Fanfic: O Cavaleiro do Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Ela percebeu e, devagar, libertou-se de Clint.

— Alfonso, este é Clint Hogan, nosso diretor. Clint, este é Alfonso Herrera. Ele vai trabalhar com Tim nos estábulos.

Anahí não se surpreendeu com a expressão incrédula no rosto de Clint. A última vez que viu Alfonso, ele estava desacordado e era carregado pelos outros cavaleiros, após estragar o espetáculo.

Clint olhou Alfonso de cima abaixo.

— Tem certeza de é uma boa ideia, Anahí?

— Sim.

Anahí notou que Alfonso estava tenso pelo modo como os músculos do pescoço apareciam sob a pele. Decidiu que deveria explicar melhor a situação para Clint antes que os dois se desentendessem.

— Clint, posso falar com você um instante? — Anahí afastou-se com o diretor.

Alfonso observou-os, sabendo que ela tentava convencer Hogan de que o fiasco no espetáculo foi causado por um desejo desesperado de conseguir um emprego.

Detestava a ideia de Anahí justificar seu comportamento para aquele homem e, com certeza, não suportava vê-lo tão próximo de Anahí. Ela lhe garantiu que não havia nenhum homem em sua vida, mas Hogan agia de modo muito familiar.

"Preciso controlar minhas emoções e meu desejo", pensou Alfonso. "Não posso me envolver com Anahí. Ela pertence ao futuro, e eu, ao passado."

Olhando para o outro lado da arena, viu um falcão amarrado ao poleiro. Mesmo usando um capuz, o animal parecia nervoso e agitado.

Alfonso decidiu aproximar-se da ave enquanto Anahí continuava a conversa com Clint.

— Sabe, eu compreendo os problemas dele, mas não podíamos apenas fornecer-lhe o telefone da agência de empregos? — perguntou Clint após ouvir as explicações de Anahí.

— Não sei se essa seria a melhor opção. E se Alfonso decidisse nos processar? Ele queria ser um cavaleiro, pois achava charmoso. Talvez pensasse que as mulheres o procurariam.

— É um trabalho duro. Foi tolo ao pensar que se tornaria um astro da noite para o dia.

— Exato. E se ele estiver descontrolado? Pense na má publicidade que geraria se nos processasse.

— Então decidiu paparicá-lo?

— E ao cavalo também.

— Você só pode estar brincando.

— O acordo incluiu os dois. Não se preocupe. Creio que ficarão por pouco tempo. Trabalhar nos estábulos não é tão interessante quanto participar do espetáculo. Agüentará no máximo uma semana.

— Está bem, mas registre que não gosto disso.

— Obrigada, Clint.

Anahí aproximou-se de Alfonso e ouviu-o conversando com o falcão.

— Você é lindo. Magnífico. — Colocou a luva de couro que pegou a um canto do poleiro. — Suas asas são poderosas, e os olhos, astutos. Você domina os ares. — Acariciou a cabeça, as asas e o peito do animal com suavidade e confiança.

— Você é muito talentoso com as aves. — comentou Anahí, em voz baixa, para não assustar o falcão. — Talvez eu devesse falar com Clint para deixá-lo cuidar deles.

— Temo que seu amigo não concordaria. — Continuou afagando a ave.

— Não se preocupe com Clint. Ele acreditou na minha história. E, por falar nisso, por que o olhava daquela maneira?

— Olhava?

— Sim. Cheguei a pensar que fosse agredi-lo.

— Deveria? Ele já foi seu amante?

A pergunta pegou Anahí de surpresa.

— Amante?

— Sim.

Até aquele momento, Alfonso não tinha percebido o quanto a resposta era importante. Prendeu a respiração, esperando pelo pior, rezando pelo melhor.

— Você perdeu a...

— Ele a tocou com muita intimidade.

— Intimidade?

— Sim. Todos os homens do seu tempo estão acostumados a tocar uma bela mulher daquela forma, ou só Hogan é tão atrevido?

— Oh, quer dizer quando colocou o braço... Você me acha bonita?

— Como um dia de primavera — respondeu, suave. — E tão graciosa quanto as flores oscilando com a brisa. Você tem o rosto de um anjo e um corpo tentador. E fácil entender por que os homens querem tocá-la.

Alfonso desejava acariciá-la naquele momento. Gostaria de fazer amor com Anahí.