Fanfic: ♥ A Viajem da Minha Vida ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Rodrigo e Pollyana sentaram no sofá de três lugares e Any no sofá de dois. Poncho sentou do lado dela e segurando na sua mão perguntou encarando os dois irmãos.
- O que trouxeram vcs aqui?
Rodrigo: Como dissemos não viemos te cobrar nada Any.
Pollyana: É verdade, acabamos de descobrir que vc é nossa irmã porque ouvimos meus pais conversando.
Any: E o que eles disseram?
Rodrigo: Meu pai contou do romance com a sua mãe Marichello e que sempre rejeitou vc.

Any: É verdade. - assentiu. - Segundo a Marichello, ela e o pai de vcs namoraram, mas ele acabou se apaixonando pela mãe de vcs e os dois se casaram... Os dois mantiveram contato, mas não se viram mais, até seus pais brigarem e numa viajem de negócios pra cá ele e a Marichello se reveram e ficaram juntos... Foi só uma vez, mas o suficiente pra gerar uma conseqüência. - respondeu e se apontou.
Pollyana: Resumidamente foi isso o que o papai nos disse. - respondeu ainda surpresa.
Any: Marichello quando descobriu que tava grávida tentou chantagear o pai de vcs, queria que ele largasse a mãe de vcs e ficasse com ela, mas o pai de vcs optou por vcs e ela quase fez um aborto quando viu que o plano tinha dado errado... Seria bom se tivesse feito, não estaríamos com esse problema. - deu de ombros.
Poncho: Any quer parar de falar besteira. - pediu sério apertando sua mão.
Rodrigo: O que aconteceu depois?
Any: O pai de vcs prometeu mandar uma boa quantia todo mês pra que ela se calasse e não contasse nada à imprensa, como não prestava ela concordou e a mãe de vcs sempre soube disso... Eu cresci com Marichello me desprezando e jogando na minha cara que meu pai nunca me quis assim como ela, ela só não me abortou porque minha tia, a mãe dele (apontou Poncho com a cabeça) não deixou... Eu a odeio pelos anos que me desprezou e nunca acreditei nela quando me dizia que meu pai nunca me quis.
Pollyana: E por que resolveu fugir? Como soube dele?
Any: Eu colecionei por toda a vida minha vida noticias do pai de vcs, como fazemos quando temos um ídolo famoso, fosse cantor, ator... Eu guardava os recortes de jornais, revistas, fotos na internet tudo o que achava dele, idiotamente sonhando com o dia em que o veria pessoalmente e conheceria meus irmãos que eu só via crescer pelas poucas fotos em que vcs dois apareciam... Foi então que soube que ele ficaria uma semana no Brasil, foi o mais perto que ele já chegou do México, o único lugar onde eu poderia tentar ir pra encontrá-lo e teria tempo pra isso e foi o que nós dois (apontou Poncho) e nossos amigos fizemos.
Poncho: Levamos 11 dias pra chegar ao Brasil e quando Any o encontro ele simplesmente a rejeitou provando que Marichello dizia, assumiu que nunca a quis e a mandou ir embora e nunca se aproximar de vcs e da imprensa, assim como fizera com Marichello.

Any: Eu fui obrigada a concordar e depois desse belo encontrando voltamos pra cá... Eles primeiro e eu depois.
Rodrigo: Resumidamente foi o que o nosso pai disse. - respondeu confirmando a verdade.
Pollyana: Não existe... Nenhuma chance de vc ajudar nosso pai?
Any: Sinceramente... Não sei o que fazer e preferia que vc não se referisse à ele como nosso pai, afinal, vcs são filhos dele, não eu. - respondeu séria.
Rodrigo: Mas no sangue vc é... Any não queremos te cobrar nada, isso ta sendo mais complicado pra gente do que pode estar sendo pra vc, afinal, nunca soubemos da sua existência ao contrário de vc... Mas entenda que ele é nosso pai e apesar de tudo não queremos que ele morra, apenas faça o teste, se der negativo vc não precisará fazer nada e ele vai ter que se virar sozinho, mas tire pelo menos essa dúvida, por favor. - implorou.
Any: Ok! - respondeu mordendo o lábio. - Eu faço o teste te compatibilidade!
Pollyana: Verdade? - perguntou sorrindo tão surpresa quanto Poncho e Rodrigo.
Any: Sim, mas não por ele e sim por vcs que não têm culpa de nada e porque é o que eu faria por qualquer um. - respondeu com desprezo ficando de pé.

Pollyana: Poxa Any obrigada! - respondeu eufórica e a abraçou.
Aquele abraço mexeu com as duas e com os dois que estavam vendo a cena. Era a primeira vez que Any recebia afeto de verdade e sincero de uma irmã, era a primeira vez que ela conseguia sentir um pouquinho do amor que por 18 anos desejou ter daquela família em que ela nunca tinha sido incluída.
Pollyana: Sabe, sempre quis ter uma irmã mais velha! - respondeu tão emocionada quanto ela ao se soltarem.
Any E vc poderia ter tido uma! - respondeu assentindo fazendo força pra não chorar.
Pollyana: É... Poderia! - respondeu com tristeza sabendo que as coisas entre eles nunca ficariam bem e sempre se tratariam meio que como estranhos e depois do que o pai tinha feito, seria difícil nascer um amor de irmão entre eles, mesmo que não tivessem culpa de nada.
Rodrigo: Obrigado Any, nós estamos indo, mas foi bom conhecer vc. - respondeu gentilmente.
Any: Igualmente. - respondeu assentindo e os dois irmãos mais velhos trocaram um aperto de mão informal.
Pollyana: Tchau! - sorriu encarando Poncho e apertou sua mão.

Poncho: Até logo... Eu acompanho vcs até a porta. - respondeu os conduzindo.
Quando a porta fechou Any se jogou no sofá suspirando e meio aérea comentou com a olhos marejados:
- Não era um encontro assim que eu imaginava!
Poncho suspirou e abraçando comentou:
- Nunca é um encontro assim que esperamos, meu amor. - respondeu a abraçando e beijou seus cabelos.
Any encostou a cabeça no ombro dele e suspirou meio que se entregando aos sentimentos que estava refreando por todos aqueles minutos.

Dulce saiu da escada rolante chegando ao segundo andar do shopping. Ao se virar e seguir pelo corredor deu de cara com Ucker conversando com uma garota que ela nunca vira na vida. E o pior, eles conversavam intimamente e cheio de sorrisinhos o que não a agradou em nada. A garota assentiu pra algum que Ucker perguntou e se despedindo com um beijo no rosto ela se afastou e ele se virou na direção dela.
Foi nítido o choque dele ao dar de cara com a namorada, mas mesmo assim ele caminhou até ela. Dulce cruzou os braços séria e quando o namorado chegou até ela perguntou:

- Ucker o que vc tava fazendo conversando com aquela moça?
Ucker: Nada amor! - respondeu sério.
Dul: Como nada? Quero saber pelo menos sobre o que estavam falando. - respondeu séria cruzando os braços.
Ucker: Ah nada demais, ela é uma antiga amiga, vc não a conhece. - respondeu dando de ombros.
Dul: Não acredito! - afirmou.
Ucker: Em que? Que ela é uma antiga amiga minha? O que foi? Vai pensar que estou te traindo com ela agora?
Dul: É claro que não, vcs teriam se beijado na boca se fosse isso. - respondeu fazendo careta.
Ucker: Ah que bom, então o que foi, não acredita em mim em relação à que?
Dul: Em relação à vcs não estarem com algum segredinho.
Ucker: Ai Dul não viaja, por favor, estava perguntando à ela como esta a vida dela, se esta tudo em ordem.
Dul: Mesmo?