Fanfic: Poderíamos Cair (Vondy-RBD) | Tema: rebelde, rbd, vondy

Capítulo 26. Amnésia (parte 2)

         Vejo outubro logo terminar, começar novembro e também terminar e então lá vem dezembro, e sobre ele não tenho muito que dizer. Durante este tempo trabalhei muito, convivi mais tempo com meus amigos, e fiz coisas que eu queria fazer.

      Triana parece agitada demais correndo de lá para cá e não tinha me dado sossego em momento algum o que eu estava agradecendo eternamente. Precisava me manter especialmente ocupada aquele dia. Enquanto arrumava minhas malas a grande criatura desajeitada pulou por sobre a cama roubando uma blusa minha e correndo e se arrastando de baixo da cama.

— Triana. — Grito quando a campainha começa a tocar. Corro até a porta e quando a abro dou de cara com Christian. Ele tem nas mãos uma embalagem retangular e me estende. Não posso negar que me sinto mais que surpresa.

— Pensei que poderia querer isto hoje. Você sempre foi meio obcecada com chocolate.

— Isto é... Obrigada. — O abraço. — Entra. Eu estou arrumando minha mala agora, mas...

— Não, eu não quero te incomodar. Tenho trabalho a fazer, mas... Realmente embarca amanhã não é?

— Sim, finalmente a turnê internacional vai começar. Gostaria que fizesse uma participação em algum país, seria... Como nos velhos tempos.

— Eu iria gostar muito apesar de achar que minha agenda está realmente cheia. Espero que divirta e volte logo.

— E eu espero não voltar logo. — Dou uma risada nervosa.

— É, eu sei. Se precisar de alguém não importa a hora você sabe que pode me ligar. Eu vou atender e vou ficar feliz de falar com você.

— Obrigada Chris. — Me coloco na ponta dos pés o abraçando. Ele é realmente alto.

— Você realmente continua um pequeno anão. — Ele ri.

— Christian não começa. — Dou risada e ele se vai. Abro a embalagem de chocolate e jogo dentro da minha boca um delicioso bombom em forma de rosa e me sinto um pouco mais feliz e satisfeita.

— Não Triana, você sabe que não pode comer chocolate. Olha só como está gordinha. Pode esquecer. — Ela me olha com seus grandes olhos brilhantes pulando nas minhas pernas.

      Ao final do dia, faço uma despedida com meus amigos regada a bastante cerveja e comida em um barzinho típico do México. Iliana me deixa na porta de casa, pois sinto minhas pernas bambas e não posso dirigir meu próprio carro. Tento achar as chaves na minha bolsa quando vejo alguém se levantar próximo a uma árvore, perto da porta.

— Eu sempre achei que escondesse as chaves em baixo do tapete. — Diz a voz e vejo ele caminhar até perto de uma luz que ilumina completamente seu rosto.

— Eu fazia isso, mas um fã achou uma vez e entrou em casa e roubou todos os meus doces. Quão estranho é isto? — Sorri.

— Uma vez eu achei a chave e entrei na sua casa pra te esperar e comi seus doces. — Disse Christopher com um grande sorriso.

— Como você pode? — Ri e olhei para ele direito. Eu realmente acho que ele fica bem usando preto. Sua blusa é comprida, mas está apenas com as mangas puxadas até os cotovelos, e ele usa calça jeans. Seu cabelo parece até organizado demais, mas sua barba em compensação está bastante desleixada, imagino que não por muito tempo.

— O que está fazendo aqui? Você deveria estar em sua despedida de solteiro já que amanhã você vai... — Sinto algo prender em minha garganta.

— Sim, eu sei. Eu estava...

— Então o que está fazendo aqui?

— Eu estava pela vizinhança e então pensei que poderíamos sair um pouco pra andar, eu não sei.

— Eu estou cansada.

— Eu também, então pode me seguir? — Ele pede me estendendo a mão. Olho para a porta pronta para negar seu convite, mas algo em mim faz com que eu segure sua mão, talvez por que provavelmente seria a ultima vez que eu iria vê-lo em muito, muito tempo. Olho as árvores se chacoalhando ao som baixo do vento como em uma musica lenta enquanto seguimos lado a lado provavelmente pela última vez.

        Quando me dou conta estamos em um parque de diversões. Há pessoas demais e sei que em breve seremos reconhecidos. Esta poderia ser a noticia que estragaria o seu casamento no dia seguinte, mas se dependesse de mim ele chegaria muito bem até o altar. Corro abaixada até um homem que vende algodão doce.

— O que está fazendo realmente? — Christopher me questiona.

— Salvando a sua pele. — Respondo e olho para o senhor que franze o cenho parecendo bastante desconfiado. — Por favor, dois algodões doces. — Coloco as mãos no bolso em busca de dinheiro, mas Ucker é mais rápido entregando algumas notas ao homem e pegando nossos doces. Tomo de sua mão a coisa.

— Não pensei que estivesse com tanta fome.

— Não estou. — Sussurro arrancando as mascaras que estão grudadas. Coloco a de mascara do Batman no meu rosto entregando a ele uma de mulher maravilha.

