Fanfic: ♥ Después de Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Maite levantou o rosto do travesseiro ao ouvir o barulho de chave. Quando a porta se abriu, ela levantou correndo e foi até a mãe.

- Mamãe, por favor, me tire daqui.

- Não posso ir contra as ordens do seu pai, filha.

- Mãe, eu lhe imploro, fale com o papai. - Maite suplicou.

- Filha por que tinha que envolver-se com o senhor James? Não foi suficiente o que passou à seu irmão?

- Mãe, Derrick e eu nos amamos, não há interesse algum da parte dele em querer desposar-me. Fale com o papai.

- Sabe que ele nunca permitirá que se case com este rapaz. O que passou ao seu irmão, à sua tia, tudo isso contribuiu para que ele não abençoe este casamento.

- Então prefiro internar-me em um convento à casar-me com outro homem.

- Seu pai está negociando seu casamento com a família Gusman, filha.

- Mãe, não, por favor. - suplicou se ajoelhando aos pés dela. - Não permita que eu me case.

- Não posso fazer nada filha, mas também casei-me com seu pai contra minha vontade e veja como estamos agora. Nos amamos de todo o coração.

- A senhora não estava apaixonada por outro. Entreguei meu coração à Derrick mamãe.

- Não sabes o que está dizendo. - Isabel negou com a cabeça.

- Não irei me casar, papai pode me mandar trancada aqui durante meses, mas se for necessário eu digo não diante do padre, do noivo e de todos os convidados. - Maite se levantou decidida.

- Seu pai a mataria se fizesse algo assim.

- Irei morrer de qualquer forma se me casar com outro.

- Vou deixar você sozinha para que pense na loucura que está dizendo, se continuares a pensar assim, jamais seu pai permitirá que saia daqui.

Maite deixou a mãe se afastar sabendo que ela não poderia ajudá-la. Infelizmente Isabel jamais iria contra uma ordem de Filipe, mesmo que fosse para ajudar a filha.

- Acho que só posso contar com você Any. - suspirou.

Anahí saiu do ateliê e dobrou a esquina. Parou de supetão ao ver um senhor de chapéu do outro lado da rua, o mesmo homem que havia visto ao sair do ateliê de Madame Georgetti. Assim como da outra vez o homem tocou a aba do chapéu em comprimento. Anahí estreitou as sobrancelhas não conseguindo ver o rosto do tal homem. Angustiada partiu em direção ao ateliê onde Angelique e Dulce estavam.

Entrou no ateliê e passou às pressas entre as mulheres que estavam por ali. Ficou relativamente aliviada ao ver que Dulce e Angelique estavam entretidas vendo uma coleção de vestidos.

- Você acha que esse vermelho vai ficar bem em mim?

- Com certeza. - sua irmã respondeu. - Creio que irei encomendar um vestido parecido para mim.

- Com licença.

- O que houve irmã? - Dulce a encarou preocupando-se ao ver suas feições.

- Não sinto-me bem, creio que irei retornar ao palácio.

- Mas quero passar no boticário antes. - Angelique resmungou.

- Vocês podem ficar, eu retorno sozinha. Depois peço ao cocheiro para regressar.

- Sente-se bem? - Dulce se aproximou.

- Vou me sentir melhor assim que regressar ao castelo, não se preocupem. - sorriu.

- Está certo, até mais tarde então Anahí. - Angelique respondeu.

- Até. - Anahí sorriu e deu as costas.

Assim que chegou a estalagem encontrou o cocheiro e pediu que este a levasse de volta ao palácio.

- Antes de regressarmos ao castelo, deixe-me na casa do senhor James.

O cocheiro assentiu. Assim que chegaram à propriedade Anahí desceu e tocou a campainha. Derrick abriu a porta e se surpreendeu ao vê-la.

- Seus pais estão? - Any foi direto ao ponto.

- Não! - Derrick negou com a cabeça e atordoado se curvou diante dela.

- Que bom, preciso falar com você. Tenho um recado de Maite.

Derrick piscou e deu passagem para que Anahí entrasse.

- Eu só vim lhe entregar o bilhete. - estendeu o envelope para ele. - Mais tarde, prometo regressar, se tiveres uma resposta para ela.

- É claro que terei uma resposta. - encarou o envelope.

- Lhe darei algumas horas para que tenha privacidade para ler a carta e refletir em sua resposta. Ao entardecer virei buscar uma resposta.

- É arriscado demais vir até aqui. Ao entardecer, deixarei a resposta presa à uma pedra no local em que me encontrava com Maite.

- Perfeito! - Any sorriu. - Devo partir ou o cocheiro pode suspeitar.

- Por que está fazendo isso?

- Porque sei o que você e Mai estão passando. - sorriu.

- Obrigado. - Derrick sorriu.

- Faça Maite feliz e estará me agradecendo, agora devo ir. - Any sorriu e deu as costas.

Mais tarde Alfonso entrou no quarto e estranhou ao ver a esposa deitada. Anahí tinha uma das mãos repousadas sobre a barriga, os pensamentos estavam tão longe que não reparou na chegada do marido.

- Em que está pensando, meu amor?

Anahí virou-se e sorriu ao ver o marido se ajoelhar ao seu lado.

- Que bom que está aqui, querido. - acariciou o rosto de Alfonso.

- Sente-se bem? - sentou na cama perto dela. - Sente-se enjoada outra vez?

- Não! - sentou-se na cama e passou a mão pelos cabelos. - Só estava pensando.

- Em que? - Alfonso segurou a mão dela entre as mãos.

- Podes acreditar que é uma bobagem, mas... Hoje na cidade vi o mesmo homem duas vezes, não pude ver seu rosto, pois, estava de chapéu, mas senti algo estranho quando o vi e ele me cumprimentou.

- O que?

- Um pressentimento ruim. - suspirou. - Como se este homem fosse trazer más notícias.

- Não deve ser nada, meu amor. - acariciou seu rosto.

- Sabes se o Duque tinha algum parente ou alguém que possa surgir em busca de sua herança?

- Meu tio procurou por algum parente que pudesse reivindicar a herança, mas não encontramos nada. O Duque apesar de ter se casado outra vezes, não tinha filhos, irmãos ou algum outro parente.

- Entendo. - assentiu cabisbaixa.

- Não se preocupe está bem? O Duque está morto e não há ninguém que possa nos fazer mal em seu nome.

Anahí assentiu e o abraçou. Não queria ficar pensando no passado, mas aquele misterioso homem havia conseguido amedrontá-la.