Fanfics Brasil - Encontro Inesperado Idas e Vindas de uma Paixão Proibida

Fanfic: Idas e Vindas de uma Paixão Proibida | Tema: Originais


Capítulo: Encontro Inesperado

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Alice P.O.V


Acordei por volta de 8hrs e fiquei completamente pensativa a respeito do sonho, será mesmo que eu serei capaz de me apaixonar? Quem será que era o homem do sonho? Fiquei frustrada de não conseguir ver o rosto, mas aqui dentro eu ainda sinto que isso irá acontecer, é exatamente como Babi me falou, os sonhos são avisos, alertas de coisas que ainda vão acontecer ou que já aconteceram em vidas passadas. E aquele sonho ainda foi tão real, parecia que eu estava vivenciando aquilo, que eu estava amando de verdade e sendo amada. Toda vez que eu penso nisso me bate aquele friozinho na barriga, aquela ansiedade e ao mesmo tempo um pingo de curiosidade. Despertei dos meus pensamentos com uma batida na porta, e logo depois meu irmão entrou.


- Alie, mamãe já foi trabalhar, ela pediu para avisar que o café está na mesa, ela ficou preocupada por você ainda não ter descido, já que você disse que ia acordar cedo! – Comentou


- Eu acordei, mas fiquei sentada na cama pensando em tudo. Vou tomar um banho, okay? Daqui a pouco eu desço. – Respondi e ele apenas concordou, e logo depois saiu fechando a porta.


- É isso aí, bem vindo vida nova! – Pensei alto


Levantei-me da cama e fui em direção ao banheiro tomar um banho quente e relaxante. Depois de alguns minutos eu terminei o banho, me enxuguei e coloquei uma calcinha e sutiã preto de renda, fui até a janela para ver como está o tempo, e ao contrário de Porto Alegre, aqui esta um calor dos infernos. Fiquei observando atentamente o clima , que acabei não reparando em um garoto que estava me olhando da janela do quarto dele. O problema? Eu estava só de calcinha e sutiã, como eu iria imaginar que o quarto do meu vizinho dá de frente para o meu quarto. Fiquei morta de vergonha corando intensamente e ele apenas sorriu ainda me observando. Fechei rapidamente a cortina e fui escolher uma roupa.


- É Alicinha, você acabou de se foder, seu vizinho de porta te viu quase nua. Puta merda como eu irei encarar ele na rua, caso eu dou de cara com ele? – Pensei em voz alta enquanto procurava algo para vestir dentro do guarda roupa.


Escolhi um short desfiado preto, uma blusa vermelha com detalhes em preto e um All Star cano médio. Desci correndo as escadas e fui para a cozinha. Peguei um suco de caixinha, comi um pedaço de pão com requeijão. Resolvi pegar uma maçã para comer mais tarde! Já que não sabia que horas eu iria voltar. 


- João Pedro, estou saindo – Gritei e ele apareceu na ponta da escada – Não tenho hora para voltar, quero conhecer tudo por aqui.


- Tudo bem, se caso a mamãe chegar antes eu aviso que você saiu para conhecer o Bairro. – Apenas concordei e fechei a porta.


Comecei a caminhar pelo bairro até que eu encontro Yasmim e Mariana.


- Alice, você por aqui? Quanto tempo! – Disse Mariana com um sorrisinho falso.


- Não magina, é apenas um clone, sabe? Não sou realmente eu – Falei irônica


- Caramba Alice, não precisa ser grossa – Comentou Yasmim, como seu eu fosse a má da história e não elas.


- Não estou sendo grossa, só respondi a altura de uma pergunta idiota, é óbvio que eu estou aqui, ainda não sou um fantasma. – Falei revoltada.


-Olha Alice, te darei um aviso, não se meta no meu caminho que eu não me meto no seu. – Ameaçou – Não conquiste nenhum garoto, não faça amizade com nenhum amigo meu e não conquiste a admiração de nenhum professor, eu não quero concorrência, e se eu tiver essa concorrência você vai se arrepender amargamente. Eu lembro na antiga escola, todos gostavam de você, mas e de mim? Sempre sofri Bullying, e você sempre aparecia ridícula perguntando se eu estava bem. Realmente isso sim era pergunta idiota, porra é óbvio que eu não estava bem! – Gritou Mariana agarrando meu braço.


