Fanfic: ♥ A Viajem da Minha Vida ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Ricardo estava distraído no quarto lendo. Quando a porta se abriu, ele ergueu o rosto e perguntou ao ver Any:

Ricardo: O que ta fazendo aqui? - surpreso.
Any: Não se faça de desentendido, sabe muito bem o que vim fazer aqui, afinal tentou fazer um acordo comigo esqueceu? - cruzou os braços o estudando. - Mas tem umas coisas que eu quero te dizer antes de fazer aquele teste e saber se vou poder salvar sua vida ou não, por menos que ela me importe. - séria.
Ricardo: O que vc quer? Fala de uma vez então! - respondeu com desprezo.
Any: Eu vou ser bem rápida... Eu não to fazendo isso por vc, quero que fique claro que eu faria isso por qualquer pessoa e que vc não tem nenhuma qualidade a mais entendeu? - ele assentiu. - E se estou fazendo esse teste é pra que eu possa dormir com a minha consciência tranqüila, ao contrário de vc e também de certa forma to fazendo isso pelos seus filhos, meus irmãos apesar de vc abominar a idéia... Apesar de vc e da sua esposa serem duas pessoas podres, os filhos de vcs são pessoas decentes, não puxaram os pais.
Ricardo: Não vou permitir que fique me ofendendo. - rebateu furioso.
Any: Vc cale essa boca e me deixa terminar. - respondeu furiosa. - Por mim vc podia apodrecer nessa cama e se eu realmente puder salvar vc, eu vou salvar e já expliquei porque, mas se eu não puder eu desejaria nunca mais ver a sua cara e da sua esposa na minha frente e ficaria muito feliz se vc atendesse esse pedido.

Ricardo: Olha Anahí saiba que eu tenho a mesma vontade de ficar perto de vc como vc de ficar perto de mim.
Any: Ótimo! - respondeu sorrindo com ironia. - Com licença. - deu a palavra final e saiu.

Poncho percebeu que Any estava de certa forma abalada, mas disfarçava. Ela parou na porta e disse:
- Vou coletar a amostra do sangue e já volto... Vc me espera aqui? - encarou Poncho diretamente.
Poncho: Claro! - assentiu.
Rodrigo: Eu te levo até. - respondeu saindo da sala.
Any concordou forçando um sorriso e se afastou.
Pollyana: Vc é muito protetor em relação à ela né? - perguntou encarando Poncho quando o silêncio reinou.
Poncho: Vc aprende a ser protetor com alguém depois de vê-la sendo machucada na sua frente sem vc poder fazer nada. - respondeu com um tom amargo, ela não tinha culpa, mas não pôde se conter.
Pollyana: Fala isso pelo meu pai né? - Poncho simplesmente assentiu suspirando. - E como foi? Como ela ficou?

Poncho: Péssima... No dia em que foi rejeitada ela tentou se matar achando que era um monstro, um nada, sem entender porque os pais a rejeitavam daquele jeito... Passado o susto do suicídio ela ficou 03 dias deitada na cama sem comer e sem falar com ninguém.
Pollyana: Vc estava com ela durante esse tempo?
Poncho: Sim já éramos namorados, então imagina como me senti quando a vi daquele jeito sem poder fazer nada... Foi a pior sensação da minha vida, mas o que mais me machucou foi quando voltamos todos pro México e Any não quis voltar com a gente por causa da mãe dela... Levou um mês e meio pra mim vê-la de novo... Então da pra entender porque eu a protejo tanto!
Pollyana: Ainda mais agora que ela esta diante do que mais a machucou né? - perguntou compreendendo.
Poncho: Exatamente... Seu pai fez um estrago enorme na vida dela, um estrago tão grande que não afetou apenas ela, mas as pessoas diretamente ligadas à ela, entre elas eu principalmente por ser seu namorado.
Pollyana: Por que diz isso? - uniu as sobrancelhas intrigada.

Poncho: Ninguém sabe, mas... Any tem pavor em se casar e ter filhos, ela acha que não vai conseguir amar os filhos, que vai rejeitá-los como os pais a rejeitaram.
Pollyana: E mesmo assim vc continua com ela? Mesmo namorando e tendo esse segredo entre vcs estão juntos? - perguntou surpresa.
Poncho: Ai é que esta, ela não sabe que eu sei disso.
Pollyana: E como descobriu?
Poncho: No blog dela... Ela tem um diário privado nele, onde escreve coisas que ninguém pode ler a não ser que ela autorize, uma vez, dias depois, que ela voltou, fui chamá-la pro banho e o blog tava aberto nesse diário privado... Eu acabei lendo e descobri esse medo dela.
Pollyana: E não contou à ela?
Poncho: Não por que sei que na hora certa ela vai me contar, só não disse ainda porque deve achar que vou terminar com ela, mas eu nunca faria algo assim... Eu amo a Anahí mais que tudo nesse mundo e sei que ela é capaz de amar as pessoas e se entregar, ela não faz idéia de como os olhos dela brilham quando fala das pessoas que ama, seja quando fala de seus amigos, de mim... Ou quando falava do seu pai e de vcs!

Pollyana: Ela nos amava? - perguntou surpresa ficando com a garganta se fechando.
Poncho: Ela ainda ama vc e seu irmão que não têm culpa de nada, não posso dizer o mesmo sobre o pai, mas posso afirmar que ela ama vcs, tanto que é por vcs dois que ela esta fazendo isso. - respondeu sério.
Pollyana: Obrigada por me contar da minha irmã, é bom não vê-la mais como uma estranha, bom pelo menos ela me parece mais familiar... Da pra ver que vc a conhece muito bem. - sorriu.
Poncho: É sim e por conhecê-la bem que eu digo que ela vai mudar de idéia, e quando ela esquecer essa bobagem de não poder ter filhos e se casar eu poderei fazer meu pedido de casamento à ela.
Pollyana: Vc pretende pedi-la em casamento? - surpresa.
Poncho: Sim, mas no momento certo apenas! - respondeu e um leve sorriso surgiu em seus lábios.
O assunto morreu quando Rodrigo e Any voltaram pra sala. Ela tinha o braço esquerdo flexionado e Rodrigo estava com a mão levemente no ombro direito dela, como um irmão mais velho faria com sua irmã mais nova. Uma forma de proteção que surpreendeu Poncho. Aos poucos ele sabia que os três iam acabar se aproximando.

Any: Já podemos ir... O resultado vai sair daqui uns dias... Eles vão ligar avisando!
Poncho: Ok! - assentiu num suspirou levantou. - Até mai Pollyana. - se despediu enquanto Any fazia o mesmo com Rodrigo.
Pollyana: Até! - ela o abraçou. - Obrigada pela conversa, espero te ver mais vezes.
Poncho: Acho que vamos nos ver mais vezes. - respondeu a soltando e sorriu.
Any foi se despedir de Pollyana enquanto Poncho fazia o mesmo com Rodrigo.
Pollyana: Até mais mana! - disse meio sem graça.
Any: Até! - forçou um sorriso e a abraçou soltando-a rapidamente.
Poncho se aproximou e deu um beijo na testa de Any. A encarou perguntando:
- Isso ai ta doendo?
Any: Não! - resmungou forçando um sorriso.

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