— Isto foi bastante inteligente pra você, mas não acha que realmente vou usar a mascara da mulher maravilha, acha? — Ele pisca pra mim, pegando uma nota de dinheiro que ia em direção ao vendedor quando eu o puxo pela mão e começo a correr rumo à entrada.

— É melhor se apressar, ou ficará para trás.

— Sério? — Ele bate o pé no chão e revira os olhos colocando a coisa em seu rosto e me seguindo. Algumas pessoas nos olham estranhamente, mas especialmente as crianças parecem um pouco vidradas com o grande homem ao meu lado com rosto de mulher de desenho.

— Vamos ao carrossel. — Grito e o arrasto a contra gosto para os cavalinhos que giram e giram. Sinto que temos pouco mais de vinte anos como antigamente, como aquela vez há muitos anos atrás quando podíamos casualmente ser irresponsáveis. Giramos e giramos, posso ver seu olhar de descrença as minhas costas e logo em seguida uma risada envergonhada. Giramos até ficar tontos como crianças.

— Tente não vomitar. — Tenso soar mais alto que o barulho do brinquedo.

— Estou tentando.

       Tento fazer com que o tempo com ele seja quase o mais longo possível e o puxo aos mais diferentes brinquedos do parque até anunciarem pelos auto falantes que o lugar está fechando. Há algo em mim que imediatamente do céu me atira de volta a terra. Por que é sempre como se estivéssemos caindo e caindo em câmera lenta de um penhasco?

— Acho que você tem que ir. — Digo a ele tentando memorizar exatamente como seu rosto está agora a minha frente. Seus olhos grandes castanhos que sinalizam uma tempestade escura, a forma perfeita de seu queixo e seu sorriso quase infantil. Depois tento apenas ignorar o quanto seus braços me farão falta em dias frios, ou o quanto eles já fazem.

— Realmente acha que é assim que quero passar minha despedida de solteiro? — Ele questiona muito sério e sinto algo em meu estomago. Dou dois passos atrás sem poder evitar o que surge em meus pensamentos. Ah, Dulce, não. Por que eu tenho que retornar a isto?

       Ele compra sorvetes pra nós dois. Eu tenho um em cada mão. Talvez eu fosse apenas gulosa.

— Você realmente não muda. — Caminhamos por uma rua quando ele me detém por um momento olhando fixamente pro meu rosto. Já não usamos as mascaras. Seu sorriso desaparece e seu rosto se aproxima do meu. Seguro a respiração completamente petrificada e toda minha pele se arrepia e não pelo vento que de repente nos circula ou pela súbita mudança de atmosfera. Quero envolve-lo com meus dedos e pressionar-me contra seu peito, mas só Deus sabe o quanto isto é errado. Ele toca seu dedão próximo a minha boca e por um segundo nossos olhos se cruzam em um silencio destrutivo.

— Você...

— Estava sujo, porquinha. — Ele sorri pra mim voltando seus olhos pra frente. Como eu queria que pudéssemos ser amigos novamente, mas isto já não tem qualquer sentido e eu sei que tanto quanto eu ele tem consciência disto. Caminhamos na grama quando água começa a brotar do chão e esguichar para todos os lados. Mal entendo o que está acontecendo quando sinto a coisa em meus olhos e pulo em direção a ele que apenas me circula com seu braço me puxando, mas tudo parece escorregadio demais e caímos deitados com mato para todos os lados. Sua risada parece ecoar. Agradeço que já não aja ninguém por perto.

— Isto não é engraçado. Acho que comi grama. — Digo me sentando, mas ele continua deitado. — Vamos, levanta. Não quero que nos vejam neste estado deplorável. — Tento puxá-lo pela camisa, mas ele segura meu pulso.

— Apenas fique aqui por um momento. Eu sei que gosta de olhar o céu de noite e ele parece especialmente brilhante hoje.

— Acho que está louco. — Olho para cima vendo os pontos brilhantes parecendo pequenos diamantes em um vestido negro. Me deito ao seu lado e parece que a irrigação do jardim se vai completamente. — O céu está realmente bonito hoje. — Viro para o lado o vendo e ele me devolve um sorriso instantaneamente que faz meu coração acelerar. Ele continua tendo aquele poder mágico de alterar tudo em mim sem sequer me tocar e eu me odiava por isto.

— Eu não esqueci da promessa dos 30. — Sua voz soa de repente no meio da noite. 

— Por que está pensando sobre isto? Amanhã é um grande dia pra você. — Digo ignorando o quanto isto pode me fazer mal e milhares de lembranças aparecem de repente como um quadro sem cor.

2006- México

— Você está terrível. Nunca esteve pior. Olha essas olheiras. — Christopher aponta para o meu rosto enquanto estou deitada na cama de hospital. Eu tinha sido diagnosticada com dengue e todo meu corpo doía. Bati em seu braço com toda a força que eu tinha.

