Fanfic: O Cavaleiro do Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Alfonso ficou furioso e atacou o inimigo até liquidá-lo.

— Como está se sentindo, milorde? — indagou Alfonso, ajoelhando-se ao lado do pai.

O rei havia descido do cavalo, com a espada na mão, a fim de defender o amigo. Entretanto, os assassinos perceberam que estavam em desvantagem e resolveram fugir para salvar suas próprias vidas.

— Alfonso... — murmurou Armando Kerwick. — Pensei que fosse apenas uma visão. E você mesmo?

— Sim. Poupe suas forças, senhor.

— Helena... precisa dizer a ela... — Kerwick não conseguiu terminar a frase, pois desmaiou.

— Ele está morto? — indagou o rei.

— Não, Majestade, mas morrerá se não estancarmos o sangue. — Alfonso olhou para o cavalo de Henrique, coberto com mantas com o emblema da Inglaterra. — Com todo o respeito, Majestade...

— Nem precisa pedir.

Ao comando do rei, as mantas foram retiradas e usadas para estancar o sangue do duque.

— Por que não nos dizem nada? — perguntou Alfonso algumas horas mais tarde, enquanto aguardava, junto com sua mãe, por notícias sobre as condições de seu pai.

O rei ficara com o duque desde que os cavaleiros chegaram para conduzi-los ao castelo.

— Devemos rezar. — afirmou Helena.

— Não há nada que possamos fazer? Não estou menosprezando as rezas, mas com certeza...

A porta do quarto de Kerwick foi aberta, e o rei apareceu. Alfonso fez uma reverência.

— Majestade... — cumprimentou lady Helena, também inclinando-se em reverência.

— Não, milady. Dispenso as formalidades quando estou com amigos. E seu marido é um amigo de verdade.

Alfonso virou-se para a mãe, surpreso.

— Marido?

— Sim, Alfonso, eles se casaram há três dias. — anunciou o rei. — E fico feliz por saber que terão ainda muitos anos juntos.

Helena Herrera, agora duquesa de Kerwick, adiantou-se e beijou a mão de Henrique.

— Graças a Deus, Majestade, graças a Deus!

— Sim, devemos agradecer ao Senhor. No entanto, preciso agradecer também a seu filho. — Henrique olhou para Alfonso. — Prestou um grande serviço ao seu país, meu filho. Estamos em dívida com você.

— Como sempre, sou seu servo, Majestade.

— O que você fez está além da lealdade de meus súditos, Alfonso Herrera. Mais tarde conversaremos sobre seu futuro. Um súdito tão dedicado deve possuir terras e um título para oferecer a seus herdeiros.

— Sua generosidade me comove, Majestade. — Alfonso inclinou-se diante do soberano.

— E agora, duquesa, creio que o melhor remédio para seu marido será ver seu belo rosto. — sugeriu o rei, sorrindo. Virou-se para Alfonso: — Venham comigo.

O rei deu o braço a Helena e, junto com Alfonso, seguiu até o quarto.

O duque de Kerwick estava pálido, deitado em sua cama, recostado em vários travesseiros. Os curativos em seu ombro apresentavam manchas de sangue, que revelavam a seriedade do ferimento.

— Helena... — Armando ofereceu a mão à esposa.

Para surpresa de Alfonso, sua mãe correu para o duque, atirando-se a seu lado, chorando copiosamente.

Ele nunca a vira chorar, e a demonstração desse lado emocional perturbou-o, fazendo-o reviver amargas recordações.

Alfonso lembrou-se de Anahí, deitada em seus braços, chorando na última noite em que passaram juntos. Seu coração doia ao pensar na amada.