Fanfic: ♥ MINHA ESPOSA SECRETA ♥ ( Vondy) - adaptada- TERMINADA

Ao meio dia, Dulce estava observando uma placa de ferro que pendurava de umas portas bastante corroídas pelo óxido. São Fontanal estava sobre uma colina muito levantada, rodeada de pinheiros. Meia hora mais tarde, depois de deixar a motocicleta debaixo de umas árvores, Dulce contemplava boquiaberta o lugar onde seu pai tinha nascido.

A casa tinha um telhado vermelho e muros de pedra de cor pêssego, as duas alas do edifício de dois andares estavam unidas por uma loja maçônica, sustentada por dois pilares cobertos de jacarandá. Na parte sul se via uma série de arcos ao redor de um jardim onde havia palmeiras. O conjunto era bastante velho. Faltavam-lhe algu-mas telhas e havia algumas gretas em alguns muros. Mas absolutamente era um edifício em ruínas, como Christopher havia dito.

Subiu correndo para a casa e se deteve quando esteve no pátio de entrada. Havia uma senhora de idade dormindo em uma cadeira à sombra que projetava a loja maçônica. Quando Dulce se aproximou, perguntando-se como ia apresentar se, a mulher despertou e a olhou com cara de surpresa. Mas imediatamente sua cara se adoçou e lhe sorriu.

Levantando-se com incrível vigor, abriu seus braços, como esperando que Dulce fora também a abraçá-la.

- Senhorita Saviñón? - exclamou.

Dulce ficou aniquilada, por ouvir que a chamava pelo sobrenome de seu pai. A mulher começou a lhe falar em espanhol, ao tempo que se aproximava e lhe beijava as bochechas. As lágrimas apareceram em seus olhos negros. Do bolso de seu avental tirou uma foto enrugada.

- A filha do Antonio - suspirou, lhe mostrando a foto, em que estavam Anton e Dulce juntos. - Eu sou Carmina...

Carmina tinha sido a babá de seu pai. Dulce se deu conta de que não fazia falta apresentar-se. Aquela senhora sabia perfeitamente quem era. Quando Anton tinha comprado São Fontanal, tinha descoberto que Carmina ainda vivia ali e, deixando-se levar pela emoção, tinha-lhe confessado que tinha uma filha. Dulce se sentiu também emocionada ao ver que seu pai lhe tinha falado pelo menos a uma pessoa de sua existência. A senhora se meteu outra vez a mão no bolso e tirou uma parte de periódico e moveu em sentido negativo a cabeça.

- Não senhorita... senhora - recalcou Carmina sorrindo. – Senhora Uckermann, não?

Dulce a olhou com cara de incredulidade. Apesar de estar em outro país, não podia livrar-se de Christopher, nem das conseqüências daquela estúpida cerimônia. Falando uma mescla de espanhol e de inglês, Carmina se interessou por seu marido. Quase nesse mesmo momento se ouviu um ruído, procedente do caminho pelo que acabava de subir. Franzindo o cenho, olhou nessa direção.

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