Fanfic: Second Chance - Laliter | Tema: Laliter ♥
05 Second Chance.
Ele estava errado, nunca quis se livrar dele. A verdade era que o casamento não estava dando certo e agora chegou o momento de se sentir útil. Do fundo de seu coração, gostaria de continuar sendo a esposa dele, poder dormir e acordar ao seu lado e esperar que ele voltasse do escritório para recebê-lo com um sorriso e um beijo de boa noite. Mas não era o que estava mais acontecendo. Peter passava mais tempo fora do que dentro de casa, viajava o tempo todo e passava pouco tempo com ela. Quando estavam juntos, ele queria fazer amor. Não que não gostasse daquilo, Peter era um amante sensacional na cama, mas sentia falta de pequenas coisas que faziam juntos e nos últimos tempos aquilo já não acontecia mais.
- Escute, Juan Pedro. Quero me sentir útil, não quero continuar dependendo de você para tudo. Entendo que queira o melhor para Allegra, e sua pensão irá garantir isso. Dê o que quiser à ela, pague o que quiser, só que quero cuidar das minhas despesas sozinha. – explicou na esperança de fazer com que ele entendesse seu ponto de vista.
- Ainda acho que sair daqui não é a melhor opção para nossa filha.
- Deixe de ser arrogante, por Deus! – ela bateu o pé no chão impaciente – Você quer me manter à sua maneira até mesmo depois que estivermos divorciados, isso não é justo.
- Minha filha irá morar com você...
- Nossa filha, Juan Pedro. – corrigiu-o.
- Nossa filha irá morar com você... – reformulou a frase – Portanto quero que ela continue onde se sita bem.
- O que te garante que ela não se sentirá bem em outra casa? – colocou as mãos na cintura de maneira desafiadora.
- Querida... – ele chamou-a da maneira que fazia antes, aproximando-se lentamente de maneira perigosamente tentadora – Eu até mesmo duvido de que você se sinta bem em outra casa. – segurou-lhe o queixo entre o polegar e o indicador – Está acostumada a um padrão de vida muito maior.
Peter soltou-a antes mesmo que ela pudesse protestar e virou-se para sair do escritório. Ele caminhava de maneira confiante, dando o assunto por encerrado. Ela ainda permanecia calada e parada no mesmo lugar, totalmente vulnerável à proximidade dele quando segurou-lhe o queixo.
- Se quiser converse com seu advogado sobre o valor da pensão, quando decidir, entre em contato comigo. – disse antes de abrir a porta e deixá-la sozinha.
Lali ficou ali até ouvir a voz de Allegra chamar pelo pai. Saiu do escritório e viu Peter abaixado com um joelho apoiado no chão e com o rosto na altura ao da filha.
- Mamãe! – Allegra chamou-a assim que notou a presença da mãe – Eu estava falando com o papai da minha festinha. Eu perguntei se ele vem.
- É claro que eu venho, minha princesa, com um presente bem bonito. – ele beijou a mão da filha – Eu já disse que o papai irá morar em outra casa, mas vai continuar visitando você, lembra? – a pequena assentiu – Agora eu preciso ir embora, obedeça à sua mãe e logo o papai volta para te visitar, tudo bem?
- Tudo bem. – Allegra sorriu e abraçou o pai pelo pescoço.
Lali adorava a forma como Peter tratava a filha. Por mais que fosse arrogante na maneira com que falava com a esposa quando queria mostrar sua opinião, ele era carinhoso com Allegra e ela até mesmo achava que ele a mimava demais. A filha era louca por ele, sabia que por mais que agora não percebesse o choque da separação por ser muito recente, com o tempo sentiria falta da presença do pai ali. Costumavam tomar banho de piscina juntos, ela sentava em seu colo enquanto ele lia o jornal na varanda do quarto e gostava das estórias que o pai contava na hora de dormir, sempre que estava em casa.
Peter levantou-se após beijar o rosto da menina e apenas lançou o olhar para Lali antes de se virar e sair pela porta de entrada. Ele estava tão frio que praticamente não o reconhecia. Era até mesmo difícil de compará-lo ao homem que costumava ser tão quente quando chegava perto dela.
Sentado no sofá da sala, Peter estava com os olhos fixos na tela de seu notebook. Fazia quase uma semana que não via Lali ou a filha. Nos últimos dias estivera extremamente ocupado, mas ligava todos os dias para falar com Allegra. Sentia muita falta de sua casa, porém não voltaria mais para lá. Começaram a dar andamento nos papéis do divórcio, teriam que comparecer à audiência, acertar quais bens ficariam com Lali e quanto ele deveria pagar pela pensão. Com todas essas coisas, ele nem se dera ao trabalho de procurar um novo lugar para morar. Suspirou cansado e continuou a ler os e-mails de seus novos sócios. Logo foi distraído novamente, dessa vez não por seus pensamentos, mas pela voz de Tincho.
- Peter, estou indo a um bar com uns amigos. – foi até o aparador pegar as chaves do carro – Por que não vem também?
- Estou cansado, amanhã acordo cedo. – respondeu voltando sua atenção para o computador.
- Qual é? – Tincho deu a volta no sofá – Você ficou com Lali durante sete anos. Há quanto tempo não sai assim com os amigos?
- Tincho, eu era um homem casado. – respondeu um pouco impaciente – Não me arrependo de ter deixado de ir a bares por conta disso.