— Cale-se. — Grito e ele sorri depositando um buque de flores em cima do criado mudo. De todos quando fiquei doente, ele foi o que não quis se afastar de mim. Eu ia ficar apenas aquele dia no hospital, mas isto já era suficiente pra ele fazer daquilo um grande teatro e me perturbar por horas a fio, mais até mesmo que minha própria mãe.

— Na verdade continua bastante ann...

— Incrível, maravilhosa...

— Não é o que eu ia dizer. — Ele pisca pra mim.

— Eu sei sobre o que fez com o Memo. — De algum modo eu soube que Memo tinha me traído com alguma garota por aí e há apenas algumas horas antes eu tinha terminado com ele. Traição é uma coisa que não sei perdoar, eu nunca soube. Ucker colocou as mãos na cintura e olhou um momento para a janela, para fora. Imagino que estivesse pensando sobre a conversa que tinha tido com meu ex o ameaçando ferrenhamente pelo que havia me feito.

— O estúpido veio reclamar com você? Acho que eu tenho algo a tratar agora. Vê se, se recupera logo. — Ele se moveu rapidamente rumo a porta.

— Christopher, volta aqui agora. — Grito, mas ele parece não me escutar por isto me levanto. Meu corpo ainda está fraco e a fios no meu braço. Sinto minhas pernas bambas e penso que de repente vou cair no chão quando seus braços me circulam e ele me pega no colo me colocando novamente na cama.

— Você é uma garota muito desobediente. Se você se mexer mais uma vez, eu te amarro a esta cama. — Ele ameaça com sua expressão séria e seu cenho franzido demais. Ele realmente ficava mais atraente bravo, e isto eu não podia negar a mim mesma nem naquela época.

— E eu te amarro comigo se continuar com este seu temperamento terrível. — O encaro e ele apenas balança a cabeça me desaprovando.

— Eu realmente não gosto de te ver doente ou triste. Eu não sei, mas isto realmente me incomoda então não defenda esse cara, por que apenas me dá mais raiva. — Ele solta o ar com força e eu seguro sua mão entrelaçando nossos dedos. Por um momento ele se volta me olhando fixamente e senta ao meu lado na cama do quarto extremamente branco com cheiro de remédio. Seu braço circula meu ombro e ele me puxa para mais perto beijando o topo da minha cabeça. Lágrimas começam a sair dos meus olhos e eu estou quase rindo por conta disto. — Você não está chorando, está? Não por este...

— Não, eu só me sinto muito doente. — Faço um bico grande.

— Oun Patinha. — Ele solta um sorriso grande perdendo a cara rabugenta e beija a ponta do meu nariz. — Eu vou cuidar de você. Onde está doendo? — Questionou e eu apontei para o meu braço onde ele simplesmente pegou e deu um beijo. Apontei para minha testa e ele fez o mesmo ali e então se levantou. — Quero te beijar em todos os lugares. — Ele riu maldosamente e eu soltei uma gargalhada quando ele se dirigiu a minha barriga beijando em cima da camisola do hospital e fazendo cócegas. Eu realmente tinha medo que alguém chegasse de repente e entendesse aquilo tudo errado. Eu não conseguiria explicar algo assim a minha mãe.

— Não, Christopher. — Gritei rindo enquanto ele continuava aquilo. — Para, pois rir está me deixando com mais dor.

— Acho que agora eu tenho que ir.

— Ah... Christopher. — Digo e ele se volta pra mim.

— Dul, só prometa não se meter em problemas e não andar com babacas se não eu vou ser forçado a fazer com que se apaixone por mim e se case comigo. — Seu sorriso de lado me desarmou completamente. Eu não podia explica-lo em uma linha apenas, pois tudo o que ele era sempre fugiu a minha compreensão. Em um momento ele era simplesmente o cara adorável e no outro ele é absurdamente o cara que todas querem para si.

— Você se casaria comigo? — Questionei sentindo borboletas no estomago.

— Gostou da ideia? Quando eu tiver trinta se eu estiver solteiro e você também, eu caso com você.

— Sem que eu possa dizer qualquer coisa do contrário?

— Você até poderia, mas não sei se vou deixar. — Ele apoia os dois braços no meu travesseiro aproximando seu rosto do meu. Fecho os olhos e sinto seus lábios em minha testa quando ele começa a sair pela porta grande e branca, não sem antes piscar pra mim de um modo terrivelmente, estupidamente charmoso. Ucker sabia bem quem era e o efeito que tinha sobre todos os outros.  Sem mais motivos sorri estupidamente pelo resto do dia. 

É gente, não foi dessa vez que vcs descobrem o segredo, mas no próximo capítulo ele estará, agora é sério kkkkkkkkkkk Bom, gostaram da nossa promessa dos 30? Apenas fofoooos. Amo forte. E siiim, estamos na véspera do casamento de Ucker com a dita cuja. Tensão? kkk Ai genteee tem muitos poucos capítulos agora pra terminar, mas como disse realmente estou pensando sobre a possibilidade de uma 2 temporada só que mini. Próximo cap tb respondo comentários. Beijocas e bom resto de fnal de semana pra vcs.