Fanfics Brasil - Prólogo Future Legend

Fanfic: Future Legend | Tema: Orginal; Ficção; Ficção Científica


Capítulo: Prólogo

9 visualizações Denunciar


PRÓLOGO


O ano é vago e nada importante. O último calendário disponível data 1997, terrível informação. Pode ter se passado cento e cinquenta anos ou mais desde o grande atentado que acabou por deixar cidades inteiras destruídas, não apenas cidades, talvez o mundo inteiro.


É na hora da morte que vive a Cidade do Nada, nomeada assim pelos grupos sobreviventes que tentaram ou habitam a grande cidade. Grande cidade. Estranha com quase nada de bela e quase tudo de terrível, feio e temível. Mesmo infestada de sujeitos meio gente e meio bicho e outros meio bicho e meio gente, a cidade é solitária.


No meio do entulho de grandes edificações – um dia, há muito tempo, imponentes – vivem ratos do tamanho de gatos que se alimentam da fresca carne de cadáveres recém-mortos, mas que já exalam o cheiro de podridão.


Na Cidade do Nada só sobrevive o forte e como alguém sozinho pode ser forte neste novo mundo? Guerras são travadas quase sempre, tribos grandes e pequenas disputam um pedaço de carne e um lago raso, sujo de sangue e outras porcarias. Os lugares com mais ratos – carne boa em tempos como este – são mais disputados, se existir ainda um lago, a luta por este pedaço de terra será muito maior.


Tribos mais desenvolvidas carregam consigo símbolos em grandes estandartes e bandeiras feitas com tecido gasto e com tinta feita de sangue, resinas de cascas de árvores e de alguns grandes insetos. Os desenhos são feios e horrorosos, feitos assim de propósito, assim a tribo mostra seu poder e organização.


No lado extremo ocidental da cidade, caminha uma tribo de peopleoids – a coisa mais parecida com o que um dia já foi o ser humano –, a maioria são carecas, corcundas, possuem a pele mais sensível e de cor branco-pálida, os olhos são de cores variadas, mas em sua maioria vermelhos, adaptados para enxergar na grande escuridão feito breu das noites. Pela sensibilidade da pele, os peopleoids só caminham durante a noite, de dia se esgueiram por entre pedras e grandes fissuras de grandes edifícios.


Vinte e seis era o número que constituía a pequena tribo, um careca liderava, baixo e esguio, mas forte em suas pequenas feições. Feio como um meio-bicho e estranho e bizarro como um meio-gente.


– Aqui! – exclamou o líder careca – Vamos ficar aqui por hoje – disse aos membros demasiadamente cansados para discutir, exceto um.


– Ter certeza, chefe? – pronunciou-se um sujeitinho qualquer da tribo que, obteve como resposta um tapa na cara dado com as costas da mão. Slap, foi o som do tapa que deixou o rosto do rapaz roxo de um lado e com um pequeno corte na boca onde o sangue escorreu quase que de imediato.


– Quer discutir? – disse o careca, em tom pouco agradável e muito alto – AINDA QUER DISCUTIR?– dessa vez berrou e o som pôde ser ouvido de muito longe.


O silêncio reinou e mais ninguém queria se manifestar perante o líder e se quisessem não teriam mais a coragem para fazê-lo. Logo em seguida, as pequenas bolsas começaram a se abrir, as mulheres carregavam alguns alimentos velhos e mal cheirosos, os homens carregavam consigo algumas lâminas – não todos, só os mais habilidosos – e materiais e objetos que serviam para construir pequenas barracas que eram utilizadas para dormir.


No grupo só havia uma criança, uma menina agradavelmente rara, possuía cabelo e aquilo fez com que o careca poupasse a vida dela. – Geralmente, os peopleoids que nascem com cabelo não são estéreis –. Duas crianças haviam sido executadas antes para facilitar a viagem, mesmo alguns tentando impedir o ato do líder, as crianças acabaram por ser serem degoladas por dois cães do mal feitor.