- Me solta agora! E uma coisa, estou pouco me fodendo para o que você pensa, se você realmente está me ameaçando é porque você não acredita em si mesma. Não confia no seu potencial, na sua cabeça você acha que já perdeu sem lutar! – Disse já ficando completamente irritada.


- Eu acredito muito em mim mesma, só estou apenas dando um aviso. Para depois você não vir e dizer que eu não avisei. – Retrucou se exaltando


- Sabe de uma coisa incrível? Não vou ficar perdendo meu tempo discutindo com uma criança, é o que você é, uma pessoa infantil com mentalidade de sete anos. – Respondi com raiva, ela abriu a boca para retrucar, mas como sempre eu fui mais rápida. – Nem comece, já disse que não irei perder meu tempo falando bobagens e ainda mais com pessoas que não afetam nada na minha vida! Se me dão licença, tenho mais o que fazer! – Passei reto por elas, mas não tão rápido, consegui escutar perfeitamente o que Mariana disse.


- Vadia, você vai me pagar caro por isso! – Mariana disse elevando um pouco a voz.


Como se eu tivesse medo dessa criança, pelo amor de deus né? Mais fácil eu casar com um professor do que sentir medo da Mariana. Nossa que comparação mais estranha, também foi à primeira coisa completamente impossível de se acontecer que passou pela minha cabeça. Nunca nenhum professor olharia para mim, eu não sou linda igual á maioria das garotas da minha idade. Da onde eu tirei essa de professor? Isso é culpa daquele filme "Nunca fui beijada", achei incrível o jeito com que as coisas aconteceram, o jeito com que eles se apaixonaram e a homenagem que ela fez no final, depois de ele ter descoberto que ela era uma jornalista e estava vivendo como uma aluna do terceiro ano apenas para escrever uma matéria! Foi perfeito esse filme!   


Que cabeça a minha, fiquei tão perdida em pensamentos que tenho a leve impressão que me perdi. Espera esse não é aquele ônibus que mamãe disse que vai para a escola? Nossa sou tão idiota, fico me perguntando como se eu recebesse uma resposta em troca de todas as minhas perguntas, que mania mais escrota de falar com si mesmo! Vou pegar esse ônibus, já que eu sei aonde tenho que descer, tenho tudo anotado!


Dei sinal e entrei dentro do ônibus, procurei o dinheiro dentro da bolsa e paguei a passagem. Resolvi pedir para o cobrador me avisar quando chegar, daí não tem riscos de eu me perder.


- Com licença, você poderia me avisar quando chegar ao ponto da escola Augusto Vicentini de Paula, por favor?


- Pode deixar, aviso sim! - Respondeu o cobrador. Passou alguns pontos e já fazia 15 minutos que estava dentro do ônibus quando ele falou - O próximo ponto é o da escola, você atravessa a rua e segue reto e você já irá avistar a escola.


- Obrigada - agradeci sorrindo


Desci do ônibus e logo avistei a escola, fiquei surpresa, a escola era enorme! Bem maior do que a minha escola antiga, fiquei observando por alguns minutos. Até que decidi ir embora, não queria voltar para casa. Fiquei andando por alguns minutos até que eu cheguei a um Parque, pelo que percebi, era o parque Aclimação, que tinha aparecido no Google Maps ontem. Fiquei tentada a entrar, algo estava me puxando para aquele lugar, como um imã, e claro minha curiosidade também. Por que não? Pensei comigo, não custa nada entrar e ainda poderei fazer uma boa caminhada igual àquelas que eu fazia no Gasômetro e no Parque Farroupilha.


Estava caminhando observando tudo e todos, até que sou interrompida pelo toque do meu celular.


- Alô? - Atendi no terceiro toque


- Filha? Onde você está? - perguntou mamãe


- No parque Aclimação, não sei se a senhora conhece. É aquele parque que fica alguns quarteirões da minha escola. - Respondi


- E o que a senhorita está fazendo aí? Seu irmão disse que você foi apenas dar uma volta pelo Bairro. - Esclareceu


- Fiquei curiosa para conhecer a escola, mas estava fechada, então só vi por fora! E como não estava com vontade de voltar agora, eu encontrei o parque e agora eu estou caminhando.


