Fanfic: O Cavaleiro do Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Então, como será? — insistiu Anahí. — Vai me contar o que quero saber ou devo chamar as autoridades? — Deu alguns passos em direção no telefone.

Alfonso viu um pedestal dourado sobre o qual existia uma esfera brilhante que refletia a luz como se fosse um arco-íris. Era o mesmo tipo de objeto que ele vira com sua mãe muitos anos atrás.

Sentou-se na beira da cama, apontando para a esfera.

— Uma bola de cristal — explicou Anahí.

— E aquilo? — Alfonso apontou para o bastão perto da bola.

— Uma vara mágica.

— E... pertencem a você?

— Sim, pertencem a mim. — respondeu, irritada por ele não ter dito seu nome. — Gostaria que a bola de cristal não fosse falsa e que eu tivesse... — Segurou a vara e bateu na palma da mão. A luz acendeu e depois se apagou. — Preciso de pilhas novas. Então, talvez eu conseguisse descobrir algo sobre você.

Anahí notou que o homem olhava a vara como se fosse uma cobra viva.

Alfonso olhou ao redor, dessa vez com uma percepção diferente. Imaginou que dentro dos vidros existissem poções secretas e venenos. A luz dos candelabros não tremulava. Seriam parte da magia?

As paredes pareciam verdadeiras apenas para enganá-lo. Talvez ele estivesse sob o efeito de algum encantamento.

Sim, ela era uma feiticeira, e ele precisava fugir.

— Qual é o problema? — quis saber Anahí.

— Temo que a senhora seja meu problema. — Alfonso ficou em pé e quase caiu.

Anahí aproximou-se e segurou-o pela cintura.

— Deixe-me ajudá-lo. Não quero que bata a cabeça outra vez.

Sentiu o corpo musculoso sob as roupas de couro. Observou-o com atenção, admirando os traços masculinos e sentindo o coração disparado.

Precisava controlar-se e evitar que sua imaginação a confundisse. Aquele homem parecia-se muito com o cavaleiro que vira no livro, que, com sua armadura brilhante, por fim apareceu em sua vida, porém não tinha elmo.

Poderia ter ficado frustrada, entretanto, mesmo sendo tão inexperiente, reconhecia um homem viril.

Alfonso olhou para aquela que suspeitava possuir ligações com o demônio. Mas, quando seus olhares se cruzaram, a última coisa em que pensou foi demônios.

De súbito, não se recordava de ter conhecido outra jovem de tamanha beleza. De fato, não conseguia lembrar-se de nenhuma outra mulher.

A pele dela parecia suave como pétalas de rosa, os olhos azuis disparavam faíscas, e ela exalava o delicioso perfume de jasmim na primavera. Os cabelos longos e castanho-claros descansavam sobre seus ombros, em anéis graciosos. E o corpo era firme e quente. Aquela mulher era encantadora.

Evidente que deveria ser assim. O diabo usava o desejo do homem como arma para atingi-lo.

Num movimento rápido, Alfonso afastou-se, surpreendendo Anahí.

— Você sabe quem sou eu, senhora?

— É isso o que quero saber. — respondeu, surpresa.

— Sou Herrera, cavaleiro do reino, e vassalo do duque de Kerwick. E você não conseguirá nada de mim. Nem tortura, nem feitiçaria me forçará a trair minha honra ou o legítimo rei da Inglaterra.