A menina tinha uma longa cabeleira de tom avermelhado, espessa e despenteada, dava inveja em todas as mulheres do grupo. Era branca e apesar disso não era pálida, tinha um nariz um pouco longo e fino, mas não tão quanto o de Sandor, o líder careca. Seus olhos tem a cor de mel, mel no qual ela só ouvira falar, mas nunca comera ou ao menos vira. Ela foi encontrada junto de um meio-bicho, quase foi devorada viva, mas por sorte a pequena tribo ouviu os gritos de medo e angústia e apesar da hesitação e do medo, acabaram por ajuda-la.


Depois desse dia a menina que recebeu o nome de Haira – dado por Tom, o mais simpático e esperto da tribo. O nome vinha da antiga língua falada naquele canto de mundo e significa cabelo – passou a ser a “queridinha” do líder. Este tinha por ela uma afeição, planejava engravida-la assim que a pequena tribo arrumasse um bom lugar fixo e quando a garota sangrasse pela primeira vez.


Eu não quero isso... Pensava Haira de vez em quando. Mesmo nova Haira havia aprendido com o Tom o que era engravidar e quando isso poderia acontecer com ela. Só de pensar naquilo ela sentia nós na barriga. Por sorte era nova, tinha oito anos e Tom disse que o sangramento pode demorar a acontecer... Ou pode chegar mais rápido do que ela e ele imaginam, mas ela se prendia em esperança.


            Eles vinham caminhando por muito tempo e dormiam pouco. Encontraram um aglomerado de prédios caídos que dificultava a chegada da luz do sol em suas peles e assim podiam ficar por dias caminhando sem se preocupar com o quente e a vermelhidão que o a luz solar causava neles. Para a travessia de prédio em prédio, eles utilizavam as janelas destes e assim fora até chegarem a um grande prédio.


            O edifício era muito grande, grande mesmo e foi ali que Sandor determinou que o grupo passasse o dia, Ana – uma das mulheres – caminhou por mais um tempo na frente, um longo tempo. Haira não há viu chegando nem ouviu comentários sobre seu retorno.


Neste dia, Tom estava ajudando as mulheres a cozinhar. No grupo inteiro existem oito mulheres: A quase velha Laira, a noviça com uma pelugem na cabeça Nana – antiga queridinha de Sandor, o Líder –, Lanana, irmã de Nana – diferente da irmã, esta não tinha um fiapo na cabeça –, A mestra em cozinhar ratos chama-se Jane, Elizabete – nome de rainha (dado por Tom, de novo) para uma excelentíssima peopleoid –, Ana Ana, a rebelde, sua irmã que se chama apenas Ana (é muda e se comunica com dificuldade, mas é uma excelente vigia) e por fim, Haira dos cabelos avermelhados. O resto eram homens, todos carecas, apenas alguns com um cabelo tão ralo e curto que às vezes sumiam em suas cabeças brancas.


Tom, como sempre fora gentil, pegava alguns pedaços não muito grandes de carne – talvez de rato ou de algum bicho grande e nojento – e jogava num caldeirão feito de estanho misturado com ferro. Haira o observava de longe, via suas mãos com os longos dedos ficando ensanguentada, também via as outras mulheres em seus farrapos, cansadas e tristes.


O fogo da fogueira feita para cozinhar e a luz do sol que passava por uma fina fissura no teto do local onde a tribo se encontrava eram as únicas coisas que iluminavam o prédio. Haira olhou para trás e viu apenas escuridão, aquilo deu-lhe um medo súbito e passageiro. De repente, se viu olhando para a luz que passava pela fissura. – Tom havia lhe contado sobre os riscos de deixar a luz tocar o corpo dela, disse-lhe que havia visto um sujeito que olhou diretamente para o grande sol e ficou cego em instantes. – Ao lembrar daquilo ela hesitou um pouco, mas não por muito tempo e levou seu braço em direção à luz, sentiu apenas um leve comichão.


– Ai! – ela disse bem baixinho, quase um sussurro.


            Não ouviu nada, mas sentiu a aproximação de um dos cães de Sandor.


