. Você se vendeu por um contrato? — Ele gritou a última frase.

— Cale-se — Retruquei quando a porta do meu quarto se abriu novamente e escutei uma gritaria. Christian entrou saltitando com um monte de confetes na mão, Anahí por sua vez segurava balões coloridos, Maite equilibrava tortas. O rosto deles parecia um pouco sujo de algo branco que logo eu descobri ser glacê.

— Uhuul. — Gritaram em uníssono até ver Christopher parado como uma estatua brava no meu quarto.

— Christopher aqui tão cedo? — Maite sorriu de lado.

— Eu estava só de passagem. — Respondeu ele de modo seco.

— Não importa. Hoje é dia de...

— Comemoração! — Gritaram os três juntos jogando mais confete para todos os lados.

— Ai que emoção. — Anahí saltitou me entregando um balão azul e um balão verde para Ucker.

— Quem quer começar? Agora é hora de? — Questionou Mai com um sorriso terrível.

— Tortada! — Repetiram os outros rindo alto.

— Tá, só não suja o meu cabelo. — Falei jogando as mechas ruivas que caiam no meu olho pra trás. A garota de cabelo preto riu colocando um dedo na torta e passando no meu nariz para depois esfrega-la completamente na minha cara. Passei a mão tentando tirar a coisa de mim. Pelo menos tinha um gosto bom. — Deixa eu fazer no Christopher Mai? — Questionei sorrindo fracamente. Eu sabia que ele estava morrendo de raiva e até o momento continuava com uma cara terrível. Segurei a torta e ele bufou alto.

— Não quero participar disto. — Falou de modo duro e cortante com uma voz grave.

— Todos tem que participar. Hoje é como se fosse o aniversário simbólico do RBD. Tortadas são melhores que ovos. Eu pelo menos acho. — Christian começou a saltitar.

— Participar, participar... — Todos começaram a gritar juntos e eu ri embora no fundo não estivesse para festa ou qualquer tipo de comemoração e me virei pra ele pegando a torta das mãos de Maite. Quem tinha tido aquela ideia afinal? Meu coração batia forte contra o meu peito. Eu podia enxergar todos os músculos tensos do corpo dele e seu olhar terrível na minha direção. Me pus nas pontas dos pés e sussurrei em sua orelha: — Vamos concertar tudo isso. — Beijei sua bochecha colocando um dedo na torta e levando a boca. Ele seguia cada movimento meu com os olhos e então esfreguei em seu rosto.

— Precisamos ir até o quarto do Ponchito agora, depois do Pedro e então do Luisillo. Muito trabalho a fazer irmãs. — Anahí se moveu rumo a porta e eu apertei a mão de Ucker o puxando, mas ele simplesmente puxou se afastando e abraçou Any pelo pescoço rindo como se eu não existisse. Eu sei que eu merecia um pouco daquilo, mas... Isso não diminuiu a sensação de ter levado um golpe baixo.

— Que tal tomarmos uma tequila pra variar? — Questionou ele a ela.

Julho de 2016- México. Dia da apresentação do documentário

No se parece

Y yo te quiero oir
Para sobrevivir

Não se parece

E eu quero te ouvir,
Para sobreviver

          Respirei fundo de olhando no espelho. A maquiagem embora não muito carregada me deixava com bom aspecto e o vestido colado realçava meu corpo. Apesar de achar que não há nada de errado comigo hoje em nenhum sentido, algo estava lá no fundo borbulhando e me causando insegurança. Minha novela terminou há algum tempo e agora apenas me concentro na minha carreira como cantora, preparando o disco que em breve espero que seja lançado.

         Jogo minha cabeça um pouco para trás respirando fundo ainda vendo o reflexo que me encara. Eu não queria estar nervosa, mas porque me sinto desta forma? Por quê? É só mais um evento. A imagem de um rosto tremula em minha cabeça e tento apaga-la rapidamente.

— Vai mentir até quando... Maria? — Ouço a voz masculina na cabeça e posso até ver seu rosto irônico virado para o meu lado. Ah Christopher. — Está muito ansiosa para me ver não é? — Fecho os olhos por um momento e respiro fundo e a coisa desaparece completamente. Definitivamente eu estou louca. Coloco os sapatos de salto alto e me movo até a saída.

Helloooo. Aiii meninas já escutaram no se llorar? Eu sei que é errado mas acabei baixando já e escutando kkkkkkkk algumas meninas já estão comprando pelo itunes. Já prometi a mim mesma q visualizarei muito o video da dul quando sair. Alias com certeza vai estar incriveeeeeel. Meu senhooooooor, pq a musicaaaaaaa. Meu Deus que tombo na minha existencia. To sem palavras kkkkkkkk Quero altos videos vondy com ela. Remixeees baladeiros, tudoooooo. Amanhãa respondo os coments provavelmente. Muitaaas beijocaaas.