Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Dulce chegou à cozinha logo de manhã atraída pelo odor da comida.

- Senhora Infanta o que fazes aqui? - uma das cozinheiras a olhou espantada enquanto se curvava.

- Foi o odor maravilhoso do desjejum que me atraiu. - sorriu.

- Mas senhora Infanta, iremos aprontar a mesa em poucos minutos. - a cozinheira respondeu abobalhada.

- Creio que meu bebê, não pode esperar. - Dulce sorriu acariciando a barriga. - Agora entendo porque meu apetite tens aumentado tanto ultimamente, sirvam-me algo que esteja pronto, ou uma fruta pelo menos.

- Temos bolo de damasco com chocolate senhora Infanta. - a outra apontou, fazendo uma reverência.

- Hum, está perfeito. - sorriu.

As cozinheiras se espantaram ao ver Dulce pegar a faca, cortar o bolo e comer ali mesmo.

- Por que o espanto?

- Senhor Infante, perdoe-nos, mas foste sua esposa quem entrou na cozinha e...

Christopher sorriu e se aproximou da esposa, apoio as mãos em seus ombros massageando-os.

- As senhoras não querem que meu primeiro herdeiro nasça com cara de maça, banana ou bolo de damasco querem?

- Não senhor Infante. - negaram com a cabeça repetidas vezes.

- Então não se espantem talvez minha esposa necessite vir à cozinha várias vezes ao dia por um bom tempo. - Christopher sorriu orgulhoso.

- Sim senhor. - as cozinheiras assentiram, voltaram a cuidar da comida ignorando a presença dos dois.

- Obrigada querido. - Dulce sussurrou.

Christopher se inclinou e beijou-lhe a testa. Dulce fechou os olhos deliciando-se com o gesto.

- Termine de comer e subiremos para ver meu primo.

- Que Deus o ajude e ele desperte. Minha irmã morrerá de desgosto se perde-lo de verdade. - suspirou.

Foi difícil abrir os olhos. A claridade da janela parecia cegar e era como se todas as suas forças houvessem desaparecido. A menção de manter os olhos abertos parecia algo impossível de se realizar.

Alfonso olhou em volta e reconheceu o quarto onde estava. Sua memória voltou no mesmo instante e ele lembrou-se do duelo. A sensação da espada queimando ao ser cravada em seu ombro ainda era nítida. Alfonso abaixou os olhos e viu que estava sem camisa, encarou o curativo que cobria seu ombro e suspirou.

Seus olhos focaram então em sua esposa, dormindo de mau jeito, sentada no chão, as mãos e a cabeça apoiadas na cama. Um sorriso terno brotou nos lábios dele. Com dificuldade ele mexeu sua mão libertando-a dos dedos de Anahí apenas para poder acariciar lhe o cabelo.

Com o gesto Anahí despertou num pulo. Seus olhos focaram no marido e quando viu que ele estava acordado, os mesmos olhos azuis que Alfonso idolatrava se encheram de lágrimas.

Anahí o encarou sem piscar, com medo de que ele desaparecesse, sentia a mesma coisa da noite de seu casamento, quando descobriu que Alfonso estava vivo e era seu marido. Não conseguia acreditar que Deus havia tido piedade dela mais uma vez e lhe devolvido o marido.

- Não vais me dar um beijo de bom dia, esposa? - Alfonso sorriu tocando a mão dela com a sua.

Com a outra mão Anahí enxugou o rosto. Seu corpo todo protestou dolorido quando ela se levantou e ergueu as saias pra não ficar em seu caminho. Sentando na cama ela se aproximou de Alfonso e o beijou.

As mãos dele seguraram o rosto dela enquanto sua língua pedia passagem entre seus lábios. Anahí cedeu com um gemido abafado e a língua de Alfonso passou a acariciar cada canto da boca dela. Com um gemido doloroso Alfonso deixou os braços caírem na cama e se afastou, fraco demais.

- Não deves se exceder. - Any o olhou preocupada.

- Difícil não me exceder ao despertar e olhar pra você. - sorriu, puxou as mãos dela e as beijou. - Quando me dei conta do que o Duque havia feito, pensei que morreria e ele se aproveitaria de você. Então o apunhalei enquanto ainda tinha forças. - Alfonso ficou sério lembrando.

- Você conseguiu. O Duque está morto, meu amor. - Any acariciou seu rosto.

- Tens certeza disso? - Alfonso piscou incrédulo.

- Sim, acabou, estamos livres, o corpo dele foi jogado no mar na tarde anterior. Você dormiu por um dia inteiro, teve febre, pensei que... - mordeu o lábio inferior, as palavras foram engolidas pelas lágrimas.

- Hei eu prometi que voltaria. - Alfonso enxugou o rosto dela. - Tens que acreditar em mim quando digo que estas presa a mim para sempre. - sorriu, afastando alguns fios de seu rosto.

Anahí se inclinou e voltou a beijá-lo, seu coração parecia desmanchar-se dentro do peito tamanho seu alívio. Dessa vez uma batida na porta os interrompeu.

- Entre! - Any respondeu.

Dulce e Christopher entraram e o mesmo sorriu aliviado ao ver o primo acordado.

- Primo não sabes como me alegra ver que despertaste.

- Graças a Deus este sofrimento acabou, temi por sua vida e de minha irmã. - Dulce sorriu emocionada.

Alfonso encarou a esposa cheio de amor e voltou a entrelaçar seus dedos nos dela.

- Querida prima, será que importa-se em deixar-me sozinho com Alfonso um instante?

Anahí abriu a boca para protestar, mas Dulce se adiantou indo até lá.

- Exijo que desça comigo e coloque algo no seu estômago, venha, em pouco minutos poderás regressar.

Contrariada Anahí recebeu um beijo de despedida entre seus dedos, enquanto Dulce a guiava para longe. Porém antes de chegar na porta, a visão de Anahí ficou turva e suas pernas amoleceram.

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