– Menina burra! – disse Hammer – Não viu a luz? – com uma lâmina, Hammer fez com que a luz desviasse e novamente acertasse Haira no braço.


– Aiii! – dessa vez Haira quase gritou, mas ninguém parecia tê-la ouvido.


– Se faz de cega ou de burra? – insistiu o cão deixando um sorriso malicioso onde era possível ver seus dentes afiados.


            O homem assustava Haira, aliás, à quase todos os membros da tribo.


– Desculpa – lamentou-se Haira , estava distraída – disse quase chorando.


Ouvindo os gritos de Hammer, o Cão, Tom se aproximou quase que correndo e pelos braços puxou Haira.


– Já te disse – disse Tom em tom raivoso –, sempre perto de mim ou de alguma das mulheres. – Agora anda – mandou Tom –, rápido!


Haira foi à frente obedecendo ao que Tom havia lhe dito, o deixou conversando com Hammer, parecia pedir perdão. Quando Tom a alcançou ela pode olhar para traz, se deparou mais uma vez com aquele estranho sorriso do cão, afiado e cortante... Assustador.


As mulheres continuaram a cozinhar. Alguns homens conversavam perto do fogo – talvez tentando se aquecerem –, enquanto Sandor e Timeo, o outro cão, conversavam bem distante do grupo.


A noite anterior havia sido longa e o dia difícil, após a comida ficar pronta, todos se reuniram para comer seu pedaço pequeno de carne e após a refeição se ajeitaram para tentar dormir. Haira escolheu um pedaço de pedra com um formato retangular, era duro, porém era o que tinha. Não conseguia dormir, era incomodada por barulho e conversas que vinham da cabana de tecido rudimentar do líder.


- Hahaha! – ria Sandor – Estou louco para foder aquela... como se chama? – prosseguiu rudemente o líder.


– Jane? – Respondeu Timeo com uma pergunta.


– Deve ser essa mesmo – falou o líder dando mais algumas gargalhas


Realmente nojento, tenho de avisar Jane, pensou Haira distante de Sandor e de seus protetores. Haira continuava ouvindo a conversa.


– Hey, Hammer, Timeo... Vocês devem saber né? – dessa vez a voz do líder era baixa, Haira fez um esforço maior para ouvi-lo e para vê-lo.


Os homens que estavam ao seu redor o olharam com atenção, mas nada responderam.


– Os meio-bichos vão nos encurralar se não nos mexermos rápido... Ana, a feiosa muda, percebeu a movimentação deles. É bom vocês descansarem, pois vão ter trabalho em breve. – disse de uma única vez o líder careca.


Após ouvir isso, Haria sentiu um frio na barriga e logo se pôs em sono e dormiu.  


Assim que o sol começou a se por e a lua começara a subir, ela e as outras mulheres foram acordadas. Tom vinha de cabana a cabana batendo palmas, até que chegou à pedra onde Haira se deitava.


– Vamos, a luz não pode mais te causar vermelhidão – disse sorrindo -, vamos rápido.


E assim fez. Mal ele chamou e ela se levantou com um sorriso de canto de boca. Rapidamente lembrara-se do que ouviu ontem à noite e também do que quase matou ela uma vez. Não queria ver nada parecido com aquilo mais uma vez. Ao menos tinha ficado feliz por saber que Ana, a muda, havia voltado.


O grupo se mexia lentamente e com preguiça, mas aos poucos começaram com certa agitação e preocupação. As passagens por entre os prédios caídos que os protegia estavam quase por acabarem, agora eles teriam que circular pelas vazias ruas da Cidade do Nada.


– Vamos idiotas! – gritou Timeo – a noite vai ser curta e Sandor teme que hoje venhamos a ser a caça de alguns meio-bichos.


Aquilo deixou todo mundo um pouco assustado, até Sandor demonstrava sua preocupação. O rapaz que antes há pouco antes havia levado um tapa na cara dele, seguia agora na dianteira junto de Timeo e Hammer, apesar de Sandor o achar respondão era inegável que aquele homem tinha habilidade com lâminas.


