Fanfic: O Cavaleiro do Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Alfonso não conseguia imaginar as maldades que aquela mulher seria capaz de fazer para destruí-lo, mas isso tinha pouca importância. Estava decidido a enfrentá-la e conseguir se libertar de seu encantamento.

Como nas inúmeras batalhas já travadas no passado, Alfonso buscou todas as suas forças para vencer o medo.

Anahí arregalou os olhos ao observá-lo, constatando que o homem acreditava mesmo no que dizia. Ele pensava ser um cavaleiro e tinha certeza de que ela era uma feiticeira.

Por mais estranho que fosse essa ideia, Anahí percebeu que era verdadeira e que não poderia deixá-lo sair nessa condição.

Deu um passo em sua direção, mas Alfonso abriu a porta e desapareceu.

— Não! Espere! — Sem pensar em mais nada, Anahí o seguiu.

Confiando em seus instintos, Alfonso correu por uma passagem que acreditava conduzir às baias do castelo. Encontraria Navar.

De repente, ouviu passos atrás de si.

Meu Deus! Ela vem atrás de mim.

— Por favor! Não vá!

A voz dela era tão suave e doce que, por um momento, Alfonso se deteve.

Era a mesma voz que ouvira durante a batalha.

"Não devo escutá-la", pensou. Alfonso temia que ela roubasse sua alma.

Empunhou a espada e continuou correndo, determinado a livrar-se do feitiço ou morrer. Encontrou uma porta e teve esperança de conquistar a tão sonhada liberdade.

Os passos da mulher se aproximavam cada vez mais.

— Espere! — gritou Anahí.

Alfonso abriu a porta e parou, paralisado.

— Graças a Deus! — Anahí tentou recuperar o fôlego e segurou o braço forte. — Você não pode ir assim.

Alfonso deixou a armadura cair ao chão, imobilizado pela visão a sua frente.

— Você me ouviu? — Anahí olhou para fora, tentando entender o que o assustou.

O estacionamento da Espadas e Escudos estava vazio, exceto por seu Mustang. Mesmo àquela hora da noite, o trânsito na rua da frente era intenso. Não havia nada fora do comum.

De súbito, o homem voltou para dentro do prédio e bateu a porta. Encostou-se na parede, o rosto pálido e a respiração ofegante. A espada, que pareceu tão assustadora alguns momentos atrás, estava imóvel ao lado do corpo dele.

— Feiticeira... — murmurou, com a voz trêmula, fitando-a. — Que Deus me ajude!