Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- E o que seu tio pretende fazer?

- Por enquanto vai manter Maite trancada no quarto para que ela e Derrick não possam se encontrar. Enquanto isso ele vai propor matrimônio entre ela e o Arquiduque Gusman.

- Mas por que Maite sendo princesa pode casar-se com um Arquiduque, mas não com um Conde? Ela perderia o título de qualquer forma, não perderia?

- Não, porque o título de Arquiduque é o primeiro que sai da linhagem real, acima de um Arquiduque estamos nós, Infantes, depois os príncipes e os reis. É um título de nobreza que não se pode comprar, tens que nascer dentro de uma família de Arquiduques para herdá-lo.

- Então por ser um título herdado pelo sangue, Maite não perderia seu título de princesa?

- Exatamente e se algo acontecesse à Christian e ela se tornasse rainha, seu marido se tornaria rei. Ambos vêm da mesma linhagem sanguínea, todos da família dela são reis ou príncipes e todos da família dele Arquiduques. Isso é suficiente para que possam se casar e manter apenas o título mais alto. Foi uma medida tomada para que príncipes e princesas em último caso pudessem se casar com Infantes ou Arquiduques. Em época de guerra os herdeiros da coroa costumavam ser seqüestrados ou até mesmo mortos. Essa foi a medida tomada para os títulos nobiliárquicos mais altos não se perderem.

- Entendo, mas Christian pôde se casar com Angelique.

- Meu tio não teve escolha e no caso dos homens, podemos escolher quem desejarmos para desposar. Creio que o casamento de Christian e Angelique e os comentários por toda a cidade e a corte contribuíram para que meu tio fosse contra um casamento entre os dois.

- Então seu tio irá obrigar Maite a casar-se com outro e até o dia do casamento ela ficará presa naquele quarto? - Anahí perguntou indignada.

- Sim!

Anahí suspirou e deu as costas Alfonso, andou pelo quarto tentando entender porque as pessoas insistiam em realizar casamentos apenas por dinheiro ou posição social.

- Seu tio não pode fazer isso com Maite.

- Ele é o pai dela meu amor, além de ser o rei, pode fazer o que decidir ser o melhor. - Alfonso suspirou.

- Temos que fazer alguma coisa para ajudá-la.

- Não podemos ir contra as ordens do rei, meu amor. Não temos como ajudar nenhum dos dois.

- Deve haver algo que possamos fazer.

- Any! - o tom de advertência a fez se virar para ele. - Prometa-me que não irá fazer nada.

- Alfonso, eles...

- Por favor! - Alfonso se levantou e se aproximou dela. - Prometa-me que não irá fazer nada. - segurou as mãos dela e a encarou nos olhos.

Anahí suspirou, mas acabou concordando com a cabeça.

- Obrigado. - sorriu e a beijou.

Anahí o abraçou e fechou os olhos se perguntando quanto tempo ia conseguir obedecer o marido.

Dulce bateu na porta do quarto de Angelique, estranhou a voz desanimada que a mandou entrar. E estranhou mais ainda ao ver que ela ainda estava deitada.

- Bom dia, jovem princesa.

- Bom dia! - Angelique respondeu, ao contrário das outras vezes não sentiu prazer nenhum em ser chamada de princesa.

- Sente-se indisposta? - Dulce se aproximou e sentou-se na cama.

- Estou bem! - mentiu.

- Eu percebi que Christian não ficou em sua companhia durante o baile.

- Todos devem ter notado o mesmo. - Angelique suspirou.

- Dê um tempo à ele, talvez Christian precise se acostumar a idéia de que agora eres um homem casado.

- Talvez tenha razão. - respondeu, mas sabia que Dulce não tinha idéia do que estava acontecendo, que Christian a estava punindo por tê-lo obrigado a se casar com ela.

- Através dos laços do casamento, o parentesco de nossos maridos é o mesmo entre nós duas agora, nos tornamos primas. E como primas devemos nos tratar como irmãs e nos ajudar.

- Não entendo.

- Está um lindo dia lá fora, sabes como grávidas são voluntariosas e estou com um grande desejo de ir à cidade. Aceita acompanhar-me? Vai lhe fazer bem tomar um pouco de sol e ar fresco. - sorriu.

Angelique pensou sobre o assunto. Talvez fosse melhor aceitar a companhia de alguém ao invés de ficar no castelo e ser rejeitada pelo marido.

- De acordo. - assentiu.

- Venha irei ajudá-la a vestir-se. - Dulce sorriu empolgada. - Depois irei chamar minha irmã, de certo Anahí irá aceitar ir à cidade conosco.

Angelique assentiu se levantando da cama. Dulce abriu o guarda-roupa de madeira e se assustou ao ver que estava vazio.

- Onde estão suas roupas? - a encarou.

- Deixei minhas roupas em minha antiga casa.

- Não entendo! - Dulce voltou a encarar o guarda-roupa. - Como seu marido, Christian deveria ter lhe comprado uma porção de roupas novas, eres uma princesa agora.

Angelique abaixou a cabeça, de certo Christian havia feito de propósito. Dulce a encarou e se deu conta de que as coisas estavam piores do que imaginava.

- Eu tenho um lindo vestido que não me serve mais devido à gravidez, irei lhe emprestar para que possamos ir à cidade. Volto em um momento. - Dulce sorriu e se retirou do quarto.

Ao ser deixada pelo marido Anahí saiu de seu quarto e seguiu pelo corredor na direção do quarto de Maite. Não havia mal algum em querer saber como ela estava.

- Maite?! - sussurrou contra a porta.

Maite levantou-se da cama e correu até a porta.

- Any? Oh graças a Deus, a presença de uma amiga. Já sabes de tudo?

- Sim! - assentiu. - Como está se sentindo?

- Como crês que me sinto, tornei-me prisioneira de meu pai, serei obrigada a casar-me com outro.

- Não penses assim, talvez seu pai mude de idéia. - Any respondeu.

- Ele é o rei, não mudará de idéia. Não irá permitir que outro de seus filhos se case com alguém de classe inferior. Isso é tão injusto, Derrick e eu queremos ficar juntos por amor. 

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