Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Tenho mais uma coisa a lhe pedir.

- Pois diga! - ele sorriu frente à vitória.

- Já que estou casando com você graças à uma chantagem me recuso a ter uma festa. O casamento será realizado na igreja e mais nada será feito. Não irei permitir que pise em meu coração enquanto desfila comigo.

- Algo mais? - Willian a encarou cm uma calma absurda, atrás dele Hugo sorria.

- Mais nada. Marque a maldita data deste casamento e nos encontramos na igreja.

Quando Anahí saiu batendo a porta o Duque sentou em sua cadeira e gargalhou.

- Agora não poderás mais escapar de mim Anahí! Vá Hugo dê a notícia aos outros.

- Sim senhor! - Hugo acenou uma vez com a cabeça e se retirou.

Ao entrar na cozinha encontrou Manoela, a governanta da casa e as outras duas empregadas.

- Guardem o rosto da senhorita que acabou de sair daqui, pois, ela será a nova senhora desta casa.

- Que absurdo estás dizendo? - Manoela o olhou com espanto.

- Duque Willian irá se casar com a jovem senhorita Portillo, finalmente ela aceitou seu pedido de casamento. - Hugo respondeu sorrindo. Em gestos tranquilos pegou uma maça da fruteira e a mordeu.

- Senhor Jesus Cristo misericordioso. - Manoela fez o sinal da cruz apavorada. - Tenha piedade desta pobre criança, essa senhorita não faz ideia do que a aguarda!

- Guarde suas rezas para a noite Manoela, o patrão vai enche-la de afazeres agora que teremos uma nova senhora. A casa deve ficar pronta para recebe-la.

O boato de que Anahí e o Duque iriam se casar espalhou-se como pólvora por toda a vila. A maioria das pessoas sabia pelo que conheciam do Duque que aquele era um casamento forçado. Alguns comentavam que o destino de Anahí seria pior ou tão ruim quanto o das duas primeiras esposas do Duque.

Tendo uma única filha que morreu ainda bebê por ter herdado a saúde frágil da mãe, toda a vila tinha certeza que o Duque não descansaria até que Anahí lhe desse o filho varão que ele tanto sonhava.

Christopher subiu as escadas correndo até chegar ao quarto dele e de sua esposa.

- Senhor meu marido o que lhe passa?

- Há boatos muito estranhos sobre sua irmã em Monterrey. - ele respondeu ofegando.

- Boatos? De que boatos estas falando?

- Estão dizendo que a senhorita Portillo, filha dos Condes Portillo, irá casar-se com Duque Carter.

- O que? Não, isso é uma mentira, minha irmã abomina aquele homem, nunca iria casar-se com ele.

- Não é o que estão dizendo amada esposa. Segundo os boatos eles irão se casar em três dias.

Uma batida soo na porta e Christopher ordenou que a pessoa entrasse.

- Senhor Infante, Senhora Infanta! - a empregada fez uma reverência aos dois. - Esta carta acaba de chegar para a senhora, é de sua irmã!

Às pressas Dulce pegou a carta das mãos da empregada.

- Obrigada, pode retirar-se agora.

A empregada fez uma reverência antes de sair e com as mãos tremendo Dulce abriu o envelope. Christopher precisou segurá-la com força quando o rosto de Dulce ficou branco e ela quase desmaiou.

- Os boatos são verdadeiros. - ela suspirou sentando-se na cama com a ajuda do marido. - Minha irmã e Duque irão se casar. Ela me escreveu uma carta de duas linhas nos convidando para o casamento.

- Pelo que conheço de sua irmã há algo de muito errado neste casamento. Não se preocupe, meu amor, vou pedir imediatamente aos criados para fazerem nossas malas. Vamos para Monterrey.

Por sorte Dulce conseguiu aprontar tudo e chegar à noite que antecedia o casamento de Anahí. Trancados no escritório do pai, ela e Christopher se espantaram ao ouvir os relatos de Anahí.

- Agora entendem por que não tenho escolhas? - Any suspirou enxugando o rosto. - Nossos pais acreditam que estou me casando por conta da dívida, mas estão enganados.

- A senhorita não podes cometer uma loucura dessa. - Christopher se levantou furioso. - O rei deve saber que meu primo foi assassinado a mando do Duque.

- E o Duque irá mata-lo antes que você o avise. - Any o encarou chorando. - Crês que ele não os anda espionando? Ainda mais agora que regressaram? Foi ele quem obrigou-me a convidá-los para o casamento, quer ter certeza de que estarão aqui e não poderão fazer nada até que seja tarde.

- Vamos contar ao rei depois. - Dulce respondeu.

- Exatamente, meu tio, o Rei tem poder o suficiente para anular seu casamento com este monstro.

- Vocês não entendem. Alfonso está morto, nada mais me importa além disso. Mesmo que denunciem o Duque não há provas. Será a palavra de nós três contra a dele. E não vou arriscar que seja morto em vão querido cunhado. Não permitirei que sinta a dor que estou sentindo amada irmã.

- O que pretendes fazer então? - Dulce a olhava angustiada.

- Irei casar-me com o Duque e rezar a Deus todos os dias para que me leve deste mundo e assim possa me encontrar em paz com Alfonso. - respondeu chorando.

Dulce não segurou as lágrimas quando abraçou a irmã. Anahí seria entrada viva naquele casamento, sua vida desgraçada para sempre e Dulce não podia fazer nada para ajudá-la.

Ao contrário do casamento de Dulce aquele dia amanheceu chuvoso, com nuvens cinzas pelo céu. Antes de ir para a igreja Anahí olhou para o céu, não havia representação melhor de como ela estava se sentindo.

- Anahí... Vamos?!

Anahí se virou e encarou a mãe. Marichello fazia um esforço tremendo para segurar as lágrimas.

- Por favor, mãe.

- Não era isso que eu queria pra você. - respondeu enxugando o rosto. - Juro que não tive intenção.

- Acredito em você mamãe, vamos de uma vez acabar logo com isso. - Any respondeu.

Sem coragem de encarar o quarto Anahí saiu. Dulce a olhou com espanto ao ver o vestido.

- Preto?

- Estou de luto e casando-me obrigada o que queria que eu fizesse minha irmã? Pelo menos é uma pequena vingança contra o Duque. - Anahí suspirou.

- Tens razão. Vamos! - Dulce sorriu incentivando-a.