- Tudo bem filha, mais tarde eu vou te buscar aí, eu te ligo! - Comunicou e eu apenas concordei. Assim que ela desligou voltei a colocar os fones e ligar a música. Mas, como desde pequena sempre fui a garota mais desastrada do mundo, é óbvio que a consequência de estar distraída foi esbarrar em alguém e com a forte colisão, já estava prevendo cair de bunda e ficar com um grande hematoma. Só não esperava o inesperado, que alguém iria me segurar pela cintura, evitando a minha queda. Assim que percebi estar sã e salva, encarei ao meu redor, e percebi que as pessoas estavam observando a cena, logo depois encarei o rosto do meu salvador, e não consegui parar de analisá-lo.


- Você está se sentindo bem? Precisa de um médico? - Perguntou preocupado, fiquei atômica, sem conseguir responder absolutamente nada, juro que tentei, mas com um gato daqueles qualquer um perde completamente o fôlego - Me desculpe eu estava completamente distraído. - Me forcei psicologicamente para conseguir proferir alguma palavra e não ficar só o encarando igual uma idiota.


- Sim, está tudo bem! Estava distraída também. Ah, e obrigada por ter me segurado, já estava prevendo a queda e um grande hematoma para coleção. - Disse fazendo graça e rindo envergonhada, ele retribuiu com um sorriso. O sorriso dele me deixou sem ar, eu queria rir, mas tentei ao máximo segurar uma crise de risos, quando eu estou nervosa eu fico rindo e falo muito, muito mesmo. Viro uma matraca ambulante. 


- Não há de que, sempre que precisar! - Deixou a frase no ar e riu, esse estranho já estava me deixando nervosa, mas era um nervoso bom. Foi aí que eu me toquei, o braço dele ainda estava me envolvendo pela cintura, o toque dele na minha pele foi algo espetacular, eu senti uma corrente elétrica, e foi completamente estranho. Foi impossível de não sentir um frio na barriga, mas resolvi ignorar todos esses sentimentos e sensações.


- Cof Cof - limpei a garganta e encarei as mãos dele na minha cintura, para ele entender que ainda estava me segurando.


- Ops, desculpe! Nem tinha reparado que ainda estava com as mãos na sua cintura - Se desculpou envergonhado


- Estamos conversando há um tempo e mal sei o seu nome, Sr estranho - Comentei fazendo graça para quebrar um pouco o clima tenso.


- Pois bem, vamos mudar isso e começarmos do zero. Olá, meu nome é Rodrigo e você? – Disse esticando a mão para me cumprimentar


- Alice - respondi com um sorriso bobo na cara, segurando a mão dele.


- Prazer Alice - Falou com um sorriso


- O prazer é todo meu! Mas, infelizmente eu preciso ir - respondi - Até algum dia, se o destino conspirar a nosso favor! 


- Até! - Deu um pequeno beijo na minha bochecha sorrindo de orelha a orelha. - Espero que o destino conspire! - comentou esperançoso, apenas sorri um pouco surpresa pela atitude inesperada da parte dele e saí andando com o coração acelerado.


Aí meu deus! Não consigo acreditar no que acabou de acontecer, o que eu fiz para merecer isso? O pior é que esse estranho mexeu comigo, de uma forma que nem mesmo o Leonardo conseguiu, e isso realmente me assusta. Fiquei impressionada com a beleza dele, o jeito de falar, a barba por fazer, os lábios finos e principalmente o sorriso, amei aquele sorriso!


- Caramba Alice, você só pode estar louca! Ficar pensando em um estranho que você mal conhece. Ok ele não é um estranho se chama Rodrigo, mas de todo jeito isso não deveria ter acontecido! Que droga! – Pensei alto, é serio que estou falando comigo mesma?


 


Rodrigo P.O.V


Acordei bem cedo hoje, resolvi organizar algumas coisas para o primeiro dia de aula, e claro começar a preparar aulas e os planejamentos de como serão distribuídos cada conteúdo. Fiz um café bem forte, para não cair na tentação e voltar a dormir. Ainda preciso dar uma passada na faculdade.


Assim que terminei de tomar café, fui tomar um banho bem refrescante para acordar, me arrumei e já estava quase saindo de casa para ir ao parque, quando o telefone tocou.


