Fanfic: Último Desejo...Vondy

PRÓLOGO

O bilionário grego Christopher Uckermann entrou no lu­xuoso salão do seu fabuloso iate, onde sua equipe pessoal o aguardava. Eram sete horas da manhã. Cientes de que o dinâmico patrão normalmente co­meçava a trabalhar às seis e raramente dormia mais do que cinco horas, todos estavam se esforçando para parecerem bem atentos.

O assistente dele, Dmitri, apressou-se em entre­gar-lhe uma pasta, declarando em seguida:

- Espero que fique satisfeito, senhor.

Com o semblante sério, Christopher retirou da pas­ta as fotografias que exibiam Madrigal Court. A mansão antiga ficava parcialmente escondida pela densa área reflorestada que se estendia por todos os lados. A única familiaridade que ele possuía com o antigo imóvel havia sido adquirida através do velho álbum de fotografias da mãe. Agora, a alta defini­ção das fotos aéreas revelava a extensa deterioração do local.

O brilho dourado dos olhos de Chrsitopher tornou-se frio c isso demonstrou claramente a sua preo­cupação quanto às sérias necessidades de reforma da mansão. O telhado e os tijolos que constituíam a estrutura exterior da casa estavam em péssimas condições. Apesar disso, Gladys Saviñon havia se recusado por várias vezes a vender a propriedade para o falecido pai dele, Aristide. De qualquer ma­neira, a idosa estava muito doente e Christopher po­deria supor que a morte dela finalmente tornaria possível a venda da casa.

Madrigal Court havia pertencido à família da mãe de Christopher por cerca de 400 anos antes de a desventura financeira forçar a venda da proprieda­de. Com o tempo, a reaquisição de Madrigal Court tinha se transformado em uma questão de honra para a família Uckermann . E a honra da família era iam assunto que Christopher, sendo um típico grego, con­siderava como de maior importância. A impiedade dele era legendária e por isso Christopher era temido por todos os que cruzavam seu caminho. Mas ape­sar de ser considerado um dos homens mais ricos do mundo, ele não se esquecia da origem humilde e do cruel desprezo que tivera que resistir antes de ver a fortuna "sorrir" para ele ao ser adotado por Virgínia e Aristide Uckermann.

O conhecimento dessa dívida inestimável gerou pensamentos profundos que causaram distúrbios na habitual frieza emocional que ele possuía. Para Christopher, retomar a mansão dos ancestrais de Virginia tinha se transformado em uma missão primordial. E ele faria de tudo para conseguir realizar a compra do imóvel o mais rápido possível. Christopher analisa­va em pensamento.

De súbito, uma morena estonteante, vestida com um roupão de seda entrou no enorme salão. Após se aproximar, ela acariciou uma das mãos dele e sus­surrou em um tom provocativo:

- Volte para a cama.

Sem perceber, Christopher sentiu o corpo ficar tenso.

- Estou ocupado - ele falou demonstrando in­diferença.

Nesse momento, os funcionários dele trocaram olhares entre si. Nenhuma mulher conseguia segu­rar a atenção de Christopher por mais de algumas se­manas. A atual namorada dele talvez não soubesse disso ainda, mas ela já era passado.

- Dmitri... - Christopher ergueu os olhos e inda­gou: - quem autorizou a instalação de túneis de polietileno no interior do jardim?

O assistente se aproximou e franziu o cenho ao contemplar a foto, demonstrando estar confusa:

- Isso... não faz parte dos jardins de Madrigal Court, senhor? Lamento dizer que não faço a menor idéia...

Christopher lançou um olhar fulminante para Dmi­tri e ordenou para que ele convocasse a equipe jurí­dica dos Uckermann para uma teleconferência. Para os renomados advogados dele, o dia se transformaria em lamentáveis e embaraçosas justificativas. Mui­tos funcionários estavam ameaçados e sacrifícios foram feitos. Eles haviam prometido uma ação ime­diata, mas o magnata grego tinha comandado para que não fizessem nada por enquanto. Quando ele desejasse ação, escolheria o momento certo.

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