Fanfic: Dangerous Mistakes | Tema: Magcon, Barbara Palvin e Kristina Pimenova

Nash Grier Pov’s

Beatrice passou que nem um furacão pela gente que já assistia o segundo filme da noite. Sua expressão era de fúria, o que era de se estranhar. Ela era bastante calma, raramente se irritava. Levantei-me do lado de Aaron e Mahogany e fui até ela que pegava Agnes no colo.

- O que aconteceu? – Perguntei sério as observando, ela ajeitava gola de sua blusa branca simples.

- Por que não pergunta pro seu “amiguinho”? – Disse com desgosto e subindo as escadas que nem furacão.

O que Cameron aprontou agora? Aí senhor! Coisa boa não é, estou sentindo. Subi as escadas com passos pesados, respirei bem fundo e fui até os quartos de hospedes. Vejo Taylor e ele discutindo sobre algo que não entendi.

- O que aconteceu entre você e a minha irmã? – Perguntei entrando no quarto cruzando os braços na altura do peitoral. Ele se virou no mesmo instante para mim ficando de costas para Taylor.

- Ela ficou bravinha porque a chamei de “Irresponsável” – Respondeu com deboche.  Tinha essa mania de responder tudo com deboche e ironia e isso me irritava.

- Quero nem saber o motivo... – Bufei ainda o encarando. – Beatrice nunca foi irresponsável, Cameron. Você não a conhece para falar isso. – Defendi e sai do quarto, podia escutar ele me chamando, dei de ombros e ignorei.

Ele tinha passado de todos os limites. Ela nunca foi irresponsável! Sempre cuidou da Agnes, fazia comida, arrumava casa sem reclamar. Digamos que era a dona da casa e tratava nossa irmã como uma filha, até porque foi a mesma que a criou.

Beatrice Schmidt Pov’s

Como queria matar aquele idiota!! É bonito para caralho, mas não presta. Coloquei Ag sentada na cama que estava em silêncio e fui até o meu banheiro, jogando uma água gelada no rosto para vê se passava aquele estresse todo. O sequei com a toalha rosa que estava pendurada ao lado, me olhei no espelho... Nossa. Tinha fiapos de cabelos para o alto, meu cabelo estava com um volume e tanto. O prendi em um coque solto e simples, voltei para o quarto. 

Ela dormia que nem um anjo na cama, dei um sorriso de leve. A endireitei na cama apoiando sua cabeça no travesseiro de fronha branca e a cobri até seus ombros. Depositei um beijo em sua testa e sai do quarto com cuidado, novamente.

Desci as escadas e o pessoal não estava mais ali, devem ter ido dormir. A casa permanecia em silêncio. Abri a porta da frente com cuidado, senti uma brisa gelada bater contra meu rosto, a fechei com cuidado para não fazer barulho. Andei até um balanço que costumava ficar quando era pequena, até que vêm uns flashback em minha mente. (Põem a música da Kelly Clarkson – Because of you. Irá fazer toda diferença nessa parte.)

- Mamãe, olha esse passarinho... – Apontei para um passarinho todo azul no galho de uma arvóre.

Ela se aproximou, ficando por trás de mim com um sorriso estampado em seu rosto.

- Que lindo filha! – Elogiou. Senti seus braços envolverem em minha cintura e me rodar pelo ar, me fazendo rir ao sentir o vento bater contra meu rosto e meus cabelos.

Após ter me colocado no chão, recuperei fôlego e sorri para ela que retribuiu. Abaixou-se em minha frente e disse:

- Pode não ser de sangue, mas é de coração. – Pôs uma mexa atrás de minha orelha.

- Como assim, mamãe? – Perguntei sendo ingênua e inocente.

- Um dia entenderá, meu amor. – Disse.

[...]

Todos esperavam ansiosamente pelo nascimento de Agnes no hospital de San Diego. Nash e Beatrice estavam na recepção enquanto seu pai estava na sala de parto com sua mãe. Ele surge com os olhos avermelhados e dar um sorriso fraco.

Ambos se levantam ficando de frente para ele:

- Elas estão bem? – Perguntou Nash preocupado ao ver a situação de seu pai. John o olhou com uma expressão e negou com a cabeça, logo entendeu. – É..é... Beatrice pode vir comigo? – Perguntou com a voz falhando olhando para a irmã que não entendia nada, assentiu com a cabeça.

Caminharam para o estacionamento, pararam de andar. Ele se virou para ela que tinha seu olhar perdido.

- A mamãe... – Começou, seus olhos lacrimejavam. – Infelizmente, não resistiu. – Um nó se formou em sua garganta. O mundo dela por um momento parou, recuou pra trás com dois passos. Negava com a cabeça aleatoriamente.

- Não... Não... – Negava querendo não acreditar. Lágrimas começaram descer pelo seu rosto, fazendo Grier puxa-lá contra si, a abraçando. Ela sempre foi a mais apegada a mãe e ele sabia o quanto seria difícil para ela agüentar aquilo tudo.

- Eu sinto muito... – Lágrimas escorriam pelo rosto de Nash, molhando os ombros nus de Bea.

Parem a música.

Flashback of

Quando se dei por mim, lágrimas desciam pelo meu rosto. As limpei rapidamente e fiquei encarando o nada. O balanço se balançava lentamente conforme o vento.

Lágrimas insistiam de cair, ouvi passos atrás de mim, da grama sendo amassada. Olhei por cima de meu ombro e vi uma figura morena parada ali, me olhando.

- O que você quer? – Perguntei sendo ríspida, limpando meu roto rapidamente e me levantei do balanço.

- Por que está chorando? – Respondeu com outra pergunta, seu tom de voz era de preocupação.

Pela amor de deus Beatrice! Cameron Dallas preocupado contigo? Depois do que falou para ti no quarto?!

- Não interessa. – Respondi sendo seca e passando por si, esbarrando em seu ombro. Sinto mãos fortes me segurarem pelo pulso, me fazendo virar.

- Eu só quero te ajudar... – Sua voz falhou no final, podia ver pena em seus olhos.

- Me ajudar?! – Perguntei ironicamente. – Não preciso da sua ajuda. – Puxei o meu pulso e entrei sem ao menos olhar para trás.

Cameron Dallas Pov’s

Já estava de saco cheio dos meninos me irritando por causa da Beatrice! Ficaram me dando sermões o tempo todo, dizendo que ela não era irresponsável, sei lá o que. Decidi sair para dar uma volta pelo jardim, vejo uma pessoa em um balanço que tinha ali de madeira. Aproximo-me ficando no escuro, ela ergue a cabeça e me olha por cima do ombro. Dou um passo á frente fazendo a luz da lua iluminar meu rosto. 

- O que você quer? – Perguntou sendo ríspida, ela chorava... Não sei, mas algo me dizia para abraçá-la e para protege-la.

- Por que está chorando? – Perguntei preocupado. O que deu em mim? Desde quando fico preocupado com essa... Garota?

- Não interessa. – Toma Cameron, isso que dar se importar com esse tipo de pessoa!! Ela se levantou do balanço e passou por mim, esbarrando em meu ombro. Em um impulso, a segurei pelo pulso.

- Eu só quero te ajudar... – Falei baixinho e minha voz no final falhou, droga!

- Me ajudar? – Perguntou ironicamente. – Não preciso da sua ajuda. – Podia ver dor e raiva em seus olhos. Ela puxou seu pulso, a soltei e andou para dentro da casa sem olhar para trás.

Cameron Dallas, você acaba de receber o Oscar do ano sendo eleito o idiota e trouxa.

O que deu em mim? Como pude me preocupar com ela? O que está acontecendo?