- Alô – Atendi enquanto fechava a porta


- Fala aí cunhadinho, está tudo bem com você? Faz tanto tempo que nós não conversamos! Já arrumou uma namorada? – Perguntou rindo


- Oi Arthur, estou bem sim e você? Ando muito ocupado com a escola e a faculdade! Vida de professor é assim mesmo. E respondendo sua pergunta pela milésima vez, não... Ainda não arrumei uma namorada, e tenho quase certeza que isso não vai acontecer tão cedo, quase não tenho tempo para namoros, apesar de que eu sinto falta. Eu sempre quis me apaixonar por alguém de verdade, um amor que me trouxesse forças para lutar contra tudo, mas pelo que vejo isso só ocorre em filmes – Suspirei – Pelo jeito só você teve essa sorte, hein?


- Não desista, se o amor ainda não chegou para você é porque não é a hora certa. Se todas as garotas em que você namorou, ou apenas transou, não significaram nada, significa que o amor da sua vida ainda não chegou. Quando aparecer você saberá, você sentirá que o seu mundo gira em torno dela, que em tudo que você consegue pensar é ela. – Deu uma pausa – Foi exatamente o que aconteceu comigo e com Danielle, ela apareceu na minha vida no momento que eu mais precisava de alguém, quando eu estava mais frágil, mas ela não foi apenas mais uma, ela mexeu comigo como nenhuma outra jamais fez! – Completou


- Sim, eu sei. Mas, já estou realmente achando que não nasci para amar – Antes que eu pudesse completar, ele me cortou.


- Não venha com essa que não nasceu para amar! Todos nós nascemos, somos seres humanos, faz parte da vida, amar, sofrer, procriar, adquirir novos experiências e conhecimentos para encontrarmos o nosso eu e criarmos uma personalidade só nossa e uma filosofia de vida em que acreditamos.


- Talvez algum dia o amor apareça na minha vida no momento mais imprevisível e na pessoa mais improvável do mundo! Mas, enquanto ela não aparece, vou me dedicar a minha carreira. Não vou ficar procurando, vou esperar o momento certo. Mas, também não vou ficar pegando todas que aparecerem, até porque eu não me irei sentir completo, já que não será a pessoa certa.


- Concordo plenamente, mas me conta, tem alguma novidade? – Perguntou curioso como sempre


- Sim, tenho uma! Segunda feira eu começo a dar aula naquela escola aqui perto de casa. Você deve estar se perguntando, cadê a novidade já que eu dou aula lá a quatro anos. Mas, é que será a primeira vez que darei para o Ensino Médio, sempre foi para o fundamental. – Comentei animado.


- Que excelente notícia, me conta depois como foi seu primeiro dia! – Pediu – Espera Dani, estou falando com ele! Daqui a pouco você fala! – Escutei de fundo os dois discutindo pela posse do telefone.


- Não precisam discutir, eu sou dos dois! – Comentei rindo assim que entrei no parque.


- Oi maninho, quanto tempo hein? Seu desnaturado, não me liga e nem me manda uma mensagem. Pensei que tinha morrido! – Daniella como sempre tão dramática.


- Não seja dramática! – Ri – Faz só três semanas que eu não falo com você. 


- Pois parece que faz uma eternidade, depois quero saber tudo sobre as garotas que frequentam o coração do meu querido irmão – Falou brincando – Ué, você está na rua? Estou ouvindo uns ruídos de buzina e moto.


- Sim! Resolvi ir dar uma volta no parque, já que segunda feira volta tudo ao normal e aquela correria de sempre. Mesmo morando do lado do parque seria bem complicado eu ter um tempo livre! Acabei de entrar no parque!


- Boa ideia, aproveite! Tenho um ótimo pressentimento e você sabe que eu nunca me engano. – Previu, toda vez que ela prevê que algo vai acontecer ou tem algum pressentimento acontece alguma coisa!


- Que medo agora! Pressentimento bom ou ruim? – Perguntei ansioso


- Não irei dizer nada, minha boca é um túmulo.


- Que baixinha mais irritante!


- Preciso desligar, e vê se toma cuidado para não machuca-la! – Antes que eu pudesse perguntar do que ela estava falando, ela desligou. – Tu... Tu... Tu – Fiquei com o celular na mão e ainda meio confuso com as últimas palavras dela, minha irmã sempre foi meio vidente, aquela baixinha desde pequena pressente as coisas, antes mesmo de acontecer, pelo menos alguns minutos antes! E ás vezes ela até tem algumas visões.


