Fanfic: # Bons Amigos(DyU)*Terminada*

A casa estava um breu, e não se ouvia nenhum ruído... Aquele silencio
estava realmente incomodando-a. O barulho de uma porta se fechando ecoou pelo
local, assustando ambos. Mas Christopher ficou mais assustado quando ouviu
Dulce gritando e se jogando em cima dele. Fazendo o barulho ecoar mais que o
anterior.

- D-desculpe, Chris. – Dulce sentiu a cabeça parar de rodar, e se deu
conta de que estava em cima do garoto, com uma mão apoiada no chão e a outra
levemente apoiada no peito dele... Sentiu a face esquentar. E corou mais ainda
ao sentir a respiração dele misturando-se com a sua.Christopher sentiu aquelas
borboletas voltarem a rodopiar em seu estomago.

O silencio pesou sobre eles... Mesmo estando escuro, eles estavam tão próximos
que conseguiam ver cada traço no rosto de cada um. Christopher percebeu que a
jovem estava pronta para levantar-se, mas ela fez apenas um movimento antes de
sentir a mão de Christopher em seu rosto. Dulce podia ouvir as batidas do
próprio coração e já estava abrindo a boca para dizer algo... antes de olhar
nos olhos de Christopher e antes de sentir a mão dele escorregar lentamente
para o seu pescoço. A jovem sentiu-se arrepiar com aquele toque.

Christopher deixou sua mão, que estava no pescoço dela, trazê-la para
perto de si vagarosamente. Ela não estava fazendo rejeição nenhuma... Nesse
momento, Dulce estava lutando internamente, sem saber se recuava ou deixava-se
levar pelo momento.

O garoto estava pronto para sentir o gosto dos lábios dela novamente, no
entanto, antes de tudo acontecer, ele sentiu a mão de Dulce deixar seu tórax e
o rosto dela escapou de seus dedos... Por que ela estava se afastando? Faltava
tão pouco...

A jovem também não entendia por que fizera aquilo... Sentando-se no
chão, ficou feliz por estar tudo escuro a ponto de Christopher não ver o quanto
estava arrependida de seu ato.

O jovem fechou os olhos, ainda deitado no chão e colocou a mão na
cabeça, sem acreditar que depois de estarem tão próximos, não havia rolado
beijo nenhum. Será que ela fazia de propósito? Não... Ou será que sim? Francamente,
não conseguia entender as mulheres. Por que ela havia se deixado levar ate
aquele ponto e quando o mais importante ia acontecer, ela recua? Como as
mulheres conseguiam ser assim?!

Silencio.

- B-bom... eu... eu acho que não tem vela, então vamos pra varanda. Lá
está mais claro e a gente espera a luz voltar.

- Tudo bem... – Christopher suspirou, antes de abandonar o chão gélido.

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Dulce estava certa. Mesmo com a chuva fraca ainda havia a luz da lua, iluminando
fracamente a varanda. Eles sentaram-se, observando as gotas d’água caírem sobre
a grama. O silencio tomava conta do local, até Dulce quebrá-lo.

- Você acha que vai demorar, Chris?

- O que?

- Pra luz voltar...

- Hmmm... não sei, mas... – o garoto olhou o breu nas casas vizinhas. –
parece que faltou luz na rua toda.

- Pior que é... – os ruídos da chuva eram os únicos do ambiente. Dessa
vez, quem falou primeiro foi Christopher, concentrado nas gotas de água.

- Dul, posso perguntar uma coisa?

- Claro.

- Por que você...? – ele não concluiu a pergunta. Era melhor desistir...
Sabia que não ia ter coragem pra perguntar aquilo. Mas o seu erro foi ter
começado aquela pergunta...

- O que? – indagou Dulce, confusa.

- Deixa pra lá. Você não vai querer ouvir.

- Ah, não, Chris! Agora você me deixou curiosa, conta, vai! – ela olhava
o garoto, com um sorriso de curiosidade e expectativa. Christopher reparou que
a jovem parecia uma garotinha ingênua com aquele sorriso... A garotinha que
havia roubado seu coração.

- E então? – a garota o tirou de seus pensamentos, fazendo-o virar o
rosto para o lado oposto dela. – fala, Chris!

O sorriso estava começando a desaparecer do rosto dela, e a raiva
começava a chegar...

Uma veia...

Duas veias...

- Certo... Dul, por que você... se afastou naquela hora?

- “Hã?” – a garota arregalou os olhos, surpresa. Sem duvida, ele estava
falando do momento em que quase se beijaram... Dulce voltou os olhos pra
frente, vendo a chuva cair com tranqüilidade e um vento frio passar rapidamente
por eles. O silencio tinha voltado a permanecer ali... Christopher estava
achando que Dulce não ia responder. Mas ele já sabia isso desde o começo...

- Eu também não sei... mas... – sem qualquer palavra, a jovem o beijou
de leve no rosto. Christopher sentiu o coração disparar, e quando virou o rosto
para vê-la, viu um sorriso nos lábios dela.

- Desculpe...

- Só se você me perdoar por isso.

- Que...? – antes de qualquer coisa, ela pode sentir os lábios dele
sobre os seus. Dulce fechou os olhos, retribuindo ao beijo, enquanto sentia a
mão dele pousar em seu rosto, delicadamente.

