Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Barulho de cacos a assustou e quando ficou de pé um cavalo branco com as patas e as crinas pretas surgiu de trás das árvores. Anahí deu um passo atrás assustada.

- Oh, calma Meia-Noite, calma. - Alfonso tentou contê-lo.

Anahí se afastou e tropeçou na pedra desequilibrando-se e caindo dentro do rio.

- Senhorita! - Alfonso chamou descendo do cavalo, às pressas amarrou a corda no tronco da árvore. - Senhorita, perdoe-me, machucou-se? - estendeu a mão para ela.

- Ora veja o que fizeste, não sabe que por essas bandas só deve cavalgar na estrada? - Anahí esbravejou recusando a mão do cavalheiro e ficando em pé sozinha.

- Perdoe-me senhorita, não sou daqui, me perdi na estrada e o cavalo acelerou, mas a senhorita não devia andar por essas bandas sozinha. - Alfonso a examinou atentamente. - Machucou-se?

- Não! - respondeu passando as mãos molhadas pelo vestido ensopado. - E estou perto de minha casa. - encolheu os braços começando a sentir frio.

- Oh a senhorita está tremendo, permita-me. - tirou o casado e o envolveu em torno dos ombros dela. - Ajudará a mantê-la aquecida. - Alfonso sorriu encarando-a de perto e ficando encantado com seus olhos azuis.

- O-obrigada! - apertou o casaco em volta dos ombros sem conseguir desviar os olhos de Alfonso.

- Perdoe-me a falta de modos, me chamo Alfonso Herrera e a senhorita quem é?

- Anahí Portillo. - respondeu e mordeu o lábio inferior se sentindo inquieta.

- Permita-me acompanha-la até vossa casa? - sorriu e deu um passo à frente.

Nervosa com a presença daquele belo cavalheiro de cabelos negros e olhos esverdeados Anahí deu um passo atrás e teria caído de novo no rio se não fosse Alfonso envolve-la pela cintura bem a tempo.

Os dois se encararam e Anahí sentiu dificuldades para respirar.As mãos dela foram parar no peito dele e o calor de seu corpo causou arrepios nela. Arrepios que ela soube não serem provocados pelo frio.

Alfonso a encarou nos olhos e em seguida sua boca, notou que seus braços ainda a envolviam, mas não teve vontade de soltá-la, mesmo sabendo o que aconteceria se alguém os visse próximos assim.

- Run, preciso voltar para minha casa ou meu pai virá atrás de mim.

- Oh claro, eu a acompanho. - sorriu e a soltou a contragosto.

- Agradeço, mas não será necessário. - forçou um sorriso. - Com licença. - fez uma reverência um tanto desajeitada por conta do vestido ensopado e saiu correndo subindo a colina.

- Senhorita meu... - Alfonso começou, mas interrompeu-se sorrindo. - Acho que teremos que voltar a nos ver senhorita, afinal ficaste com meu casaco. - pensou em voz alta. - É Meia Noite acho que vou gostar bastante de passar uns dias aqui. - acariciou o pelo do cavalo e o soltou.

Anahí entrou em casa de supetão assustando sua irmã.

- Por Deus Anahí o que houve com você?

- Cai no rio. - respondeu sem jeito e tentou ajeitar os fios que lhe caiam no rosto.

- E este casaco? - Dulce apontou.

- Cai no rio porque assustei-me com um cavalo, por sorte o cavalheiro foi gentil e me emprestou seu casaco para que eu não adoecesse. - explicou nervosa e sentiu o coração disparar ao lembrar de Alfonso e seus olhos esverdeados. - Onde estão papai e mamãe?

- No escritório, venha vou ajudá-la a se banhar, precisa tirar esse vestido antes que adoeça de verdade. - a pegou pela mão e a puxou escada acima.

Anahí fechou os olhos e sorriu enquanto Dulce secava seus cabelos após ajuda-la no banho.

- Então minha irmã me conte como era o cavalheiro que foi tão gentil? - Dulce sorriu ao fazer a pergunta.

- Ah não há o que dizer, era um cavalheiro comum. - Anahí deu de ombros tentando soar indiferente, mesmo que no fundo não conseguisse tirar Alfonso da cabeça e o último adjetivo que daria a ele seria comum.

- Como não?! - Dulce se empoleirou na cama da irmã ficando uma de frente para a outra. - Ele é jovem? É algum conhecido de nossa família? Já nos encontramos antes, ele estava no baile?

- Sim é jovem e não estava no baile, tão pouco o conhecemos. Pelo que me recordo ele não é daqui por isso estava andando pela floresta, algo que não deve ser feito. - respondeu.

- Ele é bonito? - Dulce sorriu.

- Sim muito bonito - suspirou distraindo-se. - Cabelos negros como a noite, alto, porte atlético como de um príncipe, elegante e olhos esverdeados tão expressivos. Nunca vi olhos tão belos assim.

- Oh minha irmã estas apaixonada pelo nobre cavalheiro. - Dulce sorriu cobrindo os lábios com as mãos.

- O que? - a olhou séria. - Não diga tolices, não estou apaixonada. - ralhou, mas suas bochechas ruborizaram.

- Oh esta sim veja só está corando. - sorriu com deleite.

- Eu estou com raiva, pois, ele foi extremamente atrevido e mal educado. - levantou-se da cama.

- Creio que estas a mentir minha irmã. - Dulce sorriu docemente.

- Não me tomes como uma mentirosa, estou sendo totalmente verdadeira. - cruzou os braços ofendida.

- Pode ser, porém nunca a ouvi falar de forma tão encantadora sobre algum cavalheiro. - sorriu. - Oh agora que me dou conta! Disseste que ele não é daqui, talvez seja parente do senhor Uckermann.

- Não sei ao certo. E não me importa. - completou.

Uma batida na porta interrompeu o assunto de ambas e o Conde Portillo entrou no aposento. As duas fizeram uma reverência e esperaram que o pai se manifestasse.

- Sua mãe e eu conversamos.

- E o que decidiram papai? - Anahí olhou o pai assustada.

- Se casará com o Duque Carter apenas se assim desejar. - Enrique respondeu.

- Oh papai, obrigada, obrigada. - levantou-se da cama aliviada e o beijou no rosto.

- Não quero vê-la infeliz minha filha, mas precisas aceitar um pretendente, se não deseja casar-se com Duque Carter não irei obriga-la, mas é necessário que deixe outro cavalheiro lhe fazer a corte, sua mãe não permitirá que fujas do casamento por mais tempo e sempre recusaste a corte de qualquer outro jovem.

- Eu compreendo papai. - respondeu cabisbaixa.

- Digo isso para o seu bem, se o cavalheiro Uckermann propor compromisso à sua irmã, sua mãe fará de tudo para que se case com Duque Carter e talvez eu não posso impedi-la.

- E quer que eu aceite me casar com aquele velho? - o encarou horrorizada.

- Não, mas garanto-lhe que se permitir que um jovem de boa família a despose, irá apaixonar-se por ele com o tempo, como ocorreu comigo e sua mãe. Sei que não quer passar o fim de sua vida sozinha.