Fiquei tão perdido em pensamentos com o que minha irmã quis dizer, até que eu recebo a resposta no mesmo segundo! Ás coisas aconteceram muito rápidas, em um momento eu estava caminhando sem prestar atenção ao meu redor e no outro eu já estava segurando a cintura de uma garota! Isso mesmo que vocês leram, eu acabei esbarrando em uma garota, e para evitar que ela caísse, eu a segurei pela cintura, tentando me equilibrar para não cair também. O pressentimento da Dani, só pode ter sido isso!


Percebi que a garota estava meio desnorteada e comecei a ficar preocupado, ela olhava para todos os lados e depois o olhar dela se focou em mim. Foi como um balde de agua fria, aquela garota era linda! Os olhos eram de um profundo castanho escuro, mas na claridade estava um pouco claro, os cabelos eram da mesma cor dos olhos, brilhosos e sedosos, fiquei me imaginando passando a mão naquele cabelo incrível. Se controle Rodrigo! Se controle! Fiquei igual a um idiota olhando, mas resolvi tomar a iniciativa e falar alguma coisa.


- Você está se sentindo bem? Precisa de um médico? – Perguntei muito preocupado, e já estava ficando completamente aflito por ela não me responder. Ela apenas me olhava fixamente e incrivelmente chocada. - Me desculpe eu estava completamente distraído. – me desculpei


- Sim, está tudo bem! Estava distraída também. Ah, e obrigada por ter me segurado, já estava prevendo a queda e um grande hematoma para coleção. – Respondeu a linda garota, fiquei maravilhado pela sua voz de sinos, e principalmente pelo seu sorriso magnifico. Acho que a encarei com grande intensidade, pois ela ficou completamente sem graça e com as bochechas coradas.


- Não há de que, sempre que precisar! – Deixei a frase no ar, para que ela interpretasse do modo que ela quisesse. Realmente, por mim eu estaria ao lado dela sempre que ela precisasse. Achei engraçado o modo como meus pensamentos pensavam em um futuro com essa estranha, realmente só posso estar louco. Ri comigo mesmo igual um idiota. Fiquei apenas a observando por incontáveis segundos até que ela limpa a garganta para chamar minha atenção, a olhei com uma cara de ponto de interrogação.


- Cof Cof – limpou a garganta chamando minha atenção para a vida real e não apenas pensamentos impossíveis. Foi quando percebi que ela estava encarando um ponto fixo, olhei para a mesma direção e logo percebi que ainda estava a segurando pela cintura.


- Ops, desculpe! Nem tinha reparado que ainda estava com as mãos na sua cintura – Me desculpei envergonhado e a soltei, quando não tive mais aquela linda garota nos meus braços eu senti um incrível vazio, como se estivesse faltando algo, apenas resolvi ignorar esse sentimento e focar na linda garota a minha frente.


- Estamos conversando há um tempo e mal sei o seu nome, Sr estranho – Comentou fazendo graça, acabei rindo um pouco e foi incrível como o clima tenso se dissipou.


- Pois bem, vamos mudar isso e começarmos do zero. Olá, meu nome é Rodrigo e você? – Perguntei estendendo a mão para cumprimenta-la.


- Alice - respondeu com um sorriso lindo, enquanto pegava minha mão aceitando o cumprimento.


- Prazer senhorita Alice – Falei em tom de brincadeira, como se estivesse em alguns séculos atrás. Então o nome dela é Alice, Alice! Lindo nome, realmente combina com ela.


- O prazer é todo meu! Mas, infelizmente eu preciso ir – informou com pesar, soltando minha mão - Até algum dia, se o destino conspirar a nosso favor! 


- Até! – Não sei como tomei coragem, mas senti uma vontade inexplicável de dar um pequeno beijo na bochecha de Alice - Espero que o destino conspire! - comentei esperançoso, realmente queria ver ela novamente. Alice apenas sorriu parecendo um pouco surpresa pela minha atitude e saiu andando. Fiquei entancado no mesmo lugar, com um sorriso idiota na cara.


Desde quando uma garota mexe tanto com os meus sentimentos em apenas um encontro? Porque me senti tão bem em ter a companhia dela? Eu só posso estar ficando maluco... Maluco por uma garota que eu mal conheço!


- Espero que eu a encontre novamente – Pensei alto comigo mesmo.


