Fanfic: ♥ MINHA ESPOSA SECRETA ♥ ( Vondy) - adaptada- TERMINADA

- Quando te vestir, desce e falaremos disso - disse-lhe Christopher, enquanto caminhava para a porta. - Além disso, deve-me uma desculpa pela forma em que fugiu de minha casa.

- Pois espera sentado - respondeu Dulce. - Porque não sou muito boa me desculpando.

- Já aprenderá - replicou Christopher, com os dentes apertados.

Christopher parecia mais teimoso que ela. Fazendo uma careta saiu da cama. Ao lado daquela habitação com poucos móveis, havia um banheiro. Nele podia caber toda uma família. Mas não saía água quente. Quando terminou, estava tiritando de frio. A culpa era de Christopher, que tinha consumido toda a água quente. Tampouco ficavam toalhas secas, porque as duas que havia estavam atiradas sobre o chão, completamente molhadas. Teria que vestir a roupa suja e ir à parte de cima, onde tinha deixado a mala, para pegar roupa limpa. Mas quando saiu à habitação, não encontrou nenhuma dos objetos que Christopher, horas antes, tinha-lhe arrancado de seu corpo. Cobriu-se com uma toalha muito pequena, abriu a porta do dormitório e gritou:

- Christopher!

Deixou passar um minuto. Começou a golpear o chão com a ponta de seus dedos. Gritou de novo. Ouviram-se passos subindo a escada. Dulce sorriu e cruzou os braços. Mas não era Christopher. Tinha enviado ao Dmitri a ver o que queria. Furiosa, escondeu-se depois da porta para que não a visse.

- O senhor Uckermann não está acostumado a que ninguém o chame aos gritos - disse-lhe Dmitri. - De fato isso lhe põe de muito mau humor.

- Sempre está de mau humor - queixou-se Dulce.

- É que está muito triste pela morte do senhor Saviñón.

Aquele comentário a fez ruborizar-se. Em nenhum momento se pôs a pensar no efeito que tinha tido no Christopher a morte de seu pai.

- No que posso ajudá-la? - perguntou-lhe Dmitri.

- Em nada, deixa-o - Dulce fechou a porta e se sentou na borda da cama.

Depois da morte de seu pai ela também tinha estado de muito mau humor, e tinha passado muitas noites sem dormir. Algumas vezes, tinha querido dizer algo ao Anton, e de repente se dava conta de que já não estava a seu lado e que nunca mais o ia estar.

Para o Christopher, depois de vinte anos, aquele sentimento devia ser muito pior. Uma criada bateu na porta e entrou na habitação, arrastando duas pesadas malas. Deixou-as sobre uma cadeira e saiu da habitação outra vez. Um segundo mais tarde, entrou Christopher com duas malas de couro.

- Parece que te vais instalar aqui. Quando me devolvem minha roupa, posse me mudar a outra habitação? - perguntou-lhe Dulce.

- Esta é sua roupa - respondeu Christopher. - Comprei-lhe isso nas horas vagas, entre vôo e vôo.

- E por que me compraste roupa?

- Porque não tem nada elegante que te pôr. Considera-o um presente.

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