Fanfic: O Cavaleiro do Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo Oito

— Anahí!

A escuridão naquela parte do estacionamento era tão grande que Alfonso não conseguia encontrá-la.

Sentindo medo e desespero, começou a chamar por ela:

— Anahí! Anahí!

Então ouviu o som de um tapa e um grito abafado. Estavam brigando entre os carros à sua direita.

— Anahí, onde está você?

Ouviu outro grito e a cabeça dela surgiu entre dois carros e depois desapareceu. Um homem segurou-a por trás, puxando-a.

— Alfonso! — chamou ao ser jogada sobre um carro.

O homem tentava estrangulá-la.

Um segundo depois, Alfonso agarrou o sujeito, jogou-o no chão e socou-o com fúria.

— Alfonso, pare! — Percebendo que ele não pararia até matar o agressor, Anahí tentou segurá-lo. — Pare! Você vai matá-lo!

Seus esforços foram inúteis. Temendo que Alfonso acabasse na cadeia, Anahí decidiu chamar sua atenção. Encheu os pulmões e gritou o mais alto que pôde.

— Anahí?

— Não o mate. Não vale a pena.

Alfonso se levantou, puxando o sujeito. Anahí começou a chorar, e ele jogou o homem no chão, preocupado com ela.

— Anahí... Anahí... Está machucada? — perguntou, abraçando-a.

— Não... acho que não... — Anahí tremia.

Alfonso soltou-a, decidido a acabar com o responsável pela agressão, porém o homem havia escapado. Como cavaleiro, seu instinto mandava-o segui-lo.

— Por favor, deixe-o ir.

— Está pedindo pela vida dele?

— Não, pela sua. Ele pode ter uma faca ou uma arma. Poderia matá-lo. Por favor, não vá atrás dele. Não me deixe sozinha.

O pedido de Anahí surtiu efeito.

— Ele a machucou?

Anahí negou com um movimento da cabeça.

— Tem certeza? Devemos procurar um médico? Se ele a machucou, vou caçá-lo. — Com gentileza, puxou-a para um local um pouco mais iluminado.

Examinou-a, vendo manchas avermelhadas no rosto e no pescoço. Pela manhã estariam roxas, com certeza. Fitou-a, e ao perceber que estava chorando, Alfonso ficou com o coração partido.

— Pensei que... — Abraçou-a com força. — Pensei que você...

Não conseguia terminar a frase, pois sua mente não suportava a imagem daquele homem agredindo alguém tão delicado e precioso como a mulher que tinha nos braços.

Já enfrentara muitos cavaleiros e batalhas sangrentas e jamais sentira o medo que experimentara nessa noite.