 


Alice P.O.V


Como não sabia voltar para casa, liguei para minha mãe ir me buscar... 20 minutos depois ela chegou...


- Filha, que tal irmos ao Mc Donald’s? – Perguntou e apenas concordei ainda pensando nele. Assim que chegamos fizemos nossos pedidos pelo drive thru e logo fomos para casa.


 Fui comendo no caminho meu Big Mac e a batata frita, enquanto tomava suco de uva. Nem mesmo com um lanche daqueles na minha frente eu consegui esquecer o Rodrigo por um minuto se quer. Eu não posso me apaixonar, eu prometi a mim mesma. O bom é que não irei encontrá-lo novamente, e se isso algum dia ocorrer posso ter o perigo de me apaixonar.
Assim que entrei no meu quarto, decidi escrever no diário que a Babi me deu, seria uma boa forma de esquecer o que aconteceu. Peguei uma caneta azul que veio junto com o diário e foi exatamente o que eu fiz, escrevi como foi o meu dia.


 


24 de janeiro de 2014


Querido diário,


Hoje o meu dia foi incrível eu conheci alguns lugares e fiz uma boa caminhada em um parque perto da escola. Foi ótimo estar novamente em contato com a natureza. A única coisa que não foi tão legal assim, foi encontrar a Yasmim e Mariana, elas me ameaçaram, até parece que irei obedecer apenas porque elas querem. Estou pouco me lixando se elas não querem que eu seja feliz na escola nova. E ainda ficou falando que todos gostavam de mim e que eu era popular, é claro que isso foi bem antes de ser abandonada e traída pelo Leonardo. Depois disso sim eu comecei a sofrer bullying.
Fui até a minha escola, estava fechada, pelo menos eu acho, já que não tinha nenhuma movimentação, mas com certeza a direção da escola estava trabalhando. Então apenas vi a escola por fora, não entrei para saber como era.


Acho que é só... Ou melhor, diário, promete que guarda um segredo? Eu conheci um homem, ele era lindo e muito sexy. Cruzei com ele igual quando acontece nos filmes, à mocinha esbarra no protagonista, e para ela não cair ele a segura pela cintura perto de si. Foi exatamente isso, nem sei como esbarrei nele, mas foi a melhor coisa que me aconteceu! Ele mexeu comigo de uma forma que nem mesmo o Leonardo conseguiu, o ótimo é que não irei o encontrar novamente, então não terei perigo de me apaixonar.


Beijo diário, até a próxima!
Ps: Prometo escrever todas as vezes que tiver novidades, ou quando apenas precisar desabafar.


 


Desconhecido P.O.V


Uma família como sempre jantando todos juntos e unidos, ou melhor, com exceção de uma... Apenas uma garota mantém essa família incompleta, e todos sentem sua falta. Acharam que a mesma morreu no parto, mas há pouco tempo descobriram que foram vítimas de uma mentira. Até onde pode chegar o peso de uma mentira? Uma armação que foi descoberta por todos, menos a pessoa que mais precisava saber.
Na realidade a garota está mais viva do que nunca e foi adotada por uma família muito prestigiada e de grande reputação.


- Eu quero conhecer minha irmã! 


- Eu também quero, e não irei desistir! 


- Não tem como, sua irmã não sabe sobre a existência de vocês! 


- Mas, papai 


- Sem, mas... 


- Tive uma ideia! 


- Qual? 


- E se nos infiltrarmos na vida dela, sem ela saber quem realmente nós somos? 


- Filha, isso é muito arriscado! 


- Não será, iremos estudar na mesma escola que ela e seremos amigas dela. E você pode conseguir uma vaga de professor na escola! Ela nunca saberá a verdade, pelo menos por enquanto.


- Não sei, não acho uma boa ideia... Mas sei muito bem que vocês são exatamente iguais à mãe de vocês, persistentes e nunca desistem do que querem, pelo menos até conseguirem!


- Nossa irmã sabe que é adotada? 


- Acho que não, sabemos apenas o nome da família que a adotou: "Albuquerque".


- Então está tudo certo pai, não tem perigo de ninguém descobrir... Prometemos que não iremos contar nada a ela! – Insistiram tanto que o pai concordou relutantemente, pois estava sentindo que não era uma boa ideia, e no final a filha iria odiá-lo para sempre. 



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Autor(a): luhaani_amy2016

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