Fanfic: ♥ A Viajem da Minha Vida ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Marcela bateu na porta chamando pelos dois obrigando Any e Poncho a se afastarem, enquanto ela fechava a blusa, Poncho vestiu a camisa e foi até a porta.
- O que vcs estavam fazendo?
Any: Pintando o quarto tia só isso. - respondeu tentando fingir naturalidade.
Marcela: Pintando o quarto ou se pintando? - perguntou olhando os dois manchados de tinta. 
Poncho: A gente tava pintando, mas acabamos nos sujando, mas já estamos terminando. 
Marcela: Ok então... Eu vou no mercado, Any quer vir comigo, assim Poncho vai terminando de pintar.
Any: Eu posso ficar e ajudar ele tia. - respondeu apontando a parte da parede que faltava.
Marcela: Prefiro que vc me ajude e deixe ele terminar, agora vem comigo pra Any tomar banho e se arrumar.
E arrastando Poncho do quarto Marcela fechou a porta e Any não teve escolha sem ser obedecer a tia, mas talvez o banho fosse bom pra esfriar um pouco as coisas.

Minutos depois quando terminou de se arrumar Any saiu pro corredor, mas a porta do quarto de Poncho se abriu e ele a arrastou pra dentro cobrindo possíveis protestos com seus lábios.
- Fica aqui eu te escondo no meu quarto. - sussurrou com os lábios encostados ao dela.
Any: Ah bem que eu queria, mas é melhor a obedecermos. - respondeu fazendo bico.
Poncho: Ela só ta fazendo isso pra não ficarmos sozinhos aqui, como se nunca tivesse rolado nada entre nós.
Any: Ah, mas acho melhor elas pensar que não rola nada, seria sacanagem depois de ter me chamado pra cá.
Poncho: Bom a estamos enganando de qualquer jeito. - respondeu se aproximando pra beijá-la.
Any se abaixou e passando por baixo de Poncho foi na direção da porta. Ele deu um murro na parede fazendo uma cara de zangado e estendendo a mão Any pediu com um sorriso encantador:
- Anda me leva até lá embaixo! 
Poncho apontou pros lábios pedindo um beijo antes.
Any: Não sem antes sairmos daqui, vem. - pediu o chamando com a mão.

Poncho suspirou e saiu do quarto, quando chegou na porta puxou Any e lhe deu um beijo apaixonado e exigente de deixar qualquer um com falta de ar. Em seguida a pegou no colo e saiu correndo corredor e escada a baixo. Any ainda pedia pra ele parar quando chegaram na escada e deram de cara com Marcela.
- Vamos Any?
Poncho: Quanto é o resgate pra ela ficar? - perguntou a colocando no chão e a abraçou.
Marcela: Nada porque em uma hora e meia eu trago ela de volta sã e salva. - sorriu. 
Poncho: Ta bom, então traz chocolate mãe, sabe que eu adoro. - respondeu soltando Any dando por vencido.
Marcelo: Ok. - respondeu assentindo.
Any: Até mais tarde amor, te amo. - sussurrou e o beijou.
Poncho: Também! - respondeu sorrindo e lhe deu um selinho antes de ir.
Quando a porta se fechou Poncho sorriu e subiu pro quarto tendo uma idéia.

Um tempo depois Any e Marcela já estavam se dirigindo ao caixa quando ela se lembrou de algo.
- Droga, esqueci os chocolates pro Alfonso e os refrigerantes.
Any: Se quiser eu busco eles enquanto a tia vai pro caixa.
Marcela: Não, vai demorar até vc pegar os dois, é melhor cada um pegar um.

Any: Tudo bem! - deu de ombros.
Marcela: Então vc busca os refrigerantes que eu esqueci enquanto eu pego os chocolates?
Any: Beleza, eu já volto. - respondeu e se retirou.
Ao virar o corredor parou em estado de choque ao dar de cara com Marichello. A mesma também tomou um susto ao rever a filha em um lugar tão inusitado. Any abaixou a cabeça e foi até a geladeira, pegou os refrigerante e disse com indiferença ao passar por Marichello:
- Com licença!
Marichello: Não deveria estar viajando com seu querido pai por ai? - perguntou com sarcasmo.
Any apertou os olhos com força, seria bom demais Marichello deixar passar aquele encontro em branco.
- Acho que quem deveria é a senhora já que vcs são duas porcarias. - respondeu com a voz dura de raiva ao virar e encará-la, mas no fundo o buraco no seu peito começava a se abrir lembrando das rejeição que sofrera.
Marichello: Vc é patética, anos sonhando em conhecer um pai que te quis tanto quanto eu. - falou sorrindo.
Any engoliu em seco sentindo a garganta queimar e fechar enquanto a vontade de chorar ia crescendo, mas não daria esse gostinho à Marichello, nunca chorara na frente dela e não choraria naquele momento.

- Posso ter sido patética sim, mas vc foi mais do que eu achando que o prenderia à si com uma gravidez, garanto que teve que fazer um teste de DNA pra provar à que eu era sua filha né? - perguntou com sarcasmo.
Marichello foi pra cima dela e lhe deu um tapa dizendo:
- Nunca fui uma vagabunda como vc que até com o primo se deita!
Any: Ao contrário de vc e aquele monstro, Alfonso e eu nos amamos e se um dia nos casarmos será por isso e não por uma gravidez como vc fez com o pai da Marinojo. - rebateu se referindo à irmã mais velha. - Ou pensa que eu não sei que vc só se divorciou do pai dela porque o enganou com aquele monstro que um dia eu chamei de pai?... Quem é a vagabunda agora em... Marilouca? - desafiou a olhando nos olhos.
Marichello ergueu a mão pra bater nela, mas Any a segurou e a olhando com ódio disse:
- Nunca mais encoste essa mão imunda em mim, sua porca. - a empurrando contra uma pilha de garrafas. - O que é? Virou alcoólatra agora, esta caindo sobre as próprias pernas Marilouca? - perguntou sorrindo quando Marichello tentou se levantar e Any saiu de lá feliz por ter ido embora daquele encontro ganhando.

Marcela: Any por que demorou? - perguntou quando a garota chegou ao caixa.
Any: Desculpa tia. - respondeu entregando os refris inquieta.

No caminho de volta Any permaneceu calada remoendo as coisas que Marichello havia lhe dito. Agora que estava sozinha e não precisava mais fingir que não se importava, a dor no seu peito aumentara desproporcionalmente e o buraco estava bem maior do que na hora que as duas discutiram. Além disso a garganta queimava mais ainda que antes e a vista começava a embaçar por mais que ela tentasse reprimir.
Quando chegou em casa Marcela encarou a sobrinha e vendo que ela estava estranha disse:
- Pode subir querida, eu guarda as coisas.
Any: Eu ajudo tia. - insistiu.
Marcela: Vai ficar com o Poncho, eu termino aqui. - respondeu colocando as últimas sacolas na mesa.
Any assentiu e se retirou, parou no pé da escada e não teve coragem de subir, Poncho perceberia o que aconteceria e não queria preocupá-lo. Sozinha finalmente Any se jogou no sofá e começou a chorar tudo o que havia segurado nos últimos 20 minutos.

Alfonso desceu as escadas tranquilamente e sem fazer barulho e escutou os soluços da namorada, se aproximou e ao vê-la deitada no sofá e chorando perguntou: 
- Meu amor o que foi?
Any o encarou e se levantando o abraçou aos prantos, Alfonso a abraçou com força acariciando seus cabelos, conhecia Any muito bem e só alguma coisa muito séria a faria ficar daquele jeito.