Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

Resto do cap. 24 (parte 2)

Julho de 2016- México. Dia da apresentação do documentário

      Ele não viria. É claro que ele não viria. Não sei por que por um segundo esta ideia me ocorreu. Christopher não se importava com o passado, e tinha deixado de diferentes modos isto bem claro. Então eu poderia sorrir feliz por não ter que enfrentar a ele ou a sua namoradinha que não ia com a minha cara. Agora ele tinha coisas mais importantes a pensar como seu casamento. Dou tapinha na minha testa, tentando prestar atenção ao documentário quando vejo uma sombra ao meu lado. Posso ver seus dedos grandes pousarem na cadeira ao lado e toda a minha segurança se vai.

Capítulo Extra 5. Pov. Christopher ✦

         Enquanto me sentava a mesa olhando as outras pessoas ali me questionava se de fato era o que eu queria. A questão do meu futuro casamento com Natalia de certo modo já é algo oficializado pelo menos entre os membros da família, afinal não seria algo que eu deixaria vazar a imprensa. De certo modo eu digo, pois ainda não conhecia os pais dela, já que eles viviam em outro estado, ou seja, não tinha ocorrido um pedido pela mão dela mais formal, embora eles obviamente já soubessem de tudo. O restaurante apesar de ser um muito frequentado desta vez não tinha tantas pessoas assim, percebi olhando ao redor enquanto tentava pensar em algo pra conversar.

— Para quando é o casamento? — Questionou o pai de Natalia, um homem bastante sério. Ela segurou minha mão com um sorriso.

— Na verdade, nós não pensamos sobre isso ainda. — Respondi tomando um grande gole de água. Vi o homem revirar os olhos.

— Quer dizer que pretende casar com a minha filha, mas não pensou na data? Está querendo nos enrolar, ou algo assim? — Ele realmente parecia nervoso enquanto me encarava com seus olhos pequenos. Não, eu não tinha pensado sobre isto. Por que eu não tinha?

— Marido! — Disse a mulher dele.

— Ora, estou fazendo uma pergunta.

— Muito em breve papai. Dezembro? — Diz Natalia de repente me olhando. Se estamos em julho, falta exatamente cinco meses. Engulo em seco e respiro fundo. De todas as coisas sobre mim, pode-se dizer que tenho palavra. Mesmo que eu pudesse chegar em algum momento a duvidar sobre este casamento, eu não poderia dizer, se já tinha sido algo que eu disse, algo que decidi.

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        Vejo uma mulher de costas vestida de noiva. O véu é longo e se arrasta pelo chão enquanto ela está sentada em frente a uma penteadeira. Seu rosto se vira em minha direção quando ela se dá conta da minha presença.

— Por que está me olhando assim? — Dulce Maria ri. — Sabe que dá azar ver a noiva antes do casamento? — Ela aponta o dedo pra mim e se levanta quase tropeçando no vestido longo demais. Ela tinha uma aura em volta dela que não poderia ser definida, era quase como se fosse sobrenatural. Seus braços circulam o meu pescoço quando ela dá uma mordida em minha bochecha soltando uma risadinha

— Por que está tão pensativo? — Ela me questiona. Toco seu rosto com a palma da mão e ela apenas sorri. — Uuun, então estava pensando em mim.

— Não seja tão prepotente patinha. — A encaro para depois passar os meus braços ao redor dela e a erguer suspendendo camadas e camadas de tecido branco.

— Ucker, vai amassar o vestido. — Ela faz bico. — Você vai me beijar agora? — Ela parece pensativa piscando seus olhos rapidamente.

— Não. — Digo simplesmente.

— Ah que bom, por que... — Dulce começa a dizer quando a puxo rapidamente em direção a mim envolvendo seus lábios com os meus. A aperto com força em direção ao meu corpo quando sinto suas mãos dando um leve empurrão em meu peito.

— Ucker, você está me machucando. Por que está estranho? Nós precisamos ir. O casamento é em 10 minutos. Estão todos lá em baixo nos esperando. Ucker...

— Eu não posso. — Digo e ela leva as mãos até minha bochecha acariciando. Ela parece a coisa mais bonita que já vi na vida e eu tinha certeza de que ela sabe disso. Ela sempre seria pra mim.

— Por que não pode?

— Porque se eu fizer isto, você vai desaparecer pra sempre.

