Fanfic: Contrato de Casamento. | Tema: Laliter ♥

Capítulo 67 - Contrato de Casamento.

As duas se sentaram nos bancos e começaram a almoçar enquanto mudavam de assunto. Lali contou sobre estar enfeitando a árvore e a ceia que teria juntamente com o pai e a nova namorada. Candela também a conhecera quando estava saindo da casa da amiga quando o pai chegara com Maria e as apresentara formalmente. Ficaram todo o almoço conversando e Lali saiu apressada quando ouviu o choro de um dos filhos através da babá eletrônica.

- Esse mocinho está precisando trocar a fralda. – disse assim que viu a amiga entrar no quarto – Cande, pode pegar o Luan no colo, por favor? Ele acordou com o choro do irmão e queria que você o fizesse dormir de novo. Acha que pode?
- Claro. – sorriu – Vou amar ninar o meu afilhadinho.
- Você e Eugenia são muito babonas. – riu – Ela será a madrinha do Santino junto com Nicolas. Peter tem um primo chamado Victorio. Será o padrinho do Luan junto com você.
- Ele é bonito?
- Você está muito assanhada, Candela. – riu – Eu só o vi por foto quando ainda era casada com Peter. Victorio mora em Atlanta e se não me engano é dentista. E sim, ele parece bonito. – disse enquanto trocava a fralda de Santino.

No final da tarde, Cande foi embora e Lali levou os filhos para a sala, colocando-os no bebê-conforto. Ficou assistindo TV enquanto Luan mordia a própria mãozinha e Santino balançava os bracinhos. Sorriu olhando para os filhos e sentiu seu coração aquecido por saber que apesar de ter sofrido algumas vezes ao lado de Peter, ele lhe dera dois lindos presentes. Seria maravilhoso poder criar os filhos na mansão que compraram quando estavam casados, os meninos iriam adorar correr pelo gramado quando estivessem maiores e iam ficar sujos de tanto brincar. Algumas vezes se pegava pensando nela sentada em um dos sofás na varanda em frente à mansão, com o corpo aconchegado ao do marido e vendo os filhos brincar de jogar bola. Mas sempre que se tocava de que aquilo não aconteceria, o sorriso que brotava involuntariamente em sua face se desvanecia.

Adormecer era o momento mais difícil do dia. Todos os pensamentos giravam em torno do ex-marido e a cama sempre parecia maior sem a presença dele.

Dentro da enorme sala de estar, Peter estava vestido com uma calça de abrigo cinza e uma camisa de mangas compridas da cor preta fumando seu terceiro cigarro. Era mais um sábado tedioso e o Natal ia se aproximando rapidamente. Tragou a fumaça e fechou os olhos recordando da última ceia que tivera.

Ainda estava casado e na época não tinha a menor ideia de que iria se apaixonar por Lali. Agora estava ali, sofrendo sem ela e se perguntando o que faria para tentar tê-la de volta. Agora a mídia começava a especular sobre as aparições dele sozinho, o que evitava ao máximo que acontecesse, preferia ficar recolhido já que não lhe sobrava ânimo, e apesar das poucas aparições a mídia não conseguia encontrar uma prova suficiente de que o casal badalado havia se separado.

Por conta do nascimento dos gêmeos, toda a imprensa especulava que o desaparecimento da Lali em festas se dava ao fato de dedicar-se aos filhos recém-nascidos, já que ela não havia aparecido sem a companhia do marido em lugar algum. Ali na sala, Eugenia estava à frente do irmão parada de braços cruzados olhando-o.

- Não está dando certo esperar. - ele disse em voz alta apagando o resto do cigarro no cinzeiro – Lali não vai reconsiderar, mal fala comigo quando vou visitar os bebês. – respirou fundo – Ela não vai mais voltar pra mim.

