Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Angelique entrou no escritório e forçou suas pernas a levarem-na para a frente.

- Já sabes que Dulce teve uma menina?

- Sim, é o assunto mais comentado no palácio. - Christian respondeu. - E amanhã será por toda a cidade. O que queres aqui? Se veio me dar a notícia, já está dada. - apontou a porta com descaso.

- Na verdade marido, vim até aqui para lhe pedir um favor.

- O que queres? - Christian a encarou sem paciência alguma.

- Gostaria de lhe pedir sua autorização para ires a Monterrey.

- O que queres fazer lá? - ele a encarou não gostando do pedido dela.

- Desejo ver meu irmão e Maite, saber...

- Você está proibida de falar o nome de ambos na minha presença e na presença de meus tios.

- Entendo, mas isso não muda o fato de que são irmãos para mim. Não sentes falta de sua irmã?

- Não! Maite não passas de uma traidora, envergonhou a todos nós. - respondeu.

- Entendo sua opinião marido, mas por favor, deixe-me visita-los. Prometo que serão por poucos dias.

Christian a encarou e se levantou de sua cadeira.

- Gostei do vestido que escolheste para hoje à noite. - mudou de assunto.

Angelique abaixou a cabeça e respirou fundo enquanto Christian se aproximava dela. Atentamente ele encarou o vestido lilás que ela usava, justo no busto e na cintura.

- Ele realça suas formas, esposa. - Christian andou envolta dela.

Angelique sentiu seu coração bater acelerado, enquanto retorcia as mãos na altura da cintura. Christian parou atrás dela e se inclinou para poder sussurrar em seu ouvido.

- Faz tempo que não a procuro, a última vez que me lembro, foi a tempo demais. Ainda sente falta de um marido carinhoso e que lhe dê atenção?

Angelique respirou fundo lembrando da noite em que foi obrigada a deixar que Christian a possuísse. Lutando contra as lágrimas ela deu um passo à frente afastando-se dele.

- Tenho vossa permissão para viajar?

- Não sei, porque não tentas convencer-me? - Christian afastou o cabelo dela pro lado.

Angelique gelou e cerrou os punhos, não queria que aquela noite se repetisse, dessa vez naquele escritório, mas o que poderia fazer para impedi-lo. Na cerca Christian bateria nela se ouvisse uma recusa.

Uma batida na porta os interrompeu, Christian praguejou e Angelique quase desmaiou de alivio.

- Entre! - ele ordenou com desgosto na voz.

Filipe entrou aparentemente de bom humor, na certa pelo nascimento da filha de Christopher e Dulce.

- Com licença vossa majestade. - Angelique fez uma reverência e saiu às pressas.

Subiu para seu quarto, onde entrou e se trancou. Christian não poderia lhe fazer mal outra vez, se não conseguisse chegar até ela. Fechando os olhos ela se escorou na porta e aos prantos sentou no chão.

Após receber uma autorização da parteira para ver a irmã, Anahí entrou no quarto com cuidado para não acordá-la. Dulce dormia tranquilamente enquanto ao lado, em um cesto sua filha repousava.

Anahí se aproximou certa de que a sobrinha dormia, mas surpreendeu-se ao encará-la e ver que a menina estava acordada. Um sorriso esboçou seus lábios, ao ver que a menina tinha os cabelos castanhos do pai e os olhos castanhos escuros da mãe. Com cuidado Anahí se inclinou e a pegou no colo.

- Olá pequenina!

Imaginando que a sensação seria parecida quando pegasse seu filho nos braços, Anahí ninou a menina que não parava de se mexer em seu colo, parecia sonolenta.

- É uma menina!

Anahí se virou para a cama e sorriu ao ver sua irmã acordada.

- Uma linda menina minha irmã, ela tem os seus olhos e os cabelos de seu marido.

- Eu acreditava que ela era um garoto. - Dulce suspirou.

- Não fiques assim, ainda poderá ter muitos filhos, inclusive um varão como desejas.

- Creio que você é quem carrega o filho homem e assim que ele nascer, esquecerão de mim e dela, você será como a segunda rainha deste palácio. - Dulce a encarou com tristeza.

- E se for uma menina? - Any questionou.

- Creio que não será, já sofreste muito minha irmã, mereces mais do que eu que seu primeiro filho seja um varão. Eu sempre tive tudo o que quis. Ao contrário de você não me casei obrigada, não estive prestes a perder meu marido duas vezes e muito menos o meu bebê. Acho que minha filha foi um sinal de Deus para que eu aprendesse que minha vida nem sempre será como desejo, como tinha sido até hoje.

- Tens uma filha linda e saudável, deveria agradecer a Deus ao invés de acreditar que ele a está punindo.

- Não está me punindo, apenas um filho homem nasceria de nós duas e ele será seu e de Alfonso. Vocês merecem esta benção bem mais do que eu e Christopher, por isso acredite no que estou lhe dizendo.

- Só posso lhe garantir uma coisa minha irmã, irei amar meu filho com todas as minhas forças, independente se ele for um menino ou uma menina. Ele ou ela será tão amada como sua filha. - Any sorriu para a irmã e voltou-se para o bebê. - Basta olhar para ela para se apaixonar.

Dulce sorriu encarando a irmã, ao se lembrar, porém ficou séria.

- Espere um momento? Não deverias estar na cama? Any me dê ela, isso pode lhe machucar.

- Não se preocupe comigo, tenho autorização para segurar minha sobrinha sempre que desejar. - Any sorriu. - Continuarei com o repouso, mas a parteira permitiu que eu viesse até aqui, disse que me fará bem ficar um pouco em pé e caminhar pelo menos a distância entre meu quarto e o seu. Também me permitiu estar no batizado dela dentro de alguns dias, mas terei que estar acompanhada para subir e descer as escadas e após a cerimônia devo voltar ao repouso. Também não poderei ficar muito tempo em pé.

- Deves ser demasiado cansativo ficar em seu quarto.

- Sim, mas sinto-me feliz por poder ver vocês duas e participar do batizado dela. - Any sorriu.

- Eu tinha um nome tão lindo se fosse um menino. - Dulce suspirou.

- Não continues agindo assim, Deus poderá castiga-la e privá-la de ter outros filhos.

- Não diga isso Any! - a encarou com espanto.

- Então não continue demonstrando desprezo pela sua filha apenas por ser mulher. O que teria sido de nós se nossos pais tivessem agido como você?

- Tens razão, não falarei ou pensareis mais nisso, eu lhe juro. - Dulce a encarou.

- Eu espero que cumpra! - Any a olhou séria, mas logo em seguida sorriu.