Fanfic: O Cavaleiro do Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Anahí foi até seu escritório.

— Preciso encontrar um meio de mandá-lo de volta. — murmurou, ligando o computador. — Ele esta ... está... nu na minha sala. Devo parar com isso. Já vi outros homens sem roupa, mas nenhum como ele.

Anahí apenas o viu de relance, entretanto, foi mais do que suficiente.

Alfonso tirou-lhe o ar. O corpo era esguio e firme, com músculos bem definidos. Parecia esculpido por Michelangelo.

Possuía algumas cicatrizes. Havia uma bem saliente no ombro direito, e dava para imaginar que devia ter sido muito dolorida. Talvez tivesse corrido até risco de vida.

Por que o fato de imaginá-lo sentindo dor, ou correndo perigo, trazia-lhe lágrimas aos olhos?

— Não seja ridícula. Ele é um cavaleiro e é natural que seja ferido ou morto.

Seria isso o que acontecera a Alfonso em seu tempo? Se encontrasse um jeito de mandá-lo de volta, estaria enviando-o para sua morte?

Anahí tentou afastar esses pensamentos e procurou concentrar-se no computador. Precisava de informações.

Enquanto Alfonso dormia, Anahí acessou a Internet, procurando dados sobre a batalha do Campo Bosworth e sobre Alfonso Herrera Rodriguez. Conseguiu muitos relatos sobre a batalha, mas não havia nada sobre Alfonso.

Por fim, exausta, pediu ajuda a vários bancos de informação e foi dormir. Com sorte, conseguiriam alguma resposta pela manhã.

Alfonso acordou sentindo um aroma delicioso. Ficou surpreso até relembrar os acontecimentos da noite anterior, Estava no apartamento de Anahí, e aquele cheiro só podia ser de comida, e ele estava faminto.

Alfonso se levantou, determinado a encontrar a fonte daquele aroma. Deu alguns passos e se lembrou da recomendação de Anahí sobre sua nudez.

Pegou o lençol, enrolou-o ao redor da cintura e foi até a cozinha.

— Bom dia, milady.

Anahí levou um susto e virou-se.

— Bom dia. Você me assustou.

— Deve ter sido o barulho do meu estômago.

Anahí observou o peito nu e depois concentrou-se no rosto dele.

— Preciso falar de um assunto delicado, milady.

— Delicado?

— Onde há um lugar privado?

— O quê? Oh, sim. Bem, fica perto da entrada.

Ao notar que ele estava em dúvida, Anahí decidiu mostrar onde ficava o banheiro.

— Siga-me. — Levou-o até lá e abriu a porta. — Você pode se aliviar ali. — Apontou para o vaso sanitário. — Quando terminar, aperte aquele botão... —  Ela fez uma demonstração, e Alfonso deu um passo para trás. — Estarei na cozinha. — Anahí saiu e fechou a porta.

Ao voltar para a cozinha, Alfonso comentou:

— Pensei que estivesse sonhando na noite passada. No entanto, vejo que se trata de realidade.

— É isso mesmo.

— Posso perguntar-lhe se sabe mais alguma coisa sobre nossa... situação?

— Sinto muito... Mas não desanime. Descobrirei um meio de resolver tudo. Eu prometi, lembra?

— Sim.

— Quer tomar café?

— Talvez. O que é isso?

— Uma bebida. Digamos que todos costumam bebê-la para iniciar o dia. — Anahí preparou-lhe uma xícara de café preto e fumegante, decidindo que Alfonso talvez não gostasse de creme. — Está quente. Cuidado.

— O calor não me incomoda. Quando se mora em um castelo repleto de correntes de vento, adoramos o calor.

Pela primeira vez, Anahí reparou no tom aveludado da voz dele. Era uma máscula, sexy e, ao mesmo tempo, suave.

Fixou seu olhar nos lábios de Alfonso. Era um homem muito atraente.

Não importava o século em que estavam, pois certas coisas nunca mudam, como, por exemplo, o desejo entre um homem e uma mulher.