- Peter, por favor... – Euge suspirou e sentou ao lado dele – Não diga isso. Tente ir com calma. Você vai reconquistá-la. – alisou o rosto dele – Em breve vocês vão estar juntos novamente.
- Amanhã eu vou até lá. Levarei o presente dos meninos. – disse olhando para o chão – Não vamos passar o Natal juntos. É o primeiro Natal deles e eu não vou estar perto. – agora ele retomara o hábito de fumar uma grande quantidade de cigarros, dado seu estresse e falta de ânimo. Tudo que conseguira diminuir após seu casamento, agora voltara em dobro.
- Mas você estará com a nossa família. – alisou as costas dele – Dê tempo ao tempo, meu irmão. Você vai saber como reconquistar Lali.
- É tudo o que mais quero. – fechou os olhos – Nada aqui está fazendo sentido. Cada canto dessa casa me lembra dela e o quanto fui idiota cada vez que entrei naquele quarto e dormi naquela cama sem demonstrar o que realmente sentia. – suspirou chateado – Várias vezes a vi adormecida porque eu chegava tarde enquanto estava com outra. – passou as mãos nos cabelos – Eu fui um canalha.
- Não se martirize pelo que passou, Peter. Pense no futuro e em como conquistar a confiança dela novamente. Lali é a mulher que vai te fazer feliz, então lute por ela. Você já conseguiu descobrir quem enviou as fotos?
- Foi o desgraçado do Benjamin, ele estava esperando meu primeiro deslize. Não perdia a oportunidade de repetir que eu não era perfeito e sempre deixou claro que não mediria esforços para me prejudicar. Ele mesmo tentou dar em cima da Lali e quis se vingar por eu ter arrancado os dentes dele.
- Pelo menos você sabe quem foi que fez aquilo. - beijou-lhe o rosto – Eu vou até à casa dela entregar o presente dos bebês. Nos vemos amanhã.

Ele não disse nada. Apenas ficou quieto tentando imaginar o que fazer para reconquistar a esposa. Não podia desistir. Lali era a mulher da sua vida.

Eugenia chegou ao apartamento e pendurou o casaco atrás da porta sorrindo ao ver os sobrinhos deitados no bebê-conforto como Lali fazia todas as noites enquanto assistia TV. Ela se encaminhou para o dentro da sala e deu um beijinho sobre a cabeça de cada um dos gêmeos e entregou as sacolas à ex-cunhada.

- Trouxe os presentes dos bebês e trouxe algo para você também, Lali. – disse com seu típico sorriso simpático.
- Obrigada. – sorriu um pouco desconcertada – Me desculpe não ter comprado nada para você, Eugenia. É que não tive tempo para comprar nenhum presente. Estou cuidando dos meninos sozinha e não encontro tempo disponível para nada.
- Não tem problema. – olhou para os sobrinhos – Não tem presente melhor do que esses dois pimpolhos. – riu – Acho que sou a tia mais coruja que existe.
- Acho que sim. – foi até a árvore e colocou os presentes no pé dela – Deixarei aqui. Vou abri-los na manhã de Natal.
- Perfeito. – sentou-se – Posso falar com você, Lali?
- Sim. – assentiu ficando curiosa – Aceita beber alguma coisa?
- Não, obrigada. Só quero conversar mesmo.
- Tudo bem. – sentou-se no outro sofá – Sobre o quê?
- Meu irmão. – respondeu sem rodeios – Sei que não tenho que me meter e ele nem faz ideia de que estou dizendo isso. Mas Peter está desolado sem você, Lali.
- Ele me traiu, Eugenia. – suspirou – Eu nunca senti uma tristeza e uma raiva tão grande.

- Eu sei disso e não tiro sua razão. Só que meu irmão está arrependido, eu tenho certeza. Tem uma foto sua no escritório dele, você pode não acreditar, mas Peter ainda está usando a aliança. Não estou pedindo para perdoá-lo hoje, mas pense com carinho sobre toda essa situação.
- Vou pensar. – olhou para baixo.
- Bom, eu preciso ir agora. – levantou-se – Marquei de jantar com Nicolas.
- Fico feliz que estejam bem. – seguiu-a – Deseje a ele e aos seus pais um Feliz Natal em meu nome.
- Pode deixar. – abraçou-a – Feliz Natal para você também, Lali. 

Continua........ - Capítulo 68. Sábado. -  Comentem