O rapaz se chama Otto, novo, talvez uns 21 anos. Ainda com o rosto marcado pelo inchaço e pelo roxo ele obedeceu às ordens de seu líder e seguiu em frente, desta vez sem dar uma palavra.


– Vejam só – começou a falar Lanana – Coitadinho dele... – Falava baixo com medo de Sandor ouvi-la.


Haira ficava quieta e apenas ouviu ela e as outras.


– Sandor é um ingrato – comentara Ana Ana –, adoraria arrancar os olhos dele e dar de comer para um meio-bicho qualquer. – Ana Ana falou mais baixo ainda, se algum dos protetores de Sandor a ouvisse este seria seu fim.


– Vocês deviam para com este assunto – disse Tom.


Laira, a quase velha, quase nunca falava, mas desta vez achou que deveria concordar com Tom.


- Sensato! – disse com sua boca meio caída – Muito sensato. – Enalteceu a quase velha.


Os vinte e seis caminharam, caminharam muito até que, com a voz em tom alto Sandor mandou todos pararem e assim foi feito.


– Por que aqui, chefe? – dessa vez quem perguntou foi Timeo – Não quero desafia-lo, mas estamos bem no meio da rua... Estamos muito expostos.


Sandor fez uma cara tão feia que assustou Haira e Ana, a irmã muda de Ana Ana.


– Não te perguntei nada! – berrou Sandor – Não devo a vocês nenhuma satisfação e você, Timeo, devia tomar como exemplo Otto – Sandor olhou rapidamente para Otto – Se lembra do tapa que ele levou ontem?


Timeo nada respondeu


TE FAÇO UMA PERGUNA E QUERO UMA RESPOSTA – Sandor cuspia em quanto gritava.


– Sim, senhor – disse Timeo com a voz em baixo tom.


– Então mais cuidado. – Sandor se posicionou sobre uma pedra meio alta, o peopleoid baixo agora parecia alto e todos poderiam vê-lo e ouvi-lo – Bando de esfarrapados – gritou – Vamos ser atacados mais cedo ou mais tarde e não quero que isso aconteça em um local fechado.


Haira parecia ter entendido o que Sandor queria fazer e apesar de não gostar do homem teve que soltar um risinho e sussurrar a Tom:


– Finalmente uma boa ideia vinda dele – Quando disse voltou a ouvi-lo


– Temos vinte e seis integrantes e apenas nove estão armados com lâminas, destes nove confio na habilidade de três ou quatro... Isso é grave. – Desta vez Sandor pareceu um peopleoid sensato e inteligente – Irei espalhar estes nove nas laterais, quero que o resto se arme de pedras e que acertem as criaturas horrendas que vão nos atacar e quero que façam isso já e sem perguntas.


Sandor acabara seu discurso, deu ordem e todos obedeceram. Haira ficou perto de Tom que começava a recolher pedras e distribui-las para todos os membros da tribo. Ficaram esperando qualquer movimento ansiosamente, mas nada aconteceu.


Ainda com medo, alguns rapazes montavam pequenas barricadas com rochas com cerca de 6 quilos. Haira não achava que aquilo iria ajudar muito (estavam deixando o lugar apertado), mas nada comentou, se aquilo aumenta a sensação de segurança do grupo que mal tem?


Tempos depois nada acontecera e Haira caiu mais uma vez em seus pensamentos Será que Ana está ficando louca ou tentou pregar uma peça em Sandor? Não. Ana, apesar de ser meio estranha é sempre séria... Não faria isso, mesmo com Sandor. De repente, ouviu-se um grande uivo vindo do alto de um prédio.


Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!


Todos se puseram de pé e ficaram em um súbito silêncio e ouviram mais uma vez.


Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!


Longo e estridente pode ser ouvido mais um uivo que fora cortado pelo vento que soprou forte:


Auuuuuuuuuuuuuuuuu... uuuuuuu...uu


Mesmo os mais corajosos se assustaram com aquilo, Haira se aproximou mais de Tom que, com uma das mãos segurava um pedra pontiaguda e com a outra passou a segurar a pequena mão cascuda da menina de oito anos. O silêncio que ficou causou medo e tensão e talvez esse sentimento fosse compartilhado de forma mútua.


