Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Você disse que... Teremos um rapazote, mas... E se for uma menina? - o encarou amedrontada.

- Irei amá-la de qualquer forma. - Christopher deu de ombros. - Ainda mais se ela tiver seus olhos ou for parecida com você. - sorriu beijando suas mãos.

- Mas todos esperam que eu lhe dê um filho homem? - respondeu apreensiva.

- Quem lhe disse isso?

- Não é necessário que se diga tal coisa. É natural esperarem isso para a sucessão do nome da família.

- Meu amor não diga bobagens, traz em seu ventre a próxima geração de minha família, o primeiro herdeiro, neto e sobrinho. Não importa se for homem ou mulher, este bebê será uma criança muito amada.

Dulce sorriu e aproveitando que estava a sós com o marido se aproximou e o beijou. Christopher retribuiu ao beijo com o mesmo amor e carinho de quando se casaram meses atrás. Ao se afastar dela ele se inclinou e lhe beijou o ventre. Dulce sorriu enquanto acariciava seus cabelos, tinha fé de que daria um herdeiro varão a seu marido. Um menino que se transformaria em um homem honrado e de bem assim como o pai.

Anahí desceu as escadas e se dirigiu à sala de música. Há três semanas quando pensou que perderia o marido naquele duelo não soube fazer outra coisa a não ser rezar e pedir que Deus tivesse misericórdia e salvasse sua vida. E agora que Alfonso estava bem e o Duque morto, Any sentia-se vivendo em um verdadeiro paraíso. O conto de fadas pelo qual sempre almejou e um dia teve medo de nunca poder desfrutar. Sentindo-se em paz e feliz ela sentou-se em frente ao piano. Seus dedos logo estavam dedilhando sobre as teclas produzindo uma melodia suave e alegre, assim como seu espirito se sentia.

Fechando os olhos ela sentiu-se relaxar sentindo saudades de casa e dos pais, mas sabendo que logo os veriam, ainda mais agora que Dulce esperava um bebê.

Duas mãos fortes envolveram seus ombros fazendo-a parar de tocar.

- Marido! - sussurrou cobrindo as mãos dele com as suas.

Com um sorriso ela se virou no banco. Suas feições ficaram serias ao ver o semblante de Alfonso.

- O que houve?

- Preciso falar com você, meu amor. - Alfonso ajoelhou na sua frente e lhe tomou as mãos.

Os olhos de Anahí se voltaram para o envelope repousado no chão ao lado dele.

- Que papéis são esses?

- É exatamente isso que preciso falar com você, estes papéis tem relação com você.

Anahí estreitou as sobrancelhas não entendendo nada, mas pôs-se de pé quando Alfonso se levantou. Sem dizer uma palavra ele a conduziu até o quarto dos dois.

- Aqui poderemos falar sem que ninguém nos ouça. - Alfonso se pronunciou trancando a porta do quarto.

Foi até a mesa no canto direito do quarto e puxou a cadeira. Suspirando Anahí foi até ela e se sentou. Alfonso sentou-se de frente pra ela e depositou o envelope sobre a mesa.

- Que documentos são esses marido? E porque disse que tens relação comigo?

- Você herdou todas as propriedades do Duque. - Alfonso a encarou e suspirou.

- Como? - piscou atordoada.

- O Duque fez um testamento, adicionou uma clausula dizendo que se algo lhe acontecesse você deveria ficar com todos os seus bens.

- Mas isso é válido? Afinal nunca fui sua esposa de fato.

- Ele não especificou os termos. Simplesmente depositou aqui a vontade de lhe entregar todo seu dinheiro.

Encarando o envelope, Anahí o pegou entre as mãos e abriu. Correu os olhos pelas linhas e parágrafos. Não entendia a maioria do que estava escrito ali, mas constatou que Alfonso tinha razão. Ela havia herdado todo o dinheiro, propriedade e qualquer outro bem que o Duque tivesse.

- Não quero nada disso. - largou os papéis na mesa, pareciam que estes lhe queimavam as mãos.

- Imaginei que diria isso meu amor, e falei o mesmo ao meu tio, vossa majestade, quando me mostrou tais documentos. Ele os recebeu esta manhã, por isso me chamou em sua saleta particular. - Alfonso explicou tomando-lhe as mãos outra vez. - Mas tens que decidir o que fazer com o que ele lhe deixou.

- Decida você! - Any o encarou. - Como meu marido, deves tomar as decisões por mim.

- É mesmo? E onde está a jovem independente, que pensava por si mesma, à qual me apaixonei? - Alfonso sorriu arqueando as sobrancelhas.

Aquela pergunta devolveu o sorriso ao rosto de Anahí, deixando Alfonso satisfeito. Havia atingido seu objetivo ao fazer aquela observação.

- Deixe-me ver. - Anahí mordeu o lábio inferior pensativa.

A vida toda o Duque fizera mal à todas as pessoas à sua volta. Portanto um dinheiro que havia sido ganho com trapaças e coroado de mentiras e maldades merecia um final mais digno do que seu dono.

- Não quero essa herança, não quero uma única moeda de ouro vinda desse homem que tanto mal nos fez. Mas se concordares comigo marido, quero que um quarto dos bens do Duque seja doada à igreja, afim de ajudar os que necessitam. O restante deve ser dividido entre os empregos dele, principalmente Manoela.

- Como desejar meu amor. - Alfonso sorriu.

Puxando-a pelas mãos Alfonso a fez se levantar e sentar-se em seu colo. Seus braços envolveram sua cintura, enquanto as mãos dela repousavam sobre seus ombros.

- Deveras não se importa? Poderia decidir ficar com o dinheiro para si, afinal você o administraria de qualquer forma, da maneira que achasse melhor. - Any respondeu acariciando seu rosto.

- Não quero nada daquele homem, meu amor, seria ofensivo para mim aceitar. Mas estou orgulhoso de você. Nunca poderia tomar uma decisão tão justa.

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