Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Anahí agradeceu pelo Duque não tê-la procurado pelos três dias seguintes. E agradeceu mais ainda por ter recebido ordens de ficar trancada no quarto. Dessa forma não via o Duque pelo momentos em que ele estava na casa. Manoela a ajudava trazendo frutas, pão, queixo e bolo que Anahí escondia todos os dias entre suas roupas e usava para alimentar-se durante o dia. Dessa forma não ficava com fome.

Duas batidas na porta fez Anahí despertar e ela escondeu o casaco de Alfonso embaixo do piso. Ela sabia que era Manoela, as duas batidas eram uma forma de alertá-la. O Duque confiava em Manoela e a havia encarregado de vigiar Anahí quando o mesmo não estivesse em casa.

- Entre! - Anahí respondeu.

Manoela entrou e trazia um sorriso nos lábios.

- Oh minha senhora. - ela fez uma reverência. - Falei com meu senhor e ele autorizo a senhora a sair do quarto.

- Prefiro ficar aqui Manoela.

- Mas necessitas assumir seu lugar como esposa do Duque. As pessoas vão começar a falar se souberem que a senhora fica presa o dia todo aqui.

- Tudo bem Manoela. - Anahí assentiu e aceitou sair do quarto.

Desceu as escadas e Manoela sorriu empolgada.

- Venha senhora, tenho ordens para lhe mostrar esta casa.

Anahí a seguiu e ficou feliz em ver que o Duque não estava em casa. Entraram na biblioteca e Anahí encarou a pilha de livros. Sentiu uma breve vontade de pegar um daqueles livros e ler.

Em seguida Manoela a levou pra sala de estar. Anahí ficou surpresa ao ver o piano.

- Alguém nesta casa toca?

- Não senhora. Este piano pertencia à segunda esposa do Duque, minha segunda senhora sim tocava e era sua única alegria nesta casa. Por alguma razão o Duque nunca quis desfazer-se desse piano.

Atraída Anahí se aproximou e sentou no banco. Ergueu a tampa do piano e retirou o pano. Lembrou-se de quando Alfonso invadiu a sala de estar de sua casa flagrando-a em frente ao piano.

Seus dedos começaram a dedilhar pelas teclas sem que ela se desse conta.

- Creio que encontraste seu lugar, devo deixá-la a sós minha senhora. - Manoela sorriu e fez uma reverência ao se afastar.

Anahí continuou tocando a mesma melodia daquele dia. Lembrou do sorriso de Alfonso, da forma como ele a encarava e sentiu seus olhos marejarem. Como queria vê-lo outra vez uma última vez?

- Quem lhe deu ordem para tocar. - o Duque invadiu a sala furioso.

Anahí o olhou assustada, petrificada seria a palavra correta. O Duque ao ver que ela chorava ficou ainda mais furioso.

- É para ele que esta tocando essa música? É por ele que esta chorando? - gritou.

Num acesso de ódio ele abaixou a tampa do piano prensando os dedos de Anahí. A mesma gritou de dor.

- Espero que isso quebre seus dedos para que nunca mais consiga tocar enquanto pensa nele. - gritou e prensou a tampa contra o dedos dela.

Anahí fechou os olhos com força e lutou contra a dor e as lágrimas. Sentiu um alivio quando o Duque ergueu a tampa, mas ele a puxou pelos braços obrigando-a a ficar de pé.

- Responda o que lhe perguntei, era nele que estavas pensando?

- Se for nele não é de sua conta, não podes mandar em meus pensamentos. - respondeu cheia de ódio.

O Duque lhe deu um tapa no rosto com força o bastante para derrubar Anahí no chão. Furioso o Duque virou o piano de ponta cabeça assustando-a.

- Vais aprender a me respeitar. - Willian gritou e tirou da parede um chicote.

Anahí tentou levantar-se, mas não conseguiu apoiar as mãos no chão. O Duque avançou sobre ela.

- Não, por favor! Eu lhe imploro.

- Eu deveria matá-la. - gritou dando as chicotadas nela.

Anahí gritou e tentou proteger-se com os braços. As mangas do vestido eram curtas e quando o chicote bateu nelas provocou pequenos cortes e arranhões.

- Por favor! - Anahí soluçou e ajoelhada tentou fugir dele.

- MANOELA! - Willian gritou prosseguindo com as chicotadas.

Manoela surgiu no segundo seguinte assustada.

- Pois não meu senhor? - entrou na frente de Anahí tentando impedi-lo.

- Mande Hugo levar essa porcaria de piano daqui. - esbravejou e deu as costas.

Anahí começou a chorar sentindo o corpo todo arder e as mãos latejarem.

- Oh minha senhora. - Manoela sôo aflita ao ver as mãos vermelhas e sangrando e os braços arranhados e também sangrando em alguns pontos. - Perdoe-me não deveria tê-la trazido aqui.

Anahí soluçou ficando de pé e deixou que Manoela a conduzisse até seu quarto. Ao ficarem sozinhas Manoela fez os curativos na mão de Anahí enfaixando-as.

Duas semanas. Any suspirou encarando a janela.

Duas semanas que estava casada com o Duque. Duas semanas que estava trancada naquela mansão horrível sem poder ver seus pais ou sua irmã. Any sabia, através de Manoela que cartas de Dulce e Marichello haviam chegado para ela, mas o Duque queimara todas elas proibindo sequer a Manoela mencionar as cartas. Porém Manoela atrevia-se a contar sobre as cartas a Anahí, mas infelizmente o Duque as queimava antes que Manoela pudesse descobrir o conteúdo delas.

- Senhora Duquesa? Quer alguma coisa?

- Não obrigada. Apenas me responda uma pergunta. A porta da biblioteca continua trancada?

- Sim senhora. O Duque me proibiu de manter as portas de lá abertas. As ordens são limpar abiblioteca de manhã e lhe entregar as chaves. Se elas estivessem comigo eu as emprestaria, sei o quanto gosta de ler.

- Tudo bem Manoela, já fizeste muito por mim, não quero coloca-la em posição desfavorável com o Duque.

- Ele a esta punindo severamente, a trata como se a senhora fosse a empregada dele e não esposa.

- Acredite preferia mil vezes ser a empregada e se puder não me chamar de Duquesa agradeço. - suspirou.

- Sim senhora. Mas querendo ou não és a esposa do Duque, não tens obrigação de fazer as coisas que ele lhe ordena. Ele a está humilhando.

- Contanto que fique longe de meu quarto aceito que continue me humilhando. Eu preferia a morte a este casamento, mas por alguma razão até hoje Deus não ouviu minhas preces. - suspirou.