Fanfic: Contrato de Casamento. | Tema: Laliter ♥

Capítulo 47 - Contrado de Casamento.

Maratona 04/04.

Fez a ligação para o advogado que rapidamente se prontificou a ir até a mansão. Peter estava com o olhar perdido, água com açúcar não o acalmava e a cada minuto que passava sentia seu coração se sufocando mais. Claudia foi com Ruth até o quarto e acenderam uma vela próxima à imagem de uma santa que a governanta mantinha sobre a cômoda. Eugenia ficou sentada em um dos sofás olhando para o iPhone angustiantemente silencioso que Peter havia deixado sobre a mesa de centro.

- Por que esse filho da mãe escolheu a minha mulher? – Peter perguntou com a voz áspera exalando irritação.
- Isso foi uma ação planejada, Peter. – Juan falou ainda de pé com as mãos nos bolsos da calça de brim – Ninguém ia simplesmente olhar Lali na rua e decidir sequestrá-la. É alguém que deve estar planejando isso desde que vocês se casaram e achou que agora que ela está grávida, é a melhor oportunidade de conseguir de você o que pedir.
- E ele vai ter. – levantou-se e enfiou a mão no bolso para tirar o maço de cigarros, era a melhor forma de tentar ficar menos nervoso – Eu não posso me dar ao luxo de por a vida de Lali mais em risco do que já está.
- Filho, quando tudo isso passar. Vamos falar com a polícia. – colocou a mão sobre o ombro dele.
- Nicolas chegará em breve e como advogado ele deve ter uma visão melhor das coisas.
- Peter, eu acho que você deveria falar com a polícia. Eles precisam saber. Nem que um policial fique à paisana dando cobertura à toda essa situação. Escutas telefônicas, rastreadores, eu não sei. – Eugenia opinou e fez Peter olhá-la antes de acender o cigarro que estava preso entre os lábios, retirando-o em seguida.
- Tenho medo de que algo dê errado. Não quero correr riscos.
- Pense sobre isso, Peter. A polícia sabe o que fazer.

Ele ficou quieto, acendeu seu cigarro e tragou fundo a fumaça tentando se acalmar com o gesto. Peter fechou os olhos devagar e conteve a vontade de gritar. Por que aquilo estava acontecendo com ele? Precisava de uma bebida, aquela espera era uma tortura. Encheu um copo de uísque até quase a borda e bebeu de uma vez só até a metade. As duas mãos estavam ocupadas e ele olhava um ponto fixo na parede com a mente dando voltas. Alexandra voltou para a sala de estar e Peter nem sequer se dera conta.

- Filho, você precisa comer alguma coisa.
- Não, mãe. Eu não quero comer. EU QUERO MINHA ESPOSA AQUI! – gritou a última frase assustando quase todos que estavam na sala.
- Juan Pedro, se acalme! – Peter chegou perto dele e colocou a mão em seu ombro – Ele vai ligar, pedir o resgate e tudo vai dar certo.

O celular tocou e todos se alarmaram olhando para o aparelho rapidamente de maneira tensa. Peter largou o cigarro que caiu ao chão e se adiantou atendendo a ligação enquanto todos o olhavam apreensivos.

- Alô?
- Lanzani, vou direto ao assunto. Quero quinze milhões de dólares em troca da sua esposa. Tenho certeza que isso nem vai doer no seu bolso. Quero cinco milhões em notas de cem e dez milhões em notas de cinquenta. Amanhã à noite faremos a troca, sem gracinhas e sem enrolação, Lanzani. Se não eu apago a sua esposa antes mesmo que você consiga piscar. – disse a voz desconhecida do outro lado – Amanhã à tarde eu aviso onde será a troca.
- Eu quero falar com ela! – disse em tom de desespero – Eu preciso falar com minha mulher!
- Você tem dez segundos.
- Peter... – a voz de Lalisoou baixa, mas era clara suficiente para ele, ouvir a voz dela pareceu fazer o sangue dele correr mais acelerado em suas veias – Me ajuda...
- Lali, meu amor, eu prometo que você vai voltar! Eu farei de tudo para você estar aqui sã e salva!
- Você entendeu o recado, Lanzani. – O sequestrador tomara o celular dela voltando a falar de maneira ríspida – Amanhã à noite quero o dinheiro ou não verá sua mulher novamente.