Os uivos sessaram, mas o medo não. Haira ficou tensa, mais do que estava após saber que estava sendo perseguida pelos monstros deformados metade bicho, metade homem. Arrepiou-se. Olhava para frente e via Sandor também tenso, não parava de caminhar, sentia um pouco de pena.


            O dia estava se aproximando e a preocupação ficando ainda maior. Sandor acabou por decidir que todos deveriam entrar em uma pequena casa que caia aos pedaços, mas servia para um dia. Escolheu cinco homens para que ficassem lá fora, junto a ele:


– Juntem-se a mim os seguintes: Hammer, Timeo, Kameo, Lanos e Tom.


            Quando Haira ouviu o nome de Tom ficou demasiadamente assustada, não queria que ele fosse e pelo jeito, Ana Ana também não.


            – Por que você, Tom? – Ana Ana perguntou – Sempre ajudou com os deveres mais simplórios, mas não menos dignos...


            Ana Ana foi interrompida


            – Ana Ana, não sei... – Tom parecia preocupado – Sei que devo ir e talvez assim não me machuque como Otto.


            Haira percebeu a tristeza nos olhos negros de Ana Ana e só agora havia percebido que ela gostava de Tom.


            Os homens escolhidos permaneceram no local, Otto parecia feliz por não ter sido escolhido. Os que não foram escolhidos começaram a entrar na casa em pares, a porta era estreita assim como a casa, tiveram que se espremer para caber todos os vinte.


            Na casa, Haira fizera assim como Tom havia lhe ensinado, vasculhou por cada canto, procurava comida (os antigos costumavam guardar comida em lata), livros – Tom lhe dissera que isso era a melhor coisa que havia sobrado do mundo e que com eles poderiam entender o passado, o presente e poder ter ideia do futuro –, panos, tecidos, roupas e cobertores. Infelizmente, ali nada encontrara.


O grupo ali ficou, esperaram por muito tempo. O dia acabou e a noite chegou e ninguém retornou. Otto se preparava pra sair quando outro súbito uivo cortou o silêncio.


            Auuuuuuuuuuuuuuuuu!


            Ficaram todos extremamente assustados


            Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu! Auuuuuuuuuuuuuuuu! Auuuu! – Parecia tão próximo que todos ficaram em pânico, todos sem exceção.


            Quando o último uivo acabou, a porta da casa que a pequena tribo se encontrava foi derrubada. Plaft, a porta cai! Uma grande sombra se estende e quando a poeira baixou Haira pôde ver com melhor exatidão a coisa mais bizarra que ela já vira em toda a sua curta vida.


            O que é isso? Meio-bicho ou meio-homem? Pensou Haira na hora que ela viu a criatura.


            Comprida e muito esguia a criatura era quase que eu monstro mitológico daqueles contos e estórias que Tom contava para ela. Metade de seu corpo era coberto por pelos cor de mel a outra por uma pele de cor dourado, como um bronzeado. Na parte traseira do animal eram visíveis duas grandes pernas de cachorro e na parte dianteira dois braços e duas mãos com a mesma quantidade de dedos que um peopleoid, cinco.


            Mesmo com mãos, a criatura se mantinha de quatro. Ao levantar o rosto Haira ficou ainda mais espantada. Um rosto. Um rosto parecido com os dos seres que viviam naquele local antes de todos os peopleoids, meio-homens e meio-bichos habitarem ali. Um longo cabelo caia sobre os possíveis ombros do animal, de cor laranja-avermelhado, talvez a coisa mais bela que ela já vira. Não tinha focinho, mas a boca era alongada e era semelhante a um, a boca tinha dentes quase que perfeitos e brancos e seus olhos... Duas cores, um negro como a noite e outro claro como o dia.


            Será isso o monstro que uiva e nos apavora na luz do dia e na sombra da noite? Questionou-se Haira. Será que irei morrer agora, bem agora?


 


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Daniel

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -



Loading...

Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais