Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Alfonso entrou na gigantesca sala de reuniões do rei e se curvou diante de seu tio.

- Vossa Majestade! - se ajoelhou diante dele.

- Ora querido sobrinho não es necessária tal formalidade quando estamos sozinhos. - Filipe sorriu.

- É o costume senhor meu tio. - Alfonso sorriu ficando de pé.

- Ah que devo a honra de seu retorno antes do tempo?

- Regressei devido a um mal-entendido que já foi resolvido. Mas quero aproveitar minha presença para pedir vossa autorização para realizar meu casamento e de meu primo Christopher aqui em vosso palácio.

- Ora, ora então estão de compromisso? - Filipe sorriu.

- Sim meu tio, meu primo e eu nos enamorados por duas irmãs, filhas de Condes.

- Bom não poderiam casar-se com minha filha Sofia e como nenhuma outra dama da corte os interessou fico feliz que duas damas de Monterrey tenham lhe despertado a atenção. - Filipe sorriu. - E como rei e tio de ambos, eu lhe dou minha benção e autorizo que o casamento de ambos seja feito aqui.

- Obrigado meu tio. - Alfonso sorriu não cabendo em si de tanta felicidade.

- Porém deverás convencer seu pai do mesmo, de certo sabes que ao contrário de seu tio Joaquim, seu pai é contra casamentos com pessoas de posses inferiores.

- Sim, meu tio! - assentiu. - Desejava apenas pedir vossa permissão antes de falar com meu pai.

Arthur bateu a mão espalmada na mesa de madeira.

- Pois eu não permito! - gritou. - Foste educado para desposar uma dama da corte, não qualquer uma que encontra em uma cidadezinha qualquer.

- E para que queres que eu despose uma dama da corte? Para que eu tenhas uma esposa da qual sua única serventia é me dar herdeiros homens? - Alfonso devolveu.

- E o que mais queres?

- Quero uma esposa com quem possa conversar, uma dama inteligente que não saiba apenas falar sobre bailes e fitas para seus chapéus.

- Queres uma esposa que irá desobedece-lo e desafiá-lo então? - Arthur rebateu.

- É assim que enxergas a minha mãe? Não deveria ter se casado com ela então, já que demonstra ser mais inteligente que o senhor.

- Oh por Deus parem, vocês dois. - Elizabeth intercedeu. - Vocês não devem brigar assim.

- Então mande seu filho tirar essa ideia absurda da cabeça.

- Não irei mudar de ideia. - avisou. - Você a julga sem nem ao menos conhece-la, tudo por conta de um título que não representa nada ao determinar o caráter ou quão boa esposa uma pessoa pode ser.

- Eu nunca devia ter concordado com a insanidade de sua mãe em querer que fosse visitar sua tia Mariana, esses pensamentos só podem ter sido colocados na sua cabeça por ela.

- Pois se não concordares, faço como minha tia. Me caso com a senhorita a quem me apaixonei e ficaremos vivendo em Monterrey. Trabalharei na fazenda com minha tia Mariana e seu marido e os senhores nunca mais me verão. Se não mudares de ideia até amanhã farei as malas e partirei definitivamente. - respondeu decidido e deu as costas.

- Oh por favor, permita que se case senhor meu marido, permita que se case! - Elizabeth segurou as vestes de Arthur desesperada. - Não deixe que parta, não me faça perder meu filho por um orgulho sem necessidade. Permita que ele case com a senhorita que escolheu. Não deixe ele ir embora como sua irmã Mariana fez, eu lhe imploro. - pediu com os olhos já marejados.

Alfonso olhou pra trás quando a porta de seu quarto bateu.

- Mudaste de ideia?

- Faço isso por sua mãe, ela não merece perder o único filho que tem.

- Então mudaste de ideia? - Alfonso segurou o sorriso que queria dar.

- Sim. Se bem lhe conheço, algo de especial está jovem tem para atrair sua atenção, eu espero não estar enganado. - Arthur respondeu resignado.

- Obrigado meu pai, garanto que não irá se arrepender. - sorriu.

Três dias depois...

Com o coração aos pulos Dulce correu até a porta da sala junto com a irmã quando viu o cavalheiro Uckermann chegando. Anahí parou ao lado dela em busca de notícias de Alfonso e de quando regressaria.

- Oh senhor Uckermann que bom vê-lo. - Marichello sorriu fazendo uma reverência.

- Condessa, senhoritas! - ele devolveu a reverência e Anahí e Dulce se curvaram.

- Desculpe os modos, mas alguma notícia de seu primo? Já tens 02 dias que me trouxeste aquele bilhete dele. - Anahí respondeu tentando conter a euforia.

- Lamento ser portador de tão mas notícias. - Christopher respondeu cabisbaixo.

- Ora senhor Uckermann diga-nos o que aconteceu. - Marichello pediu aflita.

- Meu primo estava regressando da corte esta manhã, desejava lhe fazer uma surpresa senhorita. - encarou Anahí. - Porém a carruagem onde estava foi saqueada por bandidos, não restou nada no lugar. A única coisa que encontraram foram pedaços de panos e sangue, muito sangue na areia e na margem do rio.

- O que queres dizer com isso senhor Uckermann? - Marichello perguntou segurando seus braços.

- Que meu primo está morto e nem mesmo seu corpo ou o do cocheiro poderemos velar, pois, o rio os levou para longe. - Christopher respondeu e com os olhos pesarosos encarou Anahí. - Lamento!

O ar escapou dos pulmões de Anahí e ela não soube como trazê-los pra dentro outra vez. Sua vista embaçou enquanto as palavras do cavalheiro Uckermann rodavam dentro de sua cabeça. Alfonso está morto e seu corpo foi levado pelo rio. Morto. Morto. Morto.

- Não! - ela gritou sentindo que perdia as forças e foi engolida pela escuridão.