Antes que pudesse dizer algo, a ligação foi encerrada e Christopher sentiu a raiva tomar conta de si. O copo de uísque ainda pela metade fora arremessado sem dó contra a parede provocando um som agudo de vidro se quebrando em vários pedaços e fazendo com que o líquido voasse pela sala de estar durante o trajeto até a parede.

- DESGRAÇADO! – gritou com a veia do pescoço saltando.

Peter seria capaz de matar o responsável pelo sequestro de Lali. Precisava com urgência levantar o dinheiro no banco e agora mais do que nunca precisava de Nicolas. Claudia se aproximou dele preocupada com o estado do filho, que estava com os nervos à flor da pele.

- Peter, acalme-se antes que você acabe passando mal com tamanho nervoso. – segurou o braço dele – Vá tomar um banho.
- Eu não quero um banho, mãe. Eu não tenho cabeça para mais nada além de pensar no dinheiro que preciso para resgatar Lali.
- Quanto ele pediu? – Victor perguntou enquanto Ruth passava ao seu lado com uma vassoura na mão para limpar o estrago feito pelo copo.
- Quinze milhões. – respondeu passando a mão no rosto – Dez milhões em notas de cinquenta e cinco milhões em notas de cem. Preciso ligar para o gerente do banco.

Dez minutos depois, Nicolas entrava a passos largos na sala de estar. Peter rapidamente explicara toda a situação e o advogado o aconselhara a avisar a polícia de que Lali havia sido sequestrada. Para evitar algum alarde com a imprensa e com a própria autoridade, ele sugeriu que seu amigo que era delegado ficasse à frente do caso para monitorar todos os passos enquanto acontecia toda a negociação e após Lali ser liberada, as investigações poderiam começar até encontrarem o criminoso. Peter concordou e cerca de uma hora depois o delegado García chegara à mansão vestindo uma jaqueta de couro preta sobre uma camisa cinza e uma calça jeans um pouco surrada. Devia ter cerca de quarenta anos e era apenas alguns centímetros mais baixo que Christopher. Tinha a expressão um pouco cansada, mais por conta do trabalho exaustivo do que por desgaste físico. Os cabelos eram um pouco grisalhos nas laterais e a barriga um pouco arredondada demonstrava que devia se entupir de café e rosquinhas. Nicolas garantiu que o delegado era bastante experiente e astuto. Peter pode notar sua perspicácia assim que o delegado lhe fizera algumas perguntas e deu seu parecer.

- Com certeza esse sequestro é produto de muito planejamento.

García disse segurando a xícara de café que Ruth acabara de servir acompanhado de alguns biscoitos para que todos pudessem comer pelo menos alguma coisa, já que nenhuma refeição decente seria capaz de atiçar a fome de qualquer um dos presentes naquela sala. O nervosismo tirara o apetite de todos.

- Não tem nenhum inimigo Juan Pedro? – o delegado perguntou se servindo de um dos biscoitos amanteigados de Ruth.
- Um funcionário roubou vinte milhões da minha empresa, mas já foi detido. Acho que não tem relação com o sequestro da minha esposa.
- De qualquer forma, vou verificar. Preciso do nome do responsável.
- Mariano Martinez. – respondeu sentindo raiva apenas em pronunciar seu nome.
- Vou pedir uma verificação sobre a ficha dele. 

Continua........... - Capítulo 48. - Segunda-Feira. 

Fanfic`s que estão sendo adptadas por mim.

Contrato de Casamento 

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I Wish You Were Hare 

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Escritora Original: Estrelinha Vondy