As gotículas da chuva respingavam sobre o casal, mas pra eles, elas nem
existiam mais. Christopher explorava cada canto da boca da jovem, ficando cada
vez mais embriagado com a fragrância doce que exalava dela.

Agora entendia perfeitamente porque gostava tanto da companhia dela e
porque odiava aqueles garotos que ficavam dando em cima de Dulce. Christopher
tinha consciência de que estava completamente apaixonado por Dulce...! Apaixonado
pela sua melhor amiga... A única coisa que queria entender era como não havia
percebido-a antes? Ela que sempre esteve ao seu lado... em todos os momentos...

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Dulce e Christopher tinham voltado a percorrer a casa, atrás de alguma
fonte de luz, porque parecia que ela não ia voltar tão cedo. E já eram quase
21:00!Ele  andava, angustiado. Nem tivera
a oportunidade de dizer nada depois daquele beijo... Tudo por culpa de um
idiota que passou na rua gritando que nem um retardado mental. Chegara a pensar
se o cara havia fugido do manicômio.

Uma veia pulsou em sua testa. Graças ao louco da rua, Dulce havia se
assustado e disse que era melhor procurarem por alguma vela ou lanterna. Christopher
não precisava ser inteligente pra saber que ela estava morrendo de medo do
louco entrar na casa e eles não verem por estar tudo escuro. Certo, eles
realmente tinham que tomar alguma providencia quanto aquilo, mas por que logo
naquele momento?! Justo quando ele ia falar seus sentimentos em relação a ela!

- “Que droga... só faltava o Christian aparecer...” – Dulce estava meio
constrangida com aquele silencio... E sem contar que estava cansada de rodar a
casa atrás de vela. Ela parou de andar, cruzar os braços e suspirando exausta.

- Ai, desisto. Não sei mais onde procurar essas porcarias. – Christopher
também havia parado de andar.

- Dul... desculpe, mas... eu te amo...

- Q-que? – ela descruzou os braços lentamente, chocada com aquelas
palavras. Ele... ele estava se declarando pra ela...! Droga, por que você
está dizendo isso?!

- É, mas... foi culpa sua por ter feito eu me apaixonar por você. – o
jovem retrucou, em tom de quem está se defendendo.

- Então você também vai ter que me desculpar, porque eu sinto o mesmo...

Foi a vez de Christopher ficar surpreso.

Silencio.

- Eu já sabia.

- Ora, seu convencido...

- Ei... aprendi com você... – o jovem murmurou, com um sorriso.

- Como é?! Está me chamando de convencida?!

- É só brincadeira... E-ei,peraí! – Dulce se jogou em cima dele, pronta
pra lhe dar um cascudo. Christopher sentiu a sensação de cair de novo contra o
chão e viu que já ia apanhar se não segurasse os pulsos de Dulce, que estava em
cima dele. Com apenas um dos olhos abertos, Christopher observou a garota, e
encontrou-a sorrindo docemente. Abriu os dois olhos, confuso, sem soltar os
pulsos dela.

- O que foi?

- Nada. Estou apenas feliz. – Christopher não entendeu o motivo da
felicidade, mas soltou os pulsos dela, lentamente. Em seguida, sentiu a garota
abraçando-o. Um sorriso fraco se formou em seus lábios.

- Obrigado, Dul... – ele murmurou no ouvido dela. A jovem se separou
dele, sorrindo. Christopher sorriu também, levando sua mão ao encontro do rosto
da jovem. E uma coisa lhe chamou a atenção: não era a mesma sensação de quando
tocava no rosto da Belina.

Como da ultima vez, ele deslizou a mão para o pescoço da jovem e
puxando-a vagarosamente para si, encontrou os lábios dela, em um beijo suave
que logo se aprofundou. Christopher podia sentir que nada poderia atrapalhá-los
daquela vez... Tinha certeza.

- Que sem-vergonhice é essa? – o casal se separou rapidamente, corados e
assustados. Christopher cerrou o punho, já sentado no assoalho. Christian.

- C-Christian?! O que você tá fazendo aqui?! – Dulce não podia acreditar
que Christian, seu vizinho, estava ali, segurando um fósforo aceso, próximo ao
rosto. Aquilo só podia ser alguma piada.

- Ah, é que eu vim perguntar se você tinha vela ou lanterna. – o jovem
sorriu sem graça.

- É claro que não tem. Por que você acha que estamos no escuro? –
retrucou Christopher, fechando os olhos, tentando manter a calma.

- Ora, vocês poderiam ter aproveitado para-

CAPOW

- Não comece com as suas idiotices!

- E não é nada disso que você esta pensando!

- Ow... – Christian pegou outro fósforo e o acendeu, tentando ignorar os
dois galos que acabara de receber. – e o que você ta fazendo aqui, Christopher?

- Duas palavras: não interessa.

- Ah, então era por isso que vocês estavam-

- Grrr...

- N-não... era brincadeira, Christopher...! C-Christopher!!!

Dulce viu o fósforo se apagar, fechando os olhos logo em seguida, ao
mesmo tempo em que ouvia o grito de Chris ecoando pela vizinhança.

- “Idiota.”

A luz voltou logo em seguida, e ela pode ver os dois brigando. Seus olhos
pousaram sobre Christopher Uckermann, fazendo um singelo sorriso se formar em
seus lábios. No final, parecia que eles não eram apenas bons amigos...

Fim

Obrigada por lerem a web!!

Até a próxima!

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MiH XD  Niina
*-*