Fanfic: O Cavaleiro do Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Anahí sentou-se na cama, pensativa.

Alfonso também a desejava, então, por que teria ido embora?

Lembrou-se das palavras da primeira noite em que se conheceram, e entendeu que, de acordo com os princípios de Alfonso, ele jamais seria capaz de aproveitar-se ou tirar vantagem de uma mulher.

Alfonso não a magoaria, mas ao mesmo tempo sabia que não poderia oferecer a ela estabilidade e laços familiares. Além disso, sendo filho bastardo do duque de Kerwick, Alfonso não possuía terras ou título, o que tornava-o quase um empregado. Alguns bastardos conquistavam respeito na sociedade através de sua honra, ou vitórias nas batalhas. Por isso a estabilidade e a família eram tão importantes para ele.

Seriam esses os motivos para Alfonso ter ido embora? Seria por não ter nada a oferecer a Anahí?

Mas, na verdade, ele tinha muito a oferecer. Algo muito estável e tão precioso que se renovava geração após geração.

— Apenas seu coração. — murmurou no escuro. — O que mais posso pedir?

Anahí lembrou-se da primeira noite, quando o olhara tentando decidir-se se ele era confiável. Naquela ocasião decidiu acreditar em Alfonso. E agora, num impulso, optou por confiar em seu coração.

Levantou-se da cama e abriu a gaveta onde guardava as lingeries. Escolheu um robe de seda transparente muito sedutor.

Alfonso tentava convencer-se de que fizera a escolha certa. A razão aceitava, mas o corpo não.

Deitado no sofá, observava o teto, pensativo. Dentro de poucos dias teria de partir. Precisava manter o controle.

— Alfonso? — Anahí chamou-o com a voz tão suave, que a princípio Alfonso pensou ter imaginado. — Alfonso?

Ele se sentou e inclinou-se para a acender a luz.

— Não acenda.

Anahí estava em pé, na porta da sala, sendo iluminada pelas luzes da rua. Usava um robe na altura dos joelhos, amarrado na cintura.

— Eu... eu não agradeci por ter me salvado.

— Sua gratidão não é necessária.

Anahí aproximou-se dele, ficando ao lado da cama. O coração de Alfonso disparou.

— Sim, é necessário. — insistiu. — Fico imaginando o que teria acontecido se você não estivesse lá.

— Sinto não ter chegado antes. Se eu não tivesse sido tão teimoso...

— Você?

Anahí sentou-se ao lado de Alfonso, deixando-o tenso. Alfonso sabia que, se encostasse nela, seria difícil resistir.

— Agi como um idiota esta noite. Acabei causando todos os problemas.

— Não. Eu não deveria tê-lo seguido até o Slim. Foi tudo culpa minha.

— Não pense assim.

— Você estava certo...

— Não! — Então cometeu o erro fatal de tocar os lábios de Anahí com o dedo. — Estava com ciúme. Fiquei furioso ao imaginar outro homem tocando-a. Não tenho o direito de achar que você me pertence, mas acho.