— Claro que não seu bobinho. Por que eu faria isto? Nós vamos nos casar agora. Eu não vou desaparecer da sua vida por pelo menos cem anos. — Ela sorri.

— Dul, é só um sonho. — Respondo e seu rosto se torna sério demais e ela parece assustada.

— Faça as coisas melhorarem. — Ela pede e o sonho simplesmente se vai. Acordo suando na cama. Jogo os lençóis brancos para o lado respirando fortemente. A luz da lua ilumina uma parcela do quarto.

— O que foi? Está tendo pesadelos? — Natalia se move ao meu lado.

— Não, não era realmente um pesadelo.

       Eu precisava fazer algo a respeito de todas aquelas coisas em mim. Em breve eu seria um homem casado de modo que eu precisava ser correto e coerente com tudo. O resto do dia eu apenas quis ficar em casa de modo que desmarquei toda a minha agenda de compromissos para o completo desespero do meu empresário. Que com alguns palavrões fez o que eu lhe tinha mandado.

— Christopher, ainda está em casa? Estou escutando a tv. O que está fazendo? — Minha mãe diz ao telefone sem nem menos dizer um oi.  Olho para minha calça jeans enquanto pego o controle em cima do sofá para mudar de canal. Mais uma típica noite quente na Cidade do México.

— O que eu estou fazendo?  Pensando em dormir talvez, já que é de noite, talvez. — Digo bastante irônico.

— Não, senhor. Você vai se levantar e vai se arrumar pra assistir o documentário.

— Dona Alexandra, desculpa, mas não é meu plano.

— O que? Como não é seu plano? Sabe o que vai acontecer se você não for? Todos vão dizer: Ah o Christopher é um mal agradecido, o Christopher é um... Bléeeeee. E sabe o que? Elas terão razão, total razão. — Ela tenta me dar algum tipo de lição de moral. Eu queria ir a aquele lugar, não tinha interesse em estar com outros, não por nada em especial... Na verdade... Eu sabia que teria uma legião de vondys aguardando ansiosas na internet para continuar com suas especulações e delírios sobre o grande casal totalmente sem futuro Christopher e Dulce. Dulce... Eu também não queria pensar nela. Além do mais acredito que quando se passa por algumas etapas tem que as deixar lá e seguir em frente. Não é sobre ser mal agradecido, é sobre saber a hora de cada coisa e respeitar. Ou não sou mais o Christopher do RBD, este ficou em um passado longínquo, ele ficaria de qualquer forma mesmo que as experiências fossem diferentes e isto não é ruim. Eu não gosto de pensar que sinto falta daquilo, foi cansativo, estressante ao mesmo tempo em que foi único e incrível. São histórias que ficam, que vão...

— Pedro Damián te ligou não é?

— É, foi isso sim. Ele acabou de me telefonar. Então anda logo. Além do mais está todo mundo me cobrando no twitter. Estou fazendo meu papel de boa mãe.

— Dona Alexandra, eu não vou. É minha decisão final.

— Odeio suas decisões finais. Elas sempre te prejudicam. Você é igualzinho o seu pai. — Diz ela e escuto o barulho de chaves na porta. Vejo Natalia entrar com algum tipo de saia rodada. Ela me dá um beijo.

— Tenho que ir mãe. Adeus.

— Christopher seu filh... — Ela começa a dizer entre dentes faz eu apenas encerro a ligação.

— Soube que tem uma comida incrível neste restaurante que eu te mandei. Você viu o endereço no seu notebook? — Ela parece animada envolvendo meu braço com o seu quando escuto desta vez a campainha tocar. Olho pela câmera de segurança vendo o rosto de Anahí. Ela parece séria olhando em um relógio de pulso e se abanando com a bolsa de mão. Ótimo. Há um exército atrás de mim. Libero a entrada dela.

— Quem é? — Questiona Natalia e eu apenas dou de ombros abrindo a porta. Anahí entra batendo seu salto fino no chão, fazendo um barulho incômodo.

— Garoto, nós temos que ir. — Any segura a minha mão me puxando, mas apenas não me movo. De fato fazia um bom tempo que não a via, porém ela não tinha mudado em absolutamente nada.

— Ai que lindo, fazendo o rebelde. Vamos. — Diz ela.

— Vamos aonde? Nós não vamos a lugar algum. Quero dizer, eu e Christopher vamos a um restaurante agora. Então esqueça. — Natalia parece um pouco nervosa enquanto dá algum tipo de sorriso estranho segurando com força sua bolsa.

— Tão doce essa sua namorada. Olha só, que pele bonita né? Linda, linda. — Ela toca o rosto de Natalia que apenas se encolhe jogando o corpo para trás com uma careta. A mulher antigamente loira também não parece muito mais contente com sua voz áspera e seu jeito forçado enquanto seus olhos parecem pequenos demais. — Vamos. — Ela volta a segurar minha mão.

— Ele não vai. — Minha noiva a encara colocando a mão em meu outro braço e me puxando. O que elas estão pensando? Me desprendo de ambas.

— Estão loucas, ou o que?

— Viu, está louca ou o que? — Questiona Any encarando a outra.

— Anahí! — Grito e ela trava na hora, ficando estática. — Okay, eu vou, mas não por que me pressionou escutou. — Aponto o dedo em seu rosto e ela solta todo o ar de uma vez com um sorriso largo. Sim, eu ia, porque de qualquer forma parecia que ninguém no universo me deixaria em paz esta noite, por mais que eu quisesse. Algumas  coisas simplesmente não podem evitadas. É como dar soco em ponta de faca.

— Eu pensei que nós íamos...

— Desculpa, Natalia. Isto fica para a próxima.

— Então... Eu vou também.

— Não queremos te incomodar queridinha, pode ficar. — A primeira dama de Chiapas balança as mãos naturalmente com uma voz muito suave. A presença de Anahí é forte, não por ela ser esposa de um governador, mas simplesmente por que ela é forte. Tem suas próprias convicções e seu jeito de levar a vida.

— Não querida, eu não vou ficar. Eu vou junto. — A garota ao meu lado parece mais desafiadora que nunca segurando em meu braço novamente. Seria uma longa, longa noite.

       Anahí decide ir à nossa frente enquanto busco alguma roupa apropriada para a ocasião. Quando estou pronto vejo o rosto de Natalia muito sério e irritado. Sei que a ideia não a agrada, mas não posso fazer nada a respeito. Provavelmente pela primeira vez algo que eu decidi fazer de repente não é mais o que quero, ou o que faço. Talvez as coisas estejam mudando.

        Quando chegamos, a sessão já começou e não há tempo para muita coisa. Sinto centenas de olhos se virarem na minha direção enquanto me fitam minuciosamente quando o burburinho se inicia. Alguém da produção corre até mim me indicando o meu lugar. Natalia parece infeliz, pois terá que sentar em uma poltrona mais ao fundo enquanto eu vou para a frente. Quando me sento colocando a mão do lado da cadeira sinto uma pequena mãozinha debaixo da minha se mexendo inquieta. Olho para a direita e Dulce parecia tão pálida que parece querer desmaiar. Ela se livra rapidamente do meu contanto voltando os olhos para frente. Faz alguns meses... Não moramos tão longe assim um do outro, mas simplesmente faz alguns meses que simplesmente não... Não nos vemos e eu simplesmente não posso fingir um segundo mais que não senti a falta dela.

Thing Called Love

Love can be the reason why
You`re afraid to have it

Essa Coisa Chamada Amor

O Amor pode ser a razão por que
Você está com medo de tê-lo

E ai genteeeemmm. Como estão? Espero que tenham gostado do pov do Ucker, como perseberam sobrou um pedacinho do capítulo 24 parte 2 que tive que colocar ali, erros de logistica claroney kkk E este sonhos do Ucker? Só por Deus, Dul noivinhaaa apenas *-*  Meninas agora de verdade que sinto que a fic está um pouco próxima ao final. Acho que temos um mês ou pouco mais. É eu sei ahhhhhh. kkkkkkkkkkk Vou tentar fazer o melhor final ever, pra aquecer nossos coraçõezinhos vondys, obviamente não sei se vou conseguir, mas vou tentar kkkkk Mas não se preocupem, como eu disse ainda temos tempo, eu que sou ansiosa e já quero fazer calculos aqui. Depois dura mais do que isso e eu fico ai cá cara no chão kkkkkkkkkkkkkkkkk Minha cara. Quando a essa reunião no documentário, eu sei que estão ansiosos, mas aguentem firme. E sim, Natalia que vá para o fundo enquanto meu divos ficam nas cadeiras da frente. kkk