Fanfic: Domando o vagabundo | Tema: Romance, drama, violência, suspense, humor

-Quem é você garota?- Sentei na cama e olhei pra menina que estava falando, ela estava parada na porta me olhanco com cara de interrogação.

-Sou Alice infelizmente uma nova hospede e você?- Perguntei e me olhei no espelho que estava de frente pra cama, nossa meu cabelo estava uma bagunça então resolvi fazer um coque.

-Eu sou a dona da cama, agora mete o pé do meu quarto.- Meu Deus mais que menina ignorante, cadê a educação desse povo daqui?

-O dono da casa falou pra mim ficar aqui.

-Gabriel.- Ela gritou e continuou me encarando.

-Qual foi Júlia?- Gabriel entrou no quarto e olhou entre nós duas.

-Quero essa garota longe do meu quarto, se você quiser por puta aqui dentro. Bote no seu quarto não no meu.- Puta? Eu não mereço passar por isso, nunca ninguém me chamou desse jeito aí vem essa favelada falar assim com a minha pessoa. Ridícula!

-Está me confundindo com você querida?- Perguntei levantando uma sobrancelha.

-Eu vou da na sua cara.

-Vamos parar com essa putaria.- Gabriel gritou e nós ficamos quietas, ele apontou pra nós duas. -Ela vai ficar aqui, e você fica quietinha. Agora vai até a dona Carmem pegar um colchão pra ela dormir.- Ela fez uma careta e saiu do quarto batendo o pé.

-Espera.- Falei antes do Gabriel sair do quarto. -Eu não vou dormir no chão, não sirvo pra isso.- Ele veio perto de mim e botou a mão na cama pra poder olhar nos meus olhos.
-Se você não dormir no chão, vai dormir no sofá. Você escolhe gatinha.-
-Eu durmo na cama, e sua namorada no chão.- Ele riu e pegou uma mexa do meu cabelo.
-Ela é minha irmã, e eu tenho certeza que ela não iria querer dormir no chão.
-Mais eu nunca dormi no chão, você não pode fazer isso comigo seu babaca idiota.- Droga, ele fechou a cara e saiu de perto de mim. Primeira coisa Alice, não diga as coisas sem pensar.
-Só por causa do abuso você vai dormir no chão e ainda por cima vai ajudar na comunidade.- E saiu do quarto, fiquei moscando sem entender nada então levantei e fui atrás dele.
-O que você quis dizer com isso?- Perguntei atrás dele.
-Pretinho, vai lá na sociação dos moradores e diz que temos uma voluntária pra ajudar na limpeza da comunidade.
-Claro chefe.- O garoto saiu e eu continuei olhando pra ele sem entender nada.
-Amanhã você deve começar limpando a rua gatinha.- Ele falou e piscou pra mim, os outros garotos riram. Não! Esse desgraçado só pode estar brincando eu nunca iria limpar esse lixo de morro nem morta eu nasci pra ser servida e não pra servi.
-Não vou fazer porra nenhuma.- Falei e os garotos pararam de rir, o Gabriel veio até mim e pegou no meu braço me levando de volta pro quarto.
-Nunca mais fala comigo desse jeito ouviu?
-Você não manda em mim e eu não vou servir de empregada de favelado nenhum.- Gritei e aí eu vi que tinha irritado ele, puta merda.
-Primeira coisa quem manda aqui sou eu ouviu? Segunda coisa você faz o que eu mandar. Eu mando em cada merda desse lugar e dês do momento que você está no meu morro vai fazer o caralho que eu mandar e sem reclamar ouviu? Ou quer que eu seja mais claro patricinha do caralho.- Ele estava apertando meu braço muito forte e me olhando com os olhos arregalados eu simplesmente resolvi me calar, eu não estou a fim de morrer ou apanhar. -Assim que eu gosto.-
Me soltou e saiu do quarto batendo a porta atrás de si, eu senti na cama abaixei a cabeça e deixei as lágrimas descerem, eu não ia aguentar essa merda eu precisava voltar pra casa.
-Sua caminha patricinha.- A Júlia botou um colchão perto da cama. -Ei garota.- Continuei com a cabeça baixa, mais agora segurando as lágrimas porque eu odeio chorar na frente das pessoas.
-Ta chorando porque?- Ela levantou minha cabeça e riu, Bati na mão dela e levantei da cama.
-Me deixa em paz ta bom?
-Okay, to vendo que o Biel teve uma conversa com você em.- Que ódio meu Deus, eu queria matar todos eles primeiramente os desgraçados dos meus pais por está fazendo isso comigo, aqueles desgraçados não estavam nem aí pra mim não queria saber se a trouxa aqui estava bem ou se já tinha sido atingida por uma bala perdida.
-Ou gatinha.- Olhei pro Grabiel e ele estava com um saco na mão. -Amanhã na primeira hora, quero você com essa roupa.- A Júlia riu e tirou um macacão igual aos de gari só que era azul marinho.
-Não acredito que você fez isso Biel, aí Deus eu vou adorar ver essa garota pegando em uma vassoura.- Bastarda.
-Vai rindo Júlia que daqui a pouco você também vai fazer companhia pra ela.- A idiota parou de rir na mesma hora e olhou pro irmão.
-Descelpe.- Ela jogou a roupa em mim e saiu do quarto, ele se aproximou de mim e botou um par de bota no chão e me deu um par de luvas.
-Quero você acordada as nove, lembre-se que a dona Isaura responsável pela limpeza, não gosta de atraso.- Mordi o lábio e Engoli o nó que estava se formando na minha garganta.
-Você não pode fazer isso comigo.
-Posso e vou.- Viado, isso só pode ser um pesadelo.