Fanfic: O Cavaleiro do Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Cinco minutos, Srta. Portilla. — anunciou Andy Collins.

— Obrigada. — gritou Anahí, ajeitando outra vez a saia a fim de disfarçar o tremor das mãos.

Alfonso beijou-a com carinho e paixão. A seguir, puxou-a pela mão.

— Devemos ir agora.

Na entrada da arena, encontraram Navar. O animal estava pronto, esperando pelo dono. Alfonso montou e observou Anahí entrar na arena escura. Ela tomou seu lugar e aguardou, com os nervos à beira de um colapso.

A vida de Alfonso dependia de ela dizer ou não as palavras certas no momento exato.

Anahí rezou uma pequena prece e subiu na plataforma enquanto a música preenchia o palco escuro. Soaram as trombetas e um facho de luz iluminou-a. A audiência delirou, como de costume.

Com os braços abertos, Anahí girou o corpo, causando um lindo efeito com o brilho das pedras fixadas no vestido luxuoso. Cruzou os braços em frente ao peito e buscou os objetos nas mangas do vestido. Então, ergueu as mãos, trazendo a bola de cristal e a varinha mágica.

A plataforma flutuou pelo palco como por magia, e a platéia aplaudiu com entusiasmo. Anahí indicou um lado do palco, e as luzes revelaram quatro cavaleiros em seus cavalos. Com gesto semelhante, mostrou mais quatro cavaleiros no lado esquerdo.

Enquanto a atenção da audiência se concentrava nos guerreiros, Anahí escondeu a varinha no bolso da manga do vestido. A seguir, com as mãos trêmulas, pegou o livro de lendas. O trecho a ser lido estava marcado com um clipe.

Anahí concentrou-se e começou a falar. Quando chegou ao ponto que deveria ser alterado, fez uma pausa. Respirou fundo, umedeceu os lábios e procurou controlar o nervosismo.

— Preciso de um bravo cavaleiro para vencer. Um cavaleiro corajoso. Oh, ancestrais... levem-no de volta.

Quando ergueu a bola de cristal acima da altura da cabeça, sinalizando que os efeitos especiais com a iluminação deveriam começar, Anahí percebeu a entrada de Alfonso no palco.

— Ouça-me, valente cavaleiro, enquanto pronuncio as palavras para mandá-lo para casa.

Quando começou a ler o livro, luzes piscavam num bonito espetáculo. As palavras melodiosas foram recitadas, enquanto Alfonso avançava em direção à fumaça que surgia no centro do palco.

Anahí terminou de recitar a lenda no instante em que Alfonso desapareceu na fumaça e Eaul Tensdale surgiu.

Entretanto, algo estava errado.

Anahí podia sentir, ou melhor, não sentia. Não havia as vibrações da noite em que Alfonso surgiu. O corpo dela não estremeceu. E pior, a descarga elétrica azulada não apareceu.

Anahí saiu do palco, ergueu as saias volumosas e correu para os bastidores.

O coração estava acelerado quando deparou-se com Alfonso.