Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Ao chegar à igreja Anahí reparou que a igreja estava lotada. Na certa as pessoas queriam ter certeza de que Anahí iria realmente se casar com o Duque. As portas da igreja finalmente se abriram e as pessoas se levantaram. Um “O” coletivo de espanto foi ouvido pelos corredores quando os convidados viram o vestido da noiva. No altar Duque Carter cerrou os punhos e fingiu não se importar.

A marcha nupcial começou a tocar e Anahí respirou fundo.

- Vamos pai! - apertou o braço dele.

Enrique assentiu uma vez e começaram a caminhar pelo corredor.

Enrique parou ao lado do Duque e relutante estendeu a mão de Anahí.

- Não crês que estou fazendo isso de boa vontade.

- A maioria dos casamentos não são feitos de boa vontade. - ele sorriu e segurou a mão de Anahí com força.

O Conde Portillo deu um beijo na filha e se afastou indo pra perto de Marichello.

- Sabes que tem culpa nisso.

- Eu não queria vê-la assim, como ia adivinhar que passaria tudo isso com ela. - Marichello suspirou desgostosa.

Anahí abaixou a cabeça virando-se para o padre e ficou imensamente aliviada quando o Duque foi obrigado a soltar sua mão para se ajoelhar em frente ao altar. O toque dele lhe embrulhava o estômago.

O padre encarou os dois e sabendo da situação suspirou antes de dar início à cerimônia.

Dulce encarou o altar e suspirou indignada.

- Ainda não acredito que isso está acontecendo e não pudermos fazer nada para impedir.

- Foi Anahí quem não permitiu que algo fosse feito. - Christopher suspirou.

- Temo por minha irmã. Mal posso imaginar o que este velho irá fazer com ela.

- Não pense nisso, só irá atormentá-la em vão meu amor. - acariciou a mão dela.

Dulce sorriu para o marido e apertou a mão dele buscando conforto. Como queria que sua amada irmã tivesse podido desfrutar da mesma felicidade que ela.

A mulher levantou-se da cama ao ouvir os gemidos e os engasgos do rapaz que parecia estar prestes a despertar.

- Senhor! Senhor! Podes me ouvir?!

Os olhos do jovem rapaz se abriram e a mulher admirou aqueles olhos esverdeados.

- Podes me ouvir?

Aquele par de olhos a encarou e olhou o local assustado.

- Estas seguro agora, eu e meu marido encontramos você próximo à cachoeira, quase que o perdemos, esteve muito ferido e desacordado todos esses dias. Fique calmo, estas a salvo. - repetiu. - Como se chama?

- A... Alfonso!

- Ok Alfonso, acalme-se por favor, está demasiado fraco necessitas descansar está bem?

Alfonso a encarou e a mulher estranhou quando ele tentou erguer a mão para tocar seu rosto.

- Any! - o esboço de um sorriso surgiu-lhe na face.

- O que dizes? - ela estreitou a sobrancelha confusa.

- A... Any! - Alfonso sussurrou antes de fechar os olhos e adormecer outra vez.

- A febre ainda está muito alta, necessito fazer algo, ou Deus levará este jovem para junto dele. - a mulher sussurrou aflita.

Anahí levantou-se como o padre ordenou e preparou-se para trocar as alianças. Por sorte o padre não a obrigou a repetir os votos de casamento como teria acontecido. Ambos apenas trocaram as alianças. Mas a situação não passou despercebida pelos convidados e principalmente pelo Duque Carter.

- Eu os declaro marido e mulher! - ele abençoo a aliança. - Vão em paz e que o senhor os acompanhe.

- Padre creio que falto algo em sua fala! - o Duque observou escondendo por trás de um sorriso sua insatisfação.

- Já conseguiste o que queria desta jovem, ela agora é sua esposa. Mas arque com as consequências desta união sem amor e realizada de forma obrigatória. Ouso afirmar que Deus não lhe deu sua benção.

Anahí enxugou o rosto às pressas não querendo que ninguém visse que estava chorando.

- Não me importa o que Deus acha, pela ordem dos homens Anahí é minha. Minha esposa agora.

Para provar o que estava dizendo o Duque agarrou os braços de Anahí e a beijou.

Dulce fez menção de levantar-se do banco, mas Christopher a deteve a tempo.

Anahí cerrou os punhos sentindo vontade de vomitar e prendeu a respiração pedindo a Deus que aquilo acabasse logo. Que Deus a levasse naquele momento.

Quando o Duque finalmente se afastou Anahí agarrou o suporte de madeira onde havia se ajoelhado e sentiu que poderia vomitar. Mordeu o lábio tentando se controlar e não vomitar ou sair correndo.

Se um beijo havia lhe causado tamanho asco, ela temia o que lhe aconteceria se o Duque a tocasse.

“Prefiro a morte!”, ela pensou decidida a mantê-lo longe.

- Vamos minha esposa. - o Duque sorriu a encarando.

Anahí se viu obrigada a lhe dar o braço e seguir para fora da igreja com ele. Ao descerem as escadas Dulce foi a primeira a falar com Anahí, quando a abraçou ela desabou em lágrimas.

- O que fiz à Deus para ter que passar por isto?

- Oh minha irmã, se houvesse um meio de livrá-la deste horror.

- Meu pior pesadelo tornou-se realidade o que faço?

- Anahí! - Christopher se aproximou. - Perdoe-me chama-la pelo nome, mas me recuso a chama-la de Duquesa. Mas juro-lhe por minha honra e pela lembrança de meu primo que falarei com o rei e tentaremos ajuda-la da forma que pudermos.

- Agradeço, mas creio ser tarde demais. - Anahí enxugou o rosto.

- Vamos minha esposa! - o Duque ordenou.

Às pressas Anahí se despediu da irmã, do cunhados e dos pais.

Ao subir na carruagem ela rezou pedindo a Deus que a levasse daquele mundo e que lhe desse forças para aguentar o que estava por vir.

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