- Ok. Agora você é solteiro novamente, deveria sair para curtir, se distrair. Desde que chegou aqui em casa venho te chamando e você dá essas desculpas de que está cansado.
- Está bem, Tincho. – disse fechando o notebook – Se isso vai parar de fazer você me encher o saco, eu vou! – levantou-se deixando o computador em cima do sofá. – Me dê alguns minutos e eu já volto.
Cansado de sempre debater com o primo o fato de não querer sair com ele, resolveu ceder naquela noite e ir distrair-se um pouco. Por um lado Tincho tinha razão, há muito tempo não sentava em um bar para conversar. Precisava de uma boa dose de uísque, estava sentindo falta de Lali e aquilo não poderia mais acontecer.
Lali ouviu um grito fino que a fez saltar da cama com o coração acelerado. Aquela era Allegra e saiu correndo em disparada até o quarto da filha. Ao abrir a porta, viu a menina sentada na cama abraçando as pernas e com a testa apoiada nos joelhos. Com certeza estava chorando, mas seu choro era silencioso. Provavelmente tivera um pesadelo, não era a primeira vez que acontecia. Aproximou-se da filha e sentou em sua cama abraçando a menina de maneira protetora. Sabia que a filha ficava desesperada quando tinha pesadelos e lhe custava muito até que a acalmasse novamente.
Allegra não se moveu, continuou abraçando as próprias pernas e Lali sentiu que ela começava a soluçar. Acariciou os cabelos da filha até que conseguisse passar tranquilidade para que ela lhe contasse o que havia acontecido.
- O que houve, minha bonequinha? – perguntou quando sentiu os soluços cessarem.
- Queriam me levar mamãe, não deixa! – agarrou-se à Lali– Quero meu papai!
- Calma, meu amor. – alisou os cabelos da filha – O seu pai não pode vir agora.
- Quero ele! – recomeçou o choro de antes – Quero meu papai!
- Foi só um pesadelo, meu amor.
Nesse momento Allegra levantou a cabeça os olhos vermelhos não chamaram tanta atenção quanto os cabelos molhados em sua testa. A filha estava suando. Imediatamente Lali colocou a mão em sua testa e sentiu que estava muito quente. Allegra estava com febre.
- Bonequinha, você está queimando em febre! – Lali se levantou pegando a filha no colo – Preciso te levar para o hospital.
Nervosa com a situação e sem a presença de Peter ali, Lali carregou a menina até o próprio quarto e a colocou na cama. Foi até o armário e pegou a primeira roupa que encontrou. Retirou a camisola e colocou uma calça jeans e uma blusa verde. Prendeu os cabelos num rabo e pegou sua bolsa. Allegra ainda chorava baixinho chamando por Peter e Lali se sentiu ainda mais nervosa, pois não o tinha ali para que acalmasse a filha e nem para que lhe passasse tranquilidade.
Carregou a menina até o carro e a colocou no banco de trás. Dirigiu pelas ruas praticamente desertas enquanto sentia as mãos suando em nervosismo. Esperava que não fosse nada grave, queria sua filha recuperada no dia seguinte. Não aguentava ver Allegra doente, aquilo partia seu coração de mãe. Queria falar com Peter e dizer o que estava acontecendo, não sabia o que a filha tinha e precisava deixá-lo ciente do que se passava com a menina. Além do mais, Allegra não parava de chamar pelo pai.
Diminuindo a velocidade, ela pegou o celular que estava jogado no banco do carona e apertou a discagem rápida que onde havia o número dele gravado. O telefone tocou muitas vezes até que ele finalmente atendeu.
- Diga, Lali. – a voz de Peter estava um pouco abafada pelo barulho.
- Alle está com febre, estou levando-a para o hospital agora. – disse diretamente, pois estava dirigindo e era perigoso.
- Qual? – a voz dele se alterou imediatamente – Me diga que encontro vocês lá.
- Hospital Geral de Los Angeles.
- Estou indo pra lá agora!
Continua...... 06 Second Chance.
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Escritora Original: Estrelinha Vondy
Autor(a): familialaliterbra
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06 Second Chance. Peter desligou o telefone. Lali jogou o celular no banco do carona e em poucos minutos já estava estacionando no hospital. Ela saiu do carro e pegou a filha no banco de trás que ainda tinha o rosto molhado pelas lágrimas e pelo suor. Allegra passou os braçinhos em torno do pescoço da mãe e ficou ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 40
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laliter_sempre Postado em 10/02/2016 - 02:47:32
Wo mds, não creio, já acabou, parece que foi ontem que comecei a ler essa fanfic, e fiquei encantada com ela..
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lalites Postado em 10/02/2016 - 02:01:14
Lindo!Amei demais!
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cidinha Postado em 09/02/2016 - 22:45:32
Lindo final. As cenas deles velhinhos deu um toque especial
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jucinairaespozani Postado em 09/02/2016 - 21:41:41
Linda fic
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cidinha Postado em 09/02/2016 - 07:41:51
A declaração de Peter foi simplesmente linda. Amei Mais. E um novo baby
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jucinairaespozani Postado em 08/02/2016 - 23:52:35
Continua
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missinglaliter Postado em 08/02/2016 - 22:14:10
posta
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missinglaliter Postado em 07/02/2016 - 23:05:44
continua
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lalites Postado em 07/02/2016 - 20:02:04
Mds! Continua!!
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cidinha Postado em 06/02/2016 - 23:47:04
Já tá acabando... Amei