Fanfic: O Cavaleiro do Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

No momento em que o carro começou a andar, Alfonso deixou de pensar em Anahí.

Assustado, colocou as mãos no painel.

— Calma. Chegaremos inteiros ao meu apartamento.

Depois de algum tempo, Alfonso decidiu que Anahí falava a verdade.

Cruzaram com outro automóvel e ele perguntou:

— É outra feiticeira?

— De jeito nenhum. Deve ser algum pobre trabalhador como eu.

Alfonso pretendia dizer a ela que não adiantava tentar convencê-lo de que era pobre, pois havia visto seu tarje luxuoso, quando outro carro passou por eles. Depois outro, e outro. Logo estavam no meio de muitos carros.

Anahí observou-o olhando, intrigado, para todos os lados.

— Eu lhe disse. Todos dirigem automóveis. Esse é o meio de transporte que usamos para irmos de um lugar para outro. Não há mágica. Temos prédios onde as pessoas fabricam os carros e depois os vendem.

Pararam em um semáforo. Alfonso continuava observando os outros carros, e Anahí percebeu o esforço que ele fazia para assimilar todas aquelas novidades.

A luz mudou, e eles prosseguiram, passando por um bairro residencial, repleto de edifícios, algumas lojas e restaurantes lotados. Na rua, muitas pessoas usavam short e camisetas de cores variadas.

No semáforo seguinte, Alfonso apresentava sinais de estar começando a compreender. Agora via que Anahí não era diferente das outras pessoas e que lhe dissera a verdade.

— Isso não é mágica, milady.

Era uma afirmação, e não uma pergunta. Então, Anahí suspirou, aliviada.

Entretanto, Alfonso demonstrava muita preocupação em seu olhar. Ela podia entender o que ele deveria estar pensando.

Se não havia mágica, e Anahí era apenas uma pessoa comum, como poderia ajudá-lo a voltar para seu tempo?

— Alfonso, farei tudo o que puder para ajudá-lo a voltar para casa. Prometo.

Seus olhares se encontraram outra vez, e Alfonso acreditou em Anahí, mesmo sem saber ao certo o motivo.

Havia uma honestidade nata naquela mulher, apesar das estranhas circunstâncias em que se conheceram.

— Serei grato para sempre, senhorita.

— Pode me chamar de Anahí.

— Anahí. — repetiu. Era um nome estranho, mas que se ajustava com perfeição a ela.

Alfonso permaneceu calado até chegarem ao apartamento, e Anahí não tentou iniciar nenhuma conversa.

Ele tentava assimilar todas as novidades. As explicações não fariam com que